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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

A Educação Espírita


Dora Incontri
Definições Possíveis
Existem três perspectivas sob as quais se pode falar em Educação Espírita. E certo que elas acabam se unificando num só conceito. Um aspecto deriva do outro e formam uma visão única.
· Espiritismo como Educação. A essência do Espiritismo é a Educação. Ao contrário de outras correntes religiosas, que têm um caráter salvacionista, a Doutrina Espírita, com seu tríplice aspecto—cientifico, filosófico e religioso —pretende promover a evolução do homem e esta evolução é um processo pedagógico. A Educação do Espírito é o cerne da proposta espírita. Se o Espiritismo é uma síntese cultural, abrangendo todas as áreas do conhecimento, seu ponto de unificação é justamente a Pedagogia. Não foi à toa que Kardec tenha sido educador e tenha recebido influência de Pestalozzi, um dos maiores educadores de todos os tempos. Melhor compreende o Espiritismo quem o compreende pedagogicamente.
Lendo Kardec com olhos pedagógicos, pode-se observar a sua insistência e a dos Espíritos em comparações com imagens emprestadas do universo educacional. O desenvolvimento do Espírito através das vidas sucessivas é visto como um curso escolar, com seus anos letivos. A Terra é tratada como uma escola, em que as almas se matriculam para o seu aperfeiçoamento. As imagens são recorrentes e não são meros recursos literários. Há de fato uma identificação. Corroborando essa leitura do Espiritismo, Herculano Pires, em Pedagogia Espírita, comenta que: "O Livro dos Espíritos é um manual de Educação Integral oferecido à Humanidade para a sua formação moral e espiritual na Escola da Terra".
Ser espírita, pois, na acepção plena da palavra é engajar-se num processo de auto-educação, cujo fim mal podemos entrever. E estar em processo de auto-aperfeiçoamento, como já vimos, é o requisito básico do educador. Como o Espiritismo não é uma doutrina individualista, no sentido de descomprometer o ser humano de deveres para com o próximo—ao contrário, elege na caridade seu princípio máximo—quem está em processo de melhorar a si mesmo tem o dever moral de exercer uma tarefa pedagógica com todas as criaturas que o cercam. A caridade máxima, portanto, que o espírita deve procurar realizar como ideal de vida, não é o assistencialismo social, respeitável e necessário, mas limitado e superficial, é sim a caridade da Educação. Elevar, transformar, despertar consciências, contribuindo para a mudança interna dos homens—que redundará também numa evolução externa—esta deve ser a meta de todo espírita.
· A Educação Segundo o Espiritismo. Se o Espiritismo é pedagógico, olhando a questão do lado avesso, a área específica da Pedagogia humana pode se iluminar com a perspectiva espírita. Neste sentido, a Educação espírita é a prática de uma Pedagogia à luz do Espiritismo. É exatamente o que estamos teorizando nesta obra. Muitas das idéias aqui expostas poderão ser partilhadas por adeptos de outras correntes filosóficas ou religiosas. Mas para aplicá-las inteiras, para aderir a uma formulação pedagógica completamente espírita, é preciso estar convencido dos postulados básicos da doutrina de Kardec. O educador espírita, porém, poderá e deverá exercer sua tarefa com quaisquer crianças e adultos. Se a verdadeira Educação se dá quando se desperta um processo evolutivo no educando, este processo poderá ser desencadeado em qualquer ser humano, tenha ele a cultura que tiver, seja ele partidário da religião que for. A influência benéfica de um educador, consciente de seu mandato, poderá se imprimir em qualquer educando.
Assim, educar espiritamente não é necessariamente educar para o Espiritismo. Kardec sempre enfatizou que os espíritas não deveriam fazer proselitismo e muito menos violentar consciências. No relacionamento com pessoas não espíritas, o educador espírita saberá exercer sua tarefa, sem impor suas convicções.
· O Ensino Espírita. O terceiro aspecto da Educação espírita é mais específico, é o ensino propriamente da Doutrina Espírita. Mas se não houver, por parte daqueles que estão promovendo este ensino, uma compreensão clara e uma prática engajada da Pedagogia espírita, então o processo não passará de catequese, um ensino formal, destituído de compromissos mais profundos. Na linha conceitual que temos seguido aqui, é evidente que o ensino espírita não poderá ser mera transmissão de conteúdos, mas o despertar de uma consciência espiritual.
Cenários da Educação Espírita
· A Existência. Entender o Espiritismo como Educação é ser espírita verdadeiramente. Por isso, quem é espírita de fato e pratica a caridade da Educação em todas as dimensões possíveis, faz isso existencialmente, no seu meio familiar, profissional, social, espiritual... É alguém engajado na própria evolução e na evolução coletiva. O destino espiritual do próximo não lhe será jamais indiferente. Não tomará, é claro, uma postura salvacionista, nem pretenderá mudar o mundo sozinho. Mas levará até o sacrifício o compromisso de exemplificar o bem, arrastando com isso outros seres ao contágio da virtude Amará com intensidade seu próximo mais próximo, procurando estender sempre mais seu amor ao próximo longínquo, significando esse amor justamente o empenho em ajudar o outro a encontrar seu próprio caminho evolutivo.
Consolar, amparar, servir—todos esses verbos tão conjugados em mensagens e orientações espirituais—são as atitudes fundamentais de quem ensina com a sinceridade dos sentimentos e a força do exemplo. São a ponte de acesso ao coração do próximo, não como fator de proselitismo, mas como centelha para desencadear um processo de Educação. Quem presta um serviço, quem se dispõe a se doar—se o faz com o influxo de vibrações autenticamente fraternas —pode restaurar no outro a confiança existencial e a vontade de crescer. Nesta doação fraternal, pode estar incluído um prato de comida, um passe, um agasalho... Mas a caridade deve transcender tudo isto, porque deve tocar a alma do outro.
Há pessoas que entendem a prática da Doutrina apenas no exíguo espaço do Centro Espírita. Quando estão no mundo, na profissão, na família, numa festa, nas relações sociais, agem como se não fossem espíritas. Mas o compromisso educativo existencial do adepto do Espiritismo é justamente ser em qualquer lugar e a qualquer hora um elemento de influências positivas, um pólo de transformação do ambiente. Sem prepotência, sem austeridade excessiva, sem pretensão à verdade absoluta, sem autoritarismo, como quem passa e serve, o espírita deve fazer brilhar seu empenho em ser melhor, sua fidelidade aos princípios éticos fundamentais, sua sede intelectual. . . procurando partilhar sua chama interior.
Irradiar otimismo, disposição, energia e serenidade—todas aquelas virtudes que vimos como constitutivas do verdadeiro educador—deve ser uma conseqüência natural da sua compreensão de mundo. Quem sabe que a vida é eterna, que toda tragédia é passageira, que tudo caminha para a perfeição, que todos estão sob a proteção de uma Providência misericordiosa e justa, será necessariamente uma pessoa alegre e tranqüila, no controle de si mesma, podendo com isso servir de edificação e apoio aos irmãos do caminho.
A missão pedagógica do espírita, porém, não se dá apenas no plano moral. Em todos os setores de atividade, os espíritas devem também se esforçar pelo avanço intelectual de si mesmos e da comunidade a que pertencem. Promover a cultura elevada e proporcionar meios à instrução—isso faz parte integrante de seu programa de ação. É nesse sentido que se deve abrir aqui uma crítica ao movimento espírita brasileiro, que tem se preocupado muito mais com a caridade material do que com a caridade pedagógica. Dar pão e agasalho é bem mais fácil do que educar, mas educar é uma terapêutica global e uma solução social muito mais eficaz.
Entenda-se que esse empenho pela Educação intelectual não pode significar impregnar-se de materialismo, de sofismas niilistas e de especulações vazias, que são hoje o tônus da maioria das correntes dominantes. A convicção espírita firme e sincera não é, entretanto, empecilho para o diálogo, para a abertura mental e para a tolerância ideológica.
· A Família Espírita. O mais forte impacto que o Espiritismo causa na relação entre os membros de uma mesma família é a desierarquização de funções. É verdade que os pais recebem a tarefa de educar os filhos e trata-se de tarefa de grande responsabilidade moral. Mas pais e filhos, marido e mulher, avós e netos são acima de tudo Espíritos irmãos, peregrinos da evolução humana, cada qual carregando sua herança passada e sua missão presente, essencialmente iguais, e dignos todos, moços e velhos, homens e mulheres, crianças e adultos, de respeito e amor. Nesta perspectiva, o autoritarismo patriarcal do passado perde qualquer fundamento. Espiritualmente, filhos podem até ser mais adiantados que pais. Mesmo nesse caso, não ficam os pais eximidos de sua função de educar.
Outra explicação inédita que o Espiritismo nos aponta para o entendimento das relações familiares é a lei da reencarnação. Como pai e filho, irmão e irmã, avô e neto, podem nascer adversários ferrenhos do passado. E nesse caso, a convivência cotidiana deve ser justamente a oportunidade de reconciliação e ajuste. Quando o pai ou a mãe percebe num filho uma aversão inata, uma antipatia inexplicável, podem estar certos de que a relação atual é preciosa ocasião para reajuste de ódios anteriores. Cabe então ao adulto, na posse do conhecimento espírita, procurar com mais afinco, dedicação e renúncia, conquistar o amor daquele ser a quem talvez prejudicou em eras passadas. Se aquele que tem a missão de educar permanecer com o coração endurecido e não fizer a sua parte para a reconciliação espiritual, terá fracassado duplamente, como pai ou mãe e como cristão, com o dever moral de perdoar e reconciliar-se com os adversários.
Assim, num clima não-hierárquico—onde todos se sintam acima de tudo irmãos uns dos outros—de cultivo permanente de amor e respeito mútuo, a família espírita é o cenário mais propicio e mais imediato para a Educação espírita. Evidentemente, não se trata aqui de sermões esporádicos a respeito de postulados doutrinários. Mas quando o Espiritismo está enraizado na alma, entranhado no comportamento cotidiano, como explicação para os porquês da existência, como parâmetro ético, como proposta vital—então a convicção espírita se impregna naturalmente nas crianças, marcando-as para o resto da vida.
Então, nem sequer faz sentido a questão muito polemizada por certos adeptos: se os pais devem ou não ensinar Espiritismo às crianças. Se os pais s de fato espíritas, ensinarão nos mínimos gestos, nas relações familiares, na vi profissional, e na própria prática pedagógica que adotarem com os filhos, o que é ser espírita. Mas se o Espiritismo representar apenas uma freqüência rotineira um Centro, sem que haja um engajamento existencial, então obrigar a criança ir a cursos de evangelização, como se vai a um catecismo para fazer primeira comunhão (quando os pais não são católicos praticantes) é transformar a Doutrina num formalismo religioso, sem um sentido mais profundo. É evidente que tal atitude não criará convicções; ao invés, despertará resistências.
Além da função pedagógica, específica dos pais, não se pode deixar de mencionar que a família serve como cenário educativo para todos os seus membros, desde que haja engajamento no processo de melhoria Intima. É na família que podemos e devemos em primeiro lugar conquistar e exercitar virtudes fundamentais, como altruísmo, paciência, amor ao próximo e ao mesmo tempo o empenho de contribuirmos para o progresso do outro. Trata-se, pois, de um cenário permanente e fecundo para a Educação do Espírito.
A Escola e a Universidade Espírita. É numa instituição de ensino primário, secundário ou superior, que devemos também colocar em prática a Educação segundo o Espiritismo. É preciso criar espaços institucionais, onde as crianças, os adolescentes e os jovens possam receber uma Educação integral; serem amados e observados como Espíritos imortais e reencarnados; serem estimulados a se auto-educarem... Nem todos os alunos de uma escola ou de uma universidade espírita deverão ser necessariamente adeptos do Espiritismo. Aprender o conteúdo doutrinário pode ser uma opção de pais e alunos. Mas todos deverão se beneficiar de uma visão espírita da Educação. Muitas das idéias que constituem o universo da Pedagogia Espírita vêm de uma tradição que começa em Sócrates, passa por Comenius, Rousseau, Pestalozzi e têm seu modelo máximo em Jesus. Desta forma, crianças e jovens pertencentes a diferentes credos poderão usufruir de uma Educação espiritualista, sem que suas consciências sejam violentadas por imposições.
Salvo raras exceções, as escolas espíritas que fizeram história no Brasil e outras que ainda estão atuantes, adotaram o sistema educacional vigente e apenas acrescentaram uma aula de Espiritismo, opcional ou obrigatória. Quando muito, apóiam-se numa filosofia vagamente humanista. Este não é o modelo de uma escola verdadeiramente espírita. A Doutrina não pode se reduzir a um catecismo periódico, divorciado da prática existencial. Trata-se sim de oferecer escolas com uma proposta de Educação tão revolucionária, tão superior, tão mais democrática e eficaz que as ofertas vigentes, que mesmo não-espíritas disputarão suas vagas.
Manifesta-se aí o compromisso espírita de agir pedagogicamente, tanto no sentido moral quanto intelectual e mesmo estético. E preciso abolir o conceito ultrapassado de que a boa vontade supre todas as deficiências. Escolas espíritas—sem necessidade de ostentação—devem ser modernas, com arquitetura diferençada, em meio à natureza, bem equipadas e, sobretudo, com recursos humanos qualificados. E para formar recursos humanos compatíveis, precisamos de universidades espíritas. O círculo se fecha. É imprescindível criarmos um ciclo educativo completo, pelo qual possamos educar pessoas pelo menos humanistas, que se ponham na vanguarda espiritual da sociedade e espíritas mais conscientes, com uma cosmovisão doutrinária mais integrada e fundamentada. Ao mesmo tempo em que o Espiritismo pode contribuir para a melhoria da Educação, a Educação espírita deve contribuir para o progresso do próprio Espiritismo.
Certamente, não deixarão de perguntar pelos recursos financeiros necessários a tais empreendimentos. Os recursos existem. O movimento espírita não constrói centros, asilos, hospitais, orfanatos, federações? Por que não aplicar parte destes recursos para a construção de escolas e faculdades? O que falta é uma mudança de mentalidade: é preferível, embora mais trabalhoso, aplicar dinheiro em Educação do que em assistencialismo; aliás, o próprio assistencialismo deveria ser pedagógico.
Os Centros e Instituições Espíritas. A primeira instituição espírita do mundo foi a Sociedade de Estudos Psíquicos de Paris. Lá se pesquisavam os aspectos cientifico, filosófico e moral do Espiritismo. Os participantes debatiam questões existenciais, mensagens e fenômenos mediúnicos, temas do cotidiano e notícias de jornais, teorias cientificas ou filosóficas à luz da Doutrina. Intercambio entre os próprios encarnados—entre os membros da sociedade e outras sociedades semelhantes na França e no estrangeiro—e entre encarnados e desencarnados, alimentava o progresso do Espiritismo, sob a luminosa liderança de Kardec que, apesar de sua incontestável autoridade espiritual, jamais se arvorou em chefe do movimento. O aspecto acadêmico da Sociedade—no que a academia tem de positivo em pesquisa e diálogo entre os pares e não no seu r espírito sistemático e arrogante—estava presente na Sociedade de Paris, que tinha um caráter de "estudos", portanto, um caráter pedagógico.
No Brasil, houve um processo, talvez historicamente necessário, de massificação do Espiritismo. Centros, Federações, instituições diversas atendem diariamente a milhares de pessoas em todo o país. Com isso, a Doutrina penetrou em todas as camadas da sociedade e multiplicou adeptos e simpatizantes. O Brasil se tornou o país mais espírita do mundo. Mas essa disseminação em massa teve seu preço. As casas espíritas praticam um assistencialismo social e espiritual em que o indivíduo atendido geralmente assume uma atitude muito passiva de assistir cursos, palestras, tomar passes. Às vezes, após anos e anos numa casa espírita, o freqüentador tradicional não passou de fato por um processo pedagógico de crescimento global, mas pratica o Espiritismo à moda tradicional de outras religiões: de forma rotineira, mística e destituída de significação existencial mais profunda.
Já que o movimento espírita brasileiro avançou tanto em termos numéricos, chegou a hora de darmos um salto qualitativo em suas práticas: e esse salto deve ser justamente o de caracterizar toda a atividade espírita como atividade pedagógica, segundo a própria essência da Doutrina. Pode-se objetar que as atividades desenvolvidas pelos Centros e Federações são predominantemente educacionais. Cursos, palestras, estudos doutrinários, o grande movimento da evangelização infantil, as Mocidades Espíritas, a própria assistência social— sempre acompanhada do ensino do Espiritismo—e a assistência espiritual— com a doutrinação dos Espíritos—tudo isto é Educação espírita. É verdade que o movimento espírita tem esse caráter instrutivo, mas não necessariamente pedagógico. Geralmente, é um ensino exercido de forma autoritária e conservadora, arraigado nos modelos tradicionais do sistema educacional vigente e nas heranças trazidas das igrejas. Crianças, adolescentes, jovens, adultos, que chegam à casa espírita, não se tornam educandos para assumir sua própria auto-educação, num processo participativo, dinâmico e enriquecedor.
São tratados como ouvintes passivos.
A metodologia adotada para o ensino do Espiritismo, em qualquer nível costuma ser maçante e autoritária, sem recursos didáticos, sem consciência de expositores e líderes do sentido real de um processo pedagógico.
Pode-se argumentar que um dos problemas com que se depara a casa espírita é a freqüência de pessoas traumatizadas por perdas dolorosas ou portadoras de complexos problemas obsessivos. Isso faz com que tais recém-chegados sejam muitas vezes tratados de forma paternalista. Costuma-se mesmo dizer que, para estes, o Espiritismo teria um caráter apenas consolador. E quem precisa ser consolado não está interessado em renovação. E quem está obsedado não pode ter a liberdade da palavra, nem mesmo para indagar—é o que se pensa.
É evidente que o controle de qualquer atividade espírita deve ser ass do por pessoas equilibradas, moralmente idôneas, conhecedoras e praticando Espiritismo em todos os seus aspectos. Isto não é motivo para que os outros participantes do processo sejam tratados com uma falsa superioridade. O educador verdadeiro é aquele que sabe converter traumas em motivos de edificação e crescimento e fazer da participação ativa dos educandos uma terapia para seu reequilíbrio. O primeiro passo para que se dê de fato um desencadear das potencialidades dos que freqüentam a casa espírita é que sejam acolhidos como seres pensantes e dignos de serem ouvidos. Que se tornem indivíduos conhecidos, respeitados e participantes, e não meros assistidores de palestras.
Seminários, debates, reuniões de estudos em que todos possam colocar seus questionamentos e dúvidas, a própria disposição das cadeiras em círculos e não em platéias com um púlpito longínquo—tudo isso deve fazer parte do panorama pedagógico do Centro Espírita, quebrando o monólogo autoritário dos oradores. E evidente que, para isso, o Centro não precisa nem deve se converter numa arena de disputas de opinião e de brigas pessoais. É preciso criar o hábito de debater idéias com argumentos e não com ofensas e enfrentar a divergência de opinião com naturalidade, preservando sempre os postulados básicos do Espiritismo. Com líderes conscientes, equilibrados e com sólidas convicções doutrinárias, é possível se ventilar o clima com a liberdade de expressão, mantendo-se o padrão vibratório elevado e a compreensão fraterna entre todos. Aliás, isto também deve fazer parte do aprendizado. É muito fácil se obter uma harmonia aparente, sob o tacão da disciplina autoritária. O desafio é obter a união, pela adesão voluntária de todos os participantes a uma proposta de progresso e fraternidade.
Educação mediúnica
A Educação mediúnica é um dos aspectos característicos da Educação espírita, ligada ao desabrochar das capacidades extra-sensoriais que todo ser humano deverá desenvolver em sua jornada evolutiva. Como já foi analisado (ver Cap. II), há o mediunato—compromisso específico de atuação mediúnica numa dada existência—mas além desta tarefa, todos os seres humanos têm uma mediunidade geral, mais ou menos cultivada.
No caso de o indivíduo possuir algum dom mediúnico específico, a Educação mediúnica tem por meta possibilitar seu desenvolvimento e uso equilibrado, sadio e positivo. No caso de mediunidade difusa, não-específica, a meta é a de aguçar a sensibilidade extra-sensorial, a intuição, a percepção psíquica—coisas presentes em todos os seres humanos.
Tanto num como noutro caso, são facetas da proposta espírita: o controle racional das faculdades mediúnicas, fruto do estudo acurado dos fenômenos e da auto-análise que todo espírita comprometido com sua auto-educação deve permanentemente promover; o uso da mediunidade para fins úteis, nobres e cristãos; o cuidado para não converter nenhum dom mediúnico em fonte de riqueza material, de projeção pessoal ou de manipulação psíquica, ou seja, mediunidade com absoluto desinteresse e devotamento.
A Educação mediúnica não é meramente um apossar-se de técnicas, mas deve ser um fator de evolução global para o Espírito; uma possibilidade real de aperfeiçoamento moral e de prática do Bem. Os parâmetros éticos da mediunidade se sobrepõem aos aspectos técnicos, inclusive como garantia de controle do fenômeno e de atração de bons Espíritos—ao contrário de certas correntes espiritualistas que acentuam a frieza da técnica em detrimento do amor que deve orientar a utilização dos dons psíquicos.
Se, conforme Herculano Pires, O Livro dos Espíritos é um manual de Educação Integral, O Livro dos Médiuns é um manual de Educação mediúnica, que pela primeira vez na história humana colocou balizas éticas e racionais para a prática da mediunidade.
A EDUCAÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO – Dora Incontri

VIBRAÇÕES

Emmanuel

Entendendo-se o conceito de vibrações, no terreno do espírito, por oscilações ou ondas mentais, importa observar que exteriorizamos constantemente semelhantes energias. Disso decorre a importância das idéias que alimentamos.
Em muitas faces da experiência terrestre nos desgastamos com as nossas próprias reações intempestivas, ante a conduta alheia, agravando obstáculos ou ensomando problemas.
Se nos situássemos, porém, no lugar de quantos criem dificuldades, estaríamos em novo câmbio de emoções e pensamentos, frustrando descargas de ódio ou violência, angústia ou crueldade que viessem a ocorrer em nossos distritos de ação.
Experimenta a química do amor no laboratório do raciocínio.
Se alguém te fere coloca-te, de imediato, na condição do agressor e reconhecerá para logo que a compaixão deve envolver aquele que se entregou inadvertidamente ao ataque para sofrer em si mesmo a dor do desequilíbrio.
Se alguém te injuria, situa-te na posição daquele que te apedreja o caminho e perceberá sem detença que se faz digno de piedade todo aquele que assim procede, ignorando que corta apropria alma, induzindo-se à dor do arrependimento.
Se te encontras sob o cerco de vibrações conturbadoras, emite de ti mesmo aquelas outras que se mostrem capazes de gerar vida e elevação, otimismo e alegria.
Ninguém susta golpes da ofensa com pancadas de revide, tanto quanto ninguém apaga fogo a jorros de querosene.
Responde a perturbações com a paz.
Ante o assalto das trevas faze luz.
Se alguém te desfecha vibrações contrárias à tua felicidade, endereça a esse alguém a tua silenciosa mensagem de harmonia e de amor com que lhe desejes felicidade maior.
Disse-nos o Senhor: "Batei e abrir-se-vos-á. Pedi e obtereis".
Este mesmo princípio governa o campo das vibrações.
Insiste no bem e o bem te garantirá.

Do livro Paz e renovação. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Dez Maneiras de Amar a Nós Mesmos


1 - Disciplinar os próprios impulsos.

2 - Trabalhar, cada dia, produzindo o melhor que pudermos.

3 - Atender aos bons conselhos que traçamos para os outros.

4 - Aceitar sem revolta a crítica e a reprovação.

5 - Esquecer as faltas alheias sem desculpar as nossas.

6 - Evitar as conversações inúteis.

7 - Receber o sofrimento o processo de nossa educação.

8 - Calar diante da ofensa, retribuindo o mal com o bem.

9 - Ajudar a todos, sem exigir qualquer pagamento de gratidão.

10 - Repetir as lições edificantes, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, perseverando no aperfeiçoamento de nós mesmos sem desanimar e colocando-nos a serviço do Divino Mestre, hoje e sempre.


Autor: André Luiz
Psicografia de Chico Xavier. Do livro: Paz e Renovação

PENSAMENTO E DESOBSESSÃO

André Luiz

Falamos de pensamento livre.
Analise o corpo de que você se serve no plano material: do ponto de vista do autocontrole, é uma cabine perfeita com dispositivos especiais destinados a sua própria defesa.
O cérebro com os centros diretivos da mente funciona encerrado na caixa craniana, à maneira de usina quase lacrada num cofre forte.
Os olhos registram impressões, mas podem conservá-las em estudo discreto.
Os ouvidos são forçados a escutar o que lhes afete a estrutura, entretanto, não precisam dizer o que assinalam.
A voz é produzida na laringe sem necessidade de arrojar de si palavras em desgoverno.
Mãos e pés por implementos de serviço não se movimentam sem determinações da vontade.
Os recursos do sexo não atuam sem comando mental.
Fácil, assim, verificar que não existe trabalho desobsessivo sem reajuste da emoção e da idéia, porquanto todos os processos educativos e reeducativos da alma se articulam, de início, no pensamento.
Eis porque Jesus enunciou, há quase vinte séculos:- "Não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas sim aquilo que, impropriamente, lhe sai do coração".


Do livro Paz e renovação. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

TESTE DO PROCESSO DESOBSESSIVO


André Luiz
Verifique você:
Se já consegue dispensar aos outros o tratamento que desejaria receber:
Se adia a execução das próprias tarefas;
Se reconhece que toda criatura humana é imperfeita quanto nós mesmos e que, por isso, não nos será lícito exigir do próximo testemunhos de santidade e grandeza na passarela do mundo;
Se guarda fidelidade aos compromissos assumidos;
Se cultiva a pontualidade;
Se evita contrair débitos;
Se orienta a conversação sem perguntas desnecessárias;
Se acolhe construtivamente as críticas de que se faz objeto;
Se fala auxiliando ou agredindo a quem ouve;
Se conserva ressentimentos;
Se sabe atrair amigos e alimentar afeições;
Se mantém o autocontrole, na vida emotiva, como base da sua dieta mental.
Todos nós, os Espíritos em evolução na Terra, temos a nossa quota de obsessão, em maior ou menor grau. E todos estamos trabalhando pela própria libertação. À vista disso, de quando em quando, é sumamente importante façamos um teste de nosso processo desobsessivo, a fim de que cada um de nós observe, em particular, como vai indo o seu.

Livro: Paz e Renovação. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

SEM DESÂNIMO

André Luiz

Se você deixou de trabalhar, entrando em desânimo, examine o tráfego numa rua simples.
Ônibus, automóveis, caminhões, ambulâncias e viaturas diversas passam em graus de velocidade diferente, cumprindo as tarefas que lhes foram assinaladas.
Nenhum veículo segue sem objetivo e sem direção.
Observe, porém, o carro parado, fora da pista.
Além de constituir uma tentação para malfeitores e um perigo no trânsito, é também um peso morto na economia geral, porquanto foge do bem que lhe cabe fazer.
Entretanto, se o dono resolve recuperá-lo, aparecem, de pronto,  motoristas abnegados, que se empenham a socorrê-lo.
Considera a lição e não gaste o seu tempo, acalentando enguiços na própria alma, que farão de você um trambolho para os corações queridos que lhe partilham a marcha.
Qual acontece ao veículo mais singelo, você pode perfeitamente auxiliar nos caminhos da vida, arrancar um companheiro dessa ou daquela dificuldade, carregar um doente, transportar uma carta confortadora, entregar um remédio ou distribuir alimento.
Se você quiser, realmente, largar o cantinho da inércia, rogue amparo aos Espíritos Benevolentes e Sábios que funcionam, caridosamente, na condição de mecânicos da Providência Divina, e eles colaborarão com você, mas para que isso aconteça, é preciso, antes de tudo, que você pense em servir, dispondo-se a começar.
Do livro "Paz e Renovação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

IMUNIZAÇÃO ESPIRITUAL


Emmanuel

Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário te convenças:
Que  todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação;
Que  toda pessoa  se  reveste de importância particular em nosso caminho;
Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de  alguém;
Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema;
Que sem amor não há base firme nas construções espirituais;
Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho;
Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo;
Que não existem pessoas perversas e sim criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;
Que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio;
Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar;
E que, em suma, não basta pedir aos Céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para os Céus.

Francisco Cândido Xavier  Do livro: "Paz e Renovação"

DECÁLOGO PARA MÉDIUNS

Albino Teixeira
 
Não afastar-se dos deveres e compromissos que abraçou na vida, reconhecendo que é impossível manter intercâmbio espiritual claro e constante com o Plano Superior, sem base na consciência tranqüila.
Não descuidar-se do autodomínio, a fim de controlar as próprias faculdades.
Não ignorar que desenvolvimento mediúnico, antes de tudo significa educar-se o médium a si mesmo para ser mais útil.
Não desejar fazer tudo, mas fazer o que deve e possa no auxílio aos outros.
Não recusar críticas ou discussões e sim aceitá-las de boa vontade por testes de melhoria e aperfeiçoamento dos próprios recursos.
Não guardar ressentimentos.
Não fugir do estudo, nem da disciplina para discernir e agir com segurança.
Não relaxar a pontualidade, somente faltando às tarefas que lhe caibam por motivo de reconhecida necessidade.
Não olvidar pessoas nos benefícios que preste.
Não olvidar que o melhor médium para o mundo espiritual, em qualquer tempo e em qualquer circunstância, será sempre aquele que estiver resolvido a burilar-se, decidido a instruir-se, disposto a esquecer-se e pronto a servir.

Do livro Paz e renovação. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

SAÚDE

Emmanuel
A saúde é assim como a posição de uma residência que denúncia as condições do morador, ou de um instrumento que produz em si o zelo ou a desídia das mãos que o manejam.
 A falta cometida opera em nossa mente um estado de perturbação, ao qual não se reúnem simplesmente as forças desvairadas de nosso arrependimento, mas também as ondas de pesar e acusação da vítima e de quantos se lhe associam ao sentimento, instaurando desarmonias de vastas proporções nos centro da alma, a percutirem sobre a nossa própria instrumentação.
 Semelhante descontrole apresenta graus diferentes, provocando lesões funcionais diversas.
 A cólera e o desespero, a crueldade e a intemperança criam zonas mórbidas de natureza particular no cosmo orgânico, impondo as células a distonia pela qual se anulam quase todos os recursos de defesa, abrindo-se leira fértil à cultura de micróbios patogênicos nos órgãos menos habilitados à resistência.
 Ë assim que muitas vezes, a tuberculose e o câncer, a lepra e a ulceração aparecem como fenômenos secundários, residindo a causa primária no desequilíbrio dos reflexos da vida interior.
 Todos os sintomas mentais depressivos influenciam células em estado de mitose, estabelecendo fatores de desagregação.
 Por outro lado, importa reconhecer que o relaxamento da nutrição constrange o corpo e a pesados tributos de sofrimento.
 Enquanto encarnados, é natural que as vidas infinitesimais que nos constituem o veículo de existência retratem as substâncias que ingerimos.
 Nesse trabalho de permuta constante adquirimos imensa quantidade de bactérias patogênicas que, em se instalando comodamente no mundo celular, podem determinar moléstias infecciosas de variegados caracteres,  compelindo-nos a recolher, assim, de volta, os resultados de nossa imprevidência.
 Mas não é somente ai, no domínio das causas visíveis, que se originam os processos patológicos multiformes.
 Nossa emoções  doentias mais profundas, quaisquer que sejam, geram estados enfermiços.
Os reflexos dos sentimentos menos dignos que alimentamos voltam-se sobre nós  mesmos, depois de convertidos em ondas mentais, tumultuando o serviço das células nervosas que, instaladas na pele, nas vísceras, na medula e no tronco cerebral, desempenham as mais avançadas funções técnicas: acentue-se, ainda, que esses reflexos menos felizes, em que se derramando sobre o córtex encefálico, produzem alucinações que podem variar de fobia oculta à loucura manifesta, pelas quais os reflexos daqueles companheiros encarnados ou desencarnados, que se nos subjugam ao modo de proceder e de ser, nos atingem com sugestões destruidoras, diretas ou indiretas, conduzindo-nos a deploráveis fenômenos de alienação mental, na obsessão comum, ainda mesmo quando no jogo das aparências possamos aparecer como  pessoas espiritualmente sadias.
Não nos esqueçamos, assim, de que apenas o sentimento reto pode esboçar o reto pensamento, sem os quais a alma adoece pela carência de equilíbrio interior, imprimindo no aparelho somático os desvario e as perturbações que lhe são conseqüentes.
 Livro: Pensamento e Vida - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL
 

MORTE

Emmanuel
 
Sendo a mente o espelho da vida, entenderemos sem dificuldade que, na morte, lhe  prevalecem na face as imagens mais profundamente insculpidas por nosso desejo, à  custa da reflexão reflexão reiterada, de modo intenso.
 Guardando o pensamento  -  plasma  fluídico – a precisa faculdade de substancializar suas próprias criações, imprimindo-lhes vitalidade e movimento temporários, a maioria das criaturas terrestres, na transição do sepulcro, é naturalmente obcecada pelos quadros da própria imaginação, aprisionada a fenômenos alucinatórios, qual acontece no sono comum, dentro do qual, na maioria das circunstâncias, a individualidade reencarnada, em vez de retirar-se do aparelho físico, descansa em conexão com ele mesmo, sofrendo os reflexos das sensações primárias a que ainda se ajusta.
 Todos os círculos da existência, para se adaptarem aos processos da educação, necessitam do hábito, porque todas as conquistas do espírito se efetuam na base de lições recapituladas.
  As classes são vastos setores de trabalho específico, plasmando, por intermédio de longa  repercussão, os objetivos que lhes são peculiares naqueles que as compõem.
 É assim que o jovem destinado a essa ou aquela carreira é submetido, nos bancos escolares, a determinadas disciplinas, incluindo a experiência anterior dos orientadores que lhe precederam os passos na senda profissional escolhida.
 O futuro militar aprenderá.
 desde cedo, a manejar os instrumentos de guerra, cultuando as instruções dos grandes chefes de estratégia, e o médico porvindouro deverá repetir, por anos sucessivos, os ensinos e experimentos dos especialistas, antes do juramento hipocrático.
 Em todas as escolas de formação, vemos professores ajustando a infância, a mocidade e a madureza aos princípios consagrados, nesse ou naquele ramo de estudo, fixando-lhes personalidade particular para determinados fins, sobre o alicerce da reflexão mental sistemática, em forma de lições persistentes e progressivas.
 Um diploma universitário é, no fundo , o pergaminho confirmativo do tempo de recapitulações indispensáveis ao domínio do aprendiz em certo campo de conhecimento para efeito de serviço nas linhas da coletividade.
 Segundo o mesmo princípio, a morte nos confere a certidão das experiências repetidas a que nos adaptamos, de vez que cada espírito, mais ou menos, se transforma naquilo que imagina.
 É deste modo que ela, a morte, extrai a soma de nosso conteúdo mental, compelindo-nos a viver, transitoriamente, dentro dele.
 Se esse conteúdo é o bem, teremos a nossa parcela de céu, correspondente ao melhor da construção que efetuamos em nós, e se esse conteúdo é o mal estaremos necessariamente detidos na parcela de inferno que corresponda aos males de nossa autoria, até que se extinga o inferno de purgação merecida, criado por nós mesmos na intimidade da consciência.
 Tudo o que foge à lei do amor e do progresso, sem a renovação e a  sublimação por bases, gera o enquistamento mental, que nada mais é que a produção de nossos reflexos  pessoais acumulados e sem valor na circulação do bem comum, consubstanciando as idéias fixas em que passamos a respirar depois do túmulo, à feição de loucos autênticos, por nos situarmos distantes  da realidade fundamental.
 É por esta razão que morrer significa penetrar mais profundamente no mundo  de nós mesmos, consumindo longo tempo em despir a túnica de nossos reflexos menos felizes, metamorfoseados em região alucinatória decorrente do nosso monodeísmo na sombra, ou transferindo-nos simplesmente de plano, melhorando o clima de nossos reflexos ajustados ao bem, avançando em degraus conseqüentes para novos horizontes de ascensão e de luz.
 
 
 Livro: Pensamento e Vida  - Francisco Cândido Xavier - Ditado pelo espírito EMMANUEL