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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Estudos: Série Psicológica Módulo 1 " A Estrutura da Psique 1"

Publicaremos estas video aulas em toda Terça Feira, Sábado e Domingo

Estudos :Série Psicológica " Introdução"


Estamos divulgando a todos interessados , um estudo da série Psicológica de Joana de Angelis psicografada por Divaldo Franco que realmente nos faz entender quem somos nós e de como devemos enfrentar os nossos traumas , medos, egoísmo e dentre muitos outros agregados, este programa esta disponível  na TV Cei e estaremos publicando em nosso blog. Estudem e divulguem!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O JUGO LEVE


"Vinde a mim todos vós que estais aflitos e sobrecarregados que eu vos aliviarei." - Mateus, (cap. XI, v. 28)
Jesus humanizado é o grande médico das almas, que as conhecendo em profundidade, apresenta a terapia recuperadora, ao tempo que oferece a libertadora, que evita novos comprometimentos. Conhecendo a causalidade que desencadearia as aflições que as geraram, propõe como recurso melhor para a total liberação do seu contingente perturbador a conquista da luz interna, superando toda a sombra que campeia nas consciências.

Essa claridade incomparável capaz de anular todos os prejuízos e evitar novas projeções de sofrimentos é o cultivo do amor, sustentado pela oração que se converte em canal de irrigação da energia que procede de Deus e vitaliza a criatura humana. Com esse recurso incomparável, a docilidade no trato com o semelhante permite que as Forças espirituais que promanam das imarcescíveis regiões da plenitude alcancem a intimidade daquele que ora, nele produzindo o milagre da harmonia e da claridade interior permanentes.
O Homem-Jesus, absolutamente lúcido e conhecedor do SELF que Lhe mantinha a organização humana não havendo qualquer espaço sombra, o lado escuro que devesse ser penetrado, a fim de erradicar mazelas, desde que o houvera superado em experiências multifárias nas Esferas Superiores de onde provinha.

Encarnando-se na Terra, não fugiu ao confrontos com as imposições dominantes entre os Seus coevos, mantendo-se imperturbável, mas não insensível aos seus desmandos e irreflexões, loucuras e infantilidades evolutivas, razão porque procurava extirpar do cerne das vidas que O buscavam os agentes geradores das aflições que as esmagavam, e os levavam à hediondez, ao crime, à mentira, ao ódio, novos desencadeadores de futuras inquietações. O Seu fardo se fazia leve, porque estruturado em claridade diamantina, sem qualquer contingente de tormento, ensejando o alívio imediato ao penetrar na projeção do Seu pensamento irradiante que cindia toda treva.

N'Ele estavam os recursos valiosos para a saúde espiritual, conseqüentemente, de natureza moral, emocional, física.. O ser humano é o somatório das suas aspirações e necessidades, mas também o resultado de como aplica esses recursos que o podem escravizar ou libertar. A predominância da sombra ou do lado escuro, é efeito compreensível da ignorância ou do acumpliciamento com o crime, derivado da preservação dos instintos primários em predominância no seu comportamento.

Enquanto não seja diluída essa sombra, facultando o entendimento das responsabilidades e dos compromissos que favorecem o progresso, mais se aturde na escuridão aquele que deseja encontrar rumos que não são visíveis. A sua existência se torna um pesado fardo para conduzir, um tormento mental e conflitivo na consciência entenebrecida. O amor, que significa conquista emocional superior, rompe a densidade da ignorância enquanto a oração dilui as espessas ondas escuras que envolvem o discernimento.

Mediante o amor, o ser descobre o sentido existencial, tornando-se humano, isto é, adquirindo sentimento de humanidade com libertação da alta carga de animalidade nele prevalecente, compreendendo a necessidade de compartilhar com o seu irmão o que tenha, mas também de repartir quanto o enriquece. Através da oração identifica-se com outras ondas psíquicas e impregna-se de energias saturadoras de paz, bem como enriquecedoras de alegria de viver e de crescer no rumo da plenitude.

A soberba, filha dileta do egoísmo, que lhe faculta atribuir-se um valor que ainda não possui, cede lugar à humildade que o ajuda a visualizar a grandeza da Vida e a pequenez em que ainda se debate, incitando-o à coragem e à abnegação, como o devotamento às causas de enobrecimento em que se engajará, buscando os objetivos reais agora vislumbrados e fascinantes.

Toda a terapêutica proposta por Jesus é libertadora, total e sem recuo. Ele não se detém à borda do problema, mas identifica-o, despertando o problematizado para que não reincida no erro, no comprometimento moral com a consciência, a fim de que não lhe aconteça algo pior, quais sejam a amargura sem consolo, a expiação sem alternativa, o impositi vo do resgate compulsório.

Esse Homem singular sempre foi peremptório na proposta da decisão de cada um, respeitando o livre-arbítrio, o direito de escolha que é inalienável, definindo os rumos da felicidade terrena, que prosseguiriam no reino dos Céus, ou demonstrando que através do sofrimento resignado, bem vivido, já se devassavam as fronteiras do reino, embora ainda no mundo físico.
Essa visão de profundidade define o Messias nazareno como a Luz que veio ao mundo e o mundo a recusou, preferindo a densidade do nevoeiro envolvente e alucinante. Sóbrio e austero, sem dureza ou crueldade, sempre compassivo mas não conivente, demonstrou pelo exemplo como viver-se em equilíbrio e morrer-se em serenidade, mesmo que através de qualquer flagício imposto.

Ninguém houve que mantivesse tanta serenidade na alegria da pregação da Boa Nova, sem a exaltação que tisna a beleza do conteúdo da Mensagem ou receio de que ela demorasse a se implantar no coração da Humanidade, não importando o tempo que fosse necessário, o que, realmente, é de significado secundário. O Espírito é eterno e a relatividade temporal é sempre sucedida pela sua perenidade.

Feliz aquele que opta por experimentar o bem-estar no momento em que respira e entende; desditoso aquele que, conhecendo a forma para tornar-se pleno posterga a oportunidade, aguardando os impositivos inevitáveis da sujeição e do sofrimento para resolver-se pelo adquirir o que rejeitara anteriormente.

Sob outro aspecto, Ele nunca se apresentou como solucionador de problemas, antes invitou a todos a fazerem a sua parte, a se responsabilizarem pelos próprios deveres, tornando-se o Educador que sempre se fez compreender, nunca transferindo responsabilidades que a cada qual pertecem,como mecanismos falsos para atrair ou gerar proselitismo em torno da Sua pessoa.

Diferindo de todos os demais homens, não se revestiu de aspecto excêntrico ou tomou atitudes aberrantes para chamar a atenção, mantendo-se sempre o mesmo, preservando o critério da seleção natural pelo mérito de cada discípulo que se Lhe associasse ao Ministério.

Era compreensível, portanto, que a c
omunidade judaica do Seu tempo, e a sociedade quase em geral de todos os tempos, não aceitassem o Seu método. Acostumados que se encontram os homens ao vazio do comportamento moral às concessões da mentira e da bajulação, aos esconsos compromissos seletivos, viam-nO e ainda O vêem alguns indivíduos como um violador dos costumes - infelizes, é certo - que predominam nas consciências ensombradas de governantes insensatos e das massas desgovernadas.

Não obstante, Ele permaneceu fiel ao Seu compromisso, sem o alterar para iludir ou arrebanhar simpatizantes. Sua austeridade e misericórdia conquistavam naturalmente sem promessas mentirosas, nem concessões inúteis, dando o primeiro sinal para o despertar para a Verdade, passo indispensável para futuras revoluções internas que seriam operadas no cerne de cada qual.

É incomparável Jesus, o responsável pelo fardo leve, em razão da Sua autoridade moral, ainda não totalmente reconhecida pela psicologia profunda, como o Homem de palavras claras, de ensinamentos sem dubiedades, de vivência sem recalques ou fugas.

Veio instruir e consolar mediante o exemplo de dedicação, jamais se acomodando ao modus vivendi e operandi, abrindo sulcos novos no solo dos corações para neles ensementar as palavras seguras e medicamentosas para a preservação da saúde e da vida. Ante os desafios mais vigorosos e as situações mais inclementes, não desistir dos ideais de beleza, não ceder espaço ao mal, não negociar com as sombras, permanecendo-se verdadeiro, luminoso, de consciência reta, decidido - eis a Sua proposta, conforme Ele próprio a viveu.

Sendo o Caminho, único, aliás, para chegar-se a Deus, não teve outra alternativa senão afirmar: - Vinde a mim, todos que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei.
Joanna De Ângelis

Livro: Jesus e o Evangelho

domingo, 9 de dezembro de 2012

4 PERFIL DO ATENDENTE FRATERNO-" Atendimento Fraterno Parte 5"


Equipe do Projeto
Uma descoberta importante feita por profissionais da Psicologia foi que a
eficácia da ajuda possível de ser prestada a alguém por um terapeuta não
depende tanto da escola psicológica a que o mesmo está vinculado mas,
sobretudo, a valores subjetivos relacionados com o seu comportamento —
diríamos, seu carisma, o amor que irradia — que o torna uma pessoa dotada
de qualidades inter-pessoais relevantes e qualidades intímas (força interior)
que o credenciam para o trabalho.
Em sendo uma pessoa tolerante (sem ser conivente), expressará um
respeito e uma aceitação incondicionais em relação ao ajudado, separando
sempre o ser, o Espírito, da problemática que o inquieta, que deverá ser vista
como um jugo, um acessório incômodo que a personalidade assumiu e,
portanto, temporário, que nada tem a ver com aquele ser de humanas paixões,
mas de essência divina, que lhe cabe amar com todas as veras de seu sentimento.
De posse dessa compreensão terá facilidade em ser autêntico (sem ser
grosseiro), pois no espaço do Atendimento Fraterno não há campo para
dissimulação da parte de quem atende, que deverá expressar sentimentos com
sinceridade e interesse real de ajudar. Quando dizemos sinceridade, não
estamos aconselhando que a pretexto de ser real, se deixe de guardar as
conveniências e o bom tom.
O atendente fraterno será sempre uma pessoa comedida e discreta,
dosando aquela informação cujo teor integral o ajudado não teria ainda
condições de suportar. Somente assim ele inspirará confiança e perceberá
adequadamente os sentimentos e emoções do outro a quem ajuda, recebendo
a inspiração dos bons Espíritos e transformando aquela vivência confusa e
deformada da pessoa a quem atende em algo compreensível e passível de
renovação.
É um dos objetivos do Atendimento Fraterno levar o atendido a essa
compreensão de si mesmo (ainda que em níveis superficiais, no início) para
que ele atendido — seja capaz de flexibilizar suas crenças pouco racionais e
lógicas e alterar os seus valores, a forma de ver a vida e a própria situação,
tornando-se mais otimista, para, a partir daí, fazer uma programação de vida,
traçar um roteiro evolutivo que envolva a superação das dificuldades na
ocasião apresentadas.
Não cabe ao atendente fraterno passar receitas prontas, encaminhar
soluções que saiam exclusivamente de sua cabeça. É preciso a adesão, a “cumplicidade”
do atendido, que deverá
estar disposto a assumir a rédea da própria vida. Bom mesmo será quando o
ajudado tomar a orientação que recebe (discretamente) como uma descoberta
sua, porque, nesse caso, ele se aplicará com mais energia ao esforço pela
superação de obstáculos. Voltaremos a esse assunto mais adiante, no capítulo
seguinte.
É da responsabilidade da Direção da Casa estabelecer o perfil ideal do
atendente fraterno, que será passado ao Coordenador do serviço que, por sua
vez, se incumbirá de organizar um processo seletivo capaz de identificar esses
valores humanos e incorporá-los ao trabalho.
Digamos que um perfil apropriado englobaria duas ordens de requisitos: os
humanos básicos e os de natureza doutrinária.
Entre os primeiros alinham-se as seguintes qualidades: saber ajudar-se, ou
seja, a pessoa já ter uma equação de vida bem delineada; interesse fraternal
por outras pessoas, que sintetizaremos com a expressão: gostar de gente; bom
repertório de conhecimentos, não apenas do ponto de vista informativo mas
também vivencial; hábito de oração e de estudo — oração para mantê-lo na
sintonia com os bons Espíritos, e estudo para mantê-lo atualizado e em
condição de compreender as pessoas; ser pessoa moralizada, ou seja, estar
conscientemente vivendo mais em função da essência — o Espírito — que da
aparência — a vida transitória do corpo e dos prazeres —; eqüanimidade,
ponderação, equilíbrio emocional, paciência e segurança, que constituem um
leque de conquistas emocionais e psíquicas que o capacitam a lidar

com situações desafiadoras.
Entre os requisitos doutrinários ou relacionados com a vivência espírita
incluiríamos: integração nas atividades do Centro e conhecimento da sua
estrutura de funcionamento; familiaridade com o Evangelho de Jesus;
conhecimento da Doutrina Espírita — obras básicas da Codificação e obras
complementares sobre mediunidade e obsessão/desobsessão, especialmente
as de André Luiz e de Manoel Philomeno de Miranda; obras sobre educação e
comportamento humano — e, por fim, competência para aplicar passes.

No primeiro grupo de requisitos, os referentes às qualidades humanas,
inúmeras outras além das apresentadas poderiam ser aventadas. Em verdade,
toda e qualquer qualidade humana soma para a eficiência do atendimento. A
nossa intenção não é, nem poderia ser, esgotálas, mas levantar o rol das
principais, segundo nossa óptica.
Algumas qualidades e requisitos não foram inclui-dos por estarem
relacionados com o próprio crescimento do atendente na tarefa e que se
adquirem com a prática. Entre estes está a empatia que é o sentir dentro, ou
seja profundamente, a sensibilidade para intuir ou perceber a experiência do
outro. Este tema será objeto de um estudo mais detalhado no capítulo 7.
O Atendimento Fraterno, conquanto seja uma atividade que requer dos
atendentes a posse de habilidades interpessoais, na dinâmica da Casa Espírita
assume um caráter eminentemente inspirativo, em que atendentes e atendidos
são auxiliados pelos bons Espíritos que se vinculam
à tarefa, os primeiros, recebendo intuições quanto à natureza dos problemas
enfocados e as sugestões a serem fornecidas para a solução dos mesmos e os
segundos, recebendo o apoio emocional indispensável, a fim de que tenham
confiança para se desvelarem.

Livro: Atendimento Fraterno ( Divaldo) - Projeto Manoel Philomeno de Miranda

sábado, 8 de dezembro de 2012

20- Necessidade de valorização


Os destrutivos gigantes da alma, que exteriorizam os tormentos e a imaturidade do ego, de alguma forma refletem um fenômeno psicológico, às vezes de procedência inconsciente, noutras ocasiões habilmente estabelecido,que é a necessidade da sua valorização.
Quando escasseiam os estímulos para esse cometimento do eu, sem crescimento interior, que não recebe compensação externa mediante o reconhecimento nem a projeção da imagem, o ego sobressai e fixa-se em mecanismos perturbadores a fim, de lograr atenção, desembaraçando-se, dessa forma, do conflito de inferioridade, da sensação de incompletude.

Tivesse maturidade psicológica e recorreria a outros construtores gigantes
da alma, como o amor, o esforço pessoal, a conscientização, a solidariedade, a filantropia, desenvolvendo as possibilidades de enriquecimento interior capazes de plenificação.

Acostumado às respostas imediatas, o ego infantil deseja os jogos do prazer a qualquer preço, mesmo sabendo que logo terminam deixando frustração, amargura e novos anelos para fruir outros. A fim de consegui-lo e por não saber dirigir as aspirações, asfixia-se nos conflitos perturbadores e atira-se ao desespero. Quando assim não ocorre, volta-se para o mundo interior e reprime os sentimentos, fechando-se no estreito quadro de depressão.

Renitente, faculta que ressumam as tendências do prazer, mascaradas de
auto-aflição, de autoflagelação, de autodepreciação.

Entre muitos religiosos em clima de insatisfação pessoal, essa necessidade de valorização reaparece em estruturas de aparente humildade, de dissimulação, de piedade, de proteção ao próximo, estando desprotegidos de si mesmos...

A humildade é uma conquista da consciência que se expressa em forma
de alegria, de plenitude. Quando se manifesta com sofrimento, desprezo por si mesmo, violenta desconsideração pela própria vida, exibe o lado oculto da vaidade, da violência reprimida e chama a atenção para aquilo que, legitimamente, deve passar despercebido.

A humildade é uma atitude interior perante a vida; jamais uma indumentária exterior que desperta a atenção, que forja comentários, que
compensa a fragilidade do ego.

O caminho para a conscientização, de vigilância natural, sem tensão, fundamentando-se na intenção libertadora, é palmilhado com naturalidade e cuidado.

Jesus, na condição de excepcional Psicoterapeuta, recomendava a vigilância antes da oração, como forma de auto-encontro, para depois ensejarse a entrega a Deus sem preocupação outra alguma.

A Sua proposta é atual, porqüanto o inimigo do homem está nele, que vem
herdando de si mesmo através dos tempos, na esteira das reencarnações
pelas quais tem transitado. Trata-se do seu ego, dissimula-dor hábil que conspira contra as forças da libertação.

Não podendo fugir de si mesmo nem dos fatores arquetípicos coletivos, o ser debate-se entre o passado de sombras — ignorância, acomodação, automatismos dos instintos — e o futuro de luz — plenitude através de esforço
tenaz, amor e auto-realização — recorrendo aos dias presentes, conturbados pelas heranças e as aspirações. No entanto, atraído pela razão à sua fatalidade biológica — a morte — transformação do soma — histórica — a felicidade — e espiritual — a liberdade plena — vê o desmoronar dos seus anseios e reconstrói os edifícios da esperança, avançando sem cessar e
conquistando, palmo a palmo, a terra de ninguém, onde se expressam as próprias emoções conturbadas.

Essa necessidade de valorização egóica pode ser transformada em realização do eu mediante o contributo dos estímulos.

Cada ação provoca uma reação equivalente. Quando não se consegue
uma resposta através de um estímulo positivo, como por exemplo: — Eu te
amo, para uma contestação equivalente: — Eu também, recorre-se a uma
negativa: — Ninguém me ama, recebendo-se uma evasiva — Não me inclua nisso. Sob trauma ou rancor, o estímulo expressa-se agressivo: — Não gosto de ninguém, para colher algo idêntico: — A recíproca é verdadeira.

Os estímulos são fontes de energia. Conforme dirigidos, brindam com resultados correspondentes.

O ego que sente necessidade de valorização, sem o contributo do self em
consonância, utiliza-se dos estímulos negativos e agressivos para compensarse, sejam quais forem os resultados.

O importante para o seu momento não é a qualidade da resposta estimuladora,
mas a sua presença no proscênio onde se considera ausente.

Verdadeiramente, no inter-relacionamento social, quando todos se
encontram, o ego isola suas vítimas para chamar a atenção ou bloqueia-as de tal
forma que não ficam ausentes, porém tornam-se invisíveis. Encontram-se
no lugar, todavia, não estão ali. Essa invisibilidade habilmente buscada
compensa o conflito do ego, mantendo a autoflagelação de que não énotado,
não possui valores atraentes. Tal mortificação neurótica introjeta as imagens infelizes e personagens míticas do sofrimento, que lhe compõem o quadro de desamparo emocional de desdita pessoal.

Nesse comportamento doentio do ego, a necessidade de valorização, porque não possui recursos relevantes para expor, expressa-se na enganosa autocomiseração que lhe satisfaz as exigências perturbadoras, e relaxa,
completando-se emocionalmente.

Quando o self assoma e governa o ser, os estímulos são sempre positivos,
mesmo que tenham origem negativa ou agressiva, porque exteriorizam o bemestar que lhe é próprio.

Se alguém diz: Não gosto de você, a mensagem transacional retorna
elucidando : — Eu, no entanto, o estimo.
Se a proposta afirma: — Detesto-o, a comunicação redargue: — Eu o admiro.
Não se contamina nem se amargura, porque, em equilíbrio, possui valor,
não tendo necessidade de valorização.

O Ser Consciente
Joana de Angelis/Divaldo

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

COMPORTAMENTOS EXÓTICOS "O excêntrico (incomum) é ser atormentado, ególatra; frágil, que se faz indiferente; temeroso, que se apresenta com reações imprevisíveis; insensível, que se recusa enfrentar-se. Ignora os outros e vive comportamentos especiais, como única maneira de liberar os conflitos em que se aturde."


A dependência psicológica do morbo(mal) da queixa, traduzindo insegurança e instabilidade emocional, leva a estados perturbadores que se podem evitar, mediante o cuidado na elaboração das idéias e do otimismo na observação das ocorrências.

O queixoso perdeu o endereço de si mesmo, transferindo-se para os departamentos da fiscalização da conduta alheia.

Síndrome(sinais) compulsiva (obsessivos)  para aparecer, o paciente oculta-se na mentirosa postura de vítima ou na condição de portador de conduta inatacável, escorregando pela viciação acusadora, que mais lhe agrava o distúrbio no qual estertora(agoniza).

Da simples fixação do erro e apenas dele — conforme afirma o brocardo (provérbio)  popular, enxerga uma agulha num palheiro — modifica o comportamento perdendo a linha convencional do que é correto e saudável para viver de maneira alienada, cultivando exotismos ( extravagâncias), dando largas ao inconsciente, responsável pelas repressões que se transformaram em mecanismos de afirmação da personalidade.

Saúde, em realidade, é estado de bom humor, com inalterável tolerância pelas excentricidades dos outros e seus correspondentes erros.

O homem saudável sobressai pela harmonia e otimismo em todas as situações, mantendo-se equilibrado, sem os azedumes perturbadores,os ademanes(modos) chamativos, nem as agravantes manifestações anômalas.

A doença caracteriza-se pela inarmonia em qualquer área da pessoa humana, gerando os distúrbios catalogados nos diferentes departamentos do corpo, da mente, da emoção.

A insegurança, a frustração, os complexos de inferioridade, perturbando o equilíbrio psicológico, transferem-se para as reações nervosas, manifestando se em contrações musculares, fixações, repetições de gestos, palavras e conduta alienadoras, que degeneram nas psicoses ( doença mental) compulsivas, específicas, cada vez mais constritoras (constrangida), em curso para o desajuste total...

O excêntrico (incomum) é ser atormentado, ególatra; frágil, que se faz indiferente; temeroso, que se apresenta com reações imprevisíveis; insensível, que se recusa enfrentar-se. Ignora os outros e vive comportamentos especiais, como única maneira de liberar os conflitos em que se aturde.

A psicoterapia própria, reajustadora, apresenta-se propondo-lhe uma revisão de valores culturais e sociais, envolvendo-o no grupo familiar e nos problemas da comunidade, a fim de que rompa a carapaça da dissimulação e
assuma as responsabilidades que interessam a todos, tornando-se célula harmônica, ativa, ao invés de manter-se em processo degenerativo, ameaçador...

Atavicamente(naturalmente) herdeiro dos hábitos pretéritos( passado), conduz, de reencarnações infelizes, excentricidades multiformes, como arquétipos( modelos) do inconsciente coletivo que, no entanto, são gerados por ele próprio.

Nessa área, surgem os distúrbios do sexo, predominando a psicologia à morfologia, caracterizando biótipos extravagantes, que chamam a atenção pelo desvio de conduta, por fenômeno psicológico de não aceitação de sua realidade, compondo uma personificação que agride aos outros, e a si mesmo se realiza em fenômeno de autodestruição.

A exibição não é apenas uma forma de assumir o estado interior, psicológico, mas, também, de chocar, em evidente revolta contra o equilíbrio mente-corpo, emoção-função fisiológica...

Por extensão, a compulsão psicótica leva-o à extroversão exagerada, em todas as formas da sua comunicação com o mundo exterior, pondo para fora os conflitos, mascarados em expressões que lhe parecem afirmar-se perante si mesmo e as demais pessoas.

Outrossim, algumas dessas personalidades exóticas fazem-se isoladas onde quer que se encontrem, evitando o relacionamento com o grupo, em postura excêntrica, de natureza egoísta.

Exigem consideração, que não dispensam a ninguém; auxílio, que jamais retribuem; gentilezas, que nunca oferecem, sendo rudes, mal-humorados,
insensíveis e presunçosos.

Essa é uma fase adiantada do comportamento exótico, que exige mais
acentuada terapia de profundidade.

Nesse estágio da conduta, os sonhos são-lhes caracterizados pela necessidade tormentosa de conseguirem a realização plenificadora, que não atingem.

Devaneios íntimos povoam-lhes o campo onírico, referto de transtornos e pesadelos, que mais os inquietam quando no estado de consciência lúcida.

Os fatos da infância ressurgem-lhes fantasmagóricos, e a imagem da mãe,
excessivamente dominadora ou tragicamente benévola, que transferiu para o rebento suas frustrações e nele passou a realizarse, anelando para a felicidade do ser querido tudo aquilo quanto não fruiu, neurótica, portanto, na suaestrutura maternal.

A psicoterapia deve apoiar-se na busca da conscientização do paciente, para que assimile novos hábitos, empenhando-se em harmonizar a sua natureza interior com a sua realidade exterior, exercitando-se no convívio social sem a tentação de destacar-se, sendo pessoa comum, identificada com os objetivos normais da vida, que escolherá conforme as próprias aptidões, trabalhando com esforço a modelagem da nova personalidade.

O desenvolvimento da criatividade contribui para o ajustamento da personalidade ao equilíbrio, gerando o enriquecimento interior, que anulará os
condicionamentos viciosos.

Sem dúvida, o acompanhamento do psicólogo assim como do analista atentos lhe propiciará o encontro com o eu profundo e seus conteúdos psíquicos, liberando-se das heranças neuróticas e dos condicionamentos psicóticos.

O homem e a mulher saudáveis têm comportamento ético, sem pressão, e
tornam-se comuns, sem vulgarizarem-se.

Livro : O Ser Consciente
Divaldo/Joana de Angelis