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terça-feira, 5 de março de 2013

OS MAGOS DO ORIENTE

CAPÍTULO II
OS MAGOS DO ORIENTE
OS MAGOS DO ORIENTE
1 - Tendo pois nascido Jesus em Belém de Judá, em tempo do rei Herodes, eis que vieram do Oriente uns magos a Jerusalém.
2 - Dizendo: Onde está o rei dos judeus, que é nascido? Porque nós vimos no Oriente a sua estrela e viemos a adorá-lo.
3 - E o rei Herodes ouvindo isto se turbou e toda Jerusalém com ele.
4 - E convocando todos os príncipes dos sacerdotes e os escribas do povo, lhes perguntava onde havia de nascer o Cristo.
5 - E eles lhe disseram: Em Belém de Judá; porque assim está escrito pelo profeta:
6 - E tu Belém, terra de Judá, não és a de menos consideração entre as principais de Judá; porque de ti sairá o condutor, que há de comandar o meu povo de Israel.
7 - E então Herodes, tendo chamado secretamente os magos, inquiriu deles com todo o cuidado que tempo havia que lhes aparecera a estrela.
8- E enviando-os a Belém, dísse-lhes: Ide e informai-vos bem que menino é esse; e depois que o houverdes achado vinde-me dizer, para eu ir também adorá-lo.
9 - Eles, tendo ouvido as palavras do rei, partiram; e logo a estrela, que tinham visto no Oriente, lhes apareceu, indo adiante deles, até que chegando, parou onde estava o menino.
10 - E quando eles viram a estrela, foi sobremaneira grande o júbilo que sentiram.
11 - E entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e prostrando-se o adoraram; e abrindo os seus cofres lhe fizeram suas ofertas de ouro, incenso e mirra.
12 - E havida resposta em sonhos, que não tornassem a Herodes, voltaram por outro caminho a suas terras.
Segundo nos informa Emmanuel em seu livro, "A Caminho da Luz", as raças adâmicas guardaram a lembrança das promessas do Cristo que, por sua vez, a fortaleceu enviando-lhes periodicamente seus missionários. Os enviados do Infinito falaram na China milenária, da celeste figura do Salvador, muitos séculos antes do advento de Jesus. Os iniciados do Egito o esperavam. Na Pérsia, idealizaram sua trajetória, antevendo-lhe os passos no caminho do porvir. Na lndia védica, era conhecida quase toda a história evangélica, que o sol dos milênios futuros iluminaria na escabrosa Palestina. (Vide Emmanuel, "A Caminho da Luz", págs. 30 e 31, edição de 1941 ).
Os magos eram sacerdotes. Na antiga Pérsia formavam uma corporação que se ocupava do culto religioso e do cultivo da ciência, principalmente da astronomia. O verdadeiro significado da palavra mago é sábio. Eram respeitadíssimos pelo povo e dividiam-se em várias classes, cada uma das quais tinha privilégios e deveres distintos. Levavam uma vida austera, vestiam-se com extrema simplicidade e não comiam carne. É fora de dúvida que terão tomado conhecimento das profecias referentes à vinda do Messias, por meio dos israelitas, quando estes estiveram cativos na Babilônia. Estas profecias, guardadas carinhosamente no recesso dos templos, só eram reveladas aos iniciados nas coisas espirituais. Estudiosos da espiritualidade que eram, não lhes foi difícil compreender o verdadeiro caráter de Jesus e da missão que vinha desempenhar entre os homens, motivo pelo qual o esperavam através das gerações. Cultores da mediunidade que para eles não tinha segredos, são avisados pelos seus mentores espirituais, logo que Jesus se encarna. E comparando o aviso recebido com as profecias que possuíam, não duvidaram em ir prestar suas homenagens ao Messias, há tanto tempo esperado e desejado. A estrela que os guiava era um espírito que se lhes apresentava em forma luminosa.
Qual o objetivo que visavam os mentores espirituais, favorecendo a adoração dos magos?
O objetivo era chamar a atenção do povo hebreu de que o Messias prometido já se tinha encarnado.
Realmente, os magos despertaram a curiosidade do povo de Jerusalém, tanto que Herodes os chamou e os inquiriu sobre os motivos que os tinham trazido à cidade. Certos de que o povo escolhido também sabia da chegada do Cristo, candidamente respondiam que o tinham vindo adorar.
De nada valeu o aviso. Israel não soube perceber o advento do Salvador.
A FUGIDA PARA O EGITO; A MATANÇA DOS INOCENTES
13 - Partidos que eles foram, eis que apareceu um anjo do Senhor em sonhos a José e lhe disse: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e foge para o Egito e fica-te lá até que eu te avise. Porque Herodes tem de buscar o menino para o matar.
14 - E José, levantando-se, tomou de noite o menino e sua mãe e retirou-se para o Egito.
15 - E ali esteve até a morte de Herodes; para se cumprir o que proferira o Senhor pelo profeta que diz: Do Egito chamei a meu filho.
16 - Herodes então, vendo que tinha sido iludido pelos magos, ficou muito irado por isso e mandou matar todos os meninos que havia em Belém e em todo o seu termo, que tivessem dois anos e daí para baixo, regulando-se nisto pelo tempo que tinha exatamente averiguado dos magos,
17 - Então se cumpriu o que estava anunciado pelo profeta Jeremias, que diz:
18 - Em Ramá se ouviu um clamor, um choro e um grande lamento; vinha a ser Raquel chorando a seus filhos, sem admitir consolação pela falta deles.
Tendo sido avisados os poderes terrenos de que o Rei Espiritual da Terra viera iniciar o seu reinado no coração dos homens, a reação das trevas foi de ódio.
E deliberaram destruí-la.
A Providência Divina, porém, fez com que o Messias fosse colocado em lugar seguro, enquanto se manifestava o temporário poder das trevas.
Obediente às intuições superiores que recebiam, os magos voltam a seus países, sem se avistarem de novo com os perseguidores do menino.
É decretada a matança dos inocentes. As crianças atingidas por este violento desencarne, eram espíritos em expiação.
Em encarnações passadas muito tinham errado, tornando-se, desse modo, merecedores do castigo pelo qual passaram.
Durante o progresso do Evangelho, vemos as trevas se insurgirem contra ele em quatro ocasiões: A primeira, quando Jesus nasceu. A segunda, quando Jesus foi crucificado. A terceira, quando os Apóstolos se espalharam pelo mundo, levando o Evangelho a todos os povos; então assistimos às perseguições dos cristãos. E a quarta é de nossos dias, quando, com o advento do Espiritismo, o Consolador que viria explicar o que Jesus deixou para mais tarde e reviver-Ihe os preceitos, seus adeptos foram ridicularizados.
A VOLTA DO EGITO
19 - E sendo morto Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito.
20 - Dizendo: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque são mortos os que buscavam o menino para o matar.
21 - José, levantando-se, tomou o menino e sua mãe e veio para a terra de Israel.
22 - Mas ouvindo que Arquelao reinava na Judéía em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e avisado em sonhos se retirou para as partes da Galiléía.
23 - E veio morar numa cidade que se chama Nazaré; para se cumprir o que fora dito pelos profetas: Que será chamado Nazareno.
Em preservar a vida do menino, defendendo-o de seus perseguidores, devemos admirar a obediência de José, esposo de Maria e pai de Jesus.
Obedecendo às intuições de seus guias espirituais e ao seu anjo da guarda, José rendeu um preito de adoração e de veneração a Deus, nosso Pai.
Se José não tivesse obedecido às inspirações superiores, teria falhado na missão que lhe fora conferida de velar pela infância de Jesus.
Observemos aqui a ação maravilhosa da mediunidade. Os magos, José e Maria, receberam as ordens dos planos superiores por meio da mediunidade que possuíam. Por aí vemos que todo médium que trata amorosamente de sua mediunidade e sabe obedecer às inspirações de seus superiores espirituais, tem, na própria mediunidade, um arrimo seguro para triunfar de suas provas e de suas expiações na Terra.
Eliseu Rigonatti

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

CAPÍTULO III JOÃO BATISTA


JOÃO BATISTA
1 - Naqueles dias pois veio João Batista pregando no deserto da Judéia.
2 - E dizendo: Fazei penitência; porque está próximo o reino dos céus.
3 - Porque este é de quem falou o Profeta Isaías, dizendo:
Voz do que clama no deserto; aparelhai o caminho do Senhor; endireítai as suas veredas.
4 - Ora o mesmo João tinha um vestido de peles de camelo e uma cinta de couro em roda de seus rins; e a sua comida era gafanhotos e mel silvestre.
5 - Então vinha a ele Jerusalém e toda a Judéia e toda a terra da comarca do Jordão.
6 - E confessando os seus pecados, eram por ele batizados no Jordão.
7 - Mas vendo que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham ao seu batismo, lhes disse: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?
8 - Fazei pois dignos frutos de penitência.
9 - E não queirais dizer dentro de vós mesmos: Nós temos por pai a Abrahão; porque eu vos digo que poderoso é Deus para fazer que nasçam destas pedras filhos a Abrahão.
10 - Porque já o machado está posto à raiz das árvores. Toda a árvore pois que não dá bom fruto será cortada e lançada no fogo.
11 - Eu na verdade vos batizo em água para vos trazer à penitência; porém o que há de vir depois de mim é mais poderoso do que eu; e eu não sou digno de lhe ministrar o calçado; ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo .
12 - A sua pá na sua mão se acha; e ele a limpará muito bem a sua eira; e recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará as palhas num fogo que jamais se apagará.
A figura máscula de João Batista inicia a idade evangélica, na qual estamos. Pregador rude, homem de um viver austeríssimo, desprezou as comodidades da vida, a ponto de se alimentar com o que achava no deserto e de se vestir com a pele de animais. Assim impressionou fortemente o povo, que acorria a ouvi-la e a pedir-lhe conselhos. Poderoso médium inspirado, foi o transmissor das mensagens do Alto, pelas quais se anunciava a chegada do Mestre e o começo dos trabalhos de regeneração da humanidade.
A todos os que queriam tornar-se dignos do reino dos céus, João aconselhava que fizessem penitência.
Qual seria essa penitência, primeiro passo a ser dado em direção ao reino de Deus?
Não eram as longas orações, nem os donativos e esmolas; nem as peregrinações aos lugares santos nem as construções de capelas; nem os jejuns nem os votos nem as promessas; não era a adoração de imagens nem a entronização delas.
A penitência não consistia em formalidades exteriores, mas sim na reforma do caráter e na retificação dos atos errados que cada um tinha praticado.
De que valem formalidades exteriores se o íntimo de cada qual permanece o mesmo? As práticas exteriores podem enganar os homens, mas não enganam a Deus, nosso Pai.
Qual o valor da confissão de erros a um homem, que, geralmente, erra tanto quanto seus irmãos?
Permanecendo o erro de pé, pode haver justificativa diante de Deus, nosso Pai?
A verdadeira confissão se faz quando se procura a pessoa a quem se ofendeu e com ela se conserta o erro.
Roubaste teu irmão? Restitui-lhe o que lhe roubaste.
Defraudaste alguém? Entrega-lhe o que lhe pertence.
Cometeste adultério? Purifica-te por um viver honesto.
Tens vícios? Abandona-os.
És mau, vingativo, rancoroso? Torna-te bom, perdoa, sê indulgente.
És rico? Ajuda o pobre.
És pobre? Não murmures contra tua situação.
És sábio? Instrui o ignorante.
És forte? Ampara o fraco.
És empregado? Obedece diligentemente.
És patrão? Sê humano para com teus subalternos.
Sois pais? Encaminhai vossos filhos pelas veredas do bem.
Sois esposos? Tratai·vos com carinho, amor e amizade, fazendo do lar um santuário de virtudes, de abnegação e de devotamento.
Sois filhos? Respeitai vossos pais.
Estes são alguns dos dignos frutos de penitência que João ordenava que se fizessem.
Já o machado está posto à raiz das árvores é uma das mais belas, sugestivas e vigorosas das figuras usadas por João, para demonstrar-nos o que sucederá depois de a Terra ter recebido o Evangelho.
O Evangelho é a lei eterna de Deus, reguladora dos atos de cada um de nós, não só no plano terreno, como em qualquer outro plano do Universo. O Pai promulgou uma só lei para seus filhos, não importa em que plano habitem.
O Evangelho é o Regulamento Moral que cumpre observar. Ora, acontecerá que serão banidos da Terra os espíritos que não se conformarem com a lei evangélica. Os endurecidos no mal e nos vícios e sem vontade de se reformarem, desencarnarão. Depois de desencarnados não se reencarnarão mais na terra; emigrarão da terra para planos do Universo que estiverem de acordo com seus caracteres.
E Jesus terá limpa sua eira, isto é, a terra será habitada somente pelos espíritos evangelizados. E a palha, isto é os espíritos que não aceitarem o Evangelho, em novos ambientes sofrerão as transformações que os levarão, futuramente, a caminho do Bem. 

O BATISMO DE JESUS
13 - Então veio Jesus da Galiléia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele.
14 - Porém João impedia, dizendo: Eu sou o que devo ser batizado por ti e tu vens a mim?
15 - E respondendo, Jesus lhe disse: Deixa por ora; porque assim nos convém cumprir toda a justiça. E ele então o deixou.
16 - E depois que Jesus foi batizado, saiu logo para fora da água; e eis que se lhe abriram os céus; e viu o Espírito de Deus, que descia como pomba e que vinha sobre ele.
17 - E eis uma voz dos céus que dizia: - Este é meu filho amado, no qual tenho posto toda minha complacência.
Este ponto, em que os Evangelistas tratam do batismo do Mestre, deu origem a intermináveis discussões, que sempre se reacendem ao depararem com circunstâncias favoráveis.
Todas as seitas que se constituíram ao influxo das palavras evangélicas, adotaram o batismo. Algumas de um modo racional, pois só permitem que seus adeptos se batizem na idade em que possam julgar o ato que praticam. Outras obrigam seus seguidores a se batizarem na primeira infância, idade em que lhes é impossível avaliarem a cerimônia na qual tomam parte inconscientemente.
O batismo em nossos dias é uma formalidade exterior, sem significado moral e serve apenas para a satisfação de vaidades e preconceitos arraigados nos corações dos pais.
O Espiritismo não adota o batismo. O batismo, diante das revelações do Espiritismo, é uma cerimônia do passado, inútil no presente.
E por que Jesus se batizou?
Porque lhe convinha cumprir toda a justiça, segundo ele próprio o declara a João.
O Precursor encerra o período das fórmulas exteriores, com as quais até então se adorava o Pai. Jesus inaugura o período em que se presta veneração a Deus em espírito e verdade, no santuário da consciência de cada um de seus filhos.
O batismo de João era bem diferente do que conhecemos em nossos dias. Pregando no deserto as alvoradas do reino dos céus, dirigia enérgico convite a todos para que se preparassem para o luminoso dia da redenção. Seduzidos pela sua palavra vibrante de fé, muitos dos ouvintes se arrependiam da vida delituosa que tinham levado e confessavam-lhe as faltas, como penhor de que não tornariam a cometê-las.. E João batizava-os, isto é, lavava-os, dando a entender que o arrependimento sincero, seguido do firme propósito de não mais reincidir no erro, limpa o espírito, como a água limpa o corpo.
E João prega que Jesus batizaria no Espírito Santo e no fogo. Entrando Jesus na água para ser batizado, é como se dissesse: Até agora foi assim; daqui por diante, será conforme lhes vou ensinar.
E seu batismo é do Espírito Santo e de fogo.
O avaro que deixa de ser avarento.
O hipócrita, que se torna sincero.
O orgulhoso que se torna humilde.
O mau que se torna bom.
Os viciados que abandonam os vícios.
Os inimigos que esquecem os ódios que os separavam e se abraçam à luz do Evangelho.
O forte que se lembra de proteger o fraco.
O rico que procura concorrer para o bem-estar dos pobres. O pobre que não murmura.
Os que, apesar de seus padecimentos, bendizem a vontade de de Deu.
Todos esses não sofrem um verdadeiro batismo de fogo? O batismo de fogo, pois, com o qual Jesus nos batiza, é o esforço que ele nos convida a fazer para que nos livremos das paixões inferiores, que nos dominam; livres delas, estaremos batizados, isto é, puros diante de Deus, nosso Pai.
O Espírito Santo é a denominação dada à coletividade dos espíritos desencarnados, que lutam pela implantação do reino de Deus na face da terra. .
Batizar-se no Espírito Santo significa receber-se a mediunidade. Todos os que recebem a mediunidade se colocam à disposição dos espíritos do Senhor para os trabalhos de evangelização que se desenvolvem no plano terrestre. É um batismo de renúncia, devotamento, abnegação e humildade. Todos são chamados para o sagrado batismo do Espírito Santo, porque todos podem trabalhar para o advento do reino dos céus.
Quando Jesus saiu da água, João viu a legião dos fulgurantes espíritos que seguiam Jesus e ouviu o cântico que entoavam ao Senhor nas alturas. E para ser compreendido pelo povo, traduziu a visão celeste por um símbolo material.
Eliseu Rigonatti

Livro : O Evangelho dos Humildes.

sábado, 29 de setembro de 2012

CAPÍTULO X -OS DOZE E SUA MISSÃO


OS DOZE E SUA MISSÃO
1 - Então convocando os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus poder sobre os espíritos imundos, para os expelirem e para curarem todas as doenças e todas as enfermidades.
2 - Ora os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, que se chama Pedro e André, seu irmão.
3 - Tiago, filho de Zebedeu e João, seu irmão, Filipe e Bartolomeu, Tomé e Mateus, o publicano, Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu.
4 - Simão Cananeu e Judas Iscariotes, que foi o que o entregou.
Durante algum tempo, os discípulos se dedicam ao aprendizado junto ao Mestre. Espíritos de alto progresso espiritual, fácil lhes foi assimilar as lições que Jesus lhes ministrava diariamente, não só pelas palavras, como também pelo exemplo. Fortificados pela fé que Jesus lhes acendera nos corações, estavam preparados para continuar a obra evangélica, que Jesus lhes confiaria. São sábias e comovedoras as regras, segundo as quais os discípulos pautariam sua conduta no mundo. Há vinte séculos que os discípulos de boa vontade estudam este código de renúncia; os que não se afastaram dele, triunfaram. Palmilhando os ásperos caminhos da terra, quando a taça de amarguras parecia transbordar, lembravam-se das ternas exortações e dos conselhos do Mestre e adquiriam novo alento para perseverarem até o fim. Estas instruções são para todos os tempos e para todos os discípulos de boa vontade. Os médiuns, especialmente, devem meditá-las, estudá-las e assimilá-las muito bem, antes de iniciarem seu medianato. De acordo com os últimos ensinamentos do Espiritismo, estudemos o código do discípulo fiel.
5 - A estes doze enviou Jesus, dando-lhes estas instruções, dizendo: Não ireis caminho de gentios, nem entreis nas cidades dos samaritanos.
6 - Mas ide antes às ovelhas que pereceram da casa de Israel.
Jesus ordena a seus discípulos que se dirijam antes aos que já estavam em condições de entender os novos ensinamentos. Os israelitas eram, naturalmente, os indicados para primeiro receberem o Evangelho, dado o longo preparo espiritual a que a lei de Moisés os tinha submetido, Dirigindo-se a eles, os discípulos encontrariam um terreno propício à semeadura. Ao passo que se procurassem em primeiro lugar os outros povos, as dificuldades para a difusão do Evangelho seriam maiores, pois, ainda não estavam à altura de suas lições. Com o tempo, todos os povos se preparariam convenientemente e, então, surgiriam novos trabalhadores, que lhes levariam as claridades do Evangelho.
Na difusão do Espiritismo, o discípulo inteligente deve seguir a mesma diretriz: primeiro os que estão em estado de o compreenderem; os outros virão depois.
7 - E pondo-vos a caminho, pregai que está próximo o reino dos céus.
O reino dos céus está dentro de nossos corações. É inútil ir procurá-lo mais longe. Caracteriza-se pela bondade, pelo amor fraterno entre todos, pelo acolhimento, amparo e proteção aos que sofrem. O coração, livre de ódios, de remorsos, de cobiça, de ambições descabidas, da concupiscência; e capaz de amar a todos os homens, sem distinção de cor, de classe social, de raças, de credos políticos ou religiosos, um coração assim traz dentro de si o reino dos céus. Portanto, o reine dos céus está ao nosso alcance. A consciência tranqüila e o coração puro causam uma felicidade tal aos que os possuem, que, já na terra, gozam as alegrias espirituais que os aguardam nos planos da espiritualidade. Não deixemos para amanhã o início de adquirirmos essa graça. Comecemos desde agora a trabalhar por merecê-la, combatendo nossas imperfeições, abandonando nossos vícios, abrandando nosso caráter e esforçando-nos por nos amarmos uns aos outros. E depois de termos realizado o reino dos céus dentro de nós, fácil será concretizar na face de nosso planeta. Jesus alude ao começo dos trabalho de regeneração da humanidade pela observância das leis divinas, quando manda a seus discípulos que preguem estar próximo o reino dos céus.
8 - Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, limpai os leprosos, expeli os demônios; dai de graça o que de graça recebestes.
Conquanto Jesus e seus discípulos e, modernamente o Espiritismo, tenham operado curas materiais, é mais no sentido moral que devemos entender esta ordem de Jesus. Porque o Evangelho é a lição divina que ensina a humanidade a se curar de suas imperfeições morais.
Curai os enfermos, isto é, ensinai os homens a evitarem o mal, para que não sofram suas dolorosas conseqüências.
Ressuscitai os mortos, isto é, ensinai que a morte não existe e que do outro lado do túmulo o espírito continua com sua vida eterna.
Limpai os leprosos, isto é, ensinai os pecadores a se regenerarem e esclarecei os ignorantes sobre as coisas divinas.
Expeli os demônios, isto é, encaminhai os espíritos obsessores concitando-os ao perdão e à prática do bem.
E nunca aceiteis a paga do bem que espalhastes, uma vez que o Pai, que está nos céus, não põe preço em sua misericórdia.
9 - Não possuais ouro nem prata, nem tragais dinheiro nas vossas cintas;
10 - Nem alforge para o caminho, nem duas túnicas, nem calçado, nem bordão; porque digno é o trabalhador do seu alimento.
Acima de tudo, o discípulo fiel deve confiar na Providência Divina. O Senhor da seara não deixará os seus obreiros sem o necessário para sua manutenção. Se os patrões humanos não deixam seus operários sem a paga do trabalho que executam, quanto mais o Patrão Divino não cuidará de seus servos?
Além disso, o discípulo do Evangelho ensina os povos a se libertarem da matéria. Daria um péssimo exemplo, o discípulo que se afadigasse pela posse transitória dos bens terrenos; porque demonstraria confiar mais na matéria do que na Providência Divina. A evangelização das criaturas deve ser a principal preocupação do discípulo sincero.
11 - E em qualquer cidade ou aldeia em que entrardes, informai-vos de quem há nela digno; e ficai aí até que vos retireis.
12 - E ao entrardes na casa saudai-a, dizendo: Paz seja nesta casa.
13 - E se aquela casa na realidade o merecer, virá sobre ela a vossa paz; e se o não a merecer, tornará para vós a vossa paz.
Os discípulos tinham de ir de aldeia em aldeia e de cidade em cidade pregando o Evangelho. Naqueles tempos não havia a imprensa, nem o rádio nem os modernos meios de propaganda; somente dispunham da palavra oral para tornarem conhecido o Evangelho. Pobres como eram, não podiam pagar pousadas; forçoso lhes era, por conseguinte, procurarem almas caritativas que os hospedassem gratuitamente. Não só era uma oportunidade para essas almas exercerem a caridade para com os viajores sem recursos, como também era um testemunho que os discípulos davam de sua fé em Deus.
Em nossos dias, o Espiritismo é o novo apóstolo que Jesus envia a todas as cidades e a todos os lares para ensinar os preceitos evangélicos. O Espiritismo saúda com a sagrada saudação a casa onde penetra. E a casa passa a gozar a paz, o ambiente doméstico fica livre de espíritos inferiores que o perturbavam, os quais são encaminhados para as escolas de aprendizado e de regeneração no mundo espiritual. Os membros da família extinguem as querelas e doce fraternidade preside as relações familiares. Todavia, para isso é necessário que a casa mereça realmente a paz, o que será conseguido pela observância dos preceitos de Jesus.
Cumpre notar que quando um médium vai ministrar um passe a um doente, prestando assim a caridade espiritual, o doente pode ou não merecer a graça de ser beneficiado. Porque há doentes que só se lembram de implorar o auxílio divino e prometem regenerar-se quando premidos pelo sofrimento. Logo que se livram dos males que os atormentavam, esquecem-se das promessas feitas a Deus e não mais se interessam pelas coisas espirituais. Nesse caso a graça será toda do médium, que será recompensado espiritualmente pelo serviço prestado.
14 - Sucedendo não vos querer alguém em casa, nem ouvir o que dizeis, ao sair para fora da casa, ou da cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
Os preceitos de Jesus visam eliminar do seio da grande família humana, todos os motivos que separam os seus membros. O Evangelho, portanto, não poderá ser imposto pela força, mas pelo Amor. Jesus não ordena que seus discípulos forcem a consciência daqueles que os querem ouvir; mas que se afastem deles, sem discutirem.
Mandando que seus discípulos sacudissem o pó dos sapatos ao deixarem os que os repelissem, é como se lhes dissesse: "Mostrai aos vossos irmãos que vos enxotarem ou vos contradizerem que nenhuma das idéias deles conseguiu abalar a vossa fé; e que deles não guardais o menor ressentimento."
Na difusão do Espiritismo, inúmeras vezes terão os discípulos sinceros de sacudirem o pó das sandálias; porque nem todos os encarnados estão em condições de compreendê-los.
15 - Em verdade vos afirmo isto: Menor rigor experimentará no dia do juízo a terra de Sodoma e de Gomorra, do que aquela cidade.
Aqui Jesus nos demonstra que toda aquisição de conhecimentos acarreta aumento de responsabilidade. E cada um experimentará o rigor da Justiça Divina de acôrdo com o grau de conhecimentos que tiver adquirido. Assim sendo, ninguém carregará um fardo mais pesado do que suas forças o permitirem. Todos aqueles que são chamados a participar das alegrias do Evangelho, construindo seus destinos à luz dos ensinamentos de Jesus, é porque já estão em situação de poderem atender ao convite que lhes é feito. Todavia, há os que não atendem ao chamado, furtando-se ao trabalho divino. Se analisarmos muito bem a situação desses irmãos, notaremos que assim agem por não quererem contrariar o comodismo em que vivem, protelando, dessa maneira, o seu progresso espiritual e acumulando sofrimentos para o futuro.
Outra importante advertência que podemos tirar desse versículo, é no que se refere aos que pregam o Evangelho e não o exemplificam. Quem ensina o Evangelho e não vive de conformidade com o que ensina, na verdade experimentará o rigor que Sodoma e Gomorra não experimentaram.
16 - Vede que eu vos mando como ovelhas no meio de lobos. Sede logo prudentes como as serpentes e simplices como as pombas.
Deus ama os humildes e abate os orgulhosos. Por isso é que Jesus nos recomenda que sejamos simples como as pombas. Na simplicidade das pombas, Jesus simboliza a humildade de que devemos nos revestir no desempenho do labor de nosso aperfeiçoamento espiritual; porque aos humildes nunca faltará o auxílio do AltÍssimo. E nossa humildade será provada diante dos reveses da vida, quando sofremos as provas e as expiações reservadas para o progresso e purificação de nosso espírito. Entretanto, Jesus quer também que tenhamos a prudência das serpentes. Com isso ele nos adverte que exerçamos contínua e enérgica vigilância sobre nós próprios, a fim de que as tentações do mundo, quais lobos vorazes, não inutilizem nossa encarnação.
No que se refere ao trabalho espiritual, essa advertência de Jesus é profunda. É fora de dúvida que o trabalhador do Evangelho viverá continuamente assediado pelas forças das trevas, as quais tentarão freqüentemente desviá-lo da tarefa. Os médiuns, sobretudo, e os pregadores da palavra divina, terão de lutar não só contra os encarnados, mas também contra os espíritos desencarnados que, ou por ignorância ou movidos por sentimentos inferiores, tudo farão para anular-lhes os esforços. E como os trabalhadores do Evangelho somente pooderão revidar com as armas do bem, do amor, do pacifismo, da tolerância e da piedade, jamais recorrendo à violência, deverão ser quais ovelhas, cheias de prudência, convivendo no meio de lobos.
17 - Mas guardai-vos dos homens; porque ele vos farão comparecer nos seus juízos e vos farão açoitar nas suas sinagogas;
18 - E vós sereis levados por meu respeito à presença dos governadores e dos reis, para lhes servirdes a eles e aos gentios de testemunho.
Pregando uma doutrina de paz e de igualdade; de amor de fraternidade e de perdão, entre homens que cultuavam a guerra, o ódio, a vingança e os rígidos preconceitos sociais; os discípulos levantariam contra si a perseguição de todos os espíritos que se compraziam na ignorância ou que usufruíam proveitos dela. A História nos conta que as predições de Jesus se realizaram. Ainda hoje as perseguições não cessaram. Onde quer que se erga uma voz concitando os homens à prática do Evangelho em toda sua pureza e simplicidade é certo aí acorrerem muitos para abafá-la. É o que tem acontecido com o Espiritismo. Essa Doutrina, que é o Consolador prometido pelo Mestre, suscitou desde o seu aparecimento todas as perseguições morais possíveis. Desde as religiões organizadas até a ciência, todos se bateram contra ela, culminando no martírio dos médiuns, submetidos a desalmadas experiências de laboratório. Todavia, se cai um discípulo, levanta-se outro; e os trabalhadores da grande causa prosseguem dando o testemunho.
19 - E quando vos levarem, não cuideis como ou o que haveis de falar; porque naquela hora vos será inspirado o que haveis de dizer:
20 - Porque não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é o que fala em vós.
Os pregadores do Evangelho eram médiuns e, por isso, no momento de responderem a seus algozes, eram assistidos por espíritos de elevada hierarquia espiritual, que lhes sugeriam as palavras a serem proferidas. Eis porque vemos que os sacrificados nos circos romanos, ante a turba ébria de sangue e de violência, nada respondiam que não glorificasse o Cristianismo nascente; e elevavam ao Alto suas preces e seus cânticos de perdão e de amor. E acabado o espetáculo, os espíritos mártires partiam para o mundo espiritual nos braços de seus amigos. E o povo voltava para suas casas pensativo e indagando de si para si: - Que nova religião será essa cujos adeptos são sinceros até diante da morte?
E todos queriam conhecê-la.
21 - E um irmão entregará à morte a outro irmão e o pai ao filho; e os filhos se levantarão contra os pais e lhes darão a morte.
Nas perseguições e nas lutas religiosas a que o mundo tem assistido, o fanatismo religioso quase sempre armou os braços dos membros de uma mesma família, uns contra os outros. Pelo lado moral, houve profundo choque entre os adeptos do Cristianismo nascente e os dos outros credos, gerando-se assim a guerra de religiões dentro de um mesmo lar.
Em nossos dias reacende-se a luta contra as idéias progressistas do Espiritismo, que trabalha por reconduzir o Cristianismo à sua forma e pureza primitivas e explicar o Evangelho racionalmente. Embora sem o caráter sanguinolento do passado, a batalha que se trava não deixa de ser intensa a fim de que a luz brilhe novamente. É natural, pois, que no entrechocar das idéias novas do progresso com as idéias velhas do passado e do comodismo, muitas vezes pais, filhos e irmãos se coloquem em campos opostos.
Jesus aqui nos adverte acerca das lutas que um espírita travará dentro de seu próprio lar para encaminhar a si e aos seus pelo caminho da Verdade. Deverá, em primeiro lugar, vencer a perseguição que lhe desencadearão os espíritos desencarnados ignorantes, os quais incitarão contra ele seus próprios familiares. Assistimos, então, à crítica impiedosa que tem de suportar e à oposição tenaz que lhe é movida no sentido de afastá-lo do caminho da espiritualidade. Em seguida deverá corrigir seus defeitos, livrar-se dos vícios para que possa adquirir a força moral suficiente para guiar sua família e combater as imperfeições, que cada um de seus familiares apresentar. Manter a força moral para que seja respeitado e se fazer respeitar pela família, é outra luta moral em que se empenhará um espírita que quer seguir à risca os ensinamentos do Evangelho.
Um lar não se domina pela violência. Dominar um lar pela violência é tiranizar a família. Um lar se domina pelo Amor. Mas para que o Amor possa dominar é preciso que seja gerado pelo respeito; e o respeito só será conseguido quando o chefe da família for um alto padrão de moralidade. Então terá a autoridade incontestável para impor à sua família a norma de conduta que o Espiritismo lhe ditar. Fazendo respeitar-se pelo Amor, os pais precisam saber usar da severidade para não deixarem que seus filhos se extraviem. Grande é a responsabilidade dos pais neste assunto. Cada filho extraviado é uma dívida que os pais contraem para com Deus, por não terem sabido desempenhar a missão de bons orientadores das almas que o Senhor lhes confiou. Essa dívida lhes acarretará enormes trabalhos no futuro, além de sofrimentos no mundo espiritual. Quando os filhos ameaçam desviar-se e não querem obedecer pelo Amor, os pais devem empregar em tempo oportuno o corretivo enérgico, embora com mágua no coração para evitarem males maiores. É por isso que Jesus aqui nos fala que sua doutrina causaria divisões na família, trazendo para o seio dela muitas lutas. Ele sabia que os membros mais evoluídos, querendo impulsionar a evolução dos retardatários, entrariam em choque com eles e teriam de trabalhar arduamente para obterem êxito.
22 - E vós por causa do meu nome sereis o ódio de todos; aquele porém que perseverar até o fim, esse é o que será salvo.
Jesus aqui precavém os discípulos contra o orgulho e os preconceitos sociais que separam as criaturas. Como eles pregariam a extinção do orgulho e lutariam contra os preconceitos sociais, ensinando aos homens que todos são irmãos, filhos do mesmo Pai, atrairiam sobre si a cólera de grande número daqueles que não estavam preparados para compreendê-los. Um dos pontos básicos do ensino de Jesus é fazer com que os homens aprendam que todos são irmãos, não importa a que nação ou raça pertençam e como irmãos se devem tratar. É justamente isso que a maioria da humanidade não quer compreender; daí resultaria para os discípulos o ódio de muitos.
Conquanto muito se pregue e já se tenha chegado à conclusão de que a humanidade é uma imensa família, cujos membros são irmãos, o orgulho, gerando os preconceitos sociais, tem prejudicado constantemente o cumprimento desta lei da fraternidade. Mas não é só em relação às coisas terrenas que o orgulho tem feito estragos: sua maléfica ação se estende também às coisas espirituais. Na aquisição dos bens espirituais, o orgulho é o principal tropeço. As vezes, pelo simples fato de não querermos ombrear com nossos irmãos mais modestos e mais pequeninos do que nós, desrespeitamos as leis divinas. A fraternidade é uma das grandes leis morais do código divino. E sempre que o orgulho falar mais alto do que a humildade, sufocaremos o sentimento de fraternidade, que deve presidir ao trato com nosso próximo.
Jesus é a personificação da humildade. E sua doutrina prega a humildade de coração. Na terra ainda predomina o orgulho. E os orgulhosos se revoltam contra os que lhes falam da doutrina de Jesus, porque ela lhes relembra a humildade da qual se afastaram. E por isso o nome do Mestre traria o desprezo para os discípulos. É preciso que não nos esqueçamos de que seremos salvos, isto é, ficaremos livres do ciclo das reencarnações dolorosas, somente se nós nos conservarmos fiéis observadores dos preceitos de Jesus até o fim de nossa vida.
23 - Quando porém vos perseguirem numa cidade, fugi para outra. Em verdade vos afirmo que não acabareis de correr as cidades de Israel, sem que venha o Filho do homem.
Assim como cada espírito, individualmente, obedece à lei do progresso, é natural que também o planeta, em seu conjunto, obedeça à mesma lei. À medida que os espíritos aqui encarnados progredirem, progredirão com eles as instituições humanas, as quais melhorarão não só na parte material, como também na moral, e intelectual. Os principais propulsores desse progresso, principalmente na parte espiritual, são os espíritos desencarnados, que por toda parte inspiram aos encarnados o respeito às leis divinas e por meio de médiuns através dos tempos, indicam à humanidade os rumos espirituais a seguir.
Jesus toma Israel como o símbolo do mundo ao qual vinha ser pregado o Evangelho. E recomenda a seus discípulos que não interrompam o labor evangélico por coisa alguma, nem mesmo por causa das perseguições que sofreriam. Conquanto, materialmente falando, não houvesse possibilidade de os discípulos percorrerem todas as cidades do planeta, nem por isso elas ficariam esquecidas. Uma legião de espíritos desencarnados estava incumbida de levar o Evangelho aos mais afastados recantos do globo, suscitando trabalhadores onde fossem necessários. E modernamente, o Espiritismo, manifestando-se desde os lugarejos às grandes capitais, tornou-se o instrumento para a disseminação dos preceitos evangélicos, preparando assim, o advento do Filho do homem, isto é, do reinado espiritual de Jesus, em todos os corações.
24 - Não é o discípulo mais que seu Mestre, nem o servo mais que seu senhor.
25 - Basta ao discípulo ser como o seu mestre e ao servo, como seu senhor. Se eles chamaram Belzebu ao pai de família, quanto mais aos seus domésticos?
Jesus nos recomenda que o tomemos por modelo em nosso labor evangélico. Calmos, pacíficos, mansos e tolerantes, exemplifiquemos com os atos o que pregarmos com as palavras não violentemos a consciência de ninguém. Não nos percamos no emaranhado das discussões inúteis. Estejamos certos de que se nos foi concedido semearmos algumas sementes, ao Pai Celestial pertence o fazê-las germinar. Quanto aos que nos perseguirem, zombarem e escarnecerem de nossa doutrina perdoemo-las de todo o coração, lembrados de que se assim trataram o Senhor, não saberiam tratar melhor os seus servidores.
26 - Pois não os temais; porque nada há encoberto que se nâo venha a descobrir; nem oculto que se não venha a saber.
27 - O que eu vos digo às escuras, dizei-o às claras: que se vos diz ao ouvido, publicai-o dos telhados.
Os discípulos não devem temer aqueles que não lhes aceitam as lições. A lei da desencarnação os levará para o mundo espiritual e lhes provará serem verdadeiros os ensinamentos, que repudiaram, quando encarnados. É o que sucede atualmente com o Espiritismo; ensina a lei da reencarnação, a imortalidade da alma, prega que não existem tormentos eternos, demonstra o progresso ininterrupto do espírito, estabeleceu a comunicação entre os encarnados e os desencarnados; por fim, explica de modo mais racional os preceitos de Jesus. Apesar de encerrar tanta beleza e simplicidade, ainda encontra perseguições, descrentes e detratores. Não os devemos temer. A desencarnação se encarregará de abrir-lhes os olhos para as verdades eternas. Por isso, publiquemos sempre em voz bem alta e por toda a parte, as lições que recebemos por meio do Espiritismo.
28 - E não temais aos que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes porém ao que pode lançar no inferno tanto a alma como o corpo.
Inferno é o símbolo do sofrimento em que incorremos todas as vezes em que incidimos em faltas. Não há castigos eternos e não há inferno onde os espíritos culpados sofram as conseqüências de suas más ações, por toda a eternidade. Conquanto o sofrimento seja efêmero, é causado ao nosso corpo por todo ato, por mais insignificante que seja, que praticarmos em desacordo com as leis divinas. E é freqüente um espírito sofrer, durante sucessivas reencarnações em corpos carnais, as más conseqüências dos péssimos atos do passado.
A reencarnação é um processo regenerador e aperfeiçoador ao mesmo tempo; enquanto de um lado faz com que corrijamos os erros do passado, de outro lado promove nosso aprimoramento espiritual. Como somos espíritos imortais submetidos a um constante progresso, é através das reencarnações, isto é, das vidas sucessivas que vivemos na terra, e algumas delas bastante dolorosas, é através delas que sairemos da materialidade primitiva e alcançaremos a espiritualidade superior. Tal sucede com a jóia que antes de ostentar todo seu fulgor, tem de suportar inúmeros processos de burilamento até perder toda a ganga que a enfeiava e lhe ocultava o magnífico brilho.
O que devemos temer não são as perseguições que apenas atingem o nosso corpo. Devemos temer o que atinge a alma. O corpo é transitório, a alma é imortal. O que atinge a alma e pode lançá-la no inferno, isto é, em muitos séculos de sofrimentos expiatórios repercutindo nas vidas sucessivas, é a hipocrisia, o orgulho, o ódio, os crimes, os vícios, em resumo, o mal sob qualquer forma de que se revista.
29 - Porventura não se vendem dois passarinhos por um asse? e nenhum deles não cairá sobre a terra sem a vontade de vosso Pai.
30 - E até os mesmos cabelos da vossa cabeça todos eles estão contados.
31 - Não temais pois, que mais valeis vós que muitos pássaros.
Aqui Jesus nos mostra a soberana vontade de Deus regendo o Universo, até nas menores coisas. E adverte os trabalhadores do Evangelho de que as horas que despenderem no trabalho espiritual nunca lhes farão falta, no que se refere à parte material de suas existências. Se mesmo um passarinho é objeto dos desvelos de Deus, quanto mais nós não o seremos? Por isso aqueles que dedicarem uma fração de tempo ao serviço divino de cooperarem com o Mestre na difusão do Evangelho; e os que destinarem algumas horas por semana ao estudo dos assuntos espirituais e evangélicos, não deverão temer que estes momentos lhes prejudiquem o andamento de suas ocupações materiais.
Há pessoas que não procuram seguir o Espiritismo, e outras que não querem desenvolver sua mediunidade com receio de perderem na parte material. Aquelas horas que deveriam consagrar ao serviço divino e ao estudo do Evangelho para seu aprimoramento moral e espiritual, passam-nas trabalhando para aumentar seus haveres materiais, receosas de que mais tarde, lhes falte o necessário. É um erro pensar assim.
Até mesmo os cabelos de nossas cabeças estão contados é uma figura de que se serve o Mestre para afirmar que na parte material nada há de faltar aos que consagram algumas horas, por poucas que sejam, ao serviço de Deus.
É verdade que devemos ser previdentes; contudo, não devemos exagerar. Para desempenhar nossa vida na terra temos necessidade de duas coisas: dos bens espirituais e; bens materiais; êstes para nosso corpo, e aqueles para nossa alma. E o Senhor proverá às necessidades do trabalhador, uma vez que este demonstre boa vontade na execução seu pequenino labor evangélico. O Senhor não exige que nos sacrifiquemos às coisas divinas; nós, de nossa parte, não nos devemos sacrificar às coisas materiais.
32 - Todo aquele pois que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus.
33 - E o que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus.
Confessar Jesus diante dos homens é viver de conformidade com seus ensinamentos. E ter a coragem suficiente de abandonar os preconceitos das religiões dogmáticas, o preconceito das raças e das classes sociais; é ver em cada pessoa um irmão que merece o nosso carinho, respeito e consideração. Enfim, confessar Jesus diante dos homens é submeter-se à lei da fraternidade universal. Os médiuns que sinceramente confessam Jesus diante dos homens, são aqueles que não medem sacrifícios quando se trata de levar sua cooperação mediúnica quer ao leito de um enfermo, quer em auxílio de um obsidiado e a qualquer lugar onde haja dores, aflições e lágrimas. Tais médiuns sabem renunciar aos prazeres do mundo, sempre que estes interfiram no desempenho de seu medianato.
34 - Não julgueis que vim trazer paz à terra; nào vim trazer-lhe paz, mas espada;
35 - Porque vim separar ao homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra.
Uma idéia, por mais nobre que seja, ao aparecer desperta a oposição da maioria. Os hábitos seculares, o comodismo, a indiferença, o interesse, tudo luta contra ela. Semelhante estado de coisas é motivado pelo pequeno adiantamento espiritual, que caracteriza a quase totalidade dos habitantes da terra. Cumpre notar que na terra estão encarnados espíritos em diversos graus de evolução; alguns já alcançaram um grau de adiantamento superior e aceitam facilmente as idéias novas; outros estão em grau inferior de espiritualidade e mostram-se refratários a ensinamentos mais elevados, para cuja compreensão ainda não estão suficientemente preparados. Daí se origina a divergência de opiniões, que divide até os membros de uma mesma família.
Dizendo Jesus que não veio trazer paz, mas espada, quis dar-nos a entender que sua doutrina, enquanto não fosse compreendida pela totalidade dos encarnados, seria causa de atritos entre os que a compreenderiam e os que não a compreenderiam. E nos adverte de que esses atritos começariam dentro dos próprios lares.
O Espiritismo se bate pela unidade religiosa do mundo, porque a lei divina é uma só. Contudo, a unidade religiosa só será possível quando a Terra tiver acabado de sofrer sua transformação para planeta de categoria mais elevada. Então será habitada por espíritos de maior adiantamento espiritual, os quais assimilarão com mais facilidade as idéias progressistas e trabalharão por fazê-las triunfar. Em sua simbologia, a Bíblia prediz que tal transformação será feita pelo fogo e por cataclismas. Não será assim. A transformação que se processará, será apenas de ordem moral e a Terra já está passando por ela. Pouco a pouco se encarnarão espíritos de maior elevação espiritual, uns aqui e outros acolá, até completarem um todo homogêneo, que impulsionará a Terra para uma hierarquia espiritual superior, no concerto dos mundos que compõem o Universo.
Notemos que todas as religiões do planeta são boas, pois, estão graduadas de conformidade com a compreensão de seus adeptos, constituindo cada uma delas uma face da Verdade, que se revela progressivamente à humanidade. Sendo as revelações progressivas, há religiões que melhor explicam as leis divinas. E os espíritos que acompanham o progresso, são aqueles que vão aceitando as revelações à medida que elas surgem. Nesse caso está o Espiritismo com revelações mais adiantadas. Moisés revelou uma parte da Verdade, graduada para a compreensão dos povos de seu tempo. Jesus continuou a obra de Moisés, acrescentando-lhe novas revelações e novo, ensinamentos. O Espiritismo continua a obra de Moisés e de Jesus, enriquecendo-a de novos valores espirituais, mediante o que vem revelar aos homens. Assim vemos que o Espiritismo nada mais é do que a continuação das religiões que o antecederam, explicando-as sob um ponto de vista mais adiantada, mais racional e mais compreensível, porque não usa símbolos, nem tem dogmas. E lança luz sobre o que seus predecessores deixaram subentendido, por não terem podido explicar tudo aos povos das épocas em que viveram. A Moisés e a Jesus cumpria esperarem que a inteligência humana se desenvolvesse, para que pudesse assimilar conhecimentos de ordem superior.
E o Espiritismo veio precisamente na época em que a humanidade, estando com sua inteligência amadurecida, podiam receber ensinamentos novos.
36 - E os inimigos do homem serão os seus mesmos domésticos.
37 - O que ama o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim; e o que ama o filho ou a filha mais do que a mim, não é digno de mim.
Jesus nos avisa de que os inimigos do homem são os seus próprios domésticos, porque as opiniões contraditórias, que se formam dentro de um lar, poderão desviar do caminho espiritual aqueles que o querem seguir.
É comum alguém querer desenvolver sua mediunidade e encontrar cerrada oposição justamente naqueles que mais deveriam entusiasmá-lo para isso. Outros querem seguir o Espiritismo, freqüentar as sessões, estudar o Evangelho e a mesma má vontade em secundá-las em seus esforços divinos se manifesta no seio de sua família. Às vezes é o marido que serve de obstáculo à mulher e a mulher ao marido; outras vezes são os pais que não se interessam pelo futuro espiritual de seus filhos e nada fazem para guiá-los espiritualmente; e acontece também que pelo falso amor que os pais consagram aos filhos, não usam da energia necessária para conduzi-los pelo reto caminho, deixando que eles se percam nas ilusões do mundo. Os pais espíritas precisam prestar atenção nesse particular: não basta que eles se esforcem por seguir a Jesus; é imprescindível que incutam no coração de seus filhos, desde pequeninos, os hábitos de acordo com os ensinamentos de Jesus; só assim estarão cooperando com o Mestre na evangelização do mundo.
Ser digno de Jesus, portanto, é saber superar todos os obstáculos que se nos apresentarem contra nosso desejo de espiritualização. Esses obstáculos se manifestarão com maior intensidade em nosso ambiente doméstico; é indispensável, então, uma grande dose de boa vontade, muita fé em Deus, muita oração a fim de que esses obstáculos sejam removidos, não pela violência, mas pelo entendimento mútuo e pelo amor que todas as criaturas se devem umas às outras.
38 - E o que não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.
A cruz a que Jesus se refere, pode apresentar-se a nós sob três aspectos: no cumprimento de nosso dever de cada dia, no sofrimento e na mediunidade.
É mister que cumpramos nossos deveres diários com a melhor boa vontade e segundo os preceitos de Jesus, tratando cristãmente de todos os que se aproximarem de nós e dos que vivem sob nossa dependência. Para isso devemos esforçar-nos para sermos um padrão de moralidade, de trabalho, de fé em Deus e de amor ao próximo. É baseando mesmo os nossos mínimos atos no Evangelho de Jesus, que nos tornaremos dignos de Jesus.
O sofrimento pelo qual passaremos também constitui a cruz que devemos carregar durante nossa existência. Não há efeito sem causa. Se sofremos, é porque o merecemos. Se não conseguirmos descobrir a causa de nosso sofrimento na existência atual, ela estará, forçosamente, numa de nossas existências do passado. Nunca nos esqueçamos de que nossa vida presente é a conseqüência dos atos que tivermos praticado em nossas encarnações anteriores, assim como nosso futuro será o resultado de nossas ações da vida presente .. Geralmente, os que sofrem se afastam de Jesus por se lastimarem. E o sofrimento humano pode ser causado pelo desvio das leis divinas, pela ignorância e pelo endurecimento. Qualquer transgressão das leis divinas causa sofrimentos. Podemos escapar da justiça terrena, mas jamais poderemos escapar da Justiça Divina, que dá a cada um unicamente o que cada um merece, como conseqüência de seus atos.
A ignorância é outra grande causa de sofrimentos. A ignorância conduz ao vício e ao crime. Por isso o indivíduo já esclarecido à luz do Evangelho deverá combater acerrimamente a ignorância de seus irmãos, ensinando-os a respeitarem os preceitos de Jesus.
O endurecimento é outra fonte de sofrimento. O indívíduo endurecido é aquele ao qual já foi mostrado o bom caminho, mas por orgulho, por comodismo, por conveniências sociais ou por pouca vontade, persiste no erro. Semeia, assim, sementes de sofrimentos que, mais cedo ou mais tarde, e nesta vida ou na outra, germinarão, resultando numa colheita de frutos amargos.
Os que sofrem, por conseguinte, que tornem a cruz dos seus padecimentos e a carreguem com calma, paciência, resignação e coragem até o fim, para que possam ser dignos de Jesus.
Dado o estado de incompreensão em que está imersa a maioria dos encarnados, a mediunidade se torna, por vezes uma cruz bem pesada. E o médium digno de Jesus é o que toma a cruz de sua mediunidade e a transforma em luz para os que jazem nas trevas, consolo para os aflitos, esperança para os tristes, alívio para os sofredores e guia para os ignorantes.
39 - O que acha a sua alma, perdê-la-á; e o que perder a sua alma por mim, achá-la-á.
Nossa verdadeira vida é a vida espiritual que viveremos quando estivermos libertos da matéria. A vida material é fugaz e por mais que façamos, não a poderemos conservar senão por um curto período .. É um erro, pois, não cuidarmos de nos preparar para a vida espiritual, que constitui nosso futuro. Se desde nossa infância tudo fazemos para que fiquemos aparelhados para triunfarmos materialmente, procurando auferir as maiores vantagens que a terra nos pode oferecer, porque não nos prepararemos também para a vida espiritual na qual ingressaremos infalivelmente?
Acham sua alma na terra os que julgam que é aqui que estão seus únicos interesses e concentram seus esforços apenas na consecução das coisas materiais. Quando despertarem no mundo espiritual, verificarão que correram atrás de ilusões. E como não conquistaram nem um pouquinho de bens espirituais, estarão com suas almas perdidas na maior pobreza espiritual. Os que perdem suas almas na terra são aquêles que tudo fazem para conquistar os bens espirituais, através da vida terrena. Compreendem que a vida terrena é um meio que Deus lhes dá para o progresso de suas almas. E como sabem que a vida terrena é passageira, envidam seus melhores esforços na aquisição de tudo quanto lhes possa ser útil na pátria espiritual.
Perder a alma por Jesus é observar rigorosamente os seus preceitos, única maneira de se conseguir a riqueza espiritual, que fará com que as almas se achem ricas e felizes quando desencarnarem.
40 - O que a vós vos recebe, a mim me recebe; e o que a mim me recebe, recebe aquele que me enviou.
Diariamente estamos recebendo os ensinamentos de Jesus.
Se prestarmos um pouco de atenção, notaremos que continuamente somos advertidos sobre a prática do bem. Não só os evangelizadores, porém, mesmo uma criança serve de mensageira para trazer-nos uma mensagem de Jesus, que nos aponte nossos deveres para com Deus e para com nosso próximo. Os bons espíritos estão incessantemente velando para que os ensinamentos do Mestre sejam relembrados por nós e para isso usam de todos os meios ao alcance deles. Nosso anjo da guarda não cessa de nos dirigir salutares inspirações para que não nos afastemos da observância das leis divinas. Nos conselhos de um amigo, nas leituras úteis, nos bons pensamentos que se formam em nosso cérebro, nas preleções evangélicas que ouvimos, são transmitidas lições de alto interesse para nossas almas. Nossa consciência é a sentinela vigilante, que faz com que jamais deixemos de receber a Jesus no Íntimo de nossos corações. Basta que ouçamos nossa consciência com sinceridade e humildade e sua voz nos recordará sempre nas vicissitudes e na bonança, a fé que Jesus nos recomendou, a esperança que ele nos trouxe, a caridade que nos ensinou a praticar e a resignação ante a vontade do Pai celestial que exemplificou.
41 - O que recebe um profeta na qualidade de profeta receberá a recompensa de profeta; e o que recebe um justo na qualidade de justo receberá a recompensa de justo.
42 - E todo o que der de beber a um daqueles pequeninos um copo de água fría só pela razão de ser meu discípulo, na verdade vos dígo que não perderá a sua recompensa.
Profetas, no tempo de Jesus, eram os inspirados que ensinavam o povo a respeitar os mandamentos divinos. E os justos eram as pessoas que viviam conforme a lei de Deus. Era crença geral que o Pai não deixaria sem recompensa aquele que agasalhassem um profeta ou um justo. Jesus leva mais longe ainda a recompensa divina, afirmando que receberão paga celeste até os que derem um simples copo dágua a um pobrezinho, pela simples razão de quererem obedecer aos preceitos do Evangelho.
Eliseu Rigonatti
Evangelho dos Humildes