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sábado, 8 de dezembro de 2012

20- Necessidade de valorização


Os destrutivos gigantes da alma, que exteriorizam os tormentos e a imaturidade do ego, de alguma forma refletem um fenômeno psicológico, às vezes de procedência inconsciente, noutras ocasiões habilmente estabelecido,que é a necessidade da sua valorização.
Quando escasseiam os estímulos para esse cometimento do eu, sem crescimento interior, que não recebe compensação externa mediante o reconhecimento nem a projeção da imagem, o ego sobressai e fixa-se em mecanismos perturbadores a fim, de lograr atenção, desembaraçando-se, dessa forma, do conflito de inferioridade, da sensação de incompletude.

Tivesse maturidade psicológica e recorreria a outros construtores gigantes
da alma, como o amor, o esforço pessoal, a conscientização, a solidariedade, a filantropia, desenvolvendo as possibilidades de enriquecimento interior capazes de plenificação.

Acostumado às respostas imediatas, o ego infantil deseja os jogos do prazer a qualquer preço, mesmo sabendo que logo terminam deixando frustração, amargura e novos anelos para fruir outros. A fim de consegui-lo e por não saber dirigir as aspirações, asfixia-se nos conflitos perturbadores e atira-se ao desespero. Quando assim não ocorre, volta-se para o mundo interior e reprime os sentimentos, fechando-se no estreito quadro de depressão.

Renitente, faculta que ressumam as tendências do prazer, mascaradas de
auto-aflição, de autoflagelação, de autodepreciação.

Entre muitos religiosos em clima de insatisfação pessoal, essa necessidade de valorização reaparece em estruturas de aparente humildade, de dissimulação, de piedade, de proteção ao próximo, estando desprotegidos de si mesmos...

A humildade é uma conquista da consciência que se expressa em forma
de alegria, de plenitude. Quando se manifesta com sofrimento, desprezo por si mesmo, violenta desconsideração pela própria vida, exibe o lado oculto da vaidade, da violência reprimida e chama a atenção para aquilo que, legitimamente, deve passar despercebido.

A humildade é uma atitude interior perante a vida; jamais uma indumentária exterior que desperta a atenção, que forja comentários, que
compensa a fragilidade do ego.

O caminho para a conscientização, de vigilância natural, sem tensão, fundamentando-se na intenção libertadora, é palmilhado com naturalidade e cuidado.

Jesus, na condição de excepcional Psicoterapeuta, recomendava a vigilância antes da oração, como forma de auto-encontro, para depois ensejarse a entrega a Deus sem preocupação outra alguma.

A Sua proposta é atual, porqüanto o inimigo do homem está nele, que vem
herdando de si mesmo através dos tempos, na esteira das reencarnações
pelas quais tem transitado. Trata-se do seu ego, dissimula-dor hábil que conspira contra as forças da libertação.

Não podendo fugir de si mesmo nem dos fatores arquetípicos coletivos, o ser debate-se entre o passado de sombras — ignorância, acomodação, automatismos dos instintos — e o futuro de luz — plenitude através de esforço
tenaz, amor e auto-realização — recorrendo aos dias presentes, conturbados pelas heranças e as aspirações. No entanto, atraído pela razão à sua fatalidade biológica — a morte — transformação do soma — histórica — a felicidade — e espiritual — a liberdade plena — vê o desmoronar dos seus anseios e reconstrói os edifícios da esperança, avançando sem cessar e
conquistando, palmo a palmo, a terra de ninguém, onde se expressam as próprias emoções conturbadas.

Essa necessidade de valorização egóica pode ser transformada em realização do eu mediante o contributo dos estímulos.

Cada ação provoca uma reação equivalente. Quando não se consegue
uma resposta através de um estímulo positivo, como por exemplo: — Eu te
amo, para uma contestação equivalente: — Eu também, recorre-se a uma
negativa: — Ninguém me ama, recebendo-se uma evasiva — Não me inclua nisso. Sob trauma ou rancor, o estímulo expressa-se agressivo: — Não gosto de ninguém, para colher algo idêntico: — A recíproca é verdadeira.

Os estímulos são fontes de energia. Conforme dirigidos, brindam com resultados correspondentes.

O ego que sente necessidade de valorização, sem o contributo do self em
consonância, utiliza-se dos estímulos negativos e agressivos para compensarse, sejam quais forem os resultados.

O importante para o seu momento não é a qualidade da resposta estimuladora,
mas a sua presença no proscênio onde se considera ausente.

Verdadeiramente, no inter-relacionamento social, quando todos se
encontram, o ego isola suas vítimas para chamar a atenção ou bloqueia-as de tal
forma que não ficam ausentes, porém tornam-se invisíveis. Encontram-se
no lugar, todavia, não estão ali. Essa invisibilidade habilmente buscada
compensa o conflito do ego, mantendo a autoflagelação de que não énotado,
não possui valores atraentes. Tal mortificação neurótica introjeta as imagens infelizes e personagens míticas do sofrimento, que lhe compõem o quadro de desamparo emocional de desdita pessoal.

Nesse comportamento doentio do ego, a necessidade de valorização, porque não possui recursos relevantes para expor, expressa-se na enganosa autocomiseração que lhe satisfaz as exigências perturbadoras, e relaxa,
completando-se emocionalmente.

Quando o self assoma e governa o ser, os estímulos são sempre positivos,
mesmo que tenham origem negativa ou agressiva, porque exteriorizam o bemestar que lhe é próprio.

Se alguém diz: Não gosto de você, a mensagem transacional retorna
elucidando : — Eu, no entanto, o estimo.
Se a proposta afirma: — Detesto-o, a comunicação redargue: — Eu o admiro.
Não se contamina nem se amargura, porque, em equilíbrio, possui valor,
não tendo necessidade de valorização.

O Ser Consciente
Joana de Angelis/Divaldo

19 Inveja


Remanescente dos atavismos inferiores, a inveja é fraqueza moral, a
perturbar as possibilidades de luta do ser humano.
Ao invés de empenhar-se na autovalorização, o paciente da inveja lamenta
o triunfo alheio e não luta pelo seu; compete mediante a urdidura da intriga e
da maledicência; aguarda o insucesso do adversário, no que se compraz;
observa e persegue, acoimado por insidiosa desdita íntima.
Egocêntrico, não saiu da infância psicológica e pretende ser o único centro
de atenção, credor de todos os cultos e referências.
Insidiosa, a inveja é resultado da indisciplina mental e moral que não
considera a vida como patrimônio divino para todos, senão, para si apenas.
Trabalha, por inveja, para competir, sobressair, destacar-se. Não tem ideal,
nem respeito pelas pessoas e pelas suas árduas conquistas.
Normalmente moroso e sem determinação, resultado da sua morbidez
inata, o enfermo de inveja nunca se alegra com a vitória dos outros, nem com a
alheia realização.
A inveja descarrega correntes mentais prejudiciais dirigidas às suas
vítimas, que somente as alcançam se estiverem em sintonia, porém cujos
danos ocorrem no fulcro gerador, perturbando-lhe a atividade, o
comportamento.
A terapia para a inveja consiste, inicialmente, na-cuidadosa reflexão do eu
profundo em torno da sua destinação grandiosa, no futuro, avaliando os recursos
de que dispõe e considerando que a sua realidade é única, individual, não
podendo ser medida nem comparada com outras em razão do processo da
evolução de cada um.
O cultivo da alegria pelo que é e dos recursos para alcançar outros novos
patamares enseja o despertar do amor a si mesmo, ao próximo e a Deus, como
meio e meta para alcançar a saúde ideal, que lhe facultará a perfeita
compreensão dos mecanismos da vida e as diferenças entre as pessoas,
formando um todo holístico na Grande Unidade.

Livro: O Ser Consciente
Divaldo/Joana de Angelis

SIRVAMOS SEMPRE


Reunião pública de 06.11.61
1ª. Parte, cap. VII, § 16
Não apenas nos dias de arrependimento e reparação.
Em todas as circunstâncias, o serviço é o antídoto do mal.
***
Caíste na trama de enganos terríveis e arrepiaste caminho, sonhando reabilitar-te.
Não desperdices a riqueza das horas, amontoando lamentações.
Levanta-te e serve nos lugares onde esparziste a sombra dos próprios erros, e granjearás,
na humildade, apoio infalível ao reajuste.
***
Arrostas duros problemas na vida particular.
Livra-te do fardo inútil da aflição sem proveito.
Reanima-te e serve no quadro de provações em que te situas, e a diligência funcionará, por
tutora prestigiosa, abrindo-te a senda ao concurso fraterno.
***
Padeces obscura posição no edifício social.
Segue imune ao micróbio da inveja.
Movimenta-te e serve no anonimato e o devotamento surgir-te-á por luminosa escada á
subida.
***
Sofres o assalto de calúnias ferozes.
Esquece a vingança, que seria aviltamento em ti mesmo.
Silencia e serve, olvidando as ofensas, e conquistarás, no perdão com atividade no bem,
escudo invencível contra os dardos da injúria.
***
Suportas afrontoso assédio de espíritos inferiores, inclinando-te á queda na obsessão.
Abstém-te da queixa improfícua.
Resiste e serve, dedicando-te ao socorro dos que choram em dificuldades maiores, e
surpreenderás, na beneficência, o acesso à simpatia e á renovação dos próprios adversários.
***
Preguiça é o ópio das trevas.
Os que não trabalham transformam-se facilmente em focos de tédio e ociosidade, revolta e
desespero, desequilíbrio e ressentimento, pessimismo e loucura.
***
Sirvamos sempre.
Quem busca realmente servir, nunca dispõe de motivos para se arrepender.

Livro: Justiça Divina
Emmanuel/Chico Xavier