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terça-feira, 11 de novembro de 2014

SEXO E DISCIPLINA."...saibamos atender à educação do caráter, para que o caráter não se transvie..."


 
Emmanuel
 
O sexo, na Terra, muitas vezes é apontado à conta de porão emotivo.
Dele se ocupa a imprensa, nas tragédias passionais, como se esvurmasse uma chaga, e muitos religiosos lhe definem as manifestações como efeitos do Mal.
Entretanto, é no sexo que a vida cunha passaporte ao renascimento, acalentando a bênção do lar.
Através dele, retomamos o fio de nossas experiências, recebemos o carinho dos pais, abençoamos a esperança dos filhos e recolhemos precioso estímulo para a luta. Mas é igualmente por ele que forjamos perigosas obsessões e abusos inomináveis, criando para nós mesmos a sombra da loucura ou a grade da delinqüência.
A Bondade Divina no-lo concede como portal de luz.
Em muitas circunstâncias, contudo, atravessamo-lo, tomados de paixão, qual se densas trevas nos envolvessem.
Isso acontece, no entanto, à face da ignorância deliberada com que nos conduzimos no assunto.
Estabelecemos medidas seguras para evitar essa ou aquela calamidade e cultivamos minuciosa atenção nesse ou naquele círculo da existência.
A vacinação preserva a saúde física.
A polícia rodoviária previne desastres.
Diques governam cursos dágua.
Máquinas poderosas controlam a força elétrica.
Nossos jovens são escrupulosamente examinados em noções de Física ou de Matemática.
Tiramos radiografias, relativamente perfeitas, das vísceras e dos ossos.
Contamos o número de hemácias numa gota de sangue.
Sabemos prever com exatidão o próximo eclipse do Rol.
Todavia, em matéria de sexo, quase sempre a impropriedades aparecem de chofre, sem qualquer profilaxia de nossa parte.
É necessário, assim, saibamos atender à educação do caráter, para que o caráter não se transvie.
Lembremo-nos de que a Natureza, retratando as leis de Deus, não guarda qualquer capricho.
As estações do tempo funcionam, com regularidade, há milênios.
A gravitação é a mesma para justos e injustos.
Tudo na Criação é trabalho e ordem, evolução e obediência.
Reconhecendo-se, desse modo, que os valores emocionais vigem por nossa conta, toda vez que o sexo eclode, sem disciplina, o naufrágio moral surge perto.
Cabe, pois, aqui recordar as palavras do Mestre Divino :
- "Não é o que entra pela boca que contamina as criaturas, mas sim o que lhes vem do coração."
E, sem dúvida, o sexo será sempre uma das portas mais importantes do sentimento.
 
Do livro Correio Fraterno. Espíritos Diversos.
Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
 
 

sábado, 1 de novembro de 2014

Comportamento e Vida

Comportamento e Vida

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito)

O fatalismo biológico, estabelecido mediante as
conquistas pessoais de cada indivíduo, não é
definitivo em relação à data da sua morte.

A longevidade como a brevidade da existência
corporal, embora façam parte do programa
adrede estabelecido para cada homem, alteram-
se para menos ou para mais, de acordo com o
seu comportamento e do contributo que oferece
à aparelhagem orgânica para a sua preservação
ou desgaste.

Necessitando de um período de tempo em cada
existência física para realizar a aprendizagem
evolutiva em cujo curso está inscrito, o Espírito
tem meios para abreviar-lhe ou ampliar-lhe o
ciclo, mediante os recursos de que dispõe e são
facultados a todos.

É óbvio que o estróina desperdiça maior quota de
energias, impondo sobrecargas desnecessárias
aos equipamentos fisiológicos, do que o
indivíduo prudente.

As ocorrências que lhes sucedam têm as suas
causas no comportamento que se permitem.

Igualmente, a forma de desencarnar, sem fugir
ao impositivo do destino que é de construção
pessoal, resulta das experiências que são vividas.
O homem imprevidente e precipitado,
desrespeitador dos códigos de lei estabelecidos,
toma-se fácil presa de infaustos acontecimentos,
que ele mesmo se propicia como efeito da
conduta arbitrária a que se entrega.

Acidentes, homicídios, intoxicações, desastres de
vários tipos que arrebatam vidas, resultam da
imprevidência, da irresponsabilidade, do orgulho
dos que lhes são vitimas, na maioria das vezes e
no maior número de acontecimentos.

Devendo aplicar a inteligência e a bondade como
norma de conduta habitual, grande parte das
criaturas prefere a arrogância, a discussão acesa,
o desrespeito ao dever, a negligência, tornando-
se, afinal, vitimas de si mesmas, suicidas
indiretas.

Nos autocídios de ação prolongada ou imediata,
a responsabilidade é total daqueles que tomam a
decisão infeliz e a levam a cabo, inspirados ou
não por Entidades perversas com as quais
sintonizam.

Derrapando em comportamentos pessimistas a
que se aferram, a atitudes agressivas nas quais
se comprazem, na fixação de idéias tormentosas
em que se demoram, em ambições desenfreadas
e rebeldia sistemática, a etapa final, infelizmente,
não pode ser outra. Com o gesto que supõem de
libertação, tombam, por largos anos de dor, em
mais cruel processo de recuperação e desespero,
para que aprendam disciplina e submissão contra
as quais antes se rebelaram.

Depreende-se, portanto, que o comportamento
do homem a todo instante contribui de maneira
rigorosa para a programação da sua vida.

São de duas classes as causas que influem na sua
existência, dentro do determinismo da evolução
humana: as próximas, desta reencarnação, na
qual se movimenta, e as remotas, que procedem
das ações pretéritas. Estas últimas estabeleceram
já os impositivos de reparação a que o indivíduo
não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os
através de atuais ações do rumor, que promovem
quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas.
As primeiras, no entanto, as da presente
existência, vão gerando novos compromissos
que, se negativos, podem ser atenuados de
imediato por meio de atitudes opostas, e, se
positivos, ampliados na sua aplicação.

O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a
sexolatria, a glutonaria, entre outros fatores
dissolventes e destrutivos, são de livre opção
anual, não incursos no processo educativo de
ninguém. Quem, a qualquer deles se vincula,
padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito
prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar
solução de emergência.

O tabagismo responde por cárceres de várias
procedências, na língua, na boca, na laringe, por
inúmeras afecções e enfermidades respiratórias,
destacando-se o terrível enfisema pulmonar.
Todo aquele que se lhe submete à dependência
viciosa, está incurso, espontaneamente, nessa
fatalidade destruidora, que não estava no seu
programa e foi colocada por imprevidência ou
presunção.

O alcoolismo é gerador de distúrbios orgânicos e
psíquicos de inomináveis conseqüências,
gerando desgraças que, de forma nenhuma
deveriam suceder. É ele o desencadeador da
loucura, da depressão ou da agressividade, na
área psíquica, sendo o responsável por distúrbios
gástricos, renais e, principalmente, pela
irreversível cirrose hepática. Seja através da
aguardente popular ou do whisky elegante, a
alcoolofilia dízima multidões que se lhe
entregam espontaneamente.

A toxicomania desarticula as sutis engrenagens
da mente e desagrega as moléculas do
metabolismo orgânico, lesando vários órgãos e
alucinando todos quantos se comprazem nas
ilusões mórbidas que dizem viver, não obstante
de breve duração. Iniciada a dependência que se
fez espontânea, desdobrara-se à frente longos
anos, numa e noutra reencarnação, para que
sejam reparados todos os danos que poderiam
ter sido evitados quase sem esforço.

A sexolatria gera distonias emocionais, por
conduzir o indivíduo ao reduto das sensações
primitivas, mantendo-os nas áreas do gozo
insaciável, que o leva à exaustão, a terríveis
frustrações na terceira idade, se a alcança, e a
depressões sem conta pelo descalabro que
desorganiza o corpo e perturba a mente. Além
desses, são criados campos de dificuldade
afetiva, de responsabilidade emocional com os
parceiros utilizados, estabelecendo-se
compromissos desditosos para o Ii1turo.

A glutoneria, além de deformar a organização
física, é agente de males que sobrecarregam o
corpo produzindo contínuas distinções
gastrointestinais, dispepsias, acidez, ulcerações,
alienando o homem que vive para comer, quando
deveria, com equilíbrio, comer para viver.

São muitos os agentes dos infortúnios para o
homem, que ele aceita no seu comportamento,
afetando-lhe a vida.

Entretanto, através de outras atitudes e conduta
poderia preserva-la, prolongá-la, dar-lhe beleza,
propiciando-lhe harmonia e felicidade.

Além de atingir aquele que elege esta ou aquela
maneira de agir, os resultados alcançam os
descendentes que, através das heranças
transmissíveis, conforme as suas necessidades
evolutivas, as experimentarão.

O comportamento do Espírito, no corpo ou fora
dele, é responsável pela vida, contribuindo de
maneira eficaz na sua programática, igualmente
interferindo na conduta do grupo em que se
movimenta e onde atua, como dos descendentes
que de alguma forma se lhe vinculam.

As ações corretas prolongam a existência do
corpo e promovem o equilíbrio da mente,
enquanto as atribuladas e agressivas produzem o
inverno.

Nunca será demasiado repetir-se que, assim
como o homem pensa e age, edificará a sua
existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento elegido.

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Temas da Vida e da Morte


Fonte: O Espiritismo
<http://www.oespiritismo.com.br/textos/ver.php?id1=381> Acessado: 01/11/2014

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA





          A gravidez na adolescência é um dos grandes problemas-desafio da atualidade, em razão do número crescente de jovens despreparadas para a maternidade, que se deparam em situação deveras perturbadora, gerando grave comprometimento social.
          Dominados pela curiosidade e espicaçados por uma bem urdida estimulação precoce, que faculta a promiscuidade dos relacionamentos, os adolescentes facilmente se entregam às experiências sexuais sem nenhuma preparação psicológica, menos ainda responsabilidade de natureza moral.
          Desconhecendo os fatores propiciatórios da fecundação e sem qualquer orientação cultural em torno do intercâmbio sexual, permitem-se o intercurso dessa natureza com sofreguidão e sob conflitos, tendo de enfrentar o gravame da concepção fetal.
          Ao darem-se conta da ocorrência inesperada, recorrem a expedientes perigosos, a pessoas inescrupulosas, quase sempre interessadas na exploração da ignorância, e culminam na execução do crime covarde do aborto clandestino, com todos os riscos decorrentes dessa atitude cruel.
Iniciada a malfadada fuga, novas ocorrências criminosas têm lugar, porque o adolescente perde a identidade moral e, aturdido, deixa-se arrastar a novos tentames, cujos resultados são sempre infelizes. Quando isso não ocorre, porque desti­tuídos do sentimento de amor, que os poderia unir, são as futuras mães deixadas a mercê da família ou da própria sorte, trazendo ao mundo os desamparados rebentos que experimen­tarão a orfandade, não obstante os pais desorientados perma­neçam vivos.
Despertando lentamente para os sentimentos mais graves, e dando-se conta da alucinação juvenil, agora irreversível, essas jovens imaturas e frustradas atiram-se nos resvaladouros do descalabro, perdendo o senso da dignidade feminina e tornando-se objetos de fácil posse, quando não recorrem às fugas desordenadas pelas drogas químicas, pelo álcool, pela prostituição destruidora.
Urgem atitudes que possam despertar os adolescentes para a utilização do sexo com responsabilidade, na idade adequada, quando houver equilíbrio fisicopsíquico, amadurecimento emocional com a competente dose de compreensão dos efeitos que decorrem das uniões dessa natureza.
O sexo é um órgão com função específica e portador de exigências graves na área dos deveres, que aparecem como conseqüência do seu uso. Quando utilizado com insensatez, sem o contributo da razão, por desejos infrenes, ao envolver os parceiros estabelece um vínculo emocional que não deve ser rompido levianamente. Muitas tragédias dos sentimentos têm início nas rupturas abruptas da afetividade despertada pelo interesse sexual. Pode uma das pessoas não estar realmente interessada na outra, não obstante a recíproca pode não ser verdadeira, e, ao sentir-se a sós, aquele que se encontra abandonado passa a experimentar tormentos e conflitos muito perturbadores, quando não se rebela contra a função sexual, gerando problemas mais profundos, que irão comprometer-lhe toda a existência, em razão da leviandade de quem se foi, indiferente pelo destino de quem ficou...
Na adolescência, porque os interesses giram em torno da identidade, da sexuaLidade, da afirmação da personalidade, além de outros, a atração entre os jovens é inevitável, produzindo grande empatia e estímulos que devem ser cultivados, porqüanto isso faz parte da formação do seu conceito de sociedade e de auto-realização. Todavia, éindispensável insistir quanto aos cuidados que devem ser tomados pelos moços em razão da precipitação em assumir atitudes e compromissos para os quais não estão preparados, tornando-se fáceis vítimas da imprudência e do desconheci­mento.
Sob outro aspecto, porque os sentimentos ainda não estão maduros e o desconhecimento da função sexual é total, o ato não corresponde à expectativa ansiosa do adolescente, que se sente defraudado, receando novas experiências, ou precipitando-se em outras tantas a fim de descobrir os encantamentos a que as demais pessoas se referem com entusiasmo e que ele não vivenciou.
A educação sexual, portanto, tem regime de grande urgência, ao lado de um programa de dignificação da função genésica muito barateada por personagens atormentadas, que se tornam líderes da massa juvenil, e que, fugindo dos próprios conflitos perturbadores, estimulam-lhes o uso desordenado. Outras vezes, mediante caricaturas perversas, procuram influir na conduta juvenil, massificando todos no mesmo nível de comportamento estranho e inquietador, deixando-os insaciáveis e cínicos, enquanto afirmam que a única função da vida é o prazer imediato, sendo o sexo a válvula de escapamento para a insegurança, a insatisfação emocional e o fracasso de que se sentem possuídos, mesmo quando se sentam nos tronos dos triunfos ilusórios que a mídia lhes proporciona, sem os realizarem interiormente.
A maternidade é o momento superior de dignificação da mulher, quando todos os valores do sentimento e da razão se conjugam para o engrandecimento da vida. Faltando, àadolescente, experiência e conhecimento dos valores existen­ciais durante a gravidez, o período é atormentado, sendo trans­mitido ao feto inquietação e desassossego, quando não a revolta pela concepção indesejada.
Raramente acontece o fenômeno da compenetração maternal, quando se trata de Espírito afim, que volve ao regaço da afetividade de maneira inesperada, recompondo o passado de lutas e desares, com que ambos se encontram nos caminhos do amor: mãe e filho.
A maternidade na adolescência é dos mais tormentosos fenômenos que o sexo irresponsável produz, face às conseqüências que gera.
Orientar o adolescente quanto aos valores do sexo, ante a vida e o amor, é dever que todos os indivíduos se devem impor, auxiliando a mentalidade juvenil a encontrar o rumo de segurança para a felicidade, sem as cargas aflitivas provindas da leviandade do período anterior.

Fonte: Adolescência e Vida / Joana de Angelis

sábado, 25 de janeiro de 2014

CARGA ERÓTICA "(...)Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o induziu a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo, mal dirigido, pelos acidentes que causa.'(...)

CARGA  ERÓTICA

 Emmanuel

Dois sistemas se defrontam: o dos ascetas, que tem por base o aniquilamento do corpo, e o dos materialistas, que se baseia no rebaixamento da alma.
Duas violências quase tão insensatas uma quanto a outra.
Ao lado desses dois grandes partidos, formiga a numerosa tribo dos indiferentes que, sem convicção e sem paixão, são mornos no amar e econômicos no gozar.
Onde, então, a sabedoria? Onde, então, a ciência de viver? Em parte alguma; e o grande problema ficaria sem solução, se o Espiritismo não viesse em auxílio dos pesquisadores, demonstrando-lhes as relações que existem entre o corpo e a alma e dizendo-lhes que, por serem necessários uma ao outro, importa cuidar de ambos.
Amai, pois, a vossa alma, porém, cuidai igualmente do vosso corpo, instrumento daquela.
Desatender às necessidades que a própria Natureza indica, é desatender a lei de Deus.
Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o induziu a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo, mal dirigido, pelos acidentes que causa.
Sereis, porventura, mais perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso, está toda nas formas por que fizerdes passar o vosso Espírito.
Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição.
Do item 11, do Cap.
XVII, de "O Evangelho Segundo o Espiritismo".
O instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução.
Toda criatura consciente traz consigo, devidamente estratificada, a herança incomensurável das experiências sexuais, vividas nos reinos inferiores da Natureza.
De existência a existência, de lição em lição e de passo em passo, por séculos de séculos, na esfera animal, a individualidade, erguida à razão, surpreende em si mesma todo um mundo de impulsos genésicos por educar e ajustar às leis superiores que governam a vida.
A princípio, exposto aos lances adversos das aventuras poligâmicas, o homem avança, de ensinamento a ensinamento, para a sua própria instalação na monogamia, reconhecendo a necessidade de segurança e equilíbrio, em matéria de amor; no entanto, ainda aí, é impelido naturalmente a carregar o fardo dos estímulos sexuais, muita vez destrambelhados, que lhe enxameiam no sentimento, reclamando educação e sublimação.
Depreende-se disso que toda criatura na Terra transporta em si mesma determinada taxa de carga erótica, de que, em verdade, não se libertará unicamente ao preço de palavras e votos brilhantes, mas à custa de experiência e trabalho, de vez que instintos e paixões são energias e estados inerentes à alma de cada um, que as leis da Criação não destroem e sim auxiliam cada pessoa a transformar e elevar, no rumo da perfeição.
Fácil entender, portanto, que do erotismo, como fator de magnetismo sexual humano, na romagem terrestre, seja em se tratando de Espíritos encarnados ou desencarnados na Comunidade Planetária, não partilham tãosomente as inteligências que já se angelizaram, em minoria absoluta no Plano Físico, e aqueles irmãos da Humanidade provisoriamente internados nas celas da idiotia, por força de lides expiatórias abraçadas ou requisitadas por eles próprios, antes do berço terreno.
Os Espíritos sublimados se atraem uns aos outros por laços de amor considerado divino, por enquanto inabordáveis a nós outros, seres em laboriosa escalada evolutiva e que compartilhamos das tendências e aspirações, dificuldades e provas do gênero humano.
E os companheiros temporariamente bloqueados por cérebros deficientes e obtusos atravessam períodos mais ou menos longos de silêncio emocionados, destinados a reparações e reajustes, quase sempre solicitados por eles mesmos - repetimos -, já que se sentenciam a entraves e inibições, no campo de exteriorização da mente, através dos quais refazem atitudes e recondicionam impulsos afetivos em preciosas tomadas e retomadas de consciência.
À vista do exposto, é fácil reconhecer que toda criatura humana, sempre nascida ou renascida sob o patrocínio do sexo, carreia consigo determinada carga de impulsos eróticos, que a própria criatura aprende, gradativamente, a orientar para o bem e a valorizar para a vida.
Diante do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefas que esposamos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento entre os homens.
Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz, evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo, e é claramente, nas lavras da experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós - os filhos de Deus em evolução na Terra - conseguirá sublimar os sentimentos que nos são próprios, de modo a erguer-nos em definitivo para a conquista da felicidade celeste e do Amor Universal.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo
 

sábado, 10 de agosto de 2013

CONVITE AO EQUILÍBRIO

CONVITE AO EQUILÍBRIO
“... Que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e
Honra”.
(1º TESSALONICENSES: capítulo 4º, versículo 4.)
Não há como negá-lo. Profundamente vinculados ao espírito, os hábitos
decorrem do uso correto ou não que se imprimem às funções desta ou daquela
natureza.
No que diz respeito às experiências sexuais, pela imposição procriativa,
atendendo à lei de reprodução, o espírito no corpo engendra as grades do presídio
em forma de viciações escravizantes ou as asas da sublimação
libertadora.
A generalidade das pessoas, no entanto, padece a constrição dos apelos
da retaguarda primitiva, fugindo, a princípio impensadamente, e depois em
consciência às responsabilidades em relação ao aparelho genésico,
mergulhando nos fundos fossos dos vícios cruéis, nos quais a jaula da loucura
aprisiona em longo curso aqueles que nela se adentram precipitadamente.
Por isso, sejam quais forem as chamadas liberações morais que te
facultem o abuso, resguarda-te no equilíbrio.
Não te permitas fascinar pela falsa tolerância que desborda em conivência
de indignidade, porqüanto, mesmo que as condições sociais legalizem estes ou
aqueles atentados à moral e ao pudor, dando-lhes cidadania, a má aplicação
das forças genésicas produzirá em ti mesmo lamentáveis processos de ulceração
espiritual de presença demorada...
Homossexualismo, heterossexualismo, obedecem a programas liberativos
que ao espírito são impostos por indispensável necessidade de disciplina da
vontade e corrigenda moral.
Respeita, assim, nos limites que a vida te coloca ao alcance da evolução,
a oportunidade redentora de que não te podes furtar.
E se te encontras em regime liberativo, sem feridas de qualquer natureza
não resvales nos compromissos negativos, para que não retornes estigmatizado
pelas chagas que hoje são exibidas ao aplauso como ao sarcasmo no
desfile das ruas e nos veículos de comunicação, produzindo cinismo e vilania,
longe de qualquer terapêutica educativa ou saneadora.
Equilíbrio em qualquer circunstância como sinal de vitória sobre as paixões
e de renovação na luta.
Nesse sentido a recomendação do Apóstolo Paulo não dá margem a
qualquer eufemismo: “Que vos abstenhais da prostituição.”

Convite a vida por Joana de Angelis/Divaldo

CONVITE À CONTINÊNCIA

CONVITE À CONTINÊNCIA
“... A vossa santificação que vos abstenhais da prostituição.”
(1º TESSALONICENSES: capítulo 4º, versículo 3.)
Referimo-nos ao equilíbrio no uso das funções sexuais, em face dos
modernos conceitos éticos, estribados nas mais vulgares expressões do
sensualismo e da perversão.
Disciplina moral, como condição de paz fomentadora de ordem física e
psíquica, nos diversos departamentos celulares do corpo que te serve de veículo
à evolução.
A mente atormentada por falsas necessidades, responsabiliza-se por
disfunções glandulares, que perturbam a boa marcha das organizações
fisiológica e psicológica do homem.
Entre as necessidades sexuais normais, perfeitamente controláveis, e as
ingentes exigências do condicionamento a que o indivíduo se permite por educação,
por sociabilidade, por desvirtuamento, há a fuga espetacular para os
prazeres da função descabida do aparelho genésico, de cujo abuso só mais
tarde aparecem as conseqüências físicas, emocionais e psíquicas, em quadros
de grave comprometimento moral.
Em todos os tempos, o desregramento sexual dos homens tem sido
responsável por crises sérias no estatuto das Nações. Guerras cruéis que
assolaram povos, arbitrariedades cometidas em larga escala, em toda parte,
absurdos do poder exorbitante, perseguições inomináveis, contínuas, tragédias
bem urdidas, crimes nefandos têm recebido os ingredientes básicos das
distonias decorrentes do sexo em desalinho, eito de maldições e poste de
suplícios intérminos para quantos se lhe tornam áulicos subservientes.
Quedas espetaculares na rampa da alucinação, homicídios culposos,
latrocínios infelizes e perversões sem conta fazem a estatística dos disparates
nefandos do sexo em descontrole, perfeitamente adotado pela falsa cultura
hodierna.
Continência, portanto, enquanto as forças do equilíbrio íntimo se fazem
condutoras da marcha orgânica.
Dieta salutar, enquanto o matrimônio não se encarrega de propiciar a
harmonia indispensável para a jornada afetiva.
Mesmo na vida conjugal, se desejas estabelecer normas para a felicidade,
cuida-te da licenciosidade perniciosa, do abuso perturbador, da imaginação em
desvario...
Se te parecerem difíceis os exercícios de continência, recorda-te da oração
e mergulha a mente nos rios da prece, onde haurirás resistência contra o mal e
inspiração para o bem.
Quando, porém, te sentires mais açulado e inquieto, a ponto de cair,
refaze-te através do passe restaurador de forças e da água fluidificada, capazes
de ajudar-te na empresa mantenedora da harmonia necessária ao
progresso do teu espírito, na atual conjuntura carnal, evitando a prostituição
dos costumes sempre em voga, responsável por mil desditas desde há muito.

Do Livro Convite a Vida por Joana de Angelis

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sexo

Têm sexo os Espíritos?
– Não como o entendeis, pois que os sexos dependem da organização (física). Há entre eles amor e simpatia, mas baseados na concordância dos sentimentos. (L.E., 200)1
Em nova existência, pode o Espírito que animou o corpo de um homem animar o de uma mulher e vice-versa?
– Decerto; são os mesmos os Espíritos que animam os homens e as mulheres. (L.E., 201)1
Quando errante, pouco importa ao Espírito encarnar no corpo de um homem, ou no de uma mulher. O que o guia na escolha são as provas por que haja de passar. (L.E., 202)1
Lá (em Júpiter) existe diferença de sexos?
– Sim: há por toda a parte onde existe a matéria. (R.E., 1858)2
Os Espíritos não têm sexo. Entretanto, como há poucos dias éreis homem (palavras de Kardec a Sanson recém-desencarnado), no vosso novo estado tendes antes a natureza masculina que a feminina? Dá-se o mesmo com um Espírito que deixou o corpo há muito tempo?
– Não nos atemos a ser de natureza masculina ou feminina: os Espíritos não se reproduzem. Deus os criou à sua vontade e se, na sua maravilhosa sabedoria, quis que os Espíritos se reencarnem na Terra, teve que estabelecer a reprodução das espécies para o macho e a fêmea. (R.E., 1862)2
A primeira resposta dada pelo Espírito de Felícia, para certas pessoas poderia parecer uma contradição. Diz que é do sexo feminino e sabe-se que os Espíritos não têm sexo. É certo que não têm sexo, mas sabe-se que para se fazerem reconhecer se apresentam sob a forma que os conhecemos em vida. (R.E., 1863)2
Criou Deus as almas masculinas e femininas? Fez estas inferiores àquelas? – Ao contrário, criou-as iguais e semelhantes e as desigualdades, fundadas pela ignorância e pela força bruta, desaparecerão com o progresso e o reinado da justiça. (R.E., 1866)2
As mulheres podem encarnar-se como homens e, por consequência, os homens podem encarnar-se como mulheres. Não há, pois, entre os dois sexos senão uma diferença material, acidental e temporária, uma diferença de vestimenta carnal; mas quanto à natureza essencial do ser, ela é a mesma. (R.E., 1867)2
No livro Baviera – Saga Secular de Amor e Ódio (Casa Editora O Clarim), Cairbar Schutel passa, no apêndice doutrinário, importantes considerações sobre o tema em tela, em 43 tópicos.
Nesta oportunidade transcrevemos:
18. O que representa o relacionamento sexual para o casal:
Trata-se de uma forma de externar e trocar amor entre dois encarnados que constituem uma família. O casal deve praticá-lo, pois é também uma necessidade do organismo material. Se um dos dois se recusa a fazê-lo, afeta o outro. A relação sexual só pode deixar de ser praticada no relacionamento do casal quando há consenso entre ambos, em face de uma missão a ser desenvolvida ou por decisão natural e mútua.3
40. Não é permitida pelo Alto a escolha do sexo da criança, através de técnicas científicas, ao ocorrer a fecundação:
Cabe exclusivamente ao Plano Espiritual Superior determinar o sexo da criança que está para reencarnar. Somente a Espiritualidade sabe a missão que ela tem a enfrentar e consequentemente qual o sexo que deve vivenciar.3
No contexto geral desse apêndice doutrinário, e também nos Fundamentos da Reforma Íntima (Casa Editora O Clarim), o sexo tem três aspectos para os encarnados: o primeiro tem a ver com a reprodução da espécie; o segundo com a troca de vibrações entre o casal; o terceiro, servir de prova.

1. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos.
2. ______. Revista Espírita.
3. GLASER, A. Baviera – Saga Secular de Amor e Ódio. Pelo espírito Rubião. Casa Editora O Clarim.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

COMPORTAMENTOS EXÓTICOS "O excêntrico (incomum) é ser atormentado, ególatra; frágil, que se faz indiferente; temeroso, que se apresenta com reações imprevisíveis; insensível, que se recusa enfrentar-se. Ignora os outros e vive comportamentos especiais, como única maneira de liberar os conflitos em que se aturde."


A dependência psicológica do morbo(mal) da queixa, traduzindo insegurança e instabilidade emocional, leva a estados perturbadores que se podem evitar, mediante o cuidado na elaboração das idéias e do otimismo na observação das ocorrências.

O queixoso perdeu o endereço de si mesmo, transferindo-se para os departamentos da fiscalização da conduta alheia.

Síndrome(sinais) compulsiva (obsessivos)  para aparecer, o paciente oculta-se na mentirosa postura de vítima ou na condição de portador de conduta inatacável, escorregando pela viciação acusadora, que mais lhe agrava o distúrbio no qual estertora(agoniza).

Da simples fixação do erro e apenas dele — conforme afirma o brocardo (provérbio)  popular, enxerga uma agulha num palheiro — modifica o comportamento perdendo a linha convencional do que é correto e saudável para viver de maneira alienada, cultivando exotismos ( extravagâncias), dando largas ao inconsciente, responsável pelas repressões que se transformaram em mecanismos de afirmação da personalidade.

Saúde, em realidade, é estado de bom humor, com inalterável tolerância pelas excentricidades dos outros e seus correspondentes erros.

O homem saudável sobressai pela harmonia e otimismo em todas as situações, mantendo-se equilibrado, sem os azedumes perturbadores,os ademanes(modos) chamativos, nem as agravantes manifestações anômalas.

A doença caracteriza-se pela inarmonia em qualquer área da pessoa humana, gerando os distúrbios catalogados nos diferentes departamentos do corpo, da mente, da emoção.

A insegurança, a frustração, os complexos de inferioridade, perturbando o equilíbrio psicológico, transferem-se para as reações nervosas, manifestando se em contrações musculares, fixações, repetições de gestos, palavras e conduta alienadoras, que degeneram nas psicoses ( doença mental) compulsivas, específicas, cada vez mais constritoras (constrangida), em curso para o desajuste total...

O excêntrico (incomum) é ser atormentado, ególatra; frágil, que se faz indiferente; temeroso, que se apresenta com reações imprevisíveis; insensível, que se recusa enfrentar-se. Ignora os outros e vive comportamentos especiais, como única maneira de liberar os conflitos em que se aturde.

A psicoterapia própria, reajustadora, apresenta-se propondo-lhe uma revisão de valores culturais e sociais, envolvendo-o no grupo familiar e nos problemas da comunidade, a fim de que rompa a carapaça da dissimulação e
assuma as responsabilidades que interessam a todos, tornando-se célula harmônica, ativa, ao invés de manter-se em processo degenerativo, ameaçador...

Atavicamente(naturalmente) herdeiro dos hábitos pretéritos( passado), conduz, de reencarnações infelizes, excentricidades multiformes, como arquétipos( modelos) do inconsciente coletivo que, no entanto, são gerados por ele próprio.

Nessa área, surgem os distúrbios do sexo, predominando a psicologia à morfologia, caracterizando biótipos extravagantes, que chamam a atenção pelo desvio de conduta, por fenômeno psicológico de não aceitação de sua realidade, compondo uma personificação que agride aos outros, e a si mesmo se realiza em fenômeno de autodestruição.

A exibição não é apenas uma forma de assumir o estado interior, psicológico, mas, também, de chocar, em evidente revolta contra o equilíbrio mente-corpo, emoção-função fisiológica...

Por extensão, a compulsão psicótica leva-o à extroversão exagerada, em todas as formas da sua comunicação com o mundo exterior, pondo para fora os conflitos, mascarados em expressões que lhe parecem afirmar-se perante si mesmo e as demais pessoas.

Outrossim, algumas dessas personalidades exóticas fazem-se isoladas onde quer que se encontrem, evitando o relacionamento com o grupo, em postura excêntrica, de natureza egoísta.

Exigem consideração, que não dispensam a ninguém; auxílio, que jamais retribuem; gentilezas, que nunca oferecem, sendo rudes, mal-humorados,
insensíveis e presunçosos.

Essa é uma fase adiantada do comportamento exótico, que exige mais
acentuada terapia de profundidade.

Nesse estágio da conduta, os sonhos são-lhes caracterizados pela necessidade tormentosa de conseguirem a realização plenificadora, que não atingem.

Devaneios íntimos povoam-lhes o campo onírico, referto de transtornos e pesadelos, que mais os inquietam quando no estado de consciência lúcida.

Os fatos da infância ressurgem-lhes fantasmagóricos, e a imagem da mãe,
excessivamente dominadora ou tragicamente benévola, que transferiu para o rebento suas frustrações e nele passou a realizarse, anelando para a felicidade do ser querido tudo aquilo quanto não fruiu, neurótica, portanto, na suaestrutura maternal.

A psicoterapia deve apoiar-se na busca da conscientização do paciente, para que assimile novos hábitos, empenhando-se em harmonizar a sua natureza interior com a sua realidade exterior, exercitando-se no convívio social sem a tentação de destacar-se, sendo pessoa comum, identificada com os objetivos normais da vida, que escolherá conforme as próprias aptidões, trabalhando com esforço a modelagem da nova personalidade.

O desenvolvimento da criatividade contribui para o ajustamento da personalidade ao equilíbrio, gerando o enriquecimento interior, que anulará os
condicionamentos viciosos.

Sem dúvida, o acompanhamento do psicólogo assim como do analista atentos lhe propiciará o encontro com o eu profundo e seus conteúdos psíquicos, liberando-se das heranças neuróticas e dos condicionamentos psicóticos.

O homem e a mulher saudáveis têm comportamento ético, sem pressão, e
tornam-se comuns, sem vulgarizarem-se.

Livro : O Ser Consciente
Divaldo/Joana de Angelis

sábado, 29 de setembro de 2012

06 - OS MALEFÍCIOS DOS ABUSOS SEXUAIS

Ney Prieto Peres
"O aborto provocado é um crime, qualquer que seja a época da concepção? - Há sempre crime, no momento em que se transgride a lei de Deus. A mãe, ou qualquer outro, cometerá sempre um crime ao tirar a vida à criança antes do seu nascimento, porque isso é impedir a alma de passar pelas provas de que o corpo devia ser o instrumento. " Allan Kardec.O Livro dos Espíritos. Capítulo VII. Retorno à Vida Corporal. Pergunta 358.)

Também pelos abusos sexuais comprometemos o nosso corpo físico e o nosso equilíbrio emocional, dispersando as energias vitais procriadoras e enfraquecendo a nossa mente com imagens eróticas e perniciosas. Como todo ato natural, a união sexual representa uma manifestação divina quando as condições espirituais e os reais objetivos são seguidos. Da união sexual decorre a continuidade da espécie, possibilitando aos espíritos em processo de encarnação a oportunidade para seu desenvolvimento.

No ato sexual, além das atividades propriamente geradoras, importante permuta de hormônios e princípios magnéticos ativos processam-se entre o homem e a mulher. Além do aspecto biológico, há também, na união sexual, a permuta de vibrações sutis e de elementos espirituais vitalizantes de que ambos se abastecem no equilíbrio necessário das uniões afetivas dignas.

Desse modo, não nos cabe deturpar uma manifestação divina dos nossos espíritos como através dos tempos vem sendo feito. Dirigimo-nos em particular aos jovens que, na fase de sua formação física e moral, possam estar desperdiçando as suas energias procriadoras, tão importantes no fortalecimento do sistema cerebral e de todos os seus órgãos do corpo. Devemos canalizar o seu dinamismo energético na prática sadia de atividades produtivas, nos estudos, nos esportes nas artes, na música, além das oportunidades de ajuda ao próximo que oferece a Assistência Social e o trabalho junto às crianças faveladas nos serviços de Moral Cristã.

Nosso esforço em reformular os conceitos e as manifestações desavisadas do sexo é indispensável, improrrogável. Convém controlar os impulsos sexuais, moderá-los com justificativas cristãs, coerentes com a pureza em que se devem manter o corpo e o espírito. Mudar a nossa imaginação viciada no que se relaciona ao sexo e às suas manifestações. Orientar definitivamente os desejos de prazer procurados nas expressões animalizadoras, esforçando-se no trabalho de se espiritualizar em todos os sentidos, dentro de princípios renovadores.

A corrente tendenciosa, nos nossos dias, de dar livre expansão aos impulsos sexuais incorre numa completa distorção dos sentimentos de afeição e respeito. Sexo exige, antes de tudo, responsabilidade por parte de quem o pratica. E digam as consciências que propagam o "amor livre" até onde estão dispostas a assumir, em nome desse "amor", as consequências dos seus atos livres! União de corpos pressupõe união de almas, afeto, compromisso de um para com o outro num propósito sério.

As grandes provas de amor são dadas exatamente na medida da capacidade de renúncia e de sacrifício, em respeito e zelo pela criatura amada, e, como decorrência, em assumir a vida daqueles seres gerados por esse mesmo amor. O sexo exerce enorme influência em nossa vida, o seu potencial de realização pode ser comparado a uma grande represa que armazena e controla vultuosa massa de água, canalizando-a e transportando-a por condutos, fazendo-a movimentar potentes turbinas, geradoras de energia elétrica, distribuída em incontáveis benefícios. Conter, disciplinar, canalizar todo o nosso potencial de energias sexuais que está sediado na alma, utilizando-o nas realizações proveitosas em que colocamos o nosso entusiasmo, o nosso dinamismo, o nosso coração, é obra divina, digna e edificante.

Os abusos e as distorções do sexo levam, à semelhança de um dique rompido, às inundações desastrosas, ao desequilíbrio emocional, ao envolvimento nas teias grosseiras da nossa animalidade, ao embotamento dos nossos valores criadores e ao viciamento da nossa imaginação. "A união permanente de dois seres é um progresso na marcha da humanidade." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Pergunta 695.) "A abolição do casamento é o retorno à vida dos animais." .)

Resumimos, com Emmanuel (Emmanuel. Vida e Sexo. Introdução.), todas as considerações úteis relativas ao sexo nas seguintes normas: "Não proibição, mas educação. Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade".

Aos Aprendizes do Evangelho é feito um convite à ponderação e ao posicionamento com relação a esse importante problema que a Humanidade enfrenta, e que, cada um, na tentativa de realizar a sublimação pessoal, tantas vezes já recomeçou nas oportunidades reencarnatórias, ou seja, o aprendizado na aplicação do sexo à luz do amor e da vida.

A - UM ROTEIRO PARA AUTO-ANÁLISE

No campo das afeições, ao analisarmos a gradação dos nossos impulsos de sentimentos em relação a outrem, parece ficar evidente a sequência que vai da simples simpatia à união propriamente dita, num processo crescente de aproximação e envolvimento de almas.
Com o intuito de facilitar a nossa reflexão quanto aos aspectos das manifestações afetivas, indicamos, a nosso ver, a sequência natural e crescente que estamos sujeitos a passar, nas ligações do coração.

Enumeramos nessa sequência três fases naturais: 1ª. aproximação; 2ª. contato; 3ª. ligação.

1ª. - Aproximação: Esta fase se inicia na "simpatia", prossegue na "admiração", estabelece-se na "amizade". Até esse ponto o nível de aproximação é o mais comum entre as criaturas, e não ultrapassou os limites de um relacionamento social. Das "amizades" podem surgir as expressões ou impulsos de "carinho", que são os primeiros sintomas de afeição mais profunda. A partir dessa etapa podemos ou não atingir a segunda fase.

2ª. - Contato: Esta fase tem seu começo na "atração" entre pessoas, quando já penetramos no terreno emocional. Da "atração" surge o "desejo" e logo após o contato na forma de "carícias". O nível de aprofundamento a que se pode chegar nesse estágio leva, conseqüentemente, à ligação.

3ª. - Ligação: Nesta etapa, o contato atinge certos níveis de "sensações" mútuas, chegando irresistivelmente ao seu clímax no relacionamento sexual. Ao chegar nesse ponto, subentende-se uma aceitação de parte a parte, que pressupõe ter sido completada a terceira fase, e que, para existir, implica na "responsabilidade" de ambos em assumir, um para o outro, uma vida em comum, numa "união" de propósitos. Laços mais estreitos foram tecidos e agora, num relacionamento conjugal, espera-se concretizar todo um conjunto de ideais.

Em resumo:
1ª. fase - Aproximação

• simpatia
• admiração
• amizade
• carinho
2ª. fase - Contato

• atração
• desejo
• carícia

3ª. fase - Ligação

- sensação
- relação sexual
- responsabilidade
- união

Onde encontramos os desequilíbrios?

Quando não nos é permitido transgredir de uma fase a outra. Senão, vejamos: ao nos aproximarmos de alguém e ao sentirmos "carinho", além de "simpatia", "admiração" e "amizade", estamos começando a entrar na fase de "contato". Portanto, caso não possamos ultrapassar uma simples "amizade", a atitude coerente é não passar dos sentimentos de "carinho".

Quando há um encaminhamento para o "contato" pela "atração" e "desejo", torna-se mais difícil impedir o aprofundamento, que poderá marchar para uma "ligação". É o que ninguém quer fazer, ou seja, parar na hora certa, impedir que os envolvimentos progridam. Quando não reagimos adequadamente e estabelecemos as "ligações" ilícitas, cometemos adultério, colhemos os dissabores, perturbamos os compromissos assumidos anteriormente, destruímos laços afetivos, comprometemos nossa consciência que fugiu às responsabilidades.

Nas transgressões, ao passarmos de uma das etapas à seguinte, encontramos os desequilíbrios afetivos e os enganos do coração, que devemos evitar. Vamos assim realizando a nossa auto-análise e nos posicionando prudentemente dentro desse esquema apresentado. Levemos em conta que as ligações afetivas ilícitas constituem o terreno das provas mais difíceis de serem superadas, e que por elas nos comprometemos a pesados encargos nesta e em vidas futuras.

Analisemos o que nos diz Mateus e o que esclarece Allan Kardec, relativamente ao adultério. Embora a nossa maioria social esteja embriagada nas manifestações desenfreadas do sexo, não acreditamos que essas verdades a seguir colocadas tenham sido superadas nos atuais dias controvertidos.

"Ouvistes o que foi dito aos Antigos: Não cometereis adultério. Porém, eu vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher com mau desejo para com ela, já em seu coração adulterou com ela." (Mateus, 5 :27-28.)

"É necessário fazer uma distinção importante. À medida que a alma que está no caminho errado adianta-se na vida espiritual, instrui-se e, pouco a pouco, despe-se das imperfeições conforme sua vontade seja mais ou menos forte, em virtude do livre-arbítrio. Todo pensamento menos puro é resultante da pouca evolução da alma, mas, de acordo com o desejo que alimenta de aprimorar-se, mesmo esse pensamento menos puro se lhe propicia uma oportunidade de adiantar-se, porque ela o repele com energia.
É indício do esforço despendido para apagar uma mancha e não ceder, se surgir uma nova oportunidade de satisfazer a um desejo menos digno, e, após ter resistido, sentir-se-á mais robustecido e alegre pela vitória conquistada. Ao contrário, a alma que não teve boas resoluções procura uma ocasião de praticar o erro e, se não o efetiva, não é por virtude de sua vontade, mas por falta de oportunidade.
É, pois, tão culpada quanto o seria se o tivesse cometido. Em resumo, o progresso está realizado na pessoa que nem ao menos concebe um pensamento menos puro, o progresso está em vias de realização na que tem um pensamento dessa natureza e o repele, e, naquela que ao surgir tal pensamento nele se compraz, o mal está em todo seu vigor. Numa o trabalho está feito, na outra, por fazer. E Deus, que é justo, leva em consideração todos esses fatores na responsabilidade dos atos e pensamentos dos homens."(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo VIII. Bem-aventurados os Puros de Coração. Pecado por Pensamentos. Adultério.)

B - ALGUMAS AUTO-AFIRMAÇÕES PARA DOMINAR DESEJOS SEXUAIS

Para superar as eventuais fraquezas e a pouca firmeza nos propósitos de dominar os impulsos eróticos e os pensamentos de prazer sexual, sugerimos repetir com frequência as afirmações que seguem, procurando sentir o mais profundamente possível o seu conteúdo:

"QUERO TRANQUILAMENTE SUPERAR OS ENVOLVIMENTOS ERÓTICOS E COMPREENDER AS ATRAÇÕES SEXUAIS COMO IMPULSOS DINÂMICOS DA ALMA E EXPRESSÕES DE AMOR EM VIAS DE SUBLIMAÇÃO".

"BUSCO ADQUIRIR EQUILÍBRIO, BEM-ESTAR, SAÚDE E APLICAR AS ENERGIAS SEXUAIS DA ALMA EM TRABALHO PRODUTIVO".

"DESPERDIÇAR ENERGIAS PROCRIADORAS É AUMENTAR TENSÕES, COMPROMETER O EQUILÍBRIO PSÍQUICO E DESGASTAR OS RECURSOS ORGÂNICOS".

"TENHO VONTADE E ENERGIA SUFICIENTES PARA REPELIR OS DESEJOS SEXUAIS QUE AINDA POSSAM ME ATORMENTAR".

"EVITAREI, CALMA E FIRMEMENTE, PENSAMENTOS OU IMAGENS QUE DESPERTEM SENSAÇÕES E DESEJOS SEXUAIS".

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TÉDIO NO LAR




Uma vez que os Espíritos simpáticos são induzidos a unir se, como é que, entre os encarnados, frequentemente só de um lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e, até, com repulsão?
Como é, além disso, que a mais viva afeição de dois seres pode mudar se em antipatia e mesmo em ódio?
Não compreendes então que isso constitui uma punição, se bem que passageira?
Depois, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material.
Não basta uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciála.
Tanto assim que, em muitas uniões, que a princípio parecem destinadas a nunca ser simpáticas,
acabam os que as constituíram, depois de se haverem estudado bem e de bem se
conhecerem, por votar se, reciprocamente, duradouro e terno amor, porque assente
na estima! Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade. “Duas espécies há de
afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com frequência tomar se uma pela
outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do corpo.
Daí vem que, muitas vezes, os que julgavam amar se com eterno amor passam a odiar se, desde que a ilusão se desfaça”.
Seja qual seja o motivo em que o tédio se fundamente, recorram os companheiros imanizados em mútua associação no lar ao apoio recíproco mais profundo e mais intensivo. Com isso, estarão em justa defesa da harmonia íntima, sem castigarem o próprio corpo. E reeducarseão, sem hostilizar os que, porventura,
lhes demonstrem afeto, mas acolhendo os, não mais na condição de cúmplices das aventuras deprimentes, a que se renderam outrora, e sim por irmãos queridos, com quem podemos fundir nos, em espírito, no mais alto amor espiritual.

Livro: Vida e Sexo
Chico Xavier/Emmanuel