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sábado, 29 de setembro de 2012

04 - OS MALEFÍCIOS DO JOGO


"Por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder, e a outros a miséria?"
- Para provar a cada um de uma maneira diferente. Aliás, vós o sabeis, essas provas são escolhidas pelos próprios Espíritos, que muitas vezes sucumbem ao realizá-las." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo IX. Lei de Igualdade. Pergunta 814.)


"Qual dessas provas é a mais perigosa para o homem, a da desgraça ou a da riqueza?
— Tanto uma quanto a outra o são. A miséria provoca a murmuração contra a Providência; a riqueza leva a todos os excessos. " (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo IX. Lei de Igualdade. Pergunta 815.)


"Como explicar a sorte que favorece certas pessoas em circunstâncias que não dependem da vontade nem da inteligência, como no jogo, por exemplo? - Certos Espíritos escolheram antecipadamente determinadas espécies de prazer, e a sorte que os favorece é uma tentação. Aquele que ganha como homem, perde como Espírito: é uma prova para o seu orgulho e a sua cupidez." (Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo X. Lei de Liberdade. Pergunta 865.)

O vício do jogo, pelas suas características e efeitos psíquicos sobre a personalidade do jogador, pode ser considerado como uma verdadeira neurose. O estado emocional durante o jogo, praticado nas suas mais variadas formas, leva o condicionado ao descontrole mental, às tensões psíquicas, às cargas desequilibradoras. Quando, de um lado, trabalhamos para serenar as nossas emoções, desenvolvendo o equilíbrio espiritual, no jogo destruímos, em poucas horas, o que podemos ter construído interiormente em alguns meses.
O tempo que se desperdiça numa diversão ociosa como o jogo, que consome horas irrecuperáveis, poderia muito bem ser aplicado em algo útil, proveitoso ao nosso espírito e ao próximo. Sacrificam-se, muitas vezes, famílias inteiras nas apostas feitas, onde alguns valores e propriedades são levianamente perdidos, levando-as, não raro, à miséria total. Na ânsia de recuperar num lance o que já perdeu, o jogador num gesto de desespero, aumenta o valor das apostas, afundando-se cada vez mais pelo descontrole da sua vontade.

As emoções fortes que dominam os jogadores fazem-nos presas fáceis dos espíritos inferiores, que os conduzem aos maiores desastres. A aceitação sem resistência dos convites de parceiros não deixa sequer o viciado pensar, dominado como está pelo desejo doentio de ganhar, fruto da ambição desmedida.

Muitos podem justificar os encontros de grupos amigos que se reúnem sistematicamente para jogar como oportunidades sociais de diversões, ou até de "confraternização". No entanto, se consultarmos honestamente o que nos impulsiona a essas reuniões, certamente identificaremos a ânsia de preencher um vazio indecifrável, resultante do lato de não termos algo mais produtivo com que nos ocupar, e segue-se, assim, com o tempo, o condicionamento ocioso.

Para libertar-se do jogo, o mecanismo utilizado é o mesmo: fortificar a vontade com razões seguras, amplamente encontradas na necessidade de equilíbrio emocional e de libertação das influências negativas, no desperdício de tempo útil, nas desgraças de que poderá ser vítima e de tantas outras razões. E no momento em que o desejo se manifestar ou o convite ao jogo for feito, busquemos com toda força as ideias positivas em nossa mente, reagindo, assim, às tentações. À proporção que formos reagindo, mais forte vai-se tornando a nossa vontade, e mais facilmente iremos controlando nossos desejos.

A vontade de adquirir pelo jogo uma boa soma de dinheiro, que venha preencher algumas necessidades ou realizar ambições materiais, denota completa falta de fé nos desígnios Divinos, que conhecem todas as nossas necessidades. É também uma forma de rebeldia e inconformação com as limitadas condições financeiras da nossa existência. É exatamente pela humildade, que cultivamos através do ganho material reduzido, que vamos retificando os abusos do pretérito. Estamos, então, contrariando o programa por nós mesmos escolhido na Espiritualidade, dando asas ás mesmas ambições que hoje ocultamente agem, refletindo as tendências enganosas em que já estivemos vivendo no ontem distante.

Observemos um pouco, indaguemos tranquilamente se a pressa de enriquecimento que desejamos, ao comprar bilhetes de loteria ou fazer apostas na loteria esportiva, nos fará realmente dignos em usufruir o que não ganhamos pelo nosso próprio esforço, obtido do nosso trabalho. Analisemos as promessas e barganhas que articulamos na nossa imaginação, prometendo-nos dar tal ou qual parcela para essa ou aquela obra de caridade, e confrontemos com o que entendemos como caridade desinteressada, realizada com o coração, sem espera de qualquer recompensa. Indubitavelmente, um dinheiro assim ganho não nos fará felizes, nem nos ajudará a crescer espiritualmente.

Só, e unicamente, nos serve e nos poderá pertencer provisoriamente aquilo que adquirimos com o nosso trabalho, com o nosso esforço. Aqueles contemplados pela sorte certamente assumem encargos sérios pelos bens recebidos, na condição de empréstimos, que podem levá-los ao precipício na sua escalada evolutiva, por não estarem preparados para bem administrar aqueles valores, comprometendo-se a existências futuras de extrema pobreza.

O melhor é sermos obedientes, resignados, confiantes e trabalhadores, porque o nosso Pai, justo e bom, tudo sabe a nosso respeito e nos proporcionará, quando merecermos e estivermos em condições de saber distribuir, os bens materiais almejados. Abolir os impulsos do jogo, sob qualquer fornia que se apresente, é também exercício respaldado na fé e na valorização das oportunidades de trabalho, disciplinadoras das nossas ambições. É essa a atitude mais sensata do Aprendiz do Evangelho.