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sábado, 31 de maio de 2014

ORIGEM DAS TENTAÇÕES "...ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração..."

ORIGEM  DAS  TENTAÇÕES
Emmanuel

Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência"
– (Thiago, 1:14)
 
Geralmente, ao surgirem grandes males, os participantes da queda imputam a Deus a causa que lhes determinou o desastre. Lembram-se, tardiamente, de que o Pai é Todo-Poderoso e alegam que a tentação somente poderia ter vindo do Divino Desígnio.
Sim, Deus é o Absoluto Amor e tanto é assim que os decaídos se conservam de pé, contando com os eternos valores do tempo, amparados por suas mãos compassivas. As tentações, todavia, não procedem da Paternidade Celestial.
Seria, porventura, o estadista humano responsável pelos atos desrespeitosos de quantos inquinam a lei por ele criada?
As referências do Apostolo estão profundamente tocada pela luz do céu.
"Cada um é tentado, quando atraído pela própria concupiscência.".
Examinemos particularmente ambos os substantivos "tentação" e "concupiscência". O primeiro exterioriza o segundo, que constitui o fundo viciado e perverso da natureza humana primitivista. Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração.
Finalmente, destaquemos o verbo "atrair". Verificaremos a extensão de nossa inferioridade pela natureza das coisas e situações que nos atraem.
A observação de Tiago é roteiro certo para analisarmos a origem das tentações.
Recorda-te de que cada dia tem situações magnéticas específicas. Considera a essência de tudo o que te atraiu no curso das horas e eliminarás os males próprios, atendendo ao bem que Jesus deseja.
 
Do livro Caminho, Verdade e Vida. Psicografia de Francisco Candido Xavier.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Reflexões sobre a culpa

Reflexões sobre a culpa

A culpa é grave transtorno emocional de consciência que grassa velada ou claramente e aflige a sociedade contemporânea.
Insidiosa, pode ser considerada como planta parasita que se nutre da seiva do vegetal no qual se hospeda e termina por matá-lo.
Sob outro aspecto, apresenta-se como negra ave agourenta que abre suas asas sombrias e asfixia perversamente o indivíduo que a agasalha.
Quase todos os reencarnados carregam no inconsciente alguma forma desse conflito inditoso que se manifesta de variadas formas e trabalha em favor do seu sofrimento moral e emocional.
Herança macabra dos atos infelizes, procede dos comportamentos omissos ou prejudiciais durante a presente existência ou as procedentes de outras passadas.
Ninguém consegue evadir-se da sua penosa injunção, por decorrência do desrespeito aos Soberanos Códigos da Vida.
Sorrateiramente explicita-se como complexo de inferioridade ou disfarça-se de narcisismo e empurra aquele que lhe padece a compressão no rumo dos pântanos da angústia declarada ou transformada em fuga da realidade.
Normalmente o eu consciente procura escamoteá-la, para evitar o enfrentamento direto, que constitui o eficiente recurso de diluir-lhe a presença punitiva até erradicá-la completamente...
De alguma forma expressa o cumprimento da Divina Justiça que alcança o infrator que se permitiu ludibriá-la.
Quando se instala, faz-se mordaz, porque diminui o ser a ínfima condição, torna-o inferior espiritualmente ou subestima-o, nivelando-o por baixo na escala de valores morais.
Nessa fase, torna a sua vítima arredia ou prepotente, cínica ou cruel, complexada ou reacionária.
Quando lhe faltam os instrumentos edificantes de caráter ético e moral, transforma-se na sombra enfermiça que impede as realizações nobilitantes e a aquisição dos valiosos tesouros que contribuem para o autoperdão e a reabilitação.
Tem raízes no mal que se fez, mas igualmente no bem que se deixou de praticar.
Praticar o mal é um mau comportamento, porém, não executar o bem que está ao alcance de todos é um grande mal.
A existência humana está desenhada para a conquista do progresso moral tendo como foco a ser conseguido o estado de plenitude ou Reino dos Céus.
Qualquer desvio da pauta comportamental estabelecida pelos Celestes Cânones, e o Espírito, ao dar-se conta de que posterga a responsabilidade ou tenta sepultá-la no inconsciente, constitui-lhe gravame no processo evolutivo que exige correção.
Nada obstante, ocasião surge em que ressuma por necessidade de iluminação da consciência ultrajada e obscurecida pelo erro.
*
Ao deparar-te com esse parasita que se te apresenta, assume responsabilidade para logo providenciares a reparação e, por fim, a sua remissão.
Quase sempre o motivo gerador da culpa permanece ignorado na área da razão, pois que se apresenta conflitiva na conduta, exceção quando se opera o imediato despertamento que pode dar lugar ao choque pós-traumático imobilizador.
O Evangelho de Jesus, nas suas profundas considerações sobre a vida e sua finalidade na Terra, receita providencialmente a psicoterapia a ser utilizada, que deve ser iniciada mediante o esforço da autoconsciência, isto é, pelo exame da causa desencadeadora.
Se não se consegue identificá-la de imediato, é necessário que se utilizem os instrumentos oferecidos pelo amor. a fim de dar-se conta que o equivocar-se é normal no processo evolutivo, porém, manter-se no erro é resultado da falta de discernimento, da imaturidade psicológica, da presunção ou da soberba.
Identificada a fragilidade pessoal, cabe seja produzida a reparação do delito através dos serviços de engrandecimento interior, com imediata modificação da conduta íntima sempre para melhor. do auxílio ao próximo e da contribuição em favor da harmonia da Natureza que serve de mãe generosa e, dessa forma, acalmando a ansiedade.
Apoia-te na meditação e renova-te na prece, torna-te útil e sai da concha calcária e escura do eu para o serviço geral em favor do progresso da humanidade.
De imediato sentirás as bênçãos da remissão, isto é, da liberdade e da consciência de paz.
Nunca deixes de usar o amor em qualquer circunstância que se te apresente.
Melhor será que peques por ajudar, do que ser omisso por conveniência pessoal, covardia ou para estares bem no torpe comportamento social vigente.
A culpa é, também, o anjo bondoso que contribui poderosamente para o autoencontro.
A viagem carnal é compromisso de legitimidade com a evolução espiritual do ser, por cuja experiência a terna presença de Deus no íntimo se expanda e domine-o durante toda a sua trajetória.
Enfrenta as tuas culpas sem temores, não adies a oportunidade libertadora, nem te justifiques por meio de sofismas egoísticos e lenitivos equivocados.
A consciência, por mais se encontre entorpecida pelo erro, sempre desperta para a realidade que é a luz condutora da paz.
*
Allan Kardec, o vaso escolhido para apresentar o Consolador a que Jesus se reportou, esclarece que ante a culpa existente, fazem-se necessários o arrependimento, a expiação e a reparação. (*)
Sabiamente a proposta do eminente mestre lionês concorda com a compreensão do erro e sua correspondente análise que dão lugar ao sofrimento, portanto, ao arrependimento e à expiação para, em definitivo, conseguir-se a reparação, mediante todo e qualquer contributo que dignifique e anule o delito praticado.
Não se torna indispensável que a reparação ocorra em relação àquele que foi prejudicado em decorrência de inúmeros fatores.
O essencial é a tranquilidade da consciência ultrajada pela culpa ante a atividade reabilitadora.
Nunca te permitas, desse modo, a permanência na culpa inscrita nos teus painéis mentais e nas tuas emoções, cuja presença pode levar-te a transtornos graves.
Ama e serve sempre sem outra qualquer preocupação, exceto o Bem.
Esse é o caminho do Gólgota, mas é também a véspera da gloriosa manhã da Ressurreição.
 
Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão
mediúnica da noite de 20 de janeiro de 2014, no Centro
Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.
Em 5.2.2014.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

A culpa tóxica e o rancor

Por: Alberto Almeida

 A CULPA TÓXICA E O RANCOR


Hipócrita! Retira primeiramente a viga do teu olho, e então verás (em profundidade) para retirar o cisco do olho do teu irmão[1]
                                         
*
A culpa e a mágoa são as duas faces que se contrapõem ao perdão.
Primariamente, o remorso é a agressividade dirigida a si mesmo; o rancor, ao outro.
O remorso fala de uma transgressão à lei divina observada quando se age em prejuízo do próximo ou de algo, gerando sofrimento ou desarmonia para fora de si, com igual reflexo para a própria consciência.
Em idênticas circunstâncias, em sentido contrário, sucede quando é o outro quem age lesando-nos, gerando sofrimento ou prejuízos para nós, podendo aí se instalar o rancor contra aquele que também violou a lei de amor.  
O remédio é o autoperdão e o heteroperdão, respectivamente, para a culpabilidade e o ressentimento.
Quando o espírito se detém na culpa, ocorre a presença do remorso indesejável e nocivo àquele que o carrega, por se constituir em culpa tóxica.
A culpa só é desejável quando se apresenta como arrependimento, ou seja, o “cair em si”, o “dar-se conta de”, abrindo espaço para um novo movimento da alma em direção à ação reparadora.
Todavia, no extremo oposto ao cultivo tóxico da culpabilidade está a pessoa que não faz contato com a culpa, mesmo equivocando-se gravemente; não demonstra nenhum incômodo com seus erros, podendo, desse modo, estar revelando a presença de uma sociopatia* caracterizadora de um transtorno mental de alta complexidade.
                                               **
 Reconcilia-te (…) depressa com teu adversário, enquanto estás no caminho com ele; para que o adversário não te entregue ao Juiz, e o Juiz te entregue ao Oficial, e sejas lançado na prisão. Amem vos digo que de modo nenhum sairás dali até que restituas o último quadrante*[2] é a advertência de Jesus para os que desejam viver em harmonia, livres do peso amargo da culpa e/ou mágoa.
A sentença é de uma clareza meridiana. Divide-se em dois movimentos bem distintos.
*
 O primeiro movimento: Reconcilia-TE… É a parte que nos cabe, na medida em que desejamos seguir o caminho do perdão. É um apelo para que façamos a nossa parte, aquela que diz respeito somente a nós mesmos, independentemente do outro com quem conflitamos.
Esta etapa fala da nossa relação conosco mesmos, do trabalho interno à revelia do outro, que permanece apenas como espelho através do qual nos enxergamos; é fazer conosco aquilo que só nós podemos concretizar: o autoperdão.
Este caminho é individual, intransferível, inalienável*. É percorrido a despeito de nosso adversário tomar ciência ou não, concordar ou não, estar perto ou distante. Tudo só depende de nós. É trabalho de autorreconciliação, de autoamor, exigindo às vezes muito tempo para a construção do autoperdão* gerador de paz interior.
Portanto, é tratar o remorso e/ou rancor que pesadamente carregamos.
*
Ainda no primeiro movimento, aprofundando e visando a uma análise didática, foquemos, exclusivamente, a culpa.
 A citação evangélica – Reconcilia-TE- revela que habitualmente cometemos erros (ensaios ao aprendizado), posto que o chamado não se restringe à conciliação, mas sim à reconciliação, caracterizando haver reincidência nos equívocos.
Importa saber se há limites para repetirmos os erros que terminam por nos imputar remorsos.
A resposta está na indagação de Pedro ao Cristo:
- Até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes?[3]
 Esta era a medida do seu limite para indultar alguém: sete. Mas como a verdade tem mão dupla, logo este também era o número de vezes que Pedro precisaria do perdão dos outros.
Simão, tomando a si mesmo como referência, estabeleceu que seria capaz de perdoar até sete vezes, como a sugerir, inconscientemente, que erraria no máximo até sete vezes, necessitando, portanto, de igual número de perdões dos outros e, por extensão, de autoperdões para concretizar o reconcilia-TE.
O Mestre, no entanto, demonstrou o quanto Pedro não se conhecia, pois que pretendia limites muito ousado para si mesmo. E faz uma nova proposta para a aritmética do perdão de Simão, assinalando:
- Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete[4].
E Jesus tinha razão, de vez que, somente na casa do sumo sacerdote, ele negaria o seu Mestre três vezes, sem falar dos momentos que antecederam o aprisionamento, quando ele dorme mais de uma vez no Monte das Oliveiras, e, ao despertar, fere a orelha do soldado que vem prender o Cristo, em frontal contradição aos ensinos de mansidão e brandura recebidos de Jesus.
Jesus, considerando a fragilidade dos seres humanos, aproveita a ocorrência com o discípulo para propor as setenta vezes sete, indicando a natureza recorrente de falibilidade que caracteriza a humanidade ainda em nível de evolução precária.
Igualmente, deixava implícito aos Pedros-humanos que não só precisaríamos perdoar setenta vezes sete, mas que, e, sobretudo, seríamos capazes de errar em igual montante[5], carecendo do perdão dos outros indefinidamente.
Desta fala de Jesus pode-se deduzir ainda outro ensinamento, num exame mais atento do dia a dia:
- Quantas vezes, pelo mesmo motivo, explodimos em cólera contra um ente querido, ficando, em seguida, carentes de repetidos perdões?
- Quantas crises mórbidas de ciúme, ferindo a pessoa amada, fazem-nos implorar por incontáveis desculpas?
- Quantos episódios repetidos de maus-tratos ao nosso corpo, pela ingestão de substâncias declaradamente nocivas fazem-nos pedir sucessivos perdões ao cérebro?
- Quantos vícios, afetando-nos a saúde pelos prejuízos ao equilíbrio biológico, fazem-nos reiterar súplicas de misericórdia ao corpo?  
- Quantas encrencas por falta de camaradagem com colegas de trabalho impõem-nos renovados pedidos de desculpas?
Enfim, parece que precisamos de setenta vezes sete perdões para CADA UMA DAS ÁREAS FRÁGEIS da nossa vida, posto que incorremos NOS MESMOS ERROS, reeditamos os mesmos ensaios… até fazermos a fixação de um aprendizado.
Assim sendo, seja a culpa, seja a mágoa, o reconcilia-TE significa darmos conta da parte que nos compete num conflito, assumindo a responsabilidade pela cota que nos diz respeito; sem transferi-la ou delegá-la a ninguém, como é usual fazermos projetando* nossa encrenca sobre outras pessoas (adversário, pai, mãe, filho, amigo, etc.), ou sobre os astros, os espíritos, a má-sorte, ou, ainda, sobre a profissão, a cidade, Deus… 
                                               *
O segundo movimento: reconcilia-te... COM TEU ADVERSÁRIO.
Aqui entra em cena o outro pelo qual nos sentimos lesados (rancor), ou a quem lesamos (remorso).
O adversário pode ser alguém (cônjuge, pai, mãe, filho, família, sócio, vizinho, etc.), mas pode também ser algo (nosso corpo, um país, uma profissão, uma doutrina, etc.).
Neste momento, entra em jogo a relação com o adversário, ou seja, um contato com o outro. Requer, por isso mesmo, uma ação de busca do outro, a fim de se estabelecer a segunda etapa da reconciliação.
É desse modo que se cuidará da mágoa presente nas relações como uma energia agressivo-destrutiva, trazendo nomes e tons variados: raiva, ressentimento, ódio, cólera, etc.; ou, então, se tratará da culpabilidade que comparece com tonalidades conhecidas sob os nomes de remorso, pesar, compunção*, contrição, etc.
Aqui, precisamos de uma interação com aquele que ocupa a posição de adversário. É a ação de ir ao encontro do outro, precisando da sua participação e cumplicidade, para se efetivar o perdão total.
Naturalmente que o sucesso dessa busca, nesta etapa, depende também do outro, já que ele é chamado a participar ativamente da construção do perdão, “estendendo a mão”. É construção a dois, solidária, de parceria.    
Se houver disponibilidade de ambos para uma aliança, um acordo, então se fará (enquanto estás a caminho) uma jornada de perdão, até que se conclua o desatamento dos nós do sofrimento, com a dissolução das mágoas/culpas e o (re)estabelecimento dos laços de harmonia e de paz.
Contudo, caso o outro protagonista rejeite o reencontro, evitando o contato por ainda não se encontrar receptivo à aproximação e à conciliação, sejamos aquele que guarda a consciência pacificada de quem, após se reconciliar consigo próprio, ousou ir ao encontro do seu irmão para efetivar o perdão, buscando o equacionamento justo da pendência.
Respeitemos, portanto, o arbítrio* do outro, quando este se decida a evitar o reencontro, seja qual for o motivo da sua recusa.  Como não nos compete violentar a vontade de ninguém, cabe, apenas, o silêncio de quem optou por fazer a sua parte, ficando em paz.
Logo, em fazendo o segundo movimento, nós nos libertamos do rancor e/ou do remorso, e concluímos internamente o perdão, com ou sem a participação do outro.
Assim procedendo, futuramente não será necessária a presença do juiz (a consciência), nem do oficial de justiça (os bons espíritos), tampouco da prisão (um novo corpo, uma nova reencarnação) para a solução das contendas que ficaram pelo caminho.

                                               ***
 (Extraído do livro “O Perdão como Caminho” )





[1] Bíblia Sagrada, Mateus, capítulo 7, versículo 5.
[2] Bíblia Sagrada, Mateus, capítulo 5, versículos 24 e 25.
[3] Bíblia Sagrada, Mateus, capítulo 18, versículo 21.
[4] Bíblia Sagrada, Mateus, capítulo 18, versículo 22.
[5] O Consolador, resposta 338.

sábado, 2 de março de 2013

OLHANDO PARA TRÁS."...Culpa quer dizer paralização das nossas oportunidades de crescimento no presente em consequência da nossa fixação doentia em comportamentos do passado..." , "...Culpar não é um método educativo... (...)Em muitas oportunidades encontramos indivíduos que teimam em culpar os outros, acreditando ser muito cômodo representar o papel de injustiçados e perseguidos. Colocam seus erros sobre os ombros das pessoas, da sociedade, da religião, dos obsessores, do mundo enfim. No entanto, só eles poderão decidir se reconhecem ou não suas próprias falhas, porque apenas dessa forma se libertarão da prisão mental a que eles mesmos se confinaram....

OLHANDO PARA TRÁS
"...Tal é aquele que, tendo feito mal sua tarefa, pede para recomeçá-la a fim de não perder o benefício do seu trabalho..." "... Rendamos graças à Deus que, na sua bondade, concede ao homem a faculdade da reparação e não a condena irrevogavelmente pela primeira falta" (Cap V, ítem 8)
Culpa quer dizer paralização das nossas oportunidades de crescimento no presente em consequência da nossa fixação doentia em comportamentos do passado. Quem se sente culpado se julga em "peccatum", palavra latina que quer dizer "pecado ou culpa". Logo, todos nós vestimos a densa capa da culpa desde a mais tenra infância.
Certas religiões utilizam-se frequentemente da culpa como meio de explorar a submissão de seus fiéis. Usam o nome de Deus e suas leis como provedores do mecanismo de punição e repressão, afirmando que garantem a salvação para todos aqueles que forem "tementes a Deus".
Esquecem-se, no entanto, de que o Criador da Vida é infinita Bondade e Compreensão e que sempre vê com os "olhos do amor", nunca punindo suas criaturas; na realidade, são elas mesmas que se autopenalizam, por não se renovarem nas oportunidades do livre-arbítrio e por ficarem, no presente, agarradas aos erros do passado.
Nossa atual cultura ainda é a mais grave geradora de culpa na formação educacional dos relacionamentos, seja no social, seja no familiar. No recinto do lar encontramos muitos pais induzindo os filhos à culpa: "Você ainda me mata do coração!", tática muito comum para manter sob controle uma pessoa rebelde; ou dos filhos que aprenderam a tramóia da culpa, para obter aquilo que desejam: "Os pais de minhas amigas deixam elas fazer isso".

Culpar não é um método educativo, nem tampouco gerador de crescimento, mas um meio de induzir as pessoas a não se responsabilizar por seus atos e atitudes.
Em muitas oportunidades encontramos indivíduos que teimam em culpar os outros, acreditando ser muito cômodo representar o papel de injustiçados e perseguidos. Colocam seus erros sobre os ombros das pessoas, da sociedade, da religião, dos obsessores, do mundo enfim. No entanto, só eles poderão decidir se reconhecem ou não suas próprias falhas, porque apenas dessa forma se libertarão da prisão mental a que eles mesmos se confinaram.

Dar importância às culpas é focalizar fatos passados com certa regularidade, sempre nos fazendo lembrar de alguma coisa que sentimos, ou deixamos de sentir, falamos ou deixamos de falar, permitimos ou deixamos de permitir, desperdiçando momentos valiosos do agora, quando poderíamos operar as verdadeiras bases para nosso desenvolvimento intelecto-moral.

"Ninguém que lança mão ao arado e olha para trás é apto para o reino de Deus." Olhando para trás, a alma não caminha resoluta e, conseqüentemente, não se liberta dos grilhões do passado. Todos nós fomos criados com possibilidades de acertar e errar; por isso, temos necessidade de exercitar para aprender
as coisas, de colocar as aptidões em treino, de repeti-las várias vezes entre ensaios e erros.
A culpa se estrutura nos alicerces do perfeccionismo. Alimentamos a idéia de que não seremos suficientemente bons se não fizermos tudo com perfeição. Esquecemo-nos, porém,de que todo o nosso comportamento é decorrente de nossa idade evolutiva e de que somos tão bons quanto nos permite nosso grau de evolução.

A todo momento, fazemos o melhor que podemos fazer, por estarmos agindo e reagindo de acordo com nosso "senso de realidade". O "arrependimento" resulta do quanto sabiamos fazer melhor e não o fizemos, enquanto que a culpa é, invariavelmente, a exigência de que deveríamos ter feito algo, porém não o fizemos por ignorância ou impotência.

A Divina Providência sempre "concede ao homem a faculdade da reparação e não o condena irrevogavelmente". Não há, razão, portanto, para culpar-se sistematicamente, pois ele será cobrado pelo "muito" ou pelo "pouco" que lhe foi dado, ou mesmo, "muito se pedirá àquele que muito recebeu".

Assevera Paulo de Tarso: "a mim, que fui antes blasfemo, perseguidor e injuriador, mas alcancei misericórdia de Deus, porque o fiz por ignorância, e por ser incrédulo". Tem-se, dessa forma, um ensinamento claro: a culpa é sempre proporcional ao grau de lucidez que se possui, isto é, nossa ignorância sempre nos protege.

Não guardemos culpa. Optemos pelo melhor, modificando nossa conduta. Reconheçamos o erro e não olhemos para trás, e sim, para frente, dando continuidade à nossa tarefa na Terra.

Hammed

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

JOSÉ HERCULANO PIRES, EXPLICA AS DESENCARNAÇÕES COLETIVAS:

DESENCARNAÇÕES COLETIVAS
JOSÉ HERCULANO PIRES, EXPLICA AS DESENCARNAÇÕES COLETIVAS:
No Centro Espírita Lola Nave, da capital paulista, foi feito um diálogo aberto e livre de perguntas e respostas durante os trabalhos espíritas na noite de 1° de julho passado, trazendo à baila acontecimentos como o choque no pouso do avião da TAM, o afundamento do navio Titanic, a derrubada das Torres Gêmeas do Worl Trad Center, em Nova Iorque, o acidente do submarino atômico russo e trazendo nesse enfoque de resgates coletivos o incêndio do Edifício Joelma, e o incêndio do Edifício Andraus, em São Paulo e outros tantos acidentes trágicos, registrados ao longo do tempo.
Reportamo-nos aos escritos psicografados pelo médium Francisco Cândido Xavier e interpretaados por J. Herculano Pires, no livro Chico Xavier pede licença (GEEM), por Espíritos diversos.
No capítulo As Leis da Consciência, Herculano comenta a resposta de Emmanuel no capítulo anterior - Desencarnações coletivas, em que o benfeitor espiritual responde à pergunta: "Sendo Deus a Bondade Infinita, por que permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de grandes incêndios?"
"A resposta de Emmanuel vem do plano espiritual e acentua o aspecto terreno dos encarnados em virtude de um fator psicológico: o das leis da consciência. Obedecendo a essas leis, as vítimas de mortes coletivas aparecem como as mais severas julgadoras de si mesmas. São almas que se punem a si próprias em virtude de haverem crescido em amor e trazerem consigo a justiça imanente. Se no passado erraram, agora surgem como heroínas do amor no sacrifício reparador.
As leis da Justiça Divina estão escritas na consciência humana. Caim matou Abel por inveja e a sua própria consciência o acusou do crime. Ele não teve a coragem heróica de pedir a reparação equivalente, mas Deus o marcou e puniu. Faltava-lhe crescer em amor para punir-se a si mesmo. O símbolo bíblico nos revela a mecânica da autopunição cumprindo-se compulsoriamente. Mas, nas almas evoluídas a compulsão é substituída pela compaixão.
Para a boa compreensão desse problema precisamos de uma visão clara do processo evolutivo do homem. Como selvagem ele ainda se sujeita mais aos instintos do que à consciência. Por isso não é inteiramente responsável pelos seus atos. Como civilizado ele se investe do livre-arbítrio que o torna responsável. Mas o amor ainda não o ilumina com a devida intensidade. As civilizações antigas (como o demonstra a própria Bíblia) são cenários de apavorantes crimes coletivos, porque o homem amava mais a si mesmo do que aos semelhantes e a Deus. Nas civilizações modernas, tacadas pela luz do Cristianismo, os processos de autopunição se intensificam.
O suicídio de Judas é o exemplo da autopunição determinada por uma consciência evoluída. O que ocorreu com Judas em vida, ocorre com as almas desencarnadas que enfrentam os erros do passado na vida espiritual. Para encontrar o alívio da consciência elas sentem a necessidade (determinada pela compaixão) de passar pelo sacrifício que impuseram aos outros. Mas o que é esse sacrifício passageiro, diante da eternidade do espírito? A misericórdia divina se manifesta na reabilitação da alma após o sacrifício para que possa atingir a felicidade suprema na qualidade de herdeira e co-herdeira de Cristo, segundo a expressão do apóstolo Paulo.
Encarando a vida sem a compreensão das leis da consciência e do processo da reencarnação não poderemos explicar a Justiça de Deus - principalmennte nos casos brutais de mortes coletivas. Os que assim perecem estão sofrendo a autopunição de que suas próprias consciências sentiram necessidade na vida espiritual. A diferença entre esses casos e o de Judas é que essas vítimas não são suicidas, mas criaturas submetidas à lei de ação e reação.
Judas apressou o efeito da lei ao invés de enfrentar o remorso na vida terrena. Tornou-se um suicida e aumentou assim a própria culpa, rebelando-se contra a Justiça Divina e tentando escapar dela."
ARTHUR PUXIAN - Jornal O Semeador - setembro/07

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Conhecendo o Livro Céu e o Inferno " Criminosos Arrependidos" parte 2


Leamire
Condenado à pena última pelo júri de Aisne e executado a 31 de dezembro de 1857. Evocado em 29 de janeiro de 1858.
1 . Evocação
— R. Aqui estou.
2. Vendo-nos, que sensação experimentais?
R. A sensação da vergonha.
3. Conservastes a vossa consciência até o último momento?
R. Sim.
4. Após a execução tivestes imediata noção dessa nova existência?
R. Eu estava imerso em grande perturbação, da qual, aliás, ainda não me libertei. Senti uma dor imensa e me parecia ser o coração que a sofria. Vi rolar não sei o que aos pés do cadafalso; vi o sangue que escorria e mais pungente se me tornou a minha dor.
P. Era uma dor puramente física, análoga àquela que proviria de um grande ferimento, pela amputação de um membro, por exemplo?
R. Não; figurai-vos antes um remorso, uma grande dor moral.

5. Mas a dor física do suplício, quem a experimentava: o corpo ou o Espírito?
R. A dor moral estava em meu Espírito, sentindo o corpo a dor física; mas o Espírito desligado também dela se ressentia.
6. Vistes o corpo mutilado?
R. Vi qualquer coisa informe, à qual me parecia integrado; entretanto, reconhecia-me intacto, isto é, que eu era eu mesmo...
P. Que impressões vos advieram desse fato?
R. Eu sentia muito a minha dor, estava completamente ligado a ela.
7. Será verdade que o corpo vive ainda alguns instantes depois da decapitação, tendo o supliciado a consciência das suas idéias?
R. O Espírito retira-se pouco a pouco; quanto mais o retêm os laços materiais, menos pronta é a separação.
8. Dizem que se tem notado a expressão da cólera e movimentos na fisionomia de alguns supliciados como se estes quisessem falar; será isso efeito de contrações nervosas ou um ato da vontade?
R. Da vontade, uma vez que o Espírito não está desligado.
9. Qual o primeiro sentimento que experimentastes ao entrar na vossa nova existência?
R. Um sofrimento intolerável, uma espécie de remorso pungente cuja causa ignorava.
10. Acaso vos achastes reunido aos vossos cúmplices supliciados ao mesmo tempo?
R. Infelizmente, sim, por desgraça nossa, pois essa visão recíproca é um suplício contínuo, exprobrando-se uns aos outros os seus crimes.
11. Tendes encontrado as vossas vítimas?
R. Vejo-as... são felizes; seus olhares perseguem-me... sinto que me varam o ser e embalde tento fugir-lhes.
P. Que impressão vos causam esses olhares?
R. Vergonha e remorso. Ocasionei-os voluntariamente e ainda os abomino.
P. Qual a impressão que lhes causais vós?
R. Piedade, é sentimento que lhes percebo a meu respeito.
12. Terão por sua vez o ódio e o desejo de vingança?
R. Não; os olhares que me lançam me lembram a minha expiação. Vós não podeis avaliar o suplício horrível de tudo devermos àqueles a quem odiamos.
13. Lamentais a perda da vida corporal?
R. Apenas lamento os meus crimes. Se o fato ainda dependesse de mim, não mais sucumbiria.
14. O pendor para o mal estava na vossa natureza, ou fostes ainda influenciado pelo meio em que vivestes?
R. Sendo eu um Espírito inferior, a tendência para o mal estava na minha própria natureza. Quis elevar-me rapidamente, mas pedi mais do que comportavam as minhas forças. Supondo-me forte, acabei por ceder às tentações do mal.
15. Se tivésseis recebido sãos princípios de educação, ter-vos-íeis desviado da senda criminosa?
R. Sim, mas eu havia escolhido a condição do nascimento.
P. Acaso não vos poderíeis ter tornado homem de bem?
R. Um homem fraco é incapaz tanto para a prática do bem como para o do mal. Poderia, talvez, corrigir na vida o mal inerente à minha natureza, mas nunca me elevar à prática do bem.
16. Quando encarnado acreditáveis em Deus?
R. Não.
P. Mas falam que à última hora vos arrependestes...
R. Porque acreditei num Deus vingativo, era natural que o temesse...
17. Parece-vos justo o castigo que vos aplicaram na Terra?
R. Sim.
18. Esperais obter o perdão dos vossos crimes?
R. Não sei.
P. Como pretendeis repará-los?
R. Por novas provações, conquanto me pareça que uma eternidade existe entre mim e elas.

19. Onde vos achais agora?
R. Estou no meu sofrimento.
P. Perguntamos qual o lugar onde vos encontrais...
R. Perto do médium.
20. Uma vez que assim é, sobre que forma vos veríamos, se isso nos fosse possível?
R. Ver-me-íeis sob a minha forma corpórea: a cabeça separada do tronco.
P. Podereis aparecer-nos?
R. Não; deixai-me.
21. Podereis dizer-nos como vos evadistes da prisão de Montlidier?
R. Nada mais sei... é tão grande o meu sofrimento, que apenas guardo a lembrança do crime... Deixai-me.
22. Poderíamos concorrer para vos aliviar desse sofrimento?
R. Fazei votos para que sobrevenha a expiação.




quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Síndrome do Pânico



Entre os transtornos de comportamento que tomam conta da sociedade hodierna, com enormes prejuízos para a saúde do indivíduo e da comunidade geral, a síndrome do pânico apresenta-se, cada vez, mais generalizada.
Vários fatores endógenos e exógenos contribuem para esse distúrbio que afeta grande e crescente número de vítimas, especialmente a partir dos vinte anos de idade, embora possa ocorrer em qualquer período da existência humana.
A descarga de adrenalina, avançando pela corrente sanguínea até o cérebro no ser humano, produz-lhe o surto que pode ser de breve ou de larga duração.
Trata-se de um problema sério que merece tratamento especializado, tanto na área da psicologia quanto da psiquiatria, mediante os recursos psicoterapêuticos a serem aplicados, assim como os medicamentos específicos usados para a regularização da serotonina e de outros neurocomunicadores.
No momento em que ocorre o surto, o sofrimento do paciente pode alcançar níveis quase insuportáveis de ansiedade, de desespero e de terror. Nada obstante, o fenômeno, invariavelmente, é de breve duração, com as exceções compreensíveis.
Podem ocorrer poucas vezes, o que não constitui um problema de saúde, mas, normalmente é recorrente, portanto, necessitado de tratamento.
Graças aos avanços da ciência médica, nas áreas das doutrinas psicológicas, o mal pode ser debelado com assistência cuidadosa e tranquila.
No entanto (para não repetir Nada obstante), casos existem que não cedem ante o tratamento específico, ao qual o paciente é submetido, dando lugar a preocupações mais sérias.
Sucede que, em todo problema na área da saúde ou do comportamento humano, o enfermo é sempre o Espírito que se encontra em processo de recuperação do seu passado delituoso, experienciando as consequências das ações infelizes que se permitiu praticar antes do berço atual.
Renascendo com a culpa insculpida nos tecidos sutis do ser, temores e inquietações aparentemente injustificáveis, surgem de inopino, expressando-se como leves surtos do pânico.
Em consequência, por haver gerado animosidade e ressentimento, as suas vítimas, que o não desculparam pelas atitudes perversas que lhe padeceram, retornam pelo impositivo das afinidades psíquicas e morais, estabelecendo conúbios de vingança por intermédio das obsessões.
O número de pessoas em sofrimento sob os acúleos das obsessões produzidas por desencarnados é muito maior do que parece.
 É natural, portanto que, nesses casos, a terapêutica aplicada mais eficaz não resulte nos propósitos desejados, tais sejam, a cura, o bem-estar do paciente...
Torna-se urgente o estudo mais cuidadoso da fenomenologia mediúnica, das interferências dos Espíritos nas existências humanas, a fim de serem melhor compreendidos os distúrbios psicopatológicos, dessa maneira, facultando-se existências saudáveis e comportamentos equilibrados.
*    *   *
Anteriormente confundido com a depressão, o distúrbio do pânico foi estudado mais detidamente e, após serem analisadas todas as síndromes, foi reclassificado, a partir de 1970, como sendo um transtorno específico, recebendo orientação psicoterapêutica de segurança.
Pode acontecer que, num surto do distúrbio do pânico, de natureza fisiológica, os inimigos espirituais do paciente aproveitem-se do desequilíbrio emocional do seu adversário e invistam agressivamente, acoplando-se-lhe no perispírito e produzindo, simultaneamente, a indução obsessiva.
Trata-se, portanto, de uma problemática mais severa porque são dois distúrbios simultâneos, que exigem mais acurada atenção.
Nesse sentido, a psicoterapia espírita oferece recursos valiosos para a recuperação da saúde do enfermo.
Concomitante (porque já tem simultâneos acima) ao tratamento especializado na área da medicina, as contribuições fluídicas, mediante os passes, a água magnetizada ou fluidificada, as leituras edificantes e a meditação, a prece ungida de amor e de humildade, os socorros desobsessivos em reuniões especializadas, mesmo que sem a presença do paciente, oferecem os benefícios de que necessita.
Face ao débito moral ante as Leis da Vida, é indispensável que o padecente recupere-se espiritualmente, por meio da vontade para alterar a conduta para melhor, envidando esforços para sensibilizar a sua vítima antiga, afastando-a através da paciência, da compaixão e da solidariedade.
O distúrbio do pânico é transtorno cruel, porque durante o surto pode induzir o paciente ao suicídio, conforme sucede com relativa frequência, em razão do desespero que toma conta da emoção do mesmo.
O hábito da oração e o recurso das ações em favor do próximo em sofrimento constituem uma admirável medicação preventiva às investidas dos Espíritos inferiores, equilibrando as neurotransmissões e facultando a manutenção da harmonia possível.
A reencarnação é, graças a isso, o abençoado caminho educativo para o Espírito que, em cada etapa, desenvolve os tesouros sublimes da inteligência e da emoção, da beleza e do progresso, avançando com segurança na conquista da plenitude que a todos está reservada.
As enfermidades, especialmente as de caráter emocional e psiquiátrico constituem, assim como outras orgânicas de variadas expressões, desde as degenerescências genéticas até as de caráter infeccioso, os métodos educativos e reeducativos para o discípulo da Verdade.
A cada erro cometido tem lugar uma nova experiência corretiva, de forma que a consciência individual, em se harmonizando, possa sintonizar com a Consciência Cósmica, numa sinfonia de incomparável beleza.
Somente, portanto, existem as doenças porque permanecem enfermos em si mesmo os Espíritos devedores.
*   *   *
Seja qual for a situação em que te encontres na Terra, abençoa a existência, conforme se te apresente.
Se dispões de saúde e desfrutas de bem-estar, multiplica os dons da bondade e serve, esparzindo alegria, sem o desperdício do tempo em frivolidades e comprometimentos perturbadores.
Se te encontras enjaulado em qualquer forma de sofrimento, bendize o cárcere que te impede piorar a situação evolutiva, evitando que novamente derrapes nos desaires e alucinações.
O corpo é uma dádiva superior que Deus concede a todos os infratores, a fim de que logrem a superação da argamassa celular para cantar as glórias imarcescíveis do Amor completamente livre.
 
                     Joanna de Ângelis
Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na
manhã do dia 30 de outubro de 2012, em Sydney, Austrália.
Em 7.11.2012