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quinta-feira, 8 de abril de 2021

Parábola dos Trabalhadores das Diversas Horas do Dia : "Os olhos humanos não podem medir os valores dessa natureza, mas os do Filho de Deus vão descobri-los nos íntimos recessos da alma humana.[...]É com o Espírito, e não com o corpo, que se constroem as obras que dignificam e imortalizam seus autores."



Artigo extraído do livro "Em Busca do Mestre" - Edições FEESP - 4ª Edição - Março de 1995.



“O reino dos céus é semelhante a um proprietário que saiu pela manhã a assalariar trabalhadores para a sua vinha. Feito com eles o ajuste de um denário por dia, mandou-os para a vinha. 

Saindo à hora terceira, viu outros na praça, desocupados, e disse-lhes: Ide também vós para a minha vinha, e eu vos darei o que for justo. Eles foram. 

Saiu às horas sexta e nona e fez o mesmo. Finalmente, indo à praça à hora undécima, e encontrando ali jornaleiros, disse-lhes: Por que estais todo o dia ociosos? Porque ninguém nos assalariou, responderam. Ide também vós à minha vinha e eu vos darei o que for justo.

À tarde chamou o seu mordomo, dando a seguinte ordem: Chama os jornaleiros e paga-lhes o salário, começando pelos últimos e acabando pelos primeiros. 

Chegaram, então, os da undécima hora e receberam um denário cada um. Vindo os primeiros, esperavam receber mais; porém, lhes foi dada igual quantia. Ao receberem-na, murmuravam contra o proprietário, alegando: Estes últimos trabalharam uma hora e os igualastes a nós que suportamos o calor do dia? Retrucou o proprietário a um deles: Meu amigo, não te faço agravo nem injustiça: não ajustastes comigo um denário? Toma o que é teu e vai-te embora; pois quero dar a este último tanto como a ti. Não me é lícito fazer o que me apraz daquilo que é meu? Acaso teu olho é mau, porque sou bom? Assim os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos; porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”.

A alegoria acima – como, aliás, toda alegoria – exprime e revela um princípio diferente daquele que literalmente enuncia. Parece, à primeira vista, haver injustiça da parte daquele proprietário que manda pagar igual aos obreiros das diversas horas do dia. Pois então – como alegam os que iniciaram o labor pela manhã – será justo pagar o mesmo jornal a nós e aos que entraram às 9, ao meio-dia e até mesmo à undécima hora?
Para entrarmos no mérito do critério em que se baseou o proprietário da vinha, cumpre lembrarmos que a parábola em apreço tem relação com o reino dos céus, isto é, com os meios e processos empregados para sua conquista. Neste particular, o tempo constitui elemento de somenos importância. “A cada um será dado segundo as suas obras” e não segundo o tempo, mais ou menos dilatado, de sua atuação nos arraiais do credo que professa. Assim, pois, se os jornaleiros da hora nona e do meio-dia fizeram, pela maior soma de atividade empregada, tanto como os da manhã, é natural que recebessem o mesmo jornal, por isso que o proprietário havia prometido dar-lhes o que fosse justo. E aos da undécima hora? Seria possível, em tão minguado tempo, fazer o mesmo que os demais? Pelo dedo se conhece o gigante, reza o rifão popular. Que teriam produzido aqueles assalariados ao decurso de uma hora? Aqui entra em jogo um fator de sabida importância, no que respeita ao merecimento do obreiro: a qualidade da obra.

Certamente, o pouco que fizeram os da undécima hora supera tanto em qualidade, ao que fizeram os outros, em quantidade, que os bons olhos do proprietário entenderam ser de justiça dar-lhes a mesma paga. Em realidade o que ele viu é que o trabalho destes valia mais que os dos outros, fazendo nesse cômputo abstração do fator tempo.

A sabedoria da sentença evangélica – a cada um será dado segundo as suas obras – abrange dois aspectos distintos: o objetivo e o subjetivo. Somente no conhecimento exato de ambos é possível apurar com acerto e com justiça. Os homens julgam comumente através do prisma objetivo das obras, porque não lhes é dado penetrar no plano subjetivo. Daí a precariedade dos seus juízos e das suas sentenças. Por vezes, há mais estimação nos feitos sem maior importância, que nas vultosas obras que impressionam os sentidos. Aquela pobre viúva que lançou no gazofilácio do templo duas moedinhas de cobre de valor ínfimo, deu mais, disse o intérprete da divina justiça, do que os argentários que ali despejavam moedas de ouro e mancheias. O valor da oferta da viúva é de natureza subjetiva, está no que se não pode ver nem tocar, porquanto está na intenção e nos motivos com que a oferta foi feita; está finalmente, no sacrifício daquela mulher que se havia privado de tudo que possuía, mesmo do que se achava reservado ao seu sustento. Os olhos humanos não podem medir os valores dessa natureza, mas os do Filho de Deus vão descobri-los nos íntimos recessos da alma humana.
Recapitulando, recordemos mais uma vez que a semelhança ora comentada se relaciona com o reino dos céus. Somos todos jornaleiros da vinha do Senhor, que é o planeta onde nos achamos. Cada um age no setor que lhe foi destinado, iniciando o trabalho em horas diversas.

 O Proprietário observa atentamente a maneira como os seareiros mourejam, julgando o mérito individual, não pelo tempo nem pelo volume da produção, mas pelo cunho de perfeição imprimido à obra. 

O bom obreiro tem os olhos fixos no mister que executa e não nos ponteiros do relógio. Pensa menos na recompensa que no bom acabamento da sua tarefa.

O trabalho é santo pela sua mesma natureza e, sobretudo, pela alma do operário nele encarnada. “Só canta bem que canta por amor”. Os músculos refletem as vibrações do cérebro e do coração. A inteligência e os sentimentos dirigem as mãos, tanto do humilde operário como às do maior e mais consumado artista. É com o Espírito, e não com o corpo, que se constroem as obras que dignificam e imortalizam seus autores.
Nós, portanto, jornaleiros encontrados ociosos na praça, trabalhemos com simplicidade e santidade na vinha do Senhor. Imprimamos em nossos atos aquela naturalidade com que os pássaros gorjeiam e aquela dedicação com que eles fazem os seus ninhos. Não os preocupemos com o peso e a suntuosidade das nossas obras; tampouco nos deixemos impressionar com o tempo que temos empregado em produzi-las e, menos ainda, com a recompensa presente ou futura: Deus nos dará o que for justo. Confiemos, como confiaram os jornaleiros das derradeiras horas, pois “os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros; porque muitos serão chamados e poucos os escolhidos”.
E, assim, verificamos que a parábola em apreço encerra a mais bela e excelente apologia da JUSTIÇA.

Pedro de Camargo ( Vinícius)

sábado, 9 de novembro de 2013

SERVIDOR DA ÚLTIMA HORA

Emmanuel
 
No estudo da posição daquele trabalhador de última hora, credor de precioso salário, a que se reporta o Evangelho, mentalizemos uma oficina com determinada tarefa a realizar.  Revelando as diretrizes, que lhe governam a experiência, convocou diversos operários para o serviço em expectação.
Os primeiros chegados, quando a manhã surgia promissora, começaram a examinar indefinidamente a obra, discutindo particularidades e nugas, com menosprezo do tempo.
Os segundos, trazidos a realização, sentiram-se repentinamente cansados, acreditando muito mais na própria indisposição orgânica que no poder de agir que lhes era peculiar.
Os terceiros, transportados ao recinto quando o Sol avançava, preferiram invariável repouso, à espera de orientação e esclarecimento, como se a oficina lhes não houvesse ofertado, previamente, o programa de ação.
Os demais, conduzidos à casa nas derradeiras horas do dia, estacionaram na queixa e no desânimo, no medo e na distração...
Acotovelavam-se todos, inutilmente, esquecidos de que o serviço lhes rogava devotamento e consagração.
Eis, porém, que nos últimos instantes do dia, o servidor diligente é trazido ao trabalho e atende-o sem discussão.
Naturalmente que a esse o vencimento é mais justo, pelo esforço construtivo que lhe assinalou a presença e lhe marcou a decisão.
Conserva contigo o ensinamento do Divino Mestre e não desfaleças.
Ao longo de teus passos, aparece no mundo a sementeira do bem, que te pede renúncia e boa vontade, sacrifício e compreensão.
Desperta e efetua a obra de amor a que foste chamado, porque o valor de tua existência na carne não será conferido pelos dias longos que desfrutes na Terra ou pelos tesouros do corpo e da alma que retenhas contigo, mas, sim, pela tarefa executada no bem incessante que te será coroa de luz, na luz da Vida Real.
 
Onde fores defrontado pela calúnia, sê a palavra amiga do esclarecimento benéfico.
Indolência e desânimo, são ervas parasitárias, aniquilando-te a produção.
 
 
 Livro: ALVORADA DO REINO - Francisco Cândido Xavier - Emmanuel
 

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

"Indolência e desânimo, são ervas parasitárias, aniquilando-te a produção."


SERVIDOR DA ÚLTIMA HORA
Emmanuel

No estudo da posição daquele trabalhador de última hora, credor de precioso salário, a que se reporta o Evangelho, mentalizemos uma oficina com determinada tarefa a realizar. Revelando as diretrizes, que lhe governam a experiência,
convocou diversos operários para o serviço em expectação.

Os primeiros chegados, quando a manhã surgia promissora, começaram a examinar indefinidamente a obra, discutindo particularidades e nugas, com menosprezo do tempo.

Os segundos, trazidos a realização, sentiram-se repentinamente cansados, acreditando muito mais na própria indisposição orgânica que no poder de agir que lhes era peculiar.

Os terceiros, transportados ao recinto quando o Sol avançava, preferiram invariável repouso, à espera de orientação e esclarecimento, como se a oficina lhes não houvesse ofertado, previamente, o programa de ação.

Os demais, conduzidos à casa nas derradeiras horas do dia, estacionaram na queixa e no desânimo, no medo e na distração...
Acotovelavam-se todos, inutilmente, esquecidos de que o serviço lhes rogava devotamento e consagração.

Eis, porém, que nos últimos instantes do dia, o servidor diligente é trazido ao trabalho e atende-o sem discussão.

Naturalmente que a esse o vencimento é mais justo, pelo esforço construtivo que lhe assinalou a presença e lhe marcou a decisão.

Conserva contigo o ensinamento do Divino Mestre e não desfaleças.

Ao longo de teus passos, aparece no mundo a sementeira do bem, que te pede renúncia e boa vontade, sacrifício e compreensão.

Desperta e efetua a obra de amor a que foste chamado, porque o valor de tua existência na carne não será conferido pelos dias longos que desfrutes na Terra ou pelos tesouros do corpo e da alma que retenhas contigo, mas, sim, pela tarefa executada no bem incessante que te será coroa de luz, na luz da Vida Real.

Onde fores defrontado pela calúnia, sê a palavra amiga do esclarecimento benéfico.

Indolência e desânimo, são ervas parasitárias, aniquilando-te a
produção.

Livro : Alvorada do Reino
Chico Xavier e Emmanuel.