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terça-feira, 5 de julho de 2016

O Que É Ser Médium


Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais súbitas;
acentuada sensibilidade emotiva;
vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias;
calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça;
mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.

“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”


Suely Caldas Schubert

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Reflexões sobre a Grande Transição Planetária


fevereiro/2011 - Por Suely Caldas Schubert 
 
Queridos amigos, estas são reflexões imprescindíveis, que todos nós, espíritas, comprometidos com a divulgação e vivência dos ensinamentos do Espiritismo, necessitamos fazer, compreendendo que estamos sendo convocados, diretamente, para contribuir com o processo de regeneração da Humanidade.
Minha proposta aos queridos amigos é a de observarmos mais atentamente a mensagem-revelação do Espírito Órion, contida no livro Transição Planetária.
Ressaltarei desse capítulo, que é o terceiro, os pontos referentes à convocação que é feita pelo emissário que veio de uma das Plêiades (constelação do Touro), especialmente a nós, espíritas.
Inicialmente apresento algumas considerações.
O livro Transição Planetária, a meu ver, é a obra mediúnica mais importante dos últimos tempos, ao abordar o grandioso processo da renovação planetária, conforme está predito, e como isso se realizará, para que a Terra alcance o patamar da regeneração.
Jesus, no Sermão profético (Mt 24 e 25; Mc 13; Lc 21:5-36) fala do “princípio das dores” e da “grande tribulação”.
Em O Livro dos Espíritos, em resposta à questão 1019 proposta por Allan Kardec, o Espírito São Luís elucida, com muita clareza, o que deverá ocorrer para que o bem reine na Terra. Também em A Gênese, cap. XVIII, Kardec aprofunda os esclarecimentos com relação à grande transformação moral e espiritual do planeta.
Na magnífica obra mediúnica Há Dois Mil Anos (FEB, 1939), Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, relata no cap. VI da segunda parte, intitulado “Alvoradas do reino do Senhor”, o discurso de Jesus (texto que divulguei há 3 anos para todos os nossos grupos), quando recepcionava um grupo de mártires sacrificados no circo romano. Segundo Emmanuel, o Mestre fez naquele momento sublime, “a exposição de suas profecias augustas”. Nessa importante profecia – recordemos que isto aconteceu há dois mil anos –encontramos detalhes de como se dará a transição que ora está em curso.
No ano de 1948, a FEB lança o livro Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel/Chico Xavier, em cujo cap.140, intitulado “Para os montes”, o autor espiritual tece comentários sobre um dos versículos do Sermão Profético, conforme Mt 24:16. O texto é notável, pois traça um panorama ? àquela época ? do que estamos vivendo hoje.
Recentemente, a Mentora Joanna de Ângelis, através de Divaldo Franco, divulgou a mensagem intitulada “A Grande transição”, (livro Jesus e Vida – LEAL, 2007) excelente esclarecimento sobre o tema que estou enfocando. Interessante assinalar que essa mensagem foi transmitida, penso eu, como preparação para o livro Transição Planetária, que é o objeto de nossas reflexões.
Todos os textos acima evidenciam que a importante contribuição do querido Benfeitor Manoel Philomeno de Miranda está doutrinariamente fundamentada nas obras citadas.
A obra Transição Planetária traz, portanto, minuciosos esclarecimentos acerca do processo da regeneração do planeta Terra. Sendo assim, é imprescindível que todos os que estarão recebendo essas reflexões estejam em dia com a leitura desse livro. E quem já leu, releia…
A seguir, observemos o trecho em que Órion esclarece a vinda de milhares de Espíritos da mesma Esfera à qual ele pertence, e que, inicialmente, estarão se dirigindo às comunidades espirituais (que são denominadas entre nós de ‘colônias espirituais’) que estão próximas à Terra, expondo o grandioso programa ,“de forma que, unidos, formemos uma só caravana de laboriosos servidores, atendendo às determinações do Governador terrestre, o Mestre por excelência.”
“De todas essas comunidades (colônias espirituais) seguirão grupos espirituais preparados para a disseminação do programa, comunicando-se nas Instituições Espíritas sérias e convocando os seus membros à divulgação das diretrizes para os novos cometimentos.
Expositores dedicados e médiuns sinceros estarão sendo convocados a participarem de estudos e seminários, para que seja desencadeada uma ação internacional no planeta, convidando as pessoas sérias à contribuição psíquica e moral em favor do novo período.”
É importante que leiamos todo o capítulo e que atentemos para as advertências que Órion transmite. Claro que os testemunhos acontecerão, como podemos imaginar.
Na parte final da mensagem ele afirma que “O modelo a seguir permanece Jesus, e a nova onda de amor trará de retorno o apostolado, os dias inesquecíveis das perseguições e do martirológio que, na atualidade, terá características diversas, já que não se podem matar impunemente os corpos, como no passado…
Queridos amigos, agora já sabemos.
A sintonia com essa programação depende de cada um, desde que aceite participar. Mas penso que todos estamos, vibratoriamente e honrosamente, engajados nesse nobre propósito.
Como diz Joanna, a amorável Benfeitora de todos nós:
“Aclimatados à atmosfera do Evangelho, respiremos o ideal da crença…
E unidos uns aos outros, entre os encarnados e com os desencarnados, sigamos.
Jesus espera: avancemos!

Fonte:  http://www.mundoespirita.com.br/?materia=reflexoes-sobre-a-grande-transicao-planetaria

quinta-feira, 28 de abril de 2016

Jesus e a Inteligência Emocional



Autor: Suely Caldas Schubert

Afirma Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional” que os grandes mestres espirituais como Jesus e Buda “tocaram o coração dos seus discípulos falando na linguagem da emoção, ensinando por parábolas, fábulas e contos”. Segundo o escritor estes mestres espirituais falam no “vernáculo do coração”, o que do ponto de vista racional tem pouco sentido.

Goleman explica ainda que segundo Freud, em seu “conceito primário” de pensamento, essa lógica da mente emocional é a “lógica da religião e da poesia, da psicose e das crianças, do sonho e do mito”. Isto engloba também as metáforas e imagens como as artes, romances, filmes, novelas, música, teatro, ópera, etc., pois tocam de forma direta a mente emocional.

Isto nos leva a entender por que as expressões religiosas e artísticas agradam tanto: é que a imensa maioria das pessoas é dominada pela emoção. Também explica o motivo dessa preferência das multidões a essas crenças novas, rotuladas de evangélicas, que manipulam as emoções como fator de atração e direcionamento de seus adeptos.

Mas, o que é a EMOÇÃO? O dicionário registra: qualquer agitação ou perturbação da mente; sentimento; paixão; qualquer sentimento veemente ou excitado.

Segundo Goleman: “EMOÇÃO se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir.”

Não podemos perder de vista as sutilezas em que as emoções se manifestam, para melhor entendimento do assunto e encaminhamento do nosso raciocínio.

Os estudiosos do tema propõem famílias básicas (assim co­mo as cores básicas); mencionaremos algumas:

IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação vexame, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e, no extremo, ódio e violência patológicos.

TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa depressão.

MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopatologia, fobia e pânico.

PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania.

AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape (caridade).

E as virtudes e vícios que vão desde a fé, compaixão, esperança, coragem, altruísmo, perdão, equanimidade até dúvida, preguiça, tédio, etc. Há um debate científico sobre como classificar as emoções, já que podem ser igualmente um estado de espírito, temperamento ou se transformarem em distúrbios emocionais como depressão, angústia, ansiedade, fobias, etc.

Depreende-se, portanto, que em várias circunstâncias de nossa vida as emoções prevalecem e nos dominam. Quantas vezes nos surpreendemos diante de nossas alternâncias de estado de espírito, pois podemos ser muito racionais num momento e irracionais no seguinte quando o calor da emoção passa a comandar nossas atitudes.

É exatamente nos estados extremos das emoções que as pessoas cometem ações das quais se arrependem amargamente no minuto seguinte, quando a mente racional começa a reagir. É este o caminho dos crimes passionais, quando se diz que houve “privação dos sentidos”.

Portanto, emoções são sentimentos a se expressarem em impulsos e numa vasta gama de intensidade, gerando idéias, condutas, ações e reações. Quando burilados, equilibrados e bem conduzidos transformam-se em sentimentos elevados, sublimados, tomando-se, aí sim — virtudes.

O livro de Daniel Goleman traz-nos preciosas contribuições que devem ser analisadas à luz da Doutrina Espirita. Observemos, em princípio, o que consideramos a contribuição fundamental de sua obra: a distinção entre inteligência emocional e racional, em que “linguagem” a primeira se manifesta e todas as conseqüências que daí advêm. Mas, iremos analisar, especificamente, o discurso de Jesus, sob esta ótica.

Segundo o autor e conforme mencionamos linhas atrás, Jesus utilizou-se do “vernáculo do coração”, falava, portanto, a linguagem da emoção, e acrescentamos: do sentimento sublimado — por isto se diz que Ele trouxe a Lei de Amor.

Todavia, para a mentalidade racional que impera no Ocidente, nas elites intelectuais, sobretudo, essa mensagem passou a ser vista como sinônimo de psicose, infantilidade, poesia e utopia. Por outro lado, os principais fatores que geraram esse tipo de leitura foram as distorções, as interpolações e mutilações que o Evangelho sofreu e que o transformaram nesse cristianismo dos tempos atuais, muito distante da verdadeira Boa-Nova.

É exatamente no momento crucial em que a Europa, liderada pela França, entroniza a “deusa Razão”, zombando dos valores espirituais cultivados pela religião dominante, que a Terceira Revelação chega à Terra. O Espiritismo veio fazer uma leitura do Evangelho através da razão. Tendo em suas bases a moral cristã em sua pureza primitiva, interpretada, todavia, na linha do raciocínio a fim de que o seu aspecto emocional passe agora pela mente racional e possa ser aceita, assimilada pela mentalidade que prevalece em nossa época.

Cremos que a resistência na aceitação da Doutrina Espírita por parte dos países europeus (e mesmo norte-americanos), deve-se ao fato de não terem conseguido ainda assimilar essa nova mentalidade, pois destacam, de forma predominante, os valores intelectuais, a linha racional, não admitindo a prevalência da emoção ou a sua equiparação com a razão.

A Doutrina Espírita vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, mas, vejamos bem, sem abandonar, sem deixar de lado o aspecto emocional que é colocado na sua expressão mais alta, tal como o pretendeu Jesus, ou seja o sentimento sublimado, demonstrando assim que o SENTIMENTO E A RAZÃO podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano: O AMOR E A SABEDORIA.

A questão 627 de “O Livro dos Espíritos” traz-nos primorosa síntese das finalidades do Espiritismo e, a certa altura da resposta transmitida pelos Espíritos Superiores afirma: “O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”


quarta-feira, 21 de maio de 2014

A "outra" plateia de Divaldo Franco

A "outra" plateia de Divaldo Franco

Autor: Suely Caldas Schubert

Nos dias 19 e 20 de setembro do corrente ano (1987), Divaldo Franco esteve em Juiz de Fora para realizar um seminário e uma palestra pública. O seminário, cuja freqüência foi limitada, teve como tema "A Ciência do Espírito", dividido em três módulos com três horas cada, sendo realizado no salão da F acuidade de Ciências Econômicas, de 400 lugares e que esteve lotado.



Três dias depois, ou seja, no dia 23, em nossa reunião mediúnica, no ,Centro Espírita "Joanna de Angelis", tivemos interessante comunicação que nos trouxe uma outra visão sobre as atividades que se realizam no plano espiritual simultaneamente às palestras proferidas por Divaldo Franco.



Primeiramente são necessários alguns esclarecimentos.



Ao se dirigir do Rio a Juiz de Fora, na 6a-feira, dia 18, nas proximidades de Três Rios, o carro em que Divaldo viajava sofreu um acidente, felizmente sem maiores proporções.



Ao que parece houve problema na barra de direção e o automóvel, numa curva, se desgovernou indo de encontro à barra de ferro que divide as pistas.



Como estivesse a uma velocidade de 50 km, não aconteceu algo mais grave. Mesmo assim duas das três senhoras tiveram fraturas, uma no joelho e a outra no nariz e frontal, e Divaldo, várias contusões na altura das costelas, quadris, perna e pequenos cortes.



Isto ocasionou-lhe fortes dores, além do desgaste emocional e psíquico natural nessas ocorrências. Mesmo assim, compareceu a todas as atividades programadas, embora tivesse de fazê-lo à custa de forte analgésico antiinflamatório.



E necessário ainda mencionar que este é o 28° ano consecutivo em que Divaldo comparece a es¬ta cidade. Sempre promovemos as suas palestras. Sendo assim, os fatos que vamos narrar não são fruto de um entusiasmo de quem o conhece há pouco e por isto se deixou impressionar pela palestra magistral e pelo belíssi¬mo seminário realizado.



"estes anos todos, nós, que temos escri¬to sobre mediunidade e comuni¬cações mediúnicas, não viven¬ciamos nada semelhante ao que iremos contar, embora soubésse¬mos que existe (como também o sabem todos os espíritas), a não ser por pequenos relatos de um ou outro Espírito e aquilo que lemos nos livros da Doutrina. (1 )



Ao final da reunião, comunica-se por nosso intermédio um Espírito de certa cultura e grande facilidade para falar.



Estava veemente, caloroso e deixando transparecer certa emoção. Começa a prestar o seu depoimento.

- Eu não posso deixar de lhes falar da experiência que vivi neste final de semana. Eu mesmo pedi para fazê-lo, porque sinto imperiosa necessidade de contar o que me sucedeu. Não o faço, porém, por simpatia, pois a verdade é que ainda não consigo achá-los simpáticos. Faço-o porque preciso.



Saibam que eu acompanhava, de longe, com meus companheiros, a viagem do carro no qual estava aquele homem que lhes vinha ensinar. Tudo o que então ocorreu não foi culpa nossa, isto é, nós não provocamos aquele acidente com o carro, embora nos alegrássemos com o acontecido.



Mas não o provocamos, apenas aplaudimos, desejando que se calasse para sempre aquela voz.



Quando pressentimos que algo não estava indo certo e que tentamos nos aproximar para "ajudar" a acontecer fomos impedidos por uma espécie de "campo de força" e eu lhes afirmo que uma corrente de luz cercou o veículo e as pessoas, enquanto um certo número desses guias de vocês, com muita luz cada um deles, defendiam e socorriam, de forma pouco compreensível para nós, os passageiros.



E foi tal a força e tal a luz que nos assustamos e tentamos



correr, como cachorrinhos amedrontados.



Todavia, a partir desse momento, ficamos como que imantados àquele indivíduo, como se dele dependêssemos para resolver as nossas vidas.





Até então eu julgava que ele não daria conta da programação, sentia satisfação em imaginar que teriam de suspendê-la, pois eu "via" as dores dele e avaliando-as deduzi que seriam impedimento insuperável.



Estávamos nessa expectativa quando fomos sendo levados daqui para ali e, em conseqüência disso, assistimos tudo.



- Primeiro eu me admirei da luz que o cercava, dos guardiões que o defendiam e da vontade férrea que ele demonstrou ao não se deixar abater. Ao chegar ao local do seminário novas surpresas me estavam reservadas.



Eu via o público mas este não via a nossa platéia, no plano extrafisico, com o triplo de pessoas.





Todo o palco estava tomado por aparelhos de natureza espiritual, também ao longo do salão, estrategicamente colocados, que projetaram para nós cenas as mais diversas, desde as ligadas à nossa própria vida até aquelas outras em que se via o "chefe" de vocês, chamado Codificador.





- Enquanto ele falava, os aparelhos eram acionados no nosso plano e para a nossa assembléia. As cenas eram plasmadas, projetavam-se no espaço, ganhavam vida, tornavam-se independentes da palestra e em espaços de tempo bem menores que os da dimensão terrestre assistimos às pesquisas a que ele ia se referindo, como se naquele instante ocorressem.



Vimos chegar os filósofos e os cientistas em imponente desfile de luzes. Enquanto as épocas se desenrolavam, de forma difícil de explicar, cada um de nós acompanhou também trechos de sua própria vida.



Nos intervalos, quando o público "vivo" se retirava nós permanecemos, pois a seqüência de esclarecimentos em nossa esfera foi ininterrupta.



Pela primeira vez me foi dado compreender o alcance do trabalho que esse homem realiza. Vi as pessoas correndo aflitas pa¬ra ele, pedindo notícias de parentes mortos, falando de doenças, cumulando-o de perguntas e mais perguntas e sendo atendidas pacientemente.



Ele - vejam bem - que mal podia respirar pela dor, pelo cansaço. Quando se aproximavam observei que todo o auditório estava imantado a ele, não apenas nós. Havia uma ligação entre todos, nos dois planos da vida.



Pareceu-me que poderia compará-lo a uma usina de força e energia, que emitia luz, uma luz que vinha do Alto e que, passando por ele, envolvia a todos. Os parentes, cá da nossa esfera - que ele vê e ouve -, deram quantas notícias lhes foram permitidas, que ele ia repetindo - nomes, apelidos, situações, conselhos - enquanto as pessoas choravam e riam de emoção, de alegria.



(O doutrinador quis dizer alguma coisa, mas o comunicante, tornando-se mais veemente, o impediu, dizendo ser necessário prestar o seu depoimento até o fim.)



Esclareço, entretanto, que a nossa perseguição em relação a vocês (referindo-se ao grupo) não começou agora. Não se iniciou nesses dias, nem no ano passado, pois nossas vidas estão enredadas.

Eu faço parte da vida de vocês, sou alguém que conhecem profundamente. Neste momento, embora não lhes tenha simpatia, sinto que simpatizam comigo, estão emitindo vibrações solidárias, afetuosas para mim.



Pois foi exatamente assistindo a tudo isto, o seminário de nossas próprias vidas, que eu e o meu grupo finalmente capitulamos.



- E eu lhes digo que, para espanto geral, esse homem que lhes veio ensinar, no primeiro momento em que logrou adormecer veio ao nosso encontro para nos dizer que nos compreendia e que não somente nos perdoava, mas que amava a cada um e que nos esperava há muito tempo!



- Fiquei vexado, constrangido - Vejam a minha situação.



À medida que fui assistindo às reuniões e descobrindo a "ciência da vida", a "ciência do Espírito" . fui envelhecendo.

Entrei em contacto com a realidade e, se antes me sentia jovem, forte e poderoso, aos poucos fui envelhecendo como se todas aquelas épocas passassem sobre mim e me sulcassem profundamente.



Agora estou uma ruga só! Mas eu quisera ser monstruoso, aleijado, como aquele menino da palestra (2), quisera ter meus pés tolhidos, as mãos deficientes porque hoje eu sei que vou reencarnar. Preciso renascer aleijado para não incidir nos mesmos crimes (neste momento está emocionado, patético e a emoção toma conta de todos os participantes).



- Vocês, por exemplo (dirige-¬se ao grupo), não trazem defeitos físicos visíveis, mas, cada um, certamente, tem limitações físicas, constrições variadas no organismo, mas que são benditas porque lhes impedem de errar, cerceiam a liberdade e os fazem ficar atentos e vigilantes.



Tive vergonha e desespero, porque eu vi, na luz que sua palavra irradiava, que ele era absolutamente verdadeiro. Felizes são vocês (dirigindo-se aos presentes) que conheceram a verdade há mais tempo. Que mudaram de rumo e se integraram nesta doutrina - como vocês a chamam.



- Eu, contudo, preciso de muito mais. Preciso da deficiência física, da fealdade, como também preciso entrar em contacto com a Doutrina Espírita. Quem sabe um dia, os nossos caminhos se cruzem. (Ao dizer isso levanta o rosto e olha para a frente como quem fita o futuro.)



Quisera encontrar um de vocês, talvez os mais jovens, os que hoje são mais novos. Talvez nos encontremos nesse futuro que não está longe.

E tenho certeza de que nos iremos reconhecer. De alguma forma nos reconheceremos. Lembrem -se de mim, não se esqueçam de mim.

(Ao dizer essas frases o comunicante emociona-se. As lágrimas agora caem dos seus olhos e a voz está embargada).



- Eu estou sofrendo muito e recebo as vibrações de vocês. Elas me tocam o coração e já os vejo com simpatia e com irresistível afeto. (Pausa longa e emocionada. )



- Talvez, um dia, no futuro que me aguarda, nossos caminhos se cruzem e nessa casa que vocês terão e que eu já vejo (3) - é uma casa grande e bonita -, talvez um dia, ao passar em frente a ela, vendo abertas as suas portas, eu, finalmente, entre SUAS últimas palavras, a emoção que passou a todos os circunstantes ficaram repercutindo em nossos corações.

O silêncio, carregado dessas emoções, foi quebrado pela prece final, de gratidão a Deus, proferida pelo dirigente.



Nas vibrações da oração nos envolvemos, reflexionando intimamente sobre a bênção da mediunidade com Jesus e sobre o missionário labor do nosso tão querido Divaldo, o arauto da Doutrina Espírita, que a vive, exemplifica e prega, nos dois planos da vida, no Brasil e no mundo, nesses 40 anos de atividades, comemoradas neste ano de 1987. A ele, o nosso carinho e reconhecimento!



(1) Tivemos, há três anos, o relato de um Espírito sobre o outro lado do trabalho mediúnico de Chico Xavier, publicado em "Reformador", de novembro de 1984.

(2) Refere-se ao caso de Hugolin, narrado por Divaldo, que era um jovem de 14 anos, corcunda, deficiente e feio.



(3) Referência feita à futura sede do C. E. "Joanna de Ângelis".



Juiz de Fora.



24 de setembro de 1987.



Fonte: Reformador, Dezembro, 1987.



Livro: O Semeador de Estrelas
Fonte: http://www.oespiritismo.com.br/textos/ver.php?id1=370

terça-feira, 19 de novembro de 2013

ALLAN KARDEC E O CONTROLE UNIVERSAL DO ENSINO DOS ESPÍRITOS






                                                        Suely Caldas Schubert

         “Uma só garantia séria existe para o ensino dos Espíritos: a concordância que haja entre          as revelações que eles façam espontaneamente, servindo-se de grande número de          médiuns estranhos uns aos outros e em vários lugares. (...) Essa verificação universal          constitui uma garantia para a unidade futura do Espiritismo e anulará todas as teorias          contraditórias. Aí é que, no porvir, se encontrará o critério da verdade.”
                   Allan Kardec  (ESE  Introdução: Autoridade da Doutrina Espírita)

         A visão criteriosa e profunda do Codificador estabeleceu que a autoridade da Doutrina Espírita repousa na universalidade do ensino dos espíritos e na concordância entre estes ensinos.
         Trata Kardec, porém, não de comunicações relativas a interesses secundários, mas dos princípios da Doutrina. Quer isso dizer que as revelações dos espíritos, a partir da Codificação aos tempos atuais e futuros, deverão sempre ser submetidas a esse controle, ou seja, ao crivo da razão. Tudo o que venha dos espíritos necessita ser analisado, conforme aconselha Kardec. 
         Esse processo, utilizado por Kardec na composição de O Livro dos Espíritos e demais obras da Codificação, é bem o exemplo  do cuidado e atenção que se deve ter em relação a tudo o que venha da Espiritualidade por intermédio dos médiuns.
         Nas reuniões mediúnicas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, bem como naquelas realizadas nos lares da sra. Plainemaison e da família Baudin, especialmente, o mestre lionês  constatou, no intercâmbio com os espíritos, as suas diferentes condições e capacidades e que estes, considerados individualmente,  não estão de posse de toda a verdade; que o conhecimento de cada um é proporcional ao seu estado evolutivo.
         Desde o início de suas pesquisas, Kardec compreendeu que os espíritos inferiores e mal intencionados procuram enganar os encarnados, mistificando, encobrindo a sua verdadeira condição, utilizando nomes famosos, de vultos veneráveis, utilizando termos como Deus, amor, caridade, citações de frases do Evangelho, às vezes com tal sutileza que enganam até os mais experientes médiuns e outras pessoas, ingênuas e de boa-fé , que tomam conhecimento dessas mensagens. Esses espíritos, não raramente, propõem mudanças, dizem-se encarregados de alguma missão elevada cujo finalidade, segundo eles, é ajudar as pessoas a progredir.
         Ressalta o Codificador :
         “Toda teoria, em manifesta contradição com o bom-senso, com uma lógica rigorosa e com dados positivos já adquiridos, deve ser rejeitada por mais respeitável que seja o nome que traga como assinatura.” (ESE Introdução pág.31)
         Na advertência acima encontramos pontos importantes que devem merecer  uma reflexão mais atenta. Observemos que é uma frase bastante incisiva, que não deixa margem a dúvidas. Qualquer teoria, portanto, que apresente os três pontos citados: contradição com o bom-senso, com uma lógica rigorosa e com dados positivos já adquiridos, deve ser rejeitada. E acrescenta: por mais respeitável  seja o nome que a assina. Este o crivo da razão.
         Interessante mencionarmos que os espíritos bem-intencionados, os bons espíritos, os espíritos superiores, enfim, não temem a análise de suas mensagens, não ficam melindrados, aborrecidos ou magoados; primeiro porque já venceram esses sentimentos negativos;  segundo porque  nada têm a temer quanto ao conteúdo das suas comunicações. Só os espíritos inferiores, os mistificadores, os pseudo-sábios se agastam com isso, tanto quanto os médiuns pelos quais transmitem suas mensagens. As armas  que esses espíritos utilizam são, via de regra, a ironia, o sarcasmo, o deboche, as insinuações dúbias, o tom acusador.
         Para se ter uma idéia da forma como atuam recomendamos a leitura do capítulo 31 de O Livro dos Médiuns, onde estão registradas algumas comunicações apócrifas. Em nota ao final do capítulo, Kardec leciona:
         “De fato, a facilidade com que algumas pessoas aceitam tudo o que vem do mundo invisível, sob o pálio de um grande nome, é que anima os Espíritos embusteiros. A lhes frustar os embustes é que todos devem consagrar a máxima atenção; mas, a tanto ninguém pode chegar, senão com a ajuda da experiência adquirida por meio de um estudo sério. Daí o repetirmos incessantemente: Estudai, antes de praticardes, é esse o único meio de não adquirirdes experiência à vossa própria custa.” (grifamos)
         Temos observado que, nos últimos tempos, esses critérios têm sido deixados de lado, pois aceita-se tudo o que é novidade, algumas realmente estranhas, sem nenhum respaldo doutrinário, que contrariam o bom-senso, e tudo isso fartamente divulgado, como se não fosse importante manter-se a fidelidade à Codificação.
         A falta de estudo, a inexperiência, a ingenuidade podem levar a pessoa a uma situação difícil.  O espírito Erasto, um dos expoentes da falange do Espírito de Verdade, faz uma advertência em O Livro dos Médiuns que requer a nossa atenção:
         “Na dúvida, abstém-te, diz um dos vossos velhos provérbios. Não admitais, portanto, senão o que seja, aos vossos olhos, de manifesta evidência. Desde que uma opinião nova venha a ser expendida, por pouco que vos pareça duvidosa, fazei-a passar pelo crisol da razão e da lógica e rejeitai desassombradamente o que a razão e o bom-senso reprovarem. Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.” (grifamos) (cap. XX it.230)
         A Doutrina Espírita, como é do conhecimento geral, não proíbe nada, cada um escolhe livremente o seu caminho e as opções de vida, no uso do seu livre-arbítrio,  tornando-se responsável pela própria conduta.
         Entretanto é imprescindível atentar para o fato de que, acima de tudo, como espíritas, devemos ser fiéis à Doutrina dos Espíritos.
         Ao comemoramos o sesquicentenário do lançamento de O LIVRO DOS ESPÍRITOS,  nosso pensamento se volta à data de 18 de abril de 1857, no momento em que Allan Kardec, emocionado, tem em suas mãos, pela primeira vez, a obra impressa, a 1ª edição. Talvez não avaliasse, em sua natural modéstia, que naquele instante o advento do Consolador prometido por Jesus estava se concretizando. Seu esforço, sua abnegação ao cumprimento da missão que lhe fora confiada, sua renúncia íntima e silenciosa o levaram a dedicar os anos restantes de sua vida à causa da Doutrina Espírita.
         Assim, que a nossa homenagem ao Codificador esteja impregnada de nosso profundo amor  e respeito à grandiosa obra por ele empreendida.
         Amar a Doutrina é preservá-la de alterações, de mudanças, de atualizações que lhe desfigurariam os princípios norteadores e luminosos.
         Sejam para Allan Kardec as palavras do Espírito de Verdade:
         “As grandes missões só aos homens de escol são confiadas e Deus mesmo os coloca, sem que eles o procurem, no meio e na posição em que possam prestar concurso eficaz.” (O Livro dos Médiuns cap. XXXI it. XV)

 Fonte:http://suelycaldasschubert.webnode.com.br/artigos/

Afinização nos grupos Mediúnicos





“O médium, em meio dessas correntes contrárias, experimenta uma opressão, um mal-estar indefinível, sente-se mesmo, às vezes, como que paralisado, sucumbido.” Léon Denis   (No Invisível)

O bom êxito das reuniões mediúnicas repousa numa série de fatores que se conjugam para chegar-se ao resultado almejado.
            Não raras vezes as reuniões têm comprometido o seu rendimento, harmonia e qualidades dos trabalhos sem que os participantes atinem com o motivo de tais dificuldades. Vários detalhes são lembrados para justificar os embaraços e, consequentemente, iniciativas são providenciadas para saná-los.
            Entretanto, existe um fator nem sempre valorizado e que pode ser a causa da queda de produção e qualidade dos trabalhos mediúnicos. Esse fator é a afinização que deve existir entre todos os participantes. Afinização que gera confiança, harmonia, entrosamento e amizade. Afinização que cria, nos instantes consagrados ao intercâmbio com os desencarnados, uma espécie de “tensão” favorável às comunicações.
            Os pensamentos e sentimentos dos integrantes da sessão, estando em determinadas freqüências vibratórias adequadas ao labor da mediunidade é que propiciarão o ambiente necessário para a realização de trabalhos equilibrados e produtivos.
            Muitos dirigentes de sessões atribuem o fraco resultado à falta de concentração e recomendam, várias vezes, no decorrer das atividades que os presentes se mantenham concentrados de maneira firme e constante. Pode acontecer, porém, que um membro do grupo esteja firmemente concentrado, fixando-se mentalmente em Jesus, no bem e na caridade e ao mesmo tempo duvide ou desconfie da autenticidade da comunicação transmitida por determinado médium. Ou critique, intimamente, a doutrinação que está sendo efetuada; se isto ocorrer o equilíbrio da corrente vibratória estará comprometido.
            Quanto mais coeso for o grupo, quanto mais se unir no estudo e na prática mediúnica melhores resultados poderão ser alcançados.
            Todavia, se houver entre os presentes pensamentos divergentes, sentimentos de melindres, ciúmes, desconfiança será impossível conseguir-se êxito. Tais estados íntimos negativos, tornando-se uma constante, produzem vibrações discrepantes, desarmônicas, podendo gerar, no transcurso da sessão, formas-pensamento que atrairão entidades inferiores, abrindo brechas  que irão desequilibrar as tarefas programadas.
            Por outro lado, como afirma Léon Denis, o médium em meio a esse tipo de vibrações sente-se confuso, vacila e duvida, quando não lhe advém um mal-estar súbito, inexplicável.
            É imprescindível mencionar ainda, que os obsessores interessados em obstar os trabalhos visam freqüentemente os participantes da equipe, procurando semear entre eles a discórdia, a inveja, o personalismo e outros estados negativos, de maneira tão  sutil e disfarçada que a maioria não percebe.
            Comumente se atribui aos médiuns as dificuldades no intercâmbio espiritual,  esquecendo os demais membros do grupo de analisar a sua própria participação.
            A participação individual, todavia, é deveras  importante nas tarefas da mediunidade e passa, desde a preparação que antecede as atividades até por uma concentração firme, que estabeleça um certo padrão vibratório favorável a todo o conjunto dos trabalhos,  assim permanecendo até o final da reunião.
            Além disso, se houver entre os participantes uma interação fraterna e amorosa que gera confiança, bem-estar, prazer de trabalhar em equipe, alegria pelo reencontro semanal, tudo isso favorece o intercâmbio com o mundo espiritual.
            É nessa linha de raciocínio que chegamos à responsabilidade de cada integrante.
Responsabilidade que vai muito além da atuação durante os trabalhos; responsabilidade que inclui também o tipo de sentimentos e pensamentos que cada um emite  visto que refletem um estado interior que antecede e subsiste às reuniões.
            Mesmo entre pessoas afinizadas muitas arestas precisam ser superadas, visto que o labor em equipe tem características especiais que nem todos alcançam de imediato ou a ele se ajustam. Mesmo os grupos com larga experiência e reconhecida interação vibratória não estão livres de sofrer, em algum momento e sob certas circunstâncias, o assédio de entidades malévolas e se desestruturar em razão disso.
            Cientes e conscientes de tais possibilidades compete aos participantes de equipes mediúnicas uma constante vigilância, a prática da auto-análise individual e também da avaliação em grupo a fim de ser detectadas a tempo as investidas das sombras.
            Manoel Philomeno de Miranda, Espírito, aconselha aos grupos mediúnicos atividades extras no campo da caridade, convivência e ajuda mútua na esfera do cotidiano pois que o serviço no bem confere maior resistência às influências negativas, enquanto a convivência fraterna faculta maior estreitamente nos laços de afinidade entre todos.
            E, sobretudo, que cada um se revista da couraça da fé e do escudo da prece, cultivando no coração a caridade e a humildade, perseverando sempre pois que os serviços na seara espírita representam a nossa mais sagrada oportunidade de redenção.

                                            Suely Caldas Schubert

Fonte:http://suelycaldasschubert.webnode.com.br/artigos/

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

O Que É Ser Médium

O Que É Ser Médium

Você se indaga, às vezes, se as sensações que tem sentido são realmente de caráter mediúnico ou apenas estados emocionais ou, ainda, se certos acontecimentos não seriam meras fantasias ou suposições erradas, por ficar impressionado em demasia com tudo o que lhe ocorre.
Porém como saber? Afinal, o que é ser médium?
Usualmente, denomina-se médium aquele em quem a faculdade mediúnica se mostra de forma ostensiva. Entretanto é bom saber que todos os seres humanos têm mediunidade em estado latente, como um princípio, uma semente, que poderá ou não desabrochar no curso da existência terrena.
Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, explica que todos os indivíduos são mais ou menos médiuns, no sentido de que somos influenciáveis pelas sugestões alheias, podendo estas partir de espíritos desencarnados que nos desejam influenciar. Isto se dá através da sintonia mental, de forma espontânea e natural, surgindo na mente do indivíduo como uma idéia, um pressentimento, que são também chamados de “intuição”. Isto pode estar sendo lançado por um espírito desencarnado, e a pessoa aceitará a idéia ou não, dependendo do seu livre arbítrio.
Voltemos ao termo “médium”. É importante saber que esta palavra significa “aquilo que está no meio”. Allan Kardec propôs esta terminologia, inclusive as palavras “Espiritismo”, “espírita”, etc. Para designar coisas novas trazidas pelos Espíritos Superiores à Humanidade.
Assim, médium é o intermediário, aquele que intermedia a comunicação de um espírito com as demais pessoas.
A eclosão da mediunidade não depende de religião, idade, raça ou sexo. Muitas criaturas, não conhecendo nada sobre o assunto, ficam amedrontadas, outras temem as responsabilidades que são inerentes ao exercício mediúnico e recusam-se a conscientizar-se acerca da sua faculdade. Evitam de todas as maneiras qualquer conversa ou situação relacionadas com o tema, mas, se os sinais de mediunidade forem muito evidentes, intensos e freqüentes, essas pessoas ficam sujeitas a alguns problemas mais graves decorrentes das presenças espirituais ao seu lado, as quais captam sem saber como se defender ou precaver-se contra assédios negativos.
Mas, afinal, como saber se sou médium ostensivo? É a pergunta que lhe ocorre.
Existem indícios que caracterizam a presença da mediunidade de forma expressiva. O Espiritismo aclara e orienta todo esse processo, auxiliando o médium principiante e possibilitando o exercício da mediunidade de maneira equilibrada e serena, que lhe confere bem-estar e paz interior.
Alguns dos indícios do desabrochar da mediunidade podem ser relacionadas. São eles:
alterações emocionais súbitas;
acentuada sensibilidade emotiva;
vidências;
necessidade compulsiva e inoportuna de escrever idéias que não lhe são próprias;
calafrios, sensação de formigamento nas mãos e na cabeça;
mal-estar em determinados ambientes ou em presença de certas pessoas;
sensações de enfermidades inexistentes.
Estes sintomas podem surgir de forma associada, com maior ou menor intensidade, prevalecendo um ou outro ou vários, conforme a condição espiritual do indivíduo.
Que fique bem claro que alguns desses sintomas citados podem ocorrer, sem que seja necessariamente um sinal de predisposição mediúnica. Outro ponto que merece ser ressaltado é que mediunidade não é doença. Também não deve ser encarada como um privilégio ou, sob outro aspecto, como uma sobrecarga de responsabilidade de tal teor, que somente uns poucos conseguirão levá-la adiante.
O desabrochar da mediunidade representa para o ser humano um horizonte novo que se abre para ele. É um chamamento, um convite a fim de que se volte para o bem, que desperte para as realidades maiores da vida. É uma responsabilidade sim, mas, sendo vivenciada com seriedade, com amor e disciplina, será sempre fonte de benefícios, em primeiro lugar para o próprio médium.
Às vezes as pessoas têm uma impressão distorcida acerca do Espiritismo pelo que a mídia apresenta, ou seja, pessoas que são médiuns mas que, na verdade, não são espíritas, embora assim se apresentem, e que se utilizam da sua faculdade para aparecerem, para divulgarem suas produções mediúnicas, mas que não têm as características espíritas, cujas orientações são sempre voltadas para fins sérios, altruísticos e renovadores, sem qualquer conotação de rituais ou de lucros materiais.
Se você apresenta as características acima mencionadas, se o que lhe está acontecendo se encaixa nestes pontos relacionados, é provável que a mediunidade lhe esteja sinalizando a busca de uma nova vida, de um caminho novo, espiritualizado, para que você encontre, enfim, o sentido transcendente da vida terrena.

“A mediunidade não veio em minha vida por acaso. É um compromisso que assumi perante a Espiritualidade Maior. É como um convite para reavaliar tudo o que fiz até hoje e recomeçar em bases espiritualizadas e seguras, descobrindo através do intercâmbio com os seres invisíveis um novo caminho para ser feliz.”

Suely Caldas Schubert