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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

No trabalho profilático. "Como é indispensável o labor da evangelização da criança quanto do jovem, de modo a termos no porvir do mundo as almas devidamente preparadas, para os embates a serem superados, desde as fases iniciais da reencarnação, o que diminuirá as dores físicas e morais do Planeta!


O trabalho do Espiritismo dirigido à humanidade deve atender aos esforços da cura da alma, mas não deverá perder o foco quanto às lidas preventivas em nossa seara.
Tem sido comum a chegada de grandes levas de necessitados às instituições espíritas, tangidas por dramas intensos e dores pungentes, aguardando socorro para toda gama de dificuldades que se abatem sobre as suas vidas.
Ergue-se, porém, a urgência de tratar desses magotes de padecentes aproveitando o ensejo para vacinar a todos com as medicações que o Espiritismo oferece, a fim de se evitar a reincidência dolorosa.
Como é importante no seio do nosso Movimento o atendimento aos sofredores e perturbados da erraticidade, para que sejam liberados de tormentos e conflitos!
Será indispensável, contudo, que haja empenho nosso para que as populações sejam instruídas, orientadas para o bem, a tal ponto que não haja, no futuro, necessidade de novos enfermos desencarnados, tendo em vista que o Espiritismo pode prevenir, no íntimo dos seres, a eclosão das infelicidades que os conduzem às reuniões em que os padecentes são atendidos.
Como é indispensável o labor da evangelização da criança quanto do jovem, de modo a termos no porvir do mundo as almas devidamente preparadas, para os embates a serem superados, desde as fases iniciais da reencarnação, o que diminuirá as dores físicas e morais do Planeta!
Com esse mister evangelizador, a criança e o moço de agora lograrão a referida vacinação, considerando-se a condição de carência espiritual em que renasce na Terra a grande massa dos Espíritos.
A profilaxia é importantíssima para que, aos poucos, eliminemos os quadros de dores e de lágrimas de sofrimentos na Terra.
O trabalho da orientação dos mais jovens, desde a atualidade, diminuirá a quantidade de pobres materiais e de desditosos morais, uma vez que, embora o Espiritismo nos inspire o atendimento e o socorro a quem precisa, esclarece-nos, ao mesmo tempo, quanto às razões de haverem chegado à reencarnação com essas carências.
Somente o ensinamento do bem, iniciado no âmago dos lares e fortificado e emoldurado pelo trabalho de verdadeiros bandeirantes do amor fraterno, os evangelizadores, será capaz de dinamizar os planos do Criador para as Suas criaturas terrenas, e será desse modo que o glorioso Espiritismo atenderá, por nosso intermédio, à sua missão de consolador, sem qualquer dúvida, mas, fundamentalmente, expressará a sua marca de Verdade, que deverá acompanhar-nos até os tempos vindouros do Planeta, quando seremos, então, um único rebanho conduzido por um só Pastor, que é o nosso amado Jesus.
Trabalhar, sim, para resolver os enigmáticos dramas do mundo mas prevenir, também e principalmente, pois que há problemas no orbe que já não precisariam mais ocorrer nesses dias venturosos do Espiritismo implantado entre nós.

Benedita Fernandes
Mensagem psicográfica recebida pelo médium José Raul Teixeira, na Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, no dia 8 de novembro de 2008, em Brasília, DF.


Fonte: http://www.sef.org.br/sef/no-trabalho-profilatico-mensagem-psicografada-medium-raul-teixeira/

Dificuldades no Movimento Espírita "Não te deixes desalentar pela sensação de que o Espiritismo em nada te auxilia, considerando os golpes contundentes que te ferem cotidianamente, impondo-te lágrimas em que se mesclam dores, mágoas e revoltas...


Não te aturdas pelo que vês nas fileiras da Seara Espírita, que almejavas grandiosa e bela: a apatia no campo moral de tantos, dando a impressão de que isso é coisa natural; os desatinos que não são freados pelo bom-senso, comprometendo o nome da gloriosa Doutrina; a maledicência que alcança largas praias da vida dos nossos arraiais, como se devessem fazer parte das nossas ocupações cotidianas; os descompassos entre as lições teóricas conhecidas e as atividades práticas diárias cheias de hostilidades.
Não te deixes desalentar pela sensação de que o Espiritismo em nada te auxilia, considerando os golpes contundentes que te ferem cotidianamente, impondo-te lágrimas em que se mesclam dores, mágoas e revoltas.
Não te rebeles ao verificar que muitos que ocupam posições destacadas no Movimento do luarizado Espiritismo, agem como se nada tivessem a ver com a magnitude da mensagem, uma vez que somente anseiam pelas coisas do mundo material, com cinismo e desplante, preocupados tão só em fixar-se nas posições que lhes proporcionam maior visibilidade, bastando-lhes o ensejo exibicionista, em função dos quais afirmou Jesus que “já teriam obtido o seu galardão”, ou seja, o que desejavam.
Não te atormentes, pois, uma vez que o planeta terreno atravessa momentos de seriíssimas definições e redefinições, de cujo processo ninguém pode escapar, enquanto se persistir na busca do progresso.
A Terra, em razão disso, traz sobre seu dorso e nas esferas do seu campo psíquico, entidades nos mais diferenciados estágios de aprimoramento, de desenvolvimento geral, dentre os quais são muitos os que se aninham na má vontade, esforçando-se por retardar o dia luminoso da grande renovação planetária.
Nesse estado de coisas, não estaria o Movimento Espírita indene a semelhantes presenças ou livres dessas almas que, em si mesmas atordoadas, causam atordoamento onde quer que chegam, quer estejam no corpo físico, reencarnadas, quer ainda se achem aguardando novas oportunidades, na erraticidade.
Do mesmo modo que encontramos almas irresponsáveis que se valem do nome de Jesus, a fim de explorar a boa fé dos ingênuos e dos incautos, dos ignorantes e dos parvos, nas mais distintas confissões de fé ou fora delas, temos em nosso Movimento os que, da mesma maneira, evocam o nome do Senhor, admitindo sempre que não há nenhuma necessidade de que levem a sério o trabalho e os deveres que lhes cabem, já que os Guias do mundo são dotados de grande generosidade, são misericordiosos.
Almas infantilizadas, nas quais ainda é verdoso o senso moral, enxameiam, orgulhosas umas, vaidosas outras, prepotentes tantas, que, mesmo reconhecendo suas incapacidades, fazem questão de assumir posições e cargos de responsabilidade, que sabem que não responderão a contento, pelo fato de tais situações lhes conferir projeção ou destaque social.
Há os que não têm nenhuma noção do campo de atividades em que se acham, mas não recuam, não procuram orientar-se de modo a produzir o melhor para a Doutrina. Permanecem como estão, supondo que os Espíritos do Senhor lhes suprirão a má vontade e o relaxamento.
Desgraçadamente, tais irmãos do mundo estão distribuídos por todos os campos da vida social e se fazem temerários aventureiros nas esferas da política ou da administração das coisas públicas; achamo-los à frente de empresas que deveriam ser produtivas para o progresso da sociedade e que seguem a passos tartaruguescos; temo-los liderando movimentos artísticos e culturais, onde nada funciona a contento, onde coisa alguma de expressivamente bom acontece para suas áreas, do mesmo modo como os deparamos à frente de grupos familiares e de instituições religiosas.
Vemos que cada um anseia por extrair benefícios imediatos da situação em que se aloja, desacreditando, convictamente, da vida imortal para além da matéria densa do mundo. Não te desarmonizes, pois, perante esse quadro sinistro, conflitivo e cheio de contradições da sociedade.
Trata de cumprir o que a ti te cabe, sem que as atitudes alheias te induzam ao desgoverno de ti mesmo, ou ao relaxamento para com teus compromissos perante a existência.
Cumpre-te pautar a vida nos passos dos ensinos do grande Mestre Jesus Cristo; aprende com Ele que a cada um será conferido de conformidade com as próprias atuações nos trilhos da vida.
Aprende, ainda, a não depositar os ensinos rútilos do Espiritismo sob mãos francamente incapazes ou sob mentalidades insanas, pois que, sem contestação, mais cedo ou mais tarde, tudo elas conseguirão desvirtuar, tudo irão degenerar sob os mais tolos ou obscuros argumentos.
Trata, pois, de mergulhar a mente nos ensinamentos felizes do Cordeiro de Deus e ajusta os teus passos na trilha por Ele deixada, e não te importunarás com os companheiros desviados da estrada por livre deliberação, conseguindo, então, não oferecer suas pérolas aos porcos, tampouco desejarás depositar vinho novo em barril velho, procurando, aí, sim, apesar das pelejas ardentes e das lágrimas inevitáveis dos teus testemunhos, seguir fiel e renovado, cheio de possibilidades para entender, orientar e socorrer a quantos o necessitem, na busca do Reino dos Céus, por meio dos roteiros do Espiritismo.
Com o tempo, na medida em que se renovem os humanos, também renovar-se-á o nosso bendito Movimento Espírita que, somente então, conseguirá refletir o brilho intraduzível do estelar Espiritismo.
Assim, não te descompenses. Procura fazer o que te cabe para ser feliz, levando contigo os que estejam sintonizados com o ideal de vida abundante e de paz insuplantável que adotaste para alicerçar a tua existência.

Hugo Reis
Mensagem psicografada por Raul Teixeira, em 11.02.2008, na Sociedade Espírita Francisco de Assis de Amparo aos Necessitados – SEFAN, em Ponta Grossa – PR.

Fonte:http://www.sef.org.br/sef/dificuldades-no-movimento-espirita-mensagem-psicografada-medium-raul-teixeira/

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Limites e Educação


Observa-se, frequentemente, as dificuldades sentidas pelos pais no processo de imposição de limites aos seus filhos. O receio do modelo autoritário, adotado no passado, aliado ao tempo reduzido de convivência tornam essa tarefa quase uma tortura para alguns pais e mães.
Em nossa caminhada como trabalhadores espíritas e educadores, percebemos  a busca de pais e mães que desejam ter a segurança quanto ao momento ideal para intervir.
O espírito Camilo, na obra Desafios da Educação, dá-nos dicas valiosas para a resolução desses questionamentos:
Podem as tendências inatas negativas ser trabalhadas e superadas pelo processo educativo? Até que limite?
R: Sim, podem, uma vez que um programa educacional bem urdido se propõe a levar o educando a essa superação, já que educar é a arte de formar caracteres, conforme as expressões de Allan Kardec.
Quanto mais dócil às investidas educacionais é o espírito, mais distante se achará esse limite. Deparar-nos-emos com o limite apresentado pelos indivíduos na faixa em que a educação começar a tocar em áreas íntimas e em situações-problemas que eles não queiram ou não possam modificar, ainda, por fragilidade do caráter.
Na criança tal limite será encontrado, não por iniciativa dela mesma de não querer modificar-se, mas, no ponto em que as referidas tendências estiverem profundamente encravadas em velhos vícios, enraizados na individualidade há milênios, carecendo de muito tempo, e, às vezes, mais de uma reencarnação, para serem superadas definitivamente. É claro que a persistente e nobre educação vai diminuindo, com o passar do tempo, a intensidade da dificuldade.


 http://www.dij.febnet.org.br/familia/familia_novos_desafios/limites-e-educacao/

domingo, 25 de outubro de 2015

UM pouco desse grande pesquisador espírita: CANUTO DE ABREU

CANUTO ABREU
O MAIOR PESQUISADOR ESPÍRITA BRASILEIRO
(1892 - 1980)
Biografia de Canuto Abreu:
Silvino Canuto Abreu nasceu em Taubaté, Estado de São Paulo, no dia 19 de janeiro de 1892.
Formou-se em Farmácia aos 17 anos de idade, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na qual também concluiu, em 1923, o curso de Medicina.
Bacharelou-se, ainda, em Direito da Universidade do Rio de Janeiro.
Dr. Canuto logo cedo acostumou-se aos fenômenos mediúnicos, encarando-os como fatos normais em sua vida já que, segundo ele, toda a família era constituída de médiuns.
Entretanto, foi levado definitivamente ao Espiritismo pelos fenômenos provocados, em sua própria casa, pelo espírito Afonso Moreira, com o concurso da médium Maria Leopoldina Barros, conhecida como Mariquita.
Afonso Moreira fora antigo amigo de seu pai e manifestava-se assobiando, conversando baixinho (fenômeno de voz direta), provocada batidas nas portas e janelas, além de aumentar ou diminuir a luz do lampião de gás de xisto betuminoso, comum nas casas daquela época.
Tais fenômenos duram aproximadamente cinco meses, após o que o Espírito Afonso Moreira despediu-se, informando que ia ser levado para um lugar que desconhecia.
Entretanto, ainda uma vez manifestou-se, abrindo a porteira do curral e libertando o gado que lá estava, em virtude de ter ficado bastante zangado com a irmã do Dr. Canuto que, ouvindo-o bater na porta não a abriu, embora sabendo que se trata dele. Dr. Canuto Abreu possuía vasta cultura e sua biblioteca, especializada em metapsíquica, parapsicologia e assuntos correlatos, composta por mais de 10.000 volumes, é o atestado veemente da sua cultura.
Na esfera teológica, empreendeu entre outros trabalhos, a versão direta dos Evangelhos gregos, tomando por base o mais antigo manuscrito do Novo Testamento.
Pesquisou nas bibliotecas do Museu Britânico, do Vaticano e na Biblioteca Nacional de Paris. Profundo conhecedor do Espiritismo no Brasil e no mundo, escreveu, quando ainda circulava a revista "Metapsíquica", vários artigos abordando fatos ocorridos no Brasil, detendo-se com profundeza de detalhes na atuação do Dr. Bezerra de Menezes.
Em 1957, quando da comemoração do primeiro centenário de "O Livro dos Espíritos", o Dr. Canuto Abreu fez publicar, em edição bilíngüe, referida obra, tal qual foi lançada pelo Codificador.
Silvino Canuto Abreu e J. Herculano Pires, à esquerda, compondo a mesa no evento dos 100 anos de O Livros dos Espíritos.
O Espiritismo muito lhe deve pelo muito que fez em favor da divulgação dos seus postulados e pelo incomparável esforço em favor das pesquisas que formam sua parte histórica. Dr. Silvino Canuto Abreu desencarnou na cidade de São Paulo, no dia 2 de maio de 1980.
"Seu desencarne representa uma lacuna nas fileiras do Espiritismo, difícil de ser preenchida, a não ser com a profunda saudade que ele deixou no coração de seus familiares e amigos".
Bibliografia: Anuário Espírita 1981 Folha Espírita - Julho de 1980 - Palavras do Dr. Hernani Guimarães Extraído de "A Caminho da Luz", nº 61, maio/ 81.
Canuto Abreu no Congresso Espírita de 2004
Nas comemorações do bicentenário de Allan Kardec, realizadas em Paris em outubro de 2004, ocorreu um fato muito curioso. No congresso internacional preparado para homenagear o nascimento Codificador registrou-se a presença de centenas de representantes de diversos países – a maioria brasileiros – e de médiuns de grande prestígio no movimento espírita brasileiro. Uma grande expectativa estava no ar. Que personalidades espirituais se manifestariam naquele evento histórico? Talvez os Espíritos que colaboraram na Codificação e na Sociedade Espírita de Paris? Talvez Chico Xavier, Emmanuel, André Luiz, Herculano Pires? Ou então Amélie Boudet ou mesmo o próprio Allan Kardec? Nenhum deles. Muitos participantes confessaram uma certa decepção e surpresa com a manifestação já aguardada do Espírito Léon Denis, mas poucos esperavam uma comunicação de Canuto Abreu, um dos maiores admiradores e divulgadores da obra de Kardec e que caiu no esquecimento e na desconsideração de muitos espíritas.
Mensagem de Canuto Abreu no Congresso Espírita de 2004
Allan Kardec!
Este nome é um marco de um tempo novo. É uma legenda de luz e de força moral que edifica um tempo especial de regeneração humana, e que, ao longo de mais de seis décadas, esteve no mundo das formas para materializar os ensinamentos do Mundo Etéreo, junto às almas terrenas.
Alma de escol, sem embargo, Allan Kardec veio ao planeta para representar no campo físico a Equipe Luminosa do Espírito da Verdade, que jorrava claridade sobre o orbe sob a ação venturosa do Cristo Excelso.
Nesse tempo em que o Espiritismo está no mundo, como esplendente Sol diluindo os miasmas da longa noite moral humana, ainda que pouco a pouco, são incontáveis aqueles que vêm recebendo o sustento para viver com entusiasmo, a motivação para prosseguir nas árduas lutas, sem pensar em fugir dos proscênios dificultosos dessas graves experiências das sociedades terrenas.
Quantos se arredaram das idéias suicidas, pelo entendimento de que ninguém morre essencialmente?
Quantos desistiram do abortamento por terem admitido o acinte que tal coisa representa contra as divinas leis de Deus?
Quantos se decidiram por manter iluminada por Jesus a estrutura do lar, ao verificarem sua importância para o progresso familiar?
Quantos se dedicaram a estudar as leis da vida e a estudar-se, anelando o entendimento e a melhoria de si mesmos?
Quantos abriram mão dos preconceitos de raça, de cor da epiderme, de gênero, de cultura e tantos outros, libertando-se dessa forma de ignorância que se demora no seio das sociedades?
Quantos que se esforçam por servir, por amar, desejosos de se tornarem cada vez mais úteis no campo da existência?
Quantos hão renunciado às pressões do homem-velho, na corajosa busca dos valores do homem-novo, conforme as considerações do Apóstolo Paulo?
Quantos sofrem e choram seus tormentos de agora, conscientes quanto às razões desses complexos dramas, sem se permitir murchar pelo desânimo, ante a visão lúcida que o Espiritismo enseja?
Hoje, quando reconhecemos, na Pátria Espiritual, os inúmeros equívocos que costumamos cometer, quando caminhantes da vilegiatura corporal, vale considerar a importância de fazer com que a gloriosa informação da Codificação penetre nossa intimidade, a fim de que respiremos esse portentoso pensamento espírita, convertendo-o em nossa real filosofia de vida, o que nos capacitará para a conquista da felicidade.
Quantos que ainda supõem que é possível ser espírita sem ajustar a própria existência aos preceitos da Codificação, e que se enganam com essa suposição?
Quantos que ainda crêem na ventura post-mortem longe dos esforços para a superação de limitações e obstáculos encontrados nas vias mundanas, e que se frustram no além?
Acho-me sob intensa emoção. Lutamos, durante um tempo longo, junto aos valorosos Benfeitores do nosso Movimento Espírita Internacional, para que este momento fosse corporificado aqui, nos campos fluídicos da alma francesa. E o Senhor da Vida no-lo consentiu. Mais do que isso, destacou eminentes Numes de vários países para formar a coordenação deste evento, a efeméride do IV Congresso Espírita Mundial, sob a inspiração do próprio Codificador.
Cabe-nos vibrar, então, ao se fecharem as cortinas deste Congresso, certos de que suas luzes não se apagarão. Os elementos energéticos que absorvemos aqui, resguardados por luminosos Prepostos de Jesus, acompanhar-nos-ão como inspiração para os trabalhos futuros e como medicação valiosa para que, daqui para a frente, logremos o fortalecimento da alma para estudar, para amar e servir, mais conscientes dos nossos deveres para conosco, para com Jesus e para com a vida, agora aclarada em seus fundamentos pelos ensinamentos do Espiritismo que, vitorioso no mundo, impulsiona-nos a ter maior clareza e penetração da razão, ao mesmo tempo que, dedicados ao bem, possamos ser felizes.
Deixo o meu abraço emocionado a todos quantos vibraram, vibram e vibrarão com essa realização bendita no solo francês, e a todos desejo paz e muita luz junto à Seara do Espiritismo.
Servidor de todos, agradecido e vibrante,
Silvino Canuto Abreu
(Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, por ocasião da sessão de encerramento do IV Congresso Espírita Mundial, em 05.10.2004, Paris-França)


Fonte:http://www.autoresespiritasclassicos.com/autores%20espiritas%20classicos%20%20diversos/Canuto%20Abreu/Canuto%20Abreu.htm

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Vida e Valores (Conflitos existenciais)

Vida e Valores (Conflitos existenciais)

Uma das coisas mais comuns no ser humano é a insatisfação. Esse espinho da insatisfação acompanha o homem, desde as mais longínquas idades e costuma gerar conflitos.
Mas, ao lado da insatisfação, existem dúvidas que geram insatisfações. Há ansiedades em função das insatisfações. Em verdade, percebemos na criatura humana, um número muito grande de conflitos.
Esses conflitos vazam da intimidade do ser e acabam contaminando as coisas feitas por esse ser.
Encontramos nas criaturas humanas, em cada um de nós, os mais variados tipos de conflitos, que costumam se manifestar nas intensidades mais diversas.
Encontramos aqueles que têm, por exemplo, conflitos relativamente ao seu biótipo.
Há pessoas que se acham feias e, porque se acham feias, passam a se punir, a se castigar ou a buscar uma série de supostas atenuantes para sua suposta feiura.
Por causa desse sentimento de feiura, elas têm autoestima baixa, porque a criatura que se julga feia, não tem coragem de sair, de se arrumar, de encontrar um namorado, uma namorada, de ir a festas porque estará sempre supondo que alguém não gosta da sua expressão.
Há aqueloutros que sofrem conflitos, que vivem conflitos, ainda por causa do biótipo, não propriamente por se acharem feios, mas por se acharem gordos, magros demais, baixos demais, altos demais.
Por mais incrível que isso possa parecer, os indivíduos se atormentam por quaisquer dessas situações.
Aqueles que são gordos demais ou que se acham gordos demais poderiam bem imaginar-se numa outra situação. Entre as classes melhor aquinhoadas, não se diz que alguém está gordo, se diz que alguém está forte e a simples palavra mudada de gordo para forte dá uma outra expressividade.
Aquelas criaturas que se acham gordas demasiadamente passam a usar preto, se vestem de preto, porque se diz nos mundos da moda, nos campos da moda, que preto emagrece.
Se isso fosse verdade não se venderiam outras cores no mundo. Em realidade, a cor escura diminui a visão do contorno, mas a criatura continua portando a mesma massa.
Desse modo por que se atormentar porque o corpo é maior do que o convencional?
Mas, qual é o convencional? Estabelecemos que o convencional é ser magro e aí temos os problemas das anorexias com as modelos, com os modelos. Encontramos tantos problemas porque as pessoas desejam ser magras e outras porque são magras.
Quem é magro se acaba de tomar substâncias, de comer alimentos, na tentativa de mudar o processamento glandular, celular e engordar.
E quem é gordo se acaba de fazer dietas da lua, do sol, da água, de Beverly Hills para perder massa.
Os conflitos são os mais variados. Mas há aqueles que têm conflitos porque são baixinhos e usam saltos tenebrosos. Saltos que lhes deformam a coluna vertebral, que lhes causam problemas gravíssimos de postura.
Aqueles que são altos ficam tão complexados que começam a se envergar. Na Inglaterra, uma familiar real mandou cortar parte dos ossos das pernas para baixar um pouco a sua estatura. Conflitos.
Contudo, esses conflitos estão ao nível do corpo, das coisas externas, daquilo que se vê, daquilo que se observa, mas há diversos outros conflitos que estouram no íntimo da alma, se manifestam nas atitudes das criaturas e que ninguém sabe como é que eles nascem, de onde é que eles vêm e o que é que provocarão.
*   *   *
Nesse território dos conflitos, encontramos conflitos de outras ordens. Imaginemos o que vem a ser o conflito sexual nas pessoas. Terrível.
É muito comum que os indivíduos se debatam e isso é uma característica da Humanidade em geral, entre as pressões da sua libido, as pressões da sua imaginação, das suas fantasias, as pressões do seu passado, das suas bagagens, do seu passado espiritual, da sua bagagem ético-moral. Há aqueles que vivem o conflito da definição quanto à sua orientação sexual. Sentem pressões internas para a homossexualidade, mas têm horror porque a sociedade castiga a homossexualidade.
Pretendem ficar no território da heterossexualidade, mas fazendo fantasias homossexuais, bissexuais, multissexuais. Porque tudo isso corresponde a etapas no desenvolvimento da criatura humana.
Não é feio ser hetero, ser homo, ser bi. A criatura se encaixa no seu momento evolutivo.
Não é bonito ser hetero, ser homo, ser bi. O importante é que dirijamos a própria mente para o que precisamos fazer na Terra.
A dignidade, a honestidade, o trabalho por nós mesmos, a ajuda às pessoas e vamos disciplinando da maneira como conseguimos, como nos é mais fácil a expressividade da sexualidade.
É muito comum imaginar-se que a sexualidade está na genitália, na expressão genital. A sexualidade é uma força que está na mente, na alma, no íntimo das criaturas.
Muita gente que se manifesta exteriormente segundo uma característica sexual, digamos, da heterossexualidade, na sua fantasia interna onde a verdade existe, ela vibra em outra sintonia, lida com outras realidades e isso lhe gera conflito.
Devo ficar no armário? Como se diz popularmente, devo sair do armário? Devo me apresentar na praça pública? Pintar-me, não pintar-me, vestir-me opostamente?
Nada disso é sexualidade. Tudo isso faz parte do exibicionismo das pessoas. Porque há mulheres que se vestem de homens, há homens que se vestem de mulheres. Tudo isso faz parte do seu gosto por se fantasiar.
A nossa roupa é uma fantasia, é uma maneira que se escolhe para se apresentar no mundo.
Eu quero me vestir de roxo, de preto, de amarelo. Eu quero com mangas compridas, com mangas curtas. Eu quero com dez botões, com quinze botões. São fantasias.
A realidade mais verdadeira é a que pulsa dentro do ser. Os conflitos sexuais vão desde os problemas meramente psicológicos, que um analista ajudaria resolver, aos homicídios, aos suicídios, à suposição de que está sendo violado, de que está sendo traído, de que está sendo enganado.
Há os conflitos de ordem religiosa: Eu devo ou  não devo ser religioso? O que é ser religioso? Adoto a religião A, a religião B ou a C? Curvo-me aos meus líderes religiosos, faço o que eles me mandam fazer e perco a minha liberdade de escolha? Será que eles de fato conversam com Deus?
Será que realmente eles são intermediários entre mim e Deus? Afinal de contas, devo repetir o que se diz na minha crença ou devo pensar por mim mesmo e ter a minha cabeça baseando-me na minha crença? Os conflitos.
Devo ser fanático? Aqueles que não creem como eu estão no inferno, estão perdidos? Mas os outros que creem diferente de mim alegam que eu também estou perdido. Em que patamar eu fico? Em que patamar me estabeleço?
É muito importante pensar nesses conflitos. De acordo com sua intensidade, eles precisam de um socorro, de uma ajuda. Às vezes, de uma ajuda profissional, de um psicólogo bem recomendado, bem estruturado, porque há vários muito desestruturados.
Precisamos do apoio de um médico, de um psiquiatra. O psiquiatra não é médico de loucos, é um médico que nos ajuda a não ficar loucos ou a tratar a insanidade que surja.
Muitas vezes, precisamos de um apoio do nosso líder religioso, uma conversa, um diálogo para que ele nos ajude a equilibrar as próprias tensões internas. No mundo, não há uma única pessoa que não viva conflitos, de quaisquer ordens.
Há aqueles conflitos que são do cotidiano: se como ou se não como, se vou ou se não vou. Mas há conflitos de ordem grave, que exigem uma resposta séria, uma busca por solução, seja em nível médico, em nível social, em nível psicológico mas, fundamentalmente, que seja uma resolução dentro de nós.

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 160, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná. Programa gravado em julho de 2008. Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 22.11.2009.
Em 31.01.2010.

Vida e Valores (A televisão)

Vida e Valores (A televisão)

Na Universidade do Texas, em Austin, o notável doutor Daniel Buss, desenvolveu um estudo muito interessante a respeito da televisão e dos meios de comunicação de massa.
E nesses estudos, o professor Buss se deu conta de que a televisão tem o condão de modificar os critérios de status e de prestígio no mundo.
Consegue criar ídolos instantaneamente. Transformar pessoas insignificantes em heróis, da noite para o dia.
Ao mesmo tempo a televisão é capaz de derrubar líderes, ídolos com esse mesmo poder de interferir na mentalidade coletiva.
Ao mesmo tempo em que a televisão foi capaz, e vem sendo capaz de produzir essa fenomenologia social, psicossocial, também altera os padrões de vivência psicológica das criaturas. Passa a aumentar a autoestima baixa dos indivíduos porque, cada vez que a criatura vê na telinha um artista, um dos seus ídolos, de determinada maneira vestido, penteado, com o corpo mais ou menos emagrecido, esculturado, malhado, sarado, o telespectador vai se sentindo humilhado por aquele estado de coisas. Ele vai sentindo necessidade de se igualar, de se equiparar ao seu ídolo.
Por causa disso nós vemos que, se numa telenovela, por exemplo, um personagem aparecer vestido de determinada forma, o comércio impõe às massas usar aquela mesma vestimenta.
Determinada joia, corte de cabelo, penteado e lá está a população perfeitamente entrosada com seus ídolos. E a televisão então vai moldando os caracteres dos indivíduos, que nela encontram as suas referências, seu norte, seu prumo.
Por causa disso é que vale a pena cada vez que estejamos pensando, falando na questão televisiva, tomarmos cuidado com a influência que ela esteja desempenhando sobre nossas vidas. Exatamente porque os meios de comunicação visuais que nós conhecemos têm esse poder de mexer na criatura. O índice de insatisfações vai se ampliando.
Cada vez que eu vejo, na televisão, alguma coisa que eu ainda não sou, que eu ainda não tenho, que eu ainda não adquiri, advém-me um desejo muito grande de ter, de ser daquela forma, de fazer daquele modo.
Desde as nossas crianças. Vemo-las dançando como seus ídolos da telinha, jovens desejosos de cantar, de bailar, de fazer as mímicas, as interpretações, em consonância com os seus ídolos. Cada qual vai perdendo a referência de si mesmo e tomando para si a referência do outro.
Naturalmente que para a sociedade, para o desenvolvimento do indivíduo, isso é pernicioso porque nem todos os exemplos, nem todos os padrões que nos são apresentados pelos meios de comunicação visual, são salutares, são saudáveis.
Quantas vezes encontramos artistas falando verdadeiros impropérios contra a honra familiar, ao narrar seus casos pessoais, quase sempre indevidos. E vemos que há uma leva de criaturas que passa a copiá-los. Logo, há que se ter cuidado com esse poder influenciador da televisão.
Mas, quais são as pessoas que a TV consegue influenciar com essa força?
Não são os indivíduos bem educados emocional, moralmente, eticamente. Quase sempre, faz parte esse contingente da leva da Humanidade que não tem outras referências ou não fixou outros valores que não tenham sido esses apresentados pela televisão.
*   *   *
Conforme os estudos do professor Daniel Buss, a televisão e as mídias visuais impõem uma maior importância à aparência física.
Ninguém pode se apresentar diante das câmeras sem que tenha uma boa aparência e, naturalmente, isso mobiliza mil e uma providências, a aparência fisionômica. E surgem as necessidades plásticas, as cirurgias plásticas, os implantes, tudo isso para melhorar a aparência.
Os cabelos, os cortes, as tinturas, as vestimentas, as roupas, a própria expressão do corpo físico... O indivíduo tem que ser magro para fazer sucesso. Ou o indivíduo tem que ser gordo para fazer sucesso. Ele não pode ser como queira, ele tem que obedecer a um padrão de sucesso.
Encontramos, ao lado disto, a diminuição do bem estar psicológico, diz o professor Daniel Buss. E essa diminuição da satisfação psicológica se deve a isso que já cogitamos. Cada coisa que eu vejo que está melhor do que eu, eu a desejo. Cada situação que o artista está vivendo e que eu nunca vivi, eu almejo.
Desse modo vão surgindo as possibilidades de nos enfararmos um com o outro, no caso dos casais. Aquele modelo da telinha, homem ou mulher, começa a falar profundamente à desarmonia que já trazemos na nossa intimidade.
Então queremos encontrar uma pessoa com aquele padrão, conforme aquele ator, aquela atriz, aquele cantor, aquela cantora, aquele atleta. E a nossa infelicidade vai crescendo, tudo porque assistimos à programação televisiva sem o devido ajustamento interior.
Não conseguimos essa educação que nos diz que o valor não é uma coisa que trazemos de fora. O valor é uma construção que fazemos por dentro.
Não importa se, na mídia televisiva, um artista se vista assim ou assado, eu vou me vestir como eu possa.
Não me importa se o galã seja magro ou seja gordo. Eu vou ter o corpo que eu devo ter, que eu preciso ter ou que eu posso ter.
Não nos deve impressionar se aquele artista, aquele astro tenha olhos azuis, verdes, amarelos para que eu me desespere para conseguir uma lente de contato da mesma cromação.
Tudo isso vai fazendo com que passemos a viver para fora de nós, passemos a ver a nossa vida como alguma coisa exterior e não como uma realidade íntima.
É feliz na Terra, não quem está na televisão, não quem aparece na telinha, mas quem consegue viver no mundo as Leis da vida, as Leis de Deus, onde quer que se encontre.
É válido que admiremos a beleza plástica desse ator, dessa atriz, desse cantor, desse bailarino, desse ídolo. É válido. As coisas bonitas são bonitas porque são bonitas.
No entanto, essa educação que vamos impondo a nós próprios, vai fazendo com que vejamos que tudo aquilo não passa de uma grande fantasia. Não conhecemos a vida real desses indivíduos que, à frente das câmeras, são personagens. A realidade do indivíduo que eles são nós desconhecemos totalmente.
Por isto, vale a pena pensarmos em quem é que faz a televisão, quem é que organiza a sua programação, quem é que estrutura seus plantéis de astros e estrelas, homens e mulheres atormentados no mundo como quaisquer outros, com suas deficiências morais, com suas grandezas morais, com suas facilidades emocionais, com suas dificuldades emocionais, com suas carências afetivas, com seu orgulho, sua vaidade. Certamente que esse veículo, tão importante como é a televisão, vai sofrendo os mareios ou vai recebendo as virtudes daqueles que estão por trás da máquina que faz tudo isso acontecer.
É um grande teatro. Mas nós todos proviemos do grande Além para a Terra com um compromisso, não de seguir os passos dos modelos humanos, mas os Bons Espíritos estabelecem que o maior Espírito, que Deus deu ao mundo, para servir de Modelo e de Guia, é o Homem de Nazaré.

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 199, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2009.
Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 11 de julho de 2010.
Em 11.10.2010.

Vida e Valores (A Internet)

Vida e Valores (A Internet)

Quem poderia imaginar que o invento de Norberto Wainer desse para o mundo os resultados que vem dando.
Norberto Wainer pensou, demoradamente, numa forma de criar uma máquina que pudesse realizar tudo o que o cérebro humano é capaz de realizar. Com uma vantagem: sem a inércia característica da criatura humana.
Quando precisamos apertar um botão, por exemplo, temos a vontade, a mente aciona o nosso sistema nervoso, que atua sobre a musculatura. Então, apertamos o botão. É um lapso de segundo, mas o suficiente para errarmos o alvo.
Dessa maneira, Wainer pensou numa máquina que fizesse isso: apertasse o botão, sem essa movimentação neurológica, até realizar o fato. Surge, então, o cérebro eletrônico.
Válvulas, cabos, peças diversas compuseram o primeiro cérebro eletrônico, que ocupava quase um edifício de dois andares, para que toda aquela parafernália mecânica pudesse funcionar.
Na medida em que o tempo se passou, graças aos implementos que foram sendo adicionados àquele conhecimento básico, o nosso cérebro eletrônico se transformou no computador.
E, hoje, qualquer criança tem o seu computador, através do qual atua no que quiser, desde jogos, games até compras, negócios, investimentos, que são feitos através do computador.
Tudo graças a esse conjunto de coisas que antecederam esse progresso: o conhecimento da eletricidade, a invenção do telefone ou o tubo de raios catódicos, conhecido como CRT. Também a construção das redes, o surgimento do conceito de redes e a invenção dos chips.
Quando se juntou tudo isso, passamos a conhecer a Internet.
Graças à Internet que, por sua vez, só existe por causa do computador,  vivemos num mundo em que já não se imagina sem ela, Internet.
Tudo que fazemos hoje é através da Internet. Nossas inscrições em concursos, os diários universitários, tudo pela Internet.
Para fazermos compras, para pagarmos contas, para recebermos cartas, mandarmos cartas, mensagens variadas, tabelas, gráficos, desenhos, programas, livros: Internet.
Num breve lapso de tempo, nos comunicamos com o outro lado do mundo, imageticamente. Passamos a usar determinadas câmeras, as famosas Webcam, para projetar para quem se comunica conosco onde quer que esteja, a nossa imagem, a imagem do que quisermos e os outros nô-las remeterem.
Fazemos reuniões empresariais, estudantis, políticas, através da Internet. A partir disso, o mundo é outro mundo.
Percebemos como, gradativamente, a Divindade, que ama a Terra e os terrestres, vai permitindo que se abram portas de progressos inimagináveis antes.
Como é que nós vivemos tanto tempo sem a Internet?
Não sentíamos falta dela. O gênio de um homem é que começou a maquinar que, sem a ajuda de um aparelho que suprimisse a nossa inércia, seria muito difícil continuar a fazer coisas grandes no mundo.
A Internet vem sendo um instrumento que, à semelhança do poder, do ouro, do dinheiro, é usado a nosso bel prazer.
Por causa disso, vale a pena considerar como usamos a Internet.
*   *   *
Esse instrumento notável que é a Internet, bênção de Deus para o nosso progresso humano, também vem sendo usado por muita gente de má índole.
A Internet permite o anonimato. Não somos obrigados a aparecer, de rosto nu, nas telas que nos registram as mensagens.
Acompanhamos a ação de indivíduos inteligentes, que poderiam trabalhar para o bem, mas preferem prestar serviço ao mal, ao equívoco, ao desequilíbrio, à treva humana.
Temos os hackers, por exemplo, que são verdadeiros gênios da eletroeletrônica, da informática e que poderiam usar esses conhecimentos para fins nobilitantes. Contudo, usam-no para delinquir, para penetrar indevidamente em programas alheios.
Ao lado disso, encontramos os que se valem da Internet para o cometimento de crimes variados, para a calúnia. O indivíduo joga na rede misérias, horrores do pensamento, incriminando pessoas, atirando na lama nomes, covardemente, porque pode se valer de um pseudônimo. Não precisa assinar a mensagem, pode fazer de conta que é quem não é, em verdade.
Quantos problemas com crianças, adolescentes têm sido criados na Internet, exatamente porque o adulto se faz passar por outra criança ou adolescente, usa seu jargão, fala sua linguagem e aí estão os crimes de pedofilia... pela Internet.
Crianças são seduzidas a darem endereços, nome dos pais, dados pessoais e, na sua ingenuidade, desorientadas pelos próprios pais, vão passando, imaginando que estejam conversando com outra criança.
Os problemas de bullying, quando crianças escolares, alunos são bombardeados por colegas ou por professores, diminuindo a sua autoestima, determinando problemas psicológicos ou mesmo psiquiátricos de grave repercussão.
Mas, encontramos aqueles que fazem bom uso porque, graças à Internet,  podemos entrar nos conhecimentos da Ciência, dos filósofos, no mundo das artes, da cultura em geral.
Podemos viajar, através de programas que nos levam a conhecer as ruas e avenidas do mundo. Podemos encontrar telas de museus, os mais famosos, penetrar nos salões notáveis desses museus e contemplar a beleza que ali é exposta para quem viaja, para vê-los.
A Internet, nas mãos do bem, tem patrocinado cursos acadêmicos, cursos escolares à distância, com rigor, com controles.
É claro que há também pilhérias, brincadeiras de mau gosto, chamadas de cursos. No entanto, há coisas sérias, coisas graves, coisas belas, realizadas via Internet.
Dessa maneira, nos damos conta de que todas as bênçãos que Deus permite chegar ao mundo, a criatura humana, na sua impetuosidade, no seu estilo excitado de ser, deseja lançar mão, deseja se assenhorear. E, porque o nosso lado ético-moral não anda assim tão bem desenvolvido, muitos querem tirar proveito, ainda que por meios escusos, dessas bênçãos que Deus nos envia. A Internet não escapou disto.
Cabe a você, cabe a todos nós, a observância da ética, da moralidade, no uso desse veículo importante para a nossa vida social.
Sabermos que aquilo que estamos plantando na Internet e que se espalha pelo mundo inteiro, de bom ou de ruim, um dia, mais cedo ou mais tarde, teremos que voltar para recolher.
Se forem coisas boas, recolheremos esses frutos doces da felicidade. Se negativas, teremos que amargar a reconstrução do bem na Terra.

Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 206, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em agosto de 2009.
                                                                         Em 24.01.2011.

   

Músicas nas Instituições Espíritas com Raul Teixeira.


     Músicas nas Instituições Espíritas
Pergunta: O que você tem a dizer, à luz da fidelidade espírita, sobre o fato de músicas do contexto doutrinário católico e outros serem trazidas para o meio espírita?

Resposta: Eu tenho encontrado, nos últimos tempos, essa preocupação e me alegra, porque antes a gente engolia tudo sem nenhum questionamento. Felizmente, já existem pessoas questionando!...
Sempre que possível, mantenhamos as bases da nossa Doutrina.
Não há necessidade de adotarmos evocações de outras crenças para o Espiritismo. Há músicas que foram criadas no catolicismo, mas a mensagem é universal. Nenhum problema! Há músicas que são cantadas e foram criadas no ambiente protestante que igualmente são universais. Não têm nenhuma ideia catequética, doutrinária, mas há outras que têm! Trazem mensagens que não são da Doutrina Espírita. Portanto, sempre que possível incentivemos aos espíritas, principalmente aos jovens que componham as músicas, que façam as letras...
Estimulemos os torneios de jovens. Por exemplo: vamos estudar a reencarnação em nosso seminário com a juventude; e, numa segunda parte, abrimos uma atividade lúdica, ou seja: um grupo para fazer poesia sobre a reencarnação, outro para compor música temática sobre a reencarnação, outros vão criar peças teatrais com textos, esquetes, sobre reencarnação, para nós podermos mobilizar o poder criativo dos nossos jovens, das nossas crianças, dos nossos adultos. E aí aquele grupo que fez a letra se junta com a turma que fez a música, tenta encaixar... E no final da atividade nós vamos ter surpresas agradabilíssimas! Muita coisa boa sai daí... Nossos jovens cantarão a música e a letra que eles próprios produziram.
Há algum tempo, eu tive ensejo de ter contato espiritual com o Espírito Sebastião Lasneau, que desencarnou em 1969. Ele era de Barra do Piraí, no sul do Estado do Rio de Janeiro. Era um poeta de mão cheia! Repentista... Mas o Lasneau gostava muito de fazer paródias: ele pegava uma música conhecida e colocava uma letra evangélica numa composição dele.
Nesse contato espiritual,  nos disse o Benfeitor quanto tempo perdeu, quando podia ter incentivado a outros espíritas de sua época a compor e a fazer letras... Mas ele não teve essa habilidade. Achava bonita determinada música, colocava letra evangélica...
Só que quando cantamos uma paródia, a tendência é ficarmos nos lembrando da letra original.
Sebastião Lasneau tem uma paródia muito conhecida que ele fez com a música Recuerdos del Ypacarai: Contam que Jesus, certo dia, andou junto ao lago azul de Genesaré... Eu canto isso, desde o meu tempo de mocidade, mas estou no Paraguai! Eu estou vendo o lago azul de Ypacarai... Não tem jeito! As pessoas estão cantando uma coisa bonita, mas o inconsciente está buscando a letra original. Até porque, muitas vezes, a palavra espírita não dá a rima musical devida, e a original dava, então a gente muda para a original. Quer dizer: esse tipo de coisa deve-se evitar.
As músicas de hoje são muito sensuais.Coloca-se uma letra evangélica, mas a original nos remete a outras propostas... E estaremos derramando, no ambiente espírita, essa outra proposta...

Noutra cidade , o povo cantou, também num evento, uma música que era o plágio de um jingle da cerveja Brahma e, no final, todo mundo cantando de mão para trás, segurando uma mão recortada em cartolina. Levei um susto quando todo mundo botou a mão recortada em cartolina para a frente, onde se lia  a frase: Porque Jesus é o número 1! Era o jingleda Brahma!De modo que vejo sempre com muita preocupação o que as pessoas, os espíritas, trabalham para criar. Quando se vê e ouve letra e música de João Cabete, (eu conheci Cabete encarnado) era ele que escrevia as letras que compunham as músicas lindíssimas, com motivação espiritual e maduras.
 Há certas letras cantadas no meio espírita (criadas por espíritas) que são chatas, feias, melosas e mentirosas! Ora, vamos fazer uma letra que nos impulsione, que nos anime, que nos dê essa energia de viver o Bem, de viver a esperança...
 A minha turma fala em amor o tempo todo: amor, amor, amor...amor... amor...AMOR! Igualzinho a Roberto Carlos!Mas, e a contextualização desse amor?Está baseado em quê?
 Vamos fazer uma letra que se goste de cantar, pela sua coerência, pela sua beleza! Daí, vamos ter cuidado com músicas que venham de outros credos e que carreguem a marca desse credo.
 Como o povo está cantando hoje nos Centros Espíritas!
 Músicas populares, dos compositores populares, vai-se podando o que vai chegando em termos de novidade musical.
 A turma está cantando as músicas de Djavan no Centro! Ah! Porque ele fala de Natureza! Cantam músicas de Roberto Carlos que até nas missas já cantaram. Roberto Carlos tem lá sua parte religiosa, então vou pôr Jesus Cristo e Nossa Senhora...
Nossa Senhora, então, cantam numa procissão que vejo da minha janela... Mas, nós não temos que copiar aquilo que não precisamos copiar. Se pudermos fazer, vamos fazer! E se tivermos que cantar alguma composição que não seja do nosso meio, que seja uma composição espiritualmente neutra, que não traga proposta doutrinária de outros contextos, para que os espíritas cantem. Da mesma forma, nenhum católico ou protestante cantará nossas canções espíritas sobre a reencarnação, sobre isso, sobre aquilo do contexto espírita porque elas têm conteúdo doutrinário na sua proposta.
Então, é muito importante que tenhamos esse cuidado...
Não há nada contra as músicas, mas temos que tomar cuidado com a nossa proposta, visto que estamos trabalhando para enfatizar as ideias espíritas.
Vamos fazer isso e respeitar a todos os outros que não sejam espíritas, mas que estão na faixa do Bem; cada um trabalhando com a sua ferramenta...

Extraído de Pinga Fogo, realizado com
Raul Teixeira, na cidade de Santo Antonio
da Glória, Minas Gerais, no ano de 2004.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Vida e Valores (Amai-vos e instruí-vos)

Vida e Valores (Amai-vos e instruí-vos)

Não é difícil prestar atenção no fato de que um dos grandes tormentos da atualidade, como de todos os tempos do mundo, chama-se ignorância. Todas as vezes que nos deixamos conduzir pela ignorância ou que alguém mergulha nesse pântano da ignorância, é natural que muitas coisas ficarão a dever, muitas coisas se perderão e outras tantas se confundirão.
A ignorância é uma das piores tragédias que pode acontecer à alma humana. Por isso, nessa gama de obstáculos, na nossa vivência social, o desconhecimento, o não saber tem provocado os mais tremendos e horrendos fenômenos sócio-morais. Quando pensamos na ignorância, nos damos conta de que os nobres Mensageiros da Humanidade, aqueles que têm a incumbência de nos inspirar espiritualmente e que, em todos os povos têm trazido as mensagens das regiões ignotas do amor e da paz, nos ensinaram que seria importante adotarmos dois mandamentos. Mandamentos, instruções, proposições, como quisermos.
O primeiro desses mandamentos: Amai-vos; o segundo, Instruí-vos. Quando pensamos nesta dualidade: Amai-vos e instruí-vos, certamente que passamos a imaginar a instrução acadêmica. Cada criatura deveria fazer cursos acadêmicos. É importante que a gente estude. Importantíssimos são os cursos acadêmicos quando bem feitos, quando com bons propósitos. Eles penetram nosso cérebro e nos ajudam a ser pessoas úteis na sociedade.
Mas, essa instrução que os nobres Espíritos nos levam não é somente a instrução acadêmica. É a instrução reflexão. Criarmos o hábito de pensar nas coisas, criarmos o hábito de questionar as coisas, de indagar para entender melhor.
Quantas vezes vivemos numa rua,  anos a fio e, à frente do nosso portão ou do nosso prédio existe uma árvore, que  nunca tivemos a preocupação de saber que árvore é aquela. Como é que se chama? A que família pertence? Ela é capaz de rachar a calçada ou não? É uma leguminosa ou não? É uma dicotiledônia? Parecem palavrões esses nomes, mas fazem parte das classificações dos vegetais.
É muito importante que pensemos nisso. Às vezes, moramos num lugar e  há uma grande praça ou  uma pequena praça, da qual nunca soubemos o nome. Não nos interessamos! A  ignorância se alimenta no desinteresse, a ignorância faz festa na desatenção. É por isso que se torna importantíssimo que  nos instruamos conhecendo coisas, estudando formalmente mas, também procurando nos assenhorear da vida que nos cerca, daquilo que está à nossa volta.
Conhecer as cores da roupa que se está usando. Perguntar na loja: Que cor é essa? Porque há tantas cores artificiais hoje e, muitas vezes, desconhecemos. Se conversarmos com um decorador, com um arquiteto, eles nos falarão de cores inimagináveis por nós.
Daí, como é bom saber, sair da ignorância. E, para que essa sabedoria se configure como algo de utilidade para nós, refletir, amadurecer. Por que tal coisa acontece sempre nessa data? Por que determinado fenômeno ocorre nessas circunstâncias?
Gradativamente, tomamos do livro, perguntamos a alguém, conversamos com alguém que seja entendido e vamos diminuindo o nosso grau de ignorância. É tão importante para que possamos melhorar a condição de vida no planeta, identificando onde estamos, sabendo porque ali estamos e, por conseguinte, o que nos cabe fazer nesse lugar, em que ora estamos. Amai-vos e instruí-vos, portanto, é uma legenda para a nossa vida, que não deve ser deixada de lado.
*   *   *
Nesse território do conhecimento, é tão bonito chegarmos no museu e identificarmos um Van Gogh, um Modigliani, um Toulouse, um Rembrandt, um Picasso. Na medida em que vamos conhecendo essas coisas, a nossa cultura aumenta em torno das artes plásticas. Ao olharmos uma escultura, ao invés de dizermos o nome da escultura, é comum dizermos: É um Rodin, é um Michelângelo, é um Rafael. Começamos a identificar pelos estilos os artistas plásticos da História do mundo.
Mas não vivemos apenas de conhecimentos. Os conhecimentos são importantes para nós, mas o que será o conhecimento sem amor? O Apóstolo Paulo, ao escrever aos Coríntios e se referir à caridade disse: Ainda que eu fale a língua de todos os homens, compreenda a linguagem dos anjos, se eu não tiver caridade, de nada isso me adiantará porque eu serei como um sino que soa, que faz barulho, mas que não tem vida. Ainda que eu dê todos os meus haveres para os pobres e meu próprio corpo eu ofereça para ser queimado na fogueira, se eu não tiver caridade, isso de nada me servirá.
Quando pensamos nisso, nos lembramos de que Paulo chamou caridade ao amor dinâmico. Caridade então significando amor dinâmico, amor em ação. De que vale a cultura sem amor dinâmico? De que me vale a cultura se eu não consigo colocá-la a serviço da vida, a serviço do próximo, a serviço do bem? Por isso, ao lado da instrução, que nos é importantíssima, o amor nos é fundamental.
Não foi à toa que o Evangelista João estabeleceu que Deus é amor.Quando falamos em amor, estamos falando a essência da vida, que é o próprio Criador. E, na nossa relação humana, na nossa relação, aqui na Terra, como dependemos do amor! Amor que nos permite aconselhar e ouvir conselhos, abraçar e sermos abraçados. Amor que nos permite chamar atenção, admoestar, ao mesmo tempo em que nos permitimos ser chamados atenção, sermos admoestados, quando erramos.
É o amor que faz com que surjam as amizades, é o amor que nos aproxima, marido e mulher, que foram um dia enamorados. É o amor que permite que nos nasçam os filhos. É o amor que nos ensina a conduzir os filhos. É o amor que  nos apascenta  nas horas de crise. É o amor que nos fala que, aqui na Terra, não é a nossa casa definitiva, como lembrou Jesus: Meu reino não é deste mundo. Eu me vou para vos preparar o lugar. Se fosse de outro modo, eu já vos teria dito.
Então, amar e instruir, amar e instruir-se é vital para nós. Não é à toa que o Espírito de Verdade trouxe para a Humanidade essa proposta: Amai-vos. E o amor comporta entendimento, indulgência, perdão, participação, cooperação. O amor, que é Deus, essencialmente.
E o conhecimento nos tornará, ao invés de meros conhecedores, nos tornará sábios. O conhecedor é aquele que detém teorias. O sábio é aquele que vivencia as teorias que carrega em si. Amai-vos e instrui-vos, onde quer que estejamos, nas relações quaisquer que sejam. Nunca será demais sabermos as coisas! Termos essa curiosidade, já que o ser humano é um animal curioso.
Mas o amor, que pulsa na intimidade de Deus, é a virtude por excelência que nos retirará da vaidade que, muitas vezes, o conhecimento nos leva e nos fará caminhar descalços, pelas alamedas da simplicidade, enaltecendo em definitivo a nossa caminhada terrestre.
           
                 Transcrição do Programa Vida e Valores, de número 188, apresentado por Raul Teixeira, sob coordenação da Federação Espírita do Paraná.
Programa gravado em janeiro de 2009.
 Exibido pela NET, Canal 20, Curitiba, no dia 28.03.2010.
Em 07.06.2010.