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terça-feira, 5 de março de 2013

NÃO SE TURBE O VOSSO CORAÇÃO

NÃO SE TURBE O VOSSO CORAÇÃO
"Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim". - Evangelho
O coração humano vive inquieto e aflito, precisamente porque carece de fé, a virtude que gera e mantém a serenidade de espírito, a segurança inabalável, qualquer que seja a conjuntura em que nos encontremos.

Por isso, o médico do corpo e da alma preceitua o remédio que cura todas as tribulações: Crede em Deus, crede também em mim.

Crer em Jesus é crer na Vida, no testemunho positivo, concreto e real do Universo, desse Universo do qual fazemos parte integrante; é crer na infinita criação, nos mundos e nos sóis de todas as grandezas cujo número incontáveis; é crer, em suma nas realidades externas e internas, isto é, que nos cerca e na vida que palpita em nosso eu, onde fala a inteligência, onde se manifesta a vontade, onde vibra o sentimento.

Crer em Deus é crer no Enviado de Deus, naquele através de cujo verbo nos é dado conhecer a verdade e em cujos exemplos podemos perceber e sentir o reflexo do maior e do mais excelente dos atributos divinos — o amor; crer em Jesus é crer na imortalidade comprovada na sua ressurreição e na ressurreição de todos os que tombam ao golpe inexorável da morte; crer em Jesus é crer na máxima sublimidade da vida, expressa em sua consagração a prol do bem e da felicidade de outrem.

A fé, portanto, que o Mestre inculca a seus discípulos é aquela que se funda na aprovação de fatos incontestáveis, visíveis e palpáveis, que afetam os sentidos e a razão, as restritas possibilidades do homem e as imensas possibilidades do espírito.
Essa fé nos conduz ao caminho da verdadeira Vida em sua expansão infinita e em sua eterna manifestação.

Nessa infinita expansão da sua eterna manifestação, a Vida revela o seu objetivo, que consiste em conduzir a criatura ao Criador, mediante a Lei incoercível da evolução.

Semelhante fé, em realidade, redime o pecador, elevando, enobrecendo e santificando as almas.

Não se turbe, pois, o nosso coração. Conquistemos paz e serenidade, firmeza e perseverança, crendo em Deus e no seu Cristo, através das provas animadas e veementes que a Vida mesma nos proporciona.
Vinícus

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Espírita: Não se Turbe o Vosso Coração


ADILTON PUGLIESE
“No mundo tereis aflições. Eu porém venci o mundo e, comigo, também vencereis.” (João,
16:33.)
“Não se turbe o vosso coração, crede em Deus, crede também em mim.” (João, 14:1.)

Essas orientações do Mestre, pronunciadas de forma substantiva, têm profundo
significado nos dias atuais. Aliás, em todas as épocas os discípulos sinceros,
os que elegeram as cruzes de seus desatinos como forma purificadora e reabilitadora
perante as leis de
Deus, debruçaram-se sobre essas palavras, desde os antigos pergaminhos,
passando pela maravilha das impressões tipográficas, até os dias modernos,
quando a tecnologia nos possibilita as gravações eletrônicas, o computador e a
Internet.
A partir do momento em que lançou as bases da sua missão, cujas diretrizes
viriam a constituir os Evangelhos, Jesus sabia que as reações mais diversas ocorreriam,
desafiando a Boa Nova. A Alegre Mensagem, esperada havia séculos,
atrairia para ela os corações simples, os que estavam cansados de sofrer, os
adeptos sinceros, que se deixariam imolar pela sua verdade e propagação. Contudo,
o preconceito e o poder da época levantariam armas contra a palavra libertadora,
gerando pânico e temor.
A pregação do Mestre, nos primeiros momentos, ao mesmo tempo que comovia
e atraía seguidores de Sua Causa, que se sensibilizavam com o Seu Verbo
amoroso e esclarecedor, em outros acendia as labaredas da raiva e do despeito,
pois não aceitavam, orgulhosos uns, vaidosos outros, a proposta de mudanças íntimas.
Mas as bases do Cristianismo eram irreversíveis e para ele atrairiam não só
os simples, mas também grandes intelectuais da época, a exemplo do Moço de
Tarso, fariseu e cidadão de Roma, cuja primeira fase na História é caracterizada
como “perseguidor dos cristãos”. Mas, uma vez interpelado pelo Mestre, no famoso
momento na estrada de Damasco, deixa-se seduzir pela força da personalidade
ímpar de Jesus e, então, passa à segunda fase de sua existência, dedicando-se à
causa da novel Doutrina, tornando-se o Apóstolo dos Gentios. As suas cartas estão
impregnadas de relatos de lances heróicos, de lutas, de ameaças e sofrimentos, de
humilhações e constrangimentos provocados por parte daqueles que se tornaram
adversários cruéis das verdades novas.
São passados vinte séculos e o que vemos nos dias atuais? O Cristianismo
consolidando-se como o maior conjunto de religiões do mundo civilizado, com cerca
de 2,1 bilhões de seguidores. Contudo, seus adeptos se afastaram da verdadeira
substância da mensagem primitiva, mantendo-se longe do autêntico sentido dos
ensinamentos de Jesus. A mão do homem deturpou a pureza do Evangelho primitivo,
criando, também, uma estrutura teológica que jamais o Cristo praticou ou sugeriu.
Sabia Ele, porém, que seria assim, e, em sublime momento, nos derradeiros
dias de sua missão, promete que não deixaria a Humanidade órfã, sobretudo os de
boa vontade, os de coração sincero; Ele rogaria ao Pai para, mais tarde, enviar o
Consolador.
Há quase um século e meio, em Paris, este fato aconteceu e, como no tempo
dEle, que não foi reconhecido — até mesmo pelo Precursor dos seus passos, que
enviou dois de seus seguidores para interpelá-lo, se Ele era, realmente, o Cristo
citado nas Escrituras, como narram Mateus (11:2-6) e Lucas (7:18-23): “— És tu
aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?” E ouvem, da boca do Mestre, a
incontestável confirmação, pela evidência dos fatos que Ele opera à vista dos discípulos
atônitos e maravilhados: “Ide contar a João o que vistes, e ouvistes: os cegos
vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos
são ressuscitados, aos pobres é anunciado o Evangelho. Bem-aventurado é
aquele que não se escandalizar de mim” — também o Espiritismo ainda não foi
percebido como o retorno de Jesus aos caminhos da Terra, e essa volta triunfal fez
sua apresentação, mostrando suas credenciais no prefácio escrito pelo Espírito de
Verdade em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, em 1864: “Os Espíritos do Senhor,
que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao
receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e,
semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos
cegos.”1
Antes, em 19 de setembro de 1861, visitando os grupos espíritas lioneses,
Allan Kardec, repetindo Jesus, através de instrutivo discurso, diz o que tem feito o
Espiritismo: “Impediu inúmeros suicídios, restabeleceu a paz e a concórdia em
grande número de famílias, tornou mansos e pacientes homens violentos e coléricos,
deu resignação àqueles em quem faltava, reconduziu a Deus os que o desconheciam,
destruindo-lhes as idéias materialistas, verdadeira chaga social que
aniquila a responsabilidade moral do homem. Eis o que ele tem feito, o que faz
todos os dias, o que fará mais e mais, à proporção que se espalhar.”2 (Destacamos.)
Quando se apresenta como a Terceira Revelação das Leis de Deus, quando
diz que veio restaurar os erros que foram introduzidos nos Evangelhos, e “que todas
as coisas hão de ser restabelecidas no seu verdadeiro sentido, para dissipar as
trevas, confundir os orgulhosos e glorificar os justos3, o Espiritismo é anatematizado,
é recusado, é combatido pelo fanatismo dos que alimentam pensamentos preconceituosos,
semelhantes àqueles animados pelos escribas e doutores da lei do
tempo do Cristo.
Por isso, destemido, intimorato, o Espiritismo também declara aos seus
adeptos: Não se turbe o vosso coração, repetindo Jesus, em cujo pensamento está
a viga mestra dos seus postulados.
Tanto Jesus como o Espiritismo foram enviados pelo Pai, sendo o segundo
um pedido do Nazareno ao Criador de todas as coisas: “Eu rogarei a meu Pai para
que vos envie o Consolador.”
Os espíritas estamos, desta forma, credenciados por Deus e por Jesus e confirmados
pela obra granítica de Allan Kardec, a quem devemos a nossa designação.
E, assim amparados, AVANCEMOS! Sem temor de espécie alguma. l
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1 e 3 — KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 110. ed. Rio de Janeiro:
FEB — 1995 — p. 23.
2 — WANTUIL, Zêus. THIESEN, Francisco. Allan Kardec, volume II. 2. ed. Rio de
Janeiro: FEB — 1982, p. 215.

Revista O Reformador Julho de 2000