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terça-feira, 13 de abril de 2021

CIVILIZAÇÃO COM JESUS: "Se quisermos um mundo melhor, saibamos construí-lo. Progresso espiritual não vem por osmose. Não vale a melhoria de alguns sobre o estrangulamento de milhões. Amemo-nos para instruir-nos reciprocamente, começando pelo respeito de uns aos outros."

A RESPOSTA DE EMMANUEL

Vários assuntos foram debatidos numa das reuniões públicas de Uberaba. Aberto “O Livro dos Espíritos” caiu a questão 790 que trata dos problemas da, Civilização. Feitos os comentários, Emmanuel psicografou uma mensagem pelas mãos de Chico Xavier que no-la enviou, escrevendo-nos o seguinte:

“Passo-a às mãos com um apontamento que consideramos muito significativo.É que, às despedidas, um grupo de oito pessoas, seis senhores e duas senhoras – não-espíritas, mas que se achavam presentes para observações, conforme nos explicaram – adiantou-me, que a mensagem lida em voz alta era uma resposta à inquietação deles, os elementos do grupo, já que haviam pedido em silêncio alguma coisa do Plano Espiritual sobre as reformas atuais do Mundo.”

                                               
Emmanuel
CIVILIZAÇÃO COM JESUS

Comumente surpreendemos muitos companheiros que falam de renovação do trabalho, solicitando reformas violentas, como se todos os seus contemporâneos estivessem no grau de cultura intelectual em que já se encontram. Entretanto, se fossem recenseados entre aqueles irmãos da Humanidade que apenas guardam consigo, por enquanto, leves traços de alfabetização imperfeita, decerto que não se alegrariam em se vendo arrastados pelo vento da transformação para facearem sem preparo justo determinadas empresas de realização e serviço.
***
Muitos se referem aos problemas sociais exigindo medidas drásticas que consagrem novos tipos de relacionamento humano.  Todavia, caso se vissem no lugar daqueles que foram mantidos desde a meninice nas sombras da ignorância, não se agradariam ao se reconhecerem impulsionados à força para experiências complexas e arriscadas, até agora inacessíveis ao entendimento geral.
***
Reportam-se outros muitos a diferentes condutas de economia, qual se a administração dos interesses de milhões de pessoas devesse alterar-se de um instante para outro. No entanto, se fossem contados entre aqueles que muito pouco sabem, ainda, acerca de produção e disciplina, receita e despesa, em nada lhes adiantaria entrar em metamorfoses precipitadas, que talvez unicamente os induzisse a leviandade e perturbação.
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Demoram-se muitos no exame da liberdade, rogando a independência imediata e sem freios para todas as criaturas, qual se a liberdade verdadeira não se baseasse no dever retamente cumprido. Mas, se vivessem nos obstáculos em que estacionam os espíritos inexperientes e inseguros, é possível que essa espécie de liberdade tão-somente os levasse a sofrimento e loucura.
***
Se quisermos um mundo melhor, saibamos construí-lo.
Progresso espiritual não vem por osmose.
Não vale a melhoria de alguns sobre o estrangulamento de milhões.
Amemo-nos para instruir-nos reciprocamente, começando pelo respeito de uns aos outros. 
***
A civilização com Jesus, por mais ampla na conceituação em que se defina, resumir-se-á sempre em quatro itens:
evolução sim;
violência não;
solidariedade primeiro;
educação sempre.


***


O RESPEITO PELOS OUTROS

Irmão Saulo

O processo civilizador é um esforço contínuo de aperfeiçoamento e adaptação. Os homens aperfeiçoam sua cultura pelas conquistas dos mais aptos e esclarecidos, mas, ao mesmo tempo, procuram adaptar a maioria menos apta às novas condições de vida que vão surgindo. O ímpeto dos vanguardeiros é contido pela inércia da massa. Quando se quer romper essa inércia e realizar mudanças violentas, surge a necessidade da coação e da subjugação. Cai-se inevitavelmente na contradição de suprimir os direitos da maioria a pretexto de libertá-la.

Civilizar é, sobretudo, humanizar. As maiorias menos capazes devem ser elevadas ao nível das minorias avançadas. Mas, se não levarmos em conta o fator tempo, a adaptação da maioria implicará largos períodos de desrespeito à sua condição e aos seus direitos, advindo injustiças e recém coletivos incalculáveis. Os esforços civilizadores entram no torvelinho do círculo vicioso, com a repetição dos erros que se pretendia eliminar. A História está repleta de exemplos desses retrocessos perigosos.

O processo civilizador do Cristianismo é espiritual e não material, porque o homem é espírito e não matéria. Seu objetivo não é a quantidade, mas a qualidade. Seu método não é massivo, mas coletivo, não opera em termos de massa, mas de coletividades. A adaptação deve decorrer de estímulos e não de pressões. O respeito pelos outros, tão pouco praticado até agora, é o cimento da construção do novo mundo.

Daí a conclusão de Emmanuel: “a evolução estimulada pela solidariedade humana e pela educação, com exclusão da violência que pertence à barbárie, é o caminho único da Civilização com Jesus”. É o que lemos no item 790 de “O Livro dos Espíritos”: “O homem não passa subitamente da infância à maturidade”

Livro “Chico Xavier pede licença” Psicografia Francisco C. Xavier Autores diversos

domingo, 31 de janeiro de 2021

APRENDENDO COM O LIVRO DOS ESPÍRITOS: Q. 815 - CAP. IX LEI DE IGUALDADE -AS PROVAS DE RIQUEZA E MISÉRIA

 815. Qual das duas provas é mais terrível para o homem, a da desgraça ou a da riqueza?


“São-no tanto uma quanto outra. A miséria provoca as queixas contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos.”


COMENTÁRIO DO ESPÍRITO DE MIRAMEZ

A MAIS TERRÍVEL



Não existem provas piores nem melhores; elas são paralelas às necessidades do aprendiz. Deus não põe fardo pesado em ombros frágeis, isto nos diz o Evangelho de Nosso Senhor. A cruz que se carrega na vida, foi estruturada, medida e pesada, para que se possa caminhar com coragem. As reclamações são mostras de Espírito fraco, que ainda não recolheu a experiência necessária nas lutas terrenas.


As mensagens do além que descem sem cessar para os homens, mostram os deveres de cada criatura ante os compromissos assumidos. Na consciência se encontra o registro do que se compromete com Deus, e Ele, o Soberano Senhor, conhece e tem paciência com Seus filhos. Mas, Ele não retira dos seus caminhos os professores que os possam educar e instruir. Tanto a riqueza quanto a pobreza têm o mesmo peso, em se somando suas dificuldades e sua força de corrigir as criaturas.


Uns lamentam, outros desprezam as oportunidades valiosas, que deverão reconhecer depois do túmulo. No entanto, não se pode dizer que o pobre é o bem-aventurado: isso depende do seu comportamento na vida com a prova da miséria. Não se pode dizer que o rico é o que goza do bem-estar, que Deus o premiou com os bens terrenos. Todos estão na mesma faixa de provas e podem ou não sair-se bem delas, dependendo do grau já alcançado na escala da evolução espiritual. Não devemos julgar, mas podemos analisar em silêncio e tirar dessas deduções experiências para o nosso caminho.


Sofreremos muito mais, se já conhecemos as leis de Deus e não vivemos de acordo com elas. Se o Evangelho de Jesus já está em nossas mãos e em nossa consciência, não percamos a oportunidade de vivê-lo, pelo menos de começar essa vivência. Com o tempo, passaremos a gozar das delícias de urna consciência em paz.


Novamente, vamos lembrar Lucas, no capítulo doze, versículo quarenta e sete:


Aquele servo, porém, que conheceu a vontade do seu Senhor e não se aprontou, nem fez conforme a Sua vontade, será punido com muitos açoites.


Conhecer é muito bom, mas traz para todos nós responsabilidades maiores, porque, conhecendo e nos fazendo de esquecidos, seremos açoitados pelas provas, qual o boi que sai do seu carreiro: o vaqueiro sabe corrigi-lo, e a lei de condicionamento faz lembrar ao mesmo animal, quando pensar em afastar do rebanho, o ferrão do condutor. Assim acontece com os seres humanos.


As provas são variáveis, e nos parece que não existe maior nem menor; todas são iguais, de acordo com as necessidades do aprendiz em questão. Se a miséria provoca as queixas, as riquezas impulsionam para os excessos de todas as ordens. O pobre geralmente deseja ser rico, e o rico, quando no mundo espiritual, deseja ser pobre na sua volta para o mundo físico. Qual dos dois está certo? São lições diferentes, diplomas necessários aos homens, que somente o recebem pelo processo das vidas sucessivas. Tal é a lei.


MIRAMEZ

FONTE: FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XVI - CAP. 50

segunda-feira, 27 de março de 2017

DIVALDO LÊ VÁRIAS VEZES "O LIVRO DOS ESPÍRITOS"



                        
Conta Divaldo: "Quando eu comecei o exercício da mediunidade - se hoje enfrento dificuldades, imaginem há 30 anos atrás o que é que eu era -, via os Espíritos, sentia-os, mas não compreendia o fenômeno. Certo dia apareceu-me um Espírito e disse-me:
-          Divaldo, você é médium, mas não é espírita, não é verdade?
Ao que confirmei:
-          Não senhor, não sou espírita.
-          Mas deve sê-lo! E a única forma de ser espírita é começar pelo começo: estudar O Livro dos Espíritos.
Eu nunca tinha ouvido falar em O Livro dos Espíritos, em 1948. Procurei-o muito até que o encontrei. Era um livro grosso, bem gordinho - porque os livros lidos engordam; aqueles bonitinhos, na estante, são para decorar, comprados a metro, ficam belos, lustrosos e magros. Quando o olhei, pensei, surpreso:
-          Meu Deus, será que eu vou aguentar ler este livro todo até o fim?
Porque eu estava acostumado a ler "Guri", "Gibi", o "Globo Juvenil", que eram as revistas da época. Como o Espírito me mandara lê-lo, tomei-o e o li. Quando deparei a letra miúda da "Introdução" comecei a saltar trechos que não me pareciam interessantes, tal a minha ignorância. Depois, tomava assim casualmente e virava diversas páginas. Acabei a "Introdução" em alguns minutos. No capítulo do "Prolegômenos", perturbei-me por ignorar o significado da palavra, que perguntei ao Espírito amigo e ele respondeu-me:
-          Compre um dicionário, porque o Espiritismo também é doutrina de cultura. À medida em que você conhecer o Espiritismo, melhorará o seu vocabulário, o seu conhecimento.
Comprei o dicionário, mas fui tão sem sorte que nele não havia a palavra "Prolegômenos".
Adquiri, então, um outro dicionário maior. Em dois dias, eu acabei de ler O Livro dos Espíritos. Quando o Espírito amigo me apareceu - ainda me lembro como hoje - indaguei:
-          E agora, qual o livro que devo ler?
Ele respondeu:
-     O Livro dos Espíritos.
-          Mas, meu irmão - esclareci - eu já o li.
Ele insistiu:
-          Leia-o de novo, Divaldo.
Pensei:
-          Vai ver que ele notou que eu saltei algumas páginas.
Voltei a ler a extraordinária obra. Fui descobrindo tesouros valiosos. Demorei dois meses ou mais e li-o até a última palavra. Quando o Espírito aparecer-me, disse-lhe:
-          Agora eu o li de ponta a ponta. Qual é o livro que deverei ler?
E ele:
-          Volte a ler com mais atenção O Livro dos Espíritos.
Obedeci. Durante a leitura eu tinha que parar para meditar, porque as respostas eram tão extraordinárias que me conduziam a demoradas reflexões.
Demorei-me quase um ano na leitura. Memorizei questões e detive-me a pensar.
Posteriormente, indaguei ao Benfeitor Espiritual:
-          E agora qual o livro que deverei ler?
Ele orientou-me:
-          Bem, agora você pode ler O Livro dos Médiuns, mas vai continuar estudando O Livro dos Espíritos até além da morte. Porque, à medida que você tenha tirocínio, melhor o entenderá. Se você aplicar cem anos da sua vida examinando o conhecimento geral à luz de O Livro dos Espíritos, os cem anos serão insuficientes para penetrá-lo na sua totalidade, já que ele é como a seiva e a síntese da cultura universal, que só daqui há muito tempo o homem entenderá em toda a sua profundidade."
 
 
 
 
 
 

sábado, 23 de maio de 2015

UNIÃO INFELIZ

 Emmanuel
Pergunta - Qual o fim objetivado com a reencarnação?
Resposta - Expiação.melhoramento progressivo da Humanidade.
Sem isto, onde a justiça?
Item n° 167, de "O livro dos Espíritos".

Dolorosa, sem dúvida, a união considerada menos feliz.
E, claro, que não existe obrigatoriedade para que alguém suporte, a contragosto, a truculência ou o peso de alguém, ponderando-se que todo espírito é livre no pensamento para definir-se, quanto às próprias resoluções.
Que haja, porém, equilíbrio suficiente nos casais unidos pelo compromisso afetivo, para que não percam a oportunidade de construir a verdadeira libertação.
Indiscutivelmente, os débitos que abraçamos são anotados na Contabilidade da Vida; todavia, antes que a vida os registe por fora, grava em nós mesmos, em toda a extensão, o montante e os característicos de nossas faltas.
A pedra que atiramos no próximo talvez não volte sobre nós em forma de pedra, mas permanece conosco na figura de sofrimento.
E, enquanto não se remove a causa da angústia, os efeitos dela perduram sempre, tanto quanto não se extingue a moléstia, em definitivo, se não a eliminamos na origem do mal.
Nas ligações terrenas, encontramos as grandes alegrias; no entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações.
Isso porque, embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida intima, os reflexos de nós próprios.
É natural que todas as conjunções afetivas no mundo se nos figurem como sendo encantados jardins, enaltecidos de beleza e perfume, lembrando livros de educação, cujo prefácio nos enleva com a exaltação dos objetivos por atingir.
A existência física, entretanto, é processo específico de evolução, nas áreas do tempo, e assim como o aluno nenhuma vantagem obterá da escola se não passa dos ornamentos exteriores do educandário em que se matricula, o espírito encarnado nenhum proveito recolheria do casamento, caso pretendesse imobilizar-se no êxtase do noivado.
Os princípios cármicos desenovelam-se com as horas.
Provas, tentações, crises salvadoras ou situações expiatórias surgem na ocasião exata, na ordem em que se nos recapitulam oportunidades e experiências, qual ocorre à semente que, devidamente plantada, oferece o fruto em tempo certo.
O matrimônio pode ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás.
A mudança espera todas as criaturas nos caminhos do Universo, a fim de que a renovação nos aprimore.
A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes para a consecução da felicidade; no entanto, essa mesma jovem suave foi, no passado - em existências já transcorridas -, a vítima de nós mesmos, quando lhe infligimos os golpes de nossa própria deslealdade ou inconseqüência, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora relevar e retificar.
O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira, para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições, incompatíveis com os anseios de ventura que lhe palpitam na alma.
Esse mesmo rapaz distinto, porém, foi no pretérito - em existências que já se foram – a vítima dela própria, quando, desregrada ou caprichosa, lhe desfigurou o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.
Toda vez que amamos alguém e nos entregamos a esse alguém, no ajuste sexual, ansiando por não nos desligarmos desse alguém, para depois somente depois - surpreender nesse alguém defeitos e nódoas que antes não víamos, estamos à frente de criatura anteriormente dilapidada por nós, a ferir-nos justamente nos pontos em que a prejudicamos, no passado, não só a cobrar-nos o pagamento de contas certas, mas, sobretudo, a esmolar-nos compreensão e assistência, tolerância e misericórdia, para que se refaça ante as leis do destino.
A união suposta infeliz deixa de ser, portanto, um cárcere de lágrimas para ser um educandário bendito, onde o espírito equilibrado e afetuoso, longe de abraçar a deserção, aceita, sempre que possível, o companheiro ou a companheira que mereceu ou de que necessita, a fim de quitar-se com os princípios de causa e efeito, liberando-se das sombras de ontem para elevar-se, em silenciosa vitória sobre si mesmo, para os domínios da luz.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier Livro : Vida e Sexo

domingo, 28 de dezembro de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 161



QUESTÃO 161 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO III
DA VOLTA DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo

161. Em caso de morte violenta e acidental, quando os órgãos ainda se não enfraqueceram em conseqüência da idade ou das moléstias, a separação da alma e a cessação da vida ocorrem simultaneamente?

“Geralmente assim é; mas, em todos os casos, muito breve é o instante que medeia entre uma e outra.”


FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV

Questão 161 comentada
CAPÍTULO 08
0161/LE
A ALMA E A MORTE VIOLENTA

No caso de morte violenta, a alma entra em grande perturbação espiritual, por lhe faltar o tempo necessário para meditar no transe da desencarnação e ele não se processar gradativamente. No entanto, há casos em que o Espírito não perde a consciência, seja qual for a sua morte, por se encontrar em grau de evolução suficiente, o que garante a sua lucidez espiritual. Porém, em quase todas as mortes por desastre, a alma fica em estado de sono, como permanece ligada aos restos por tempo variável. Há casos, também, em que a criatura padece em um leito por anos a fio e, quando desencarna, fica ainda ligada ao corpo em estado deprimente, e quando se desliga dele, continua a residir na própria casa, por apego aos bens materiais.
Não se pode fazer uma escala definitiva da desencarnação, mostrando aos homens um só padrão, porque isso varia de pessoa para pessoa. Se queres saber o que pode acontecer contigo na desencarnação, examina a vida que levas, que terás um retrato do que pode ocorrer. Se desejas um desenlace suave, uma partida com vitória para o mundo da verdade, não deixes de lado o trabalho de reforma íntima, em que o Cristo pode despertar todos os teus valores morais, no coração e na inteligência.
Desta forma, meu irmão, mesmo que morras de morte violenta, estarás amparado pela tua conduta esquecida de erros morais, onde a caridade tem o poder de te iluminar por dentro do coração. Se queres ser feliz, faze aos outros o que desejas para ti mesmo, que a justiça não te deixará sofrer. Entretanto, a violência permanente que usas nos pensamentos, nas palavras e, por vezes, nas obras que fazes. Quando as tuas palavras violam a lei de harmonia, elas tisnam o magnetismo sublimado que Deus te deu para conversar, para pensar e para agir. Aí, sofrerás as conseqüências da tua ignorância. Em muitos casos, a criatura pode estar andando, trabalhando e vivendo, e estar morta, por não compreender as leis de Deus. Quando as compreende, é necessário compreender as leis de Deus. Quando as compreende é necessário vivê-las, para que a paz possa estabelecer a tranqüilidade de consciência.
Se estiveres bem contigo mesmo, no clima do amor e da caridade ensinada pelo Cristo, em qualquer modalidade que a vida escolher para a tua desencarnação, irás bem, por estares bem com a consciência em Jesus, sob as bênçãos do Criador. Não fazer aos outros o que não queremos para nós é o começo da nossa libertação espiritual. O Evangelho é o inspirador divino, que nunca erra nas suas indicações e não nos deixa permanecer nas faltas.
Se queres morrer bem, e no momento exato, não te esqueças do Senhor Jesus. Ele nos ajuda em todos os transes e, para tanto, nos deixou o exemplo no próprio Calvário, bem como em toda a Sua vida Ele exemplificou o amor em toda a Sua existência, como garantia para a humanidade. Com o Cristo, a morte deixa de existir e passamos a viver no céu, onde estivermos, pois Ele é a vida

Comentário de Miramez por João Nunes Maia

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 160



QUESTÃO 160 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO III
DA VOLTA DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo

160. O Espírito se encontra imediatamente com os que conheceu na Terra e que morreram antes dele?

“Sim, conforme à afeição que lhes votava e a que eles lhe consagravam. Muitas vezes aqueles seus conhecidos o vêm receber à entrada do mundo dos Espíritos e o ajudam a desligar-se das faixas da matéria. Encontra-se também com muitos dos que conheceu e perdeu de vista durante a sua vida terrena. Vê os que estão na erraticidade, como vê os encarnados e os vai visitar.”

FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV

Questão 160 comentada
CAPÍTULO 07
0160/LE
REVENDO ENTES QUERIDOS

A alma, ao atravessar o portal do túmulo, geralmente encontra os que lhe foram caros na Terra, bem como aqueles que a guiaram nos roteiros espirituais; no entanto, nem sempre isso acontece, devido a sua posição na escala espiritual. Compete a cada criatura trabalhar no seu aperfeiçoamento enquanto encarnada, aliviando o seu fardo e clareando sua mente para ter a felicidade de encontrar os seus parentes e amigos no limiar do túmulo. Por outro lado, nem sempre os seus parentes estão preparados para assistir a sua desencarnação e dar-lhe assistência. Tudo é relativo, na pauta da vida a que nos submetemos viver, mas, quando os que se foram antes estão bem postos no mundo dos Espíritos e os que desencarnam estão bem em consciência, eis que é uma festa de luz, onde o coração manifesta toda a alegria, com a evolução da própria vida.
Procuremos, pois, conhecer a Nosso Senhor Jesus Cristo, por ser Ele o caminho por onde encontramos as maiores alegrias da vida. Ele é a porta por onde nunca erramos as diretrizes que nos levam à paz. Ele é a verdade que sempre nos liberta da ignorância com todos os seus aspectos de infortúnios.
Podemos rever os nossos parentes e amigos que já passaram para o mundo dos Espíritos, sendo que, dos mais elevados, recebemos a ajuda para nos fortalecer, e aos mais infortunados prestamos auxílio, mesmo que eles não nos vejam.
Deus, a Bondade Absoluta, proporciona segurança a todos os Seus filhos. Criou o Senhor o Sol que sustenta a vida na Terra e mesmo em alguns planos do Espírito; no entanto, criou igualmente filtros para abrandarem a luz, de modo que ela não nos causasse danos nas condições de Espíritos ainda necessitados. Toda a natureza carrega consigo defesas que o amor de Deus sustenta, para que a vida vibre com todo o seu fulgor e harmonia.
No plano do Espírito, as defesas são as mesmas: somente recebemos o que merecemos. A justiça rege o universo, sustentando a paz em todos os ângulos. As criaturas recebem, do amor do Criador, a misericórdia capaz de aliviar todos os que sofrem, dotando-os de esperança rumo ao futuro. A nossa alegria é grandiosa ao atravessarmos o túmulo e encontrarmos do outro lado os nossos entes queridos nos esperando com ansiedade, para nos transmitir as lições sublimes de todas as suas experiências no mundo da verdade. Esse aconchego nos dá mais vida e faz crescer sobremodo a esperança, de sorte que as promessas crescem para o futuro, por reconhecermos que a morte não existe, que somente a vida brilha em todos os sentidos do Universo. A Doutrina dos Espíritos é um coadjuvante desta felicidade. Essa escola muito ajuda a alma na transição da Terra para o mundo dos Espíritos.
Não percas tempo, meu irmão. Procura melhorar, melhorando-te por dentro, corrigindo faltas e aprimorando idéias, iluminando sentimentos e trabalhando no bem comum, para que, no momento da mudança da Terra para o mundo espiritual, sejas iluminado e possas encontrar todos os companheiros que já regressaram e que estão em condições festejar a tua vitória.

Comentários de Miramz por João Nunes Maia


Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 159



QUESTÃO 159 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos

CAPÍTULO III
DA VOLTA DO ESPÍRITO, EXTINTA A VIDA CORPÓREA, À VIDA ESPIRITUAL

Separação da alma e do corpo

159. Que sensação experimenta a alma no momento em que reconhece estar no mundo dos Espíritos?

“Depende. Se praticasse o mal, impelido pelo desejo de o praticar, no primeiro momento te sentirás envergonhado de o haveres praticado. Com a alma do justo as coisas se passam de modo bem diferente. Ela se sente como que aliviada de grande peso, pois que não teme nenhum olhar perscrutador.”

FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV

Questão 159 comentada
CAPÍTULO 06
0159/LE
CHEGANDO AO ALÉM

A alma, quando chega ao Além, ao deixar o corpo físico, pode sentir-se feliz ou constrangida, dependendo do modo de vida que levou. O Evangelho é instrumento de salvação para todos nós, pois nos induz a uma moral sadia; os seus conceitos são de luz, nos mostrando e nos ajudando a modificar os pensamentos, as idéias, a palavra e a própria vida, copiando a vida de Jesus em todos os seus aspectos de nobreza.
O céu começa na Terra. Se queremos alcançá-lo, trabalhemos em nós mesmos, cortando as arestas e procurando transformar todos os nossos impulsos inferiores em virtudes, do porte das que foram ensinadas e vividas por Nosso Senhor Jesus Cristo. O desleixado na moral sofre as conseqüências do seu desleixo, mas o que viveu trabalhando para o seu auto-aprimoramento recebe, ao chegar ao Além, o prêmio dos seus esforços, e a luz de Deus dar-lhe-á a luz da vida.
O justo é exaltado em todos os tempos, seja onde for. O homem honesto é louvado e acreditado na Terra e no Céu. Ninguém perde por ser trabalhador, justo e caridoso. Esse homem é, pois, o ganhador de sempre; porém, a criatura que não observa as leis criadas por Deus e zeladas por seus vigilantes, sofre sempre por sua cegueira. Não devemos deixar para melhorar depois da desencarnação: isso é ignorância e perda de tempo. Comecemos logo que sentirmos necessidade. Qualquer esforço no sentido de melhorar moralmente é válido e é nesse gesto que as luzes começarão a acender em nossos corações, refletindo-se nas nossas consciências.

A lei das vidas sucessivas deve ser pesquisada porque é nela que se encontra a chave que nos dá a compreensão necessária, e que nos leva a nos esforçar todos os momentos por nossa melhoria moral, e na conduta do dia a dia. Coloquemos o Evangelho em nossa vida, que passaremos a melhorar. A consciência registra tudo o que se faz, e quando se escreve nela o que está em desacordo com a vontade de Deus,
os reflexos surgem por muitos meios, que chamamos de tristeza, medo, desespero, violência, orgulho, vaidade, egoísmo, fazendo com que a ignorância domine nossos passos. Eis aí a infelicidade da alma, criada por ela mesma.
Não esperes chegar ao Além para cuidar das coisas do Espírito; não faças isso! Começa agora mesmo, onde estiveres. Toda hora é hora de começar. Examina o que és, examina o que pensas, examina o que fazes na vida e, se tiveres algo para modificar, modifica-o sempre comparando com os ensinamentos de Jesus, que nunca errarás o caminho, pois Ele é a estrada dos homens, é a vida e a verdade. Diante de todos os esforços do bem, Ele criará em teu coração uma luz que, brilhando, não te deixará perder os passos na direção Daquele que sempre nos guiou. Procura leituras de livros decentes. O homem que não gosta de leituras, demora a compreender as próprias leis que o dirigem.
Deus nos ajuda por meios diferentes, mas constantes, e Jesus não nos abandona: usa todos os recursos possíveis para nos despertar para a vida do Além, mesmo quando nos movemos na carne. É certo que, fazendo o mal, não nos interessando pelo bem do próximo, esquecendo de amar a Deus sobre todas as coisas, como nos ensinou Jesus, ao chegarmos ao Além, pelos processos da morte do corpo, a tristeza e o arrependimento parecerão nos matar de novo.

Comentário de Miramez por João Nunes Maia