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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Allan Kardec e as Classificações


JOSÉ JORGE
Allan Kardec esclarece, em “O Livro dos Espíritos” (questão 100, 2º
parágrafo), que “qualquer classificação exige método, análise e conhecimento
aprofundado do assunto” e todas essas qualidades nós as constatamos no
Codificador, quando ele trata, panoramicamente, da Doutrina Espírita.
Assim, encontramos em Allan Kardec as mais diversas Classificações,
necessárias a uma visão global do Espiritismo sob os seguintes aspectos:
-  Comunicações,
-  Reuniões,
-  Espíritos,
-  Mundos,
-  Médiuns e
-  Espíritas.
Das Comunicações (“O Livro dos Médiuns”, nº 133):
Grosseiras, Frívolas, Sérias e Instrutivas.
Das Reuniões (“O Livro dos Médiuns, nº 324):
Frívolas, Experimentais e Instrutivas.
Dos Espíritos (“O Livro dos Espíritos”, questões 100 a 113):
-  Escala Espírita, em dez classes e três ordens.
Dos Mundos (“O Evangelho segundo o Espiritismo” – Cap. III, nº 3 a 5 e
8):
-  Primitivos, Expiação e Provas, Regeneração, Ditosos e Celestes ou
Divinos.
Dos Médiuns – Cerca de 80 variedades, em “O Livro dos Médiuns”.
(Consulta: “Ilustrações Doutrinárias” – 1º volume – Edição do C. E. Léon
Denis – Rio de Janeiro – 1997, págs. 67 a 80).
Dos Espíritas –
Foi aí que Allan Kardec se esmerou, pois, em todas as suas obras, ele
não se esqueceu de lembrar as várias classes de adeptos do Espiritismo e quais
as qualidades do lídimo espiritista.
A seguir, citaremos os devidos passos, onde ele a esse assunto se
refere:
Em “O Livro dos Espíritos” – Conclusão VII, primeiro parágrafo (1857).
Em “O que é o Espiritismo”- Cap. I, 3º Diálogo, Parte Final (1859).
Em “O Livro dos Médiuns”- Do Método, nº 28 (1861).
Em “O Evangelho segundo o Espiritismo”- Cap. XVII, nº 4 (1864).
Em “O Céu e o Inferno”- O Passamento, nº 14 (1865).
Em “A Gênese”- Cap. XVIII, nº 18 (1868)
Em “Obras Póstumas”- 2ª Parte, Ensino Espírita (1890).
REFORMADOR EDIÇÃO INTERNET
REFORMADOR 16
Sem dúvida alguma, a mais séria das classificações se encontra em “O
Evangelho Segundo o Espiritismo”- Cap. XVIII, nº 4:
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação
moral e pelos esforços que emprega para domar suas
inclinações más”.
É que, conforme o Codificador declara em “O Livro dos Espíritos”-
Conclusão V:
“Por meio do Espiritismo, a Humanidade tem que entrar numa
nova fase, a do progresso moral que lhe é conseqüência
inevitável.” .

Revista O Reformador junho de 1999

sábado, 3 de novembro de 2012

Acusações contra Paulo


José Jorge
Foram muitas as acusações contra Paulo:
1- Perturbador
“Estes homens perturbam a nossa cidade (...). “ (Atos, 16:20.)
2- Revoltoso contra Roma
“(...) propagando costumes que não podemos receber nem praticar porque somos romanos.”
(Atos, 16:21.)
3- Contra Moisés
“(...) informados a teu respeito que ensinas todos os judeus entre os gentios a apostatarem
de Moisés (...).” (Atos, 21:21.)
4- Contra o povo
“Este é o homem que por toda parte ensina todos a ser contra o povo, contra a lei e contra
este lugar, (...).” (Atos, 21:28.)
5- Profanador
“(...) introduziu até grupos no templo e profanou este recinto sagrado.”(Atos 21:28 e 26:6.)
6- É uma peste
“Este homem é uma peste (...).” (Atos, 24:5.)
7- Sedicioso
“(...) promove sedições entre os judeus esparsos por todo o mundo (...).” (Atos, 24.5.)
8- Agitador
“(...) sendo também o principal agitador da seita dos nazarenos.” (Atos, 24.5.)
Entretanto, Paulo era ordeiro e disciplinado:
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
proceda de Deus, e as autoridades que existem foram por ele instituídas.
De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que
resistem trarão sobre si mesmos condenação.
Porque os magistrados não são para temor quando se faz o bem, e sim, quando se faz o mal
(...). Faze o bem, e terás louvor dela; visto que a autoridade é ministro de Deus para teu bem.
Entretanto, se fizeres o mal, teme; porque não é sem motivo que ela traz a espada; pois é
ministro de Deus, vingador, para castigar o que pratica o mal.
É necessário que lhe estejais sujeitos, não somente por causa do temor da punição, mas
também do dever de consciência.
Por esse motivo também pagais tributos: porque são ministros de Deus, atendendo
constantemente a este serviço.
Pagai a todos o que lhes é devido: a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a
quem honra, honra. “(Romanos, 13:1-7.)
-//-
Reformador de 1997 /Setembro

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A PRECE REFRATADA : “– A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção desviada, passando a outro objetivo(...) a súplica que não age pode ser uma flor sem perfume"


 Revista O Reformador



JOSÉ JORGE
 
Setembro de 2000 

"A prece é uma elevação da alma até Deus, ou um ato de amor e adoração
para com Aquele a quem se deve esta maravilha a que se chama vida.”1*

“A verdadeira oração representa um estado místico em que a consciência
se absorve em Deus.”2*

“Para orar, basta somente o esforço de nos elevarmos até Deus; tal esforço, porém, deve ser afetivo e não intelectual.”3*

“Segundo São Luiz Gonzaga, o cumprimento do dever é equivalente à oração.”4*

“A oração feita por outrem é sempre mais fecunda do que a feita pela própria
pessoa.”5*

Léon Denis assim se manifesta sobre a oração:
“Orar é voltar-se para o Ser eterno, é expor-lhe nossos pensamentos e nossas
ações, para os submeter à sua Lei e fazer da sua vontade a regra de nossa
vida; é achar, por esse meio, a paz do coração, a satisfação da consciência.”6*

É ainda Léon Denis quem diz:
“Seria um erro julgar que tudo podemos obter pela prece, que sua eficácia implique em desviar as provações inerentes à vida. A lei de imutável justiça não se curva aos nossos caprichos. Os males que desejaríamos afastar de nós são, muitas vezes, a condição necessária ao nosso progresso.”7*

Jesus valorizava a oração e, por muitas vezes, deu o exemplo, também orando. É só consultarmos:
Mateus: 14:23; 26:39; 26:42; 26:44. Marcos: 1:35; 6:46; 14:32; 14:35. Lucas:3:21; 5:16; 6:12; 9:18; 9:28; 9:29; 22:41 e 44. João: 12:27-28 e 17:1-26.

A oração pode ser para um pedido, um agradecimento ou uma glorificação.
As preces de glorificação são as de mais alto grau, pois reconhecem o Amor e a Justiça de Deus. São próprias dos Espíritos mais evoluídos.

Em “O Livro dos Espíritos”, questões 658 a 666, encontramos vários ensinamentos
sobre a prece:
“O essencial não é orar muito, mas orar bem.” (660.)
“A prece não esconde as faltas.” É preciso mudar de proceder. (661.) A prece torna mais suportáveis nossas provas, mas não as evita. (663.)

A prece pelos mortos e pelos sofredores não muda os desígnios de Deus, mas dá alívio. (664.)

Existe, ainda, um tipo de prece bem diferente das conhecidas:
a Prece Refratada.
A refração é uma lei física que consiste no desvio que os raios de luz, calor ou som sofrem em sua direção, quando passam de um meio para outro, isto é, mudam de direção quando encontram um meio diferente durante seu percurso.
André Luiz nos dá uma interessante explicação sobre a Prece Refratada.
Num diálogo entre Hilário e Clarêncio, este lhe fala da referida prece.
Curioso, Hilário lhe pede maiores esclarecimentos que Clarêncio prontamente transmite:
“– A prece refratada é aquela cujo impulso luminoso teve a sua direção
desviada, passando a outro objetivo.”8*
Mais adiante, Clarêncio ilustra sua explicação: “(...) Evelina recorre ao espírito materno que não se encontra em condições de escutá-la, mas a solicitação
não se perde... Desferida em elevada freqüência, a súplica de nossa irmãzinha
vara os círculos inferiores e procura o apoio que lhe não faltará.”9*

Noutro trecho, esclarece ainda o autor:
“(...) a súplica que não age pode ser uma flor sem perfume. Peçamos o socorro do Senhor, algo realizando para contribuir em seu apostolado divino...”10* 

Referências Bibliográficas:

1. CARREL, Alexis, A Oração, Livraria Tavares Martins, Porto, 1945.
2. Idem, p. 17.
3. Idem, p. 19.
4. Idem, p. 20.
5. Idem, p. 35.
6. DENIS Léon, O Grande Enigma. Rio de Janeiro: FEB. 11. ed. 1999, cap. VII, p. 98.
7. DENIS Leon. Depois da Morte. Rio de Janeiro: FEB. 20. ed. 1997, cap. LI, p. 297.
8. XAVIER Francisco Cândido. (André Luiz). Entre a Terra e o Céu. Rio de Janeiro: FEB, 17. ed.
FEB 1997, cap. II, p. 14.
9. Idem, p. 16.
10. Idem, cap. XXV, p. 157.