Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!
Mostrando postagens com marcador Inácio Ferreira. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Inácio Ferreira. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O JARDINEIRO DIVINO

10/02/2014


O JARDINEIRO DIVINO

“Obreiros, traçai o vosso sulco; recomeçai no dia seguinte o afanoso labor da véspera; o trabalho das vossas mãos vos fornece aos corpos o pão terrestre; vossas almas, porém, não estão esquecidas; e eu, o jardineiro divino, as cultivo no silêncio dos vossos pensamentos.” – Cap. VI – de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.

O Jardineiro Divino, evidentemente, é Jesus Cristo...
Nossas almas são as “sementes” que Lhe foram dadas a cultivar pelo Dono do Jardim...
Os nossos pensamentos constituem a “gleba” em que, pacientemente, Ele as cultiva...
O Pensamento do Cristo, materializado no Evangelho, representa as suas Mãos incansáveis revolvendo a terra na qual, um dia, deveremos florescer!...
Contudo, é preciso que isto aconteça sem violência – cada “semente” deve germinar no momento de seu próprio amadurecimento...
As experiências que vivenciamos, ao longo das estações que se sucedem, representam o adubo que nos auxilia na tão ansiada germinação...
“Sementes” existem que, em profundo estado letárgico, ainda sequer deram o menor sinal de vida...
Outras poucas, no entanto, já se encontram com longas hastes, prestes a começarem a produzir...
Raríssimas, porém, são as que já produzem sazonados frutos!...
Eis, na prática, o significado da Parábola do Semeador...
Na Revivescência do Evangelho, o Espiritismo é benfazeja chuva de ideias que o Senhor faz cair do Alto para tornar ainda mais fecunda a “gleba” de nossos pensamentos...
Como será que, na condição de “sementes”, estaremos respondendo ao zelo do Jardineiro Divino?!
Ansiamos por acordar, ou pretendemos permanecer em transe por mais longo tempo?!...
Não nos esqueçamos, por outro lado, que não nos bastará germinar e florescer...
Atentemos para o símbolo da Figueira Seca!
Aparência de bondade não é bondade.
Talvez, pior do que não germinar, seja germinar e se negar a produzir bons frutos...
Na atualidade, a própria Natureza tem nos ensinado que o tempo, embora eterno, se nos mostra, na Terra, cada vez mais condensado – árvores frutíferas de enxertia começam a produzir mal tendo se erguido do solo...
Os Pensamentos do Cristo incidem sobre os nossos à feição de Sublime Enxertia!
Não esperemos, pois, crescer demasiado para começarmos a produzir o que nos compete, porque potencialidade para tanto todas as “sementes” possuem.
Se ainda não estamos algo a produzir, corremos o risco de, por nossa própria conta, nos reduzirmos à condição da Figueira que secou até as suas raízes – não porque não era tempo de figos, mas sim porque, à margem do caminho, se contentara em ostentar apenas ramos e folhas!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 10 de Fevereiro de 2014.

Fonte: http://inacioferreira-baccelli.zip.net/

domingo, 31 de março de 2013

MEDIUNIDADE SEM PRECONCEITO

25/03/2013




De maneira mais ampla, em mediunidade, certos aspectos não podem deixar de ser considerados por aqueles que, sem preconceito, se dispõem a estudar o fenômeno, que não se prende apenas e tão somente aos padrões estabelecidos e aceitos pela vulgaridade.
Abaixo, enumeramos alguns deles:
- o espírito comunicante não carece, necessariamente, de estar fisicamente presente no recinto em que o médium esteja se entregando ao transe.
- na maioria das comunicações, escritas ou verbalizadas, o médium não reproduz senão a essência do pensamento do espírito que por ele se expressa.
- no ato mediúnico de natureza inteligente, a interpretação sempre cabe ao medianeiro, junto ao qual a independência do espírito comunicante é sempre relativa, e jamais absoluta.
- em determinados comunicados mediúnicos, ao suprir essa ou aquela deficiência do espírito, a interferência do médium chega a ser enriquecedora, e, portanto, desejável.
- não raro, o próprio espírito do médium pode-se comunicar com maior proveito que o faria um espírito que, por ele, se manifestasse.
- no estado de transe, o espírito do médium pode, inclusive, se manifestar como outra personalidade que haja animado em vida anterior.
- quase sempre, na gleba psíquica do médium, o espírito lança apenas a semente da ideia que deseja transmitir, deixando ao médium o trabalho de fazê-la florescer.
- na maioria dos médiuns, o que se rotula de fenômeno psicofônico ou psicográfico não passa de fenômeno de ordem intuitiva.
- em muitas ocasiões, o espírito que se manifesta pelo médium é o seu espírito protetor, que, então, assume, junto a ele, o papel de médium de outros espíritos.
- determinados espíritos emprestam as suas identidades (leia-se “nomes”) às comunicações que, em essência, não lhes pertencem de todo.
- o que o médium pensa e sente, ou seja, a sua formação intelectual e doutrinária, estabelece canais seletivos aos espíritos que o procuram, que, praticamente, não encontram ensejo de contradizê-lo.
- o fenômeno mediúnico de natureza intelectual se passa, integralmente, na esfera do pensamento, com a imaginação do médium criando o cenário para a história que o espírito pretende contar.
 Os aspectos aqui relacionados, e outros mais que, no momento, nos escapam, autorizam-nos definir a mediunidade idônea como sendo percepção a serviço da Vida Imortal, dando ensejo a que o espírito, encarnado ou desencarnado, demonstre a sua independência da matéria.
O resto, a meu ver, é mero detalhe, no qual, com certeza, muitos se perdem, e continuarão a se perder, em polêmicas infindáveis, dando repasto à própria vaidade e personalismo.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 25 de março de 2013.

sexta-feira, 8 de março de 2013

OBSESSORES TERRÍVEIS

04/03/2013


OBSESSORES TERRÍVEIS

Antes de lançares sobre os desencarnados a culpa pelos males e aflições que, tantas vezes, padeces na existência carnal, medita na ação dos obsessores terríveis que, em ti mesmo, acalentas, sequer cogitando de sua perniciosa influência.
Tais entidades espirituais, embora sejam tão invisíveis quanto às outras que afirmas te rondarem os passos, costumam ser mais presentes em tua existência que os pobres desencarnados que, indebitamente, rotulas de perturbadores, quando, na maioria das vezes, não passam de criaturas necessitadas de tuas preces.
De maneira sucinta, listaremos abaixo tais agentes das trevas que, habitualmente, se fazem mais presentes em teu dia a dia, sem que tomes qualquer providência para deles te libertar.
Ódio – sob a sua ação funesta és capaz de tomar atitudes altamente comprometedoras de tua paz e felicidade.
Inveja – a sua força pode ser tão avassaladora sobre ti que, debaixo de sua sugestão hipnótica, corres o risco de deixar de viver a tua própria vida para viver a vida dos outros.
Ciúme – no campo do relacionamento humano, já se perdeu a conta do número de vítimas feitas por esse espírito que tem o estranho poder de anular o discernimento de quem por ele é possuído.
Egoísmo – exige exclusividade e, igualmente, não se sabe quantos por ele vivem em regime de completa subjugação moral, a ponto de anular quase todas as possibilidades de crescimento espiritual da criatura a que se enlaça.
Desânimo – atuando com sutileza, suscita infindáveis questionamentos a respeito do que vale ou deixa de valer a pena, em matéria de esforço, e, não raro, se transfigura em depressão e descrença.
Revolta – a dor que esta entidade costuma provocar na alma em que se aloja é tão grande, que, infelizmente, só poderá ser desalojada com o auxílio de uma dor maior ainda.
Ociosidade – aparentemente inofensivo, porém, autêntico lobo em pele de ovelha, este obsessor é o que mais bem sabe se disfarçar e, assim, enganar aqueles que se comprazem em sua companhia.
Ambição – dos agentes das trevas, este, talvez, seja o mais inconsequente de todos, porque, em verdade, enquanto não leva a sua vítima para o túmulo não lhe concede trégua.
Muitos outros obsessores deste naipe, em falanges inumeráveis, óbvio, poderiam ser aqui ainda listados: orgulho, desfaçatez, sensualidade, cupidez, mentira, maledicência, leviandade...
Não obstante, crendo ter cumprido com o papel de denunciá-los, vamos parando por aqui, não sem antes afirmar que estes quadros de obsessão, para os quais quase ninguém cogita de tratamento espiritual sério, através, principalmente, da desobsessão no trabalho da Caridade, são os responsáveis por 90% dos desastres cuja culpa os homens encarnados acham muito mais fácil atribuir aos infelizes desencarnados que, também, tombaram sob o seu talante.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 4 de março de 2013.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

MEU LIVRO PREFERIDO:

17/12/2012


MEU LIVRO PREFERIDO

Dias atrás, aqui mesmo na Vida Espiritual, onde, não raro, temos a alegria de nos encontrar com velhos amigos que fizemos na Terra, um deles, após saudar-me efusivamente, perguntou-me:
- Dr. Inácio, desculpa-me a liberdade, mas eu gostaria imensamente de saber: dos livros da Codificação, qual é o de sua preferência?...
Sem pensar duas vezes, respondi:
- O meu livro preferido é “O Evangelho Segundo o Espiritismo”!...
- Por quê?! – tornou ele de imediato.
- Porque ninguém briga por conta dele...
- Como assim?! – insistiu o companheiro.
- Veja bem – procurei ponderar. – “O Livro dos Espíritos” e “O Livro dos Médiuns” estão sempre dando margem a polêmicas e discussões, por vezes, infindáveis e estéreis entre os adeptos da Doutrina...
- É verdade – concordou.
- Por exemplo, sobre Reencarnação e Mediunidade, quase todo mundo quer saber um mais do que outro... A respeito da vida no Mundo Espiritual então nem se fala! Os conflitos doutrinários em torno do assunto chegam a criar verdadeiras animosidades...
- O senhor tem razão!
- Por outro lado, porém, eu nunca assisti ninguém brigando para ser mais caridoso do que outro...
- Para perdoar mais! – emendou.
- Ou para pedir mais perdão! – ressalvei. – Sem dúvida, para mim, “O Evangelho Segundo o Espiritismo” é o livro mais necessário, e, portanto, o de minha preferência.
- Bem, mas as demais obras do Pentateuco são igualmente importantes – “O Céu e o Inferno”, “A Gênese”...
- Importantíssimas! – antes que fosse mal interpretado, fiz questão de frisar. – Contudo, porque são repositórios da Verdade dinâmica não são obras acabadas...
- Explique-se, por favor – solicitou-me franzindo o cenho.
- Meu caro, estamos longe do conhecimento da Verdade integral, mas, em relação ao Amor nós já sabemos tudo o que precisamos saber... O “conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará” (grifei) nos remete ao futuro distante; contudo, o “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, refere-se ao passado remoto e recente e ao presente imediato!...
Depois de ligeira pausa, conclui:
- Muitos de nós estamos como quem, já tendo o pão garantido, largamos o pão que nos é necessário para brigar por conta de uma taia de mortadela que, diante do estômago que ronca de fome, é completamente supérfluo!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 17 de dezembro de 2012.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A VAIDADE RELIGIOSA

12/11/2012


A VAIDADE RELIGIOSA

Ramakrishna, um dos maiores avatares que a Humanidade já conheceu, dizia que “podem desaparecer gradualmente as vaidades comuns a todos os homens, mas difícil de morrer é a vaidade de um religioso a respeito da sua religiosidade”.
Analisando o sábio conceito, observamos, no entanto, que maior vaidade existe no religioso não em relação aos demais religiosos, adeptos de crenças diferentes da que ele professa, mas sim em relação ao seu entendimento dos preceitos doutrinários que abraça, que considera superior ao entendimento de seus próprios irmãos de fé.
Vejamos se conseguimos ser mais claros no que pretendemos dizer.
Por exemplo: até certo ponto, compreende-se a rivalidade entre os adeptos de duas crenças religiosas, em suas interpretações da Verdade, por vezes absolutamente antagônicas uma à outra, através de princípios praticamente inconciliáveis. Como, porém, compreender-se o ódio com o qual, não raro, um espírita se lança contra outro, apenas e tão somente porque, sobre determinado tema, possuem um ângulo de visão um pouco diferente entre si?!
Numa Casa Espírita há quem, frequentemente, discuta – e discuta feio! – por conta do passe, da reunião mediúnica, da tarefa assistencial, cada qual buscando, vaidosamente, a primazia de seu ponto de vista.
No Movimento Espírita, infelizmente, a vaidade campeia, nos deixando profundamente envergonhados e entristecidos conosco mesmos, que falhamos nas mais comezinhas demonstrações de nossa fé.
Debaixo de estranha fascinação, muitos comparecem a essa ou àquela reunião apenas com o propósito de discordar do companheiro que, no fundo, está procurando fazer o melhor ao seu alcance, preocupado com o conteúdo, e não com o rótulo.
Muitos outros, a fim de continuarem vinculados às atividades de seus respectivos grupos, impõem certas condições:
- Tem que ser do meu jeito, ou eu me afasto...
- Eu sou o fundador desta Casa – coloquei muito dinheiro do bolso aqui...
- Sou o mais antigo frequentador e não aceito que passem por cima de minha autoridade...
- Aqui quem toma todas as decisões sou eu – não acato nem a palavra do Guia...
A vaidade de um espírita a respeito de seus conhecimentos, ou pseudoconhecimentos, é muito difícil de morrer, e mesmo quando morre, durante muito tempo, permanece mumificada... Como falou Ramakrishna, é mais fácil que lhe desapareça qualquer outra vaidade comum!
Daí a necessidade de nos empenharmos, com todas as forças do espírito, para que o Espiritismo, em nossas existências, não seja mais um pedestal para as ilusões efêmeras que buscamos, das quais, evidentemente, haveremos de nos arrepender amargamente.
Feliz, pois, do espírita cujo único propósito na Doutrina, a cada dia, já seja o de tão somente servir, incondicionalmente, à Causa do Evangelho Redivivo, sobre o homem velho que resiste em “morrer” dentro de si lançando mais uma pá de cal!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 12 de novembro de 2012.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

LIÇÃO DE MARIA JOÃO DE DEUS

27/08/2012




Chico contava que, numa das vezes em que o espírito de sua mãe lhe apareceu, revelou a ele que estava aprendendo línguas no Mundo Espiritual, para que, quando reencarnasse, encontrasse maior facilidade no aprendizado de idiomas...
A lição, aparentemente singela, encerra profundos ensinamentos a encarnados e a desencarnados:
1º - dentro da Vida que é única, mostra a integração existente entre os Dois Planos em que ela se manifesta.
2º - esteja na Terra ou no Além, ninguém deve se imaginar “fora de tempo” para adquirir Conhecimento.
3º - para onde for, o espírito leva sempre consigo a bagagem intelecto-moral amealhada.
Portanto, em sã consciência, dentro da visão imortalista, o homem encarnado, ou desencarnado, não deve se considerar inapto para dar início a determinados empreendimentos que concorram para a sua evolução.
Equivocam-se os que alegam:
- Estou muito velho para voltar a estudar...
- Deixarei para começar na outra encarnação...
- Espero por condições que me sejam mais favoráveis...
- Agora, não dá mais...
- Não tenho como efetuar as mudanças que desejo...
Claro está que estamos nos referindo única e tão somente a todo e qualquer esforço que objetiva o crescimento do espírito.
Não nos esqueçamos de que Allan Kardec, sem saber disto, preparou-se para a tarefa a que deu início quando já contava com meio século de vida...
O próprio Cristo esperou trinta anos para descerrar o advento da Boa Nova em favor da Humanidade...
Em qualquer tempo que sejam plantadas, as sementes florescem e frutificam!
Maria João de Deus, segundo a palavra de Chico, estava semeando no Plano Espiritual para colher sobre a Terra, não obstante, são muitos os que semeiam sobre a Terra para colher no Mundo Espiritual!
Ninguém deve se afligir pela colheita, mas sim pela semeadura.
Sob esta lógica, ainda que, de um dos Dois Lados da Vida, estejamos vivenciando os nossos últimos momentos, prestes a desencarnar ou a reencarnar, não continuemos a desperdiçar tempo ante o aprendizado que nos compete realizar, que, quanto mais cedo for efetuado, mais depressa nos cumulará com as suas bênçãos, fazendo-se-nos alicerce para mais amplas e enriquecedoras conquistas ao espírito.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 27 de agosto de 2012.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

DECÁLOGO ESPÍRITA

13/08/2012




1º - Trabalho e Silêncio.
Através do trabalho aliado ao silêncio não há dificuldade alguma que não possa ser superada, sem que se tenha, para tanto, necessidade de recorrer a outro expediente.
2º - Trabalho e Alegria.
O trabalho com alegria é o argumento mais eloquente com que, à frente de seus opositores, sem pronunciar palavra, o homem consegue defender as suas convicções mais íntimas.
3 º - Trabalho e Perdão.
Quem se dispõe a trabalhar, perdoando toda e qualquer incompreensão de que se faça alvo, não consente que a crítica, por mais contundente, lhe paralise as mãos no melhor a fazer.
4º - Trabalho e Prece.
Aquele que trabalha no clima da prece, de imediato, experimenta os benefícios da tarefa que realiza, dispensando outra aprovação que não seja a de sua própria consciência.
5º - Trabalho e Disciplina.
O trabalho com disciplina é garantia de absoluta superação dos obstáculos a serem vencidos, que, por maiores se façam, não resistem à ação de perseverança.
6º - Trabalho e Renúncia.
O trabalho de quem serve com base na renúncia a caprichos de ordem pessoal e a interesses subalternos, mesmo que constantemente instado a isto, não sente necessidade de dar satisfações a quem seja.
7º - Trabalho e Boa Vontade.
A Boa Vontade é o principal requisito de quem trabalha com a intenção de promover o bem dos semelhantes, sem que, inclusive do ponto de vista moral, venha a se sentir completamente apto para o que pretende realizar.
8º - Trabalho e Honestidade.
Sem honestidade, nenhum trabalho de natureza espiritual consegue prosperar, porque, em hipótese alguma, contará com o aval dos Planos Superiores que lhe garantem o êxito.
9º - Trabalho e Caridade.
De todos os trabalhos, o trabalho na caridade é aquele de que o homem mais necessita e que, em sua transformação íntima, ninguém poderá substituí-lo no suor que deve derramar.
10º - Trabalho e Trabalho.
Trabalhar e trabalhar, incansavelmente, sem se consentir o menor tempo ocioso, é o único recurso de vigilância com que o homem há de se sobrepor a influência das trevas e acender, dentro de si, a réstea de luz que se fará bendito clarão em seu caminho.

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 13 de agosto de 2012.

É IMPRESSIONANTE!!!

20/08/2012



Confesso a vocês que tenho feito o máximo esforço para conter a indignação, mas, por vezes, certas pessoas abusam demais da nossa capacidade espiritual de permanecer em silêncio...
Eu não sei se vocês saberão do que estou falando, mas prometi a mim mesmo não falar além do que devo – confio na capacidade dos leitores deste blog de atinarem com o que pretendo dizer, e, mais do que dizer, denunciar.
De início, esclareço que o assunto nada tem a ver comigo, pois, com o Espiritismo, tenho aprendido a não ser advogado em causa própria. Tampouco, nada tem a ver com o amigo médium de que tenho me valido em meus arrazoados de além-túmulo, pois, para se defender, ele não necessita de mim...
A questão é a seguinte: tem gente que, na tentativa de se justificar em seus desmandos doutrinários – diria mesmo, desonestidades! –, está tentando fazer com que Chico Xavier a ele se nivele...
É isto mesmo o que você está lendo, com estes seus olhos que, um dia, a terra também há de comer com um apetite voraz!
É impressionante!!!
De repente, o nosso pobre Chico – homem de uma vida irretocável, em todos os aspectos! – foi quem errou ao dizer isto, ao escrever aquilo, tornando pública uma situação de lesa-Doutrina...
Com sutileza maquiavélica, estão tentando induzir as pessoas a crer que Chico também copiava, ou, se preferirem, plagiava! Ultrapassando todos os limites do bom senso e do respeito – tem gente que para falar ou escrever sobre Chico, precisava, antes, lavar a boca e as mãos com soda cáustica! –, disseram, recentemente, que a obra “Nosso Lar”, de André Luiz, é quase um plágio das obras de Swedenborg e de Vale Owen!!!
Vocês me desculpem os excessivos pontos de exclamação, mas, sinceramente, não tem como ser diferente...
Vejam o que, através deste médium, eu pude ler com estes meus olhos que a terra deste Outro Lado da Vida também há de comer, um dia: “Chico sempre teve comportamento irretocável nesse aspecto”! Como para bom entendedor um pingo é letra, coitado do Chico noutros aspectos, não é?! Não é o que você está entendendo, ou estou exagerando?!
Primeiro: negam que Chico tenha a sido a reencarnação de Allan Kardec...
Segundo: “Nosso Lar” não é a obra sui-generis que imaginamos... (Ora, senhores, vocês estão falando com quem conhece as obras de Swedenborg, Vale Owen e Stainton Moses no original! – obras, sem dúvida, interessantes, todavia, comparadas a “Nosso Lar”, é o Jardim da Infância diante da Universidade!).
Terceiro: o objetivo disto tudo é o de reduzir a Chico a um mediunzínho qualquer!!!
Vocês querem saber de uma coisa? Não fosse a Obra Mediúnica de Chico Xavier, com toda a nossa reverência a Kardec, a sua seria uma Obra de mais de 150 anos atrás! E dê pinotes quem quiser... Esta é a pura verdade!
Então, por favor, mais respeito com o nosso Chico, um homem extremamente bondoso, que, quando insistentemente solicitado a tanto, não hesitava em escrever um bilhete ou uma carta a quem estivesse precisando, sem que isto quisesse significar mais do que simplesmente isto: um gesto de fraternidade a um companheiro necessitado e, por vezes, quiçá, arrependido pelo passado, mas não pelo presente!...
- Meu filho – disse ele, ao explicar-se a um amigo –, eu não posso desencarnar deixando problemas para o Movimento Espírita!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 20 de agosto de 2012.



terça-feira, 31 de julho de 2012

A MENSAGEM DE HUMBERTO DE CAMPOS

30/07/2012



No dia 20 de dezembro de 1935, Humberto de Campos transmitiu significativa mensagem através de Chico Xavier, intitulada “A Ordem do Mestre”, e, inicialmente, inserida no livro “Palavras do Infinito”.
A mensagem, de belíssimo conteúdo, relata um diálogo que, na vizinhança do Natal, o Mestre travou com João Evangelista, arguindo-o sobre a situação do Evangelho na Terra. Falando sobre as dificuldades que ainda imperam para que a sua Palavra seja assimilada, em espírito e verdade, o vidente de Patmos ouve Jesus perguntar:
- Qual o núcleo de minha doutrina que detém no momento maior força de expressão?
João respondeu:
- É o departamento dos bispos romanos, que se recolheram dentro de uma organização admirável pela sua disciplina, mas altamente perniciosa pelos seus desvios da verdade. O Vaticano, Senhor, que não conheceis, é um amontoado suntuoso das riquezas das traças e dos vermes da Terra. Dos seus palácios, confortáveis e maravilhosos irradia-se todo um movimento de escravização das consciências. Enquanto vós não tínheis uma pedra onde repousar a cabeça dolorida, os vossos representantes dormem a sua sesta sobre almofadas de veludo e de ouro; enquanto trazíeis os vossos pés macerados nas pedras do caminho escabroso, quem se inculca como vosso embaixador traz a vossa imagem nas sandálias matizadas de pérolas e de brilhantes. E junto de semelhantes superfluidades e absurdos, surpreendemos os pobres chorando de cansaço e de fome; ao lado do luxo nababesco das basílicas suntuosas, erigidas no mundo como um insulto à glória da vossa humildade e do vosso amor, choram as crianças desamparadas, os mesmos pequeninos a quem estendíeis os vossos braços compassivos e misericordiosos. Enquanto sobram as lágrimas e os soluços entre os infortunados, nos templos, onde se cultua a vossa memória, transbordam moedas em mãos cheias, parecendo, com amarga ironia, que o dinheiro é uma defecação do demônio no chão acolhedor da vossa casa. (os destaques são meus)
Na atualidade, em relação ao Espiritismo, mormente no que tange ao Movimento organizado, não podemos dizer o mesmo que João disse quanto ao dinheiro...
Reconhecemos que muitos núcleos do Cristianismo Redivivo sobrevivem com grandes dificuldades no campo econômico, com os adeptos que os frequentam se desdobrando para cobrir as inevitáveis despesas de sua manutenção, embora pouquíssimas sejam as Federações Espíritas que sustentam obras de assistência social junto aos mais desvalidos.
Todavia, copiando a informação que o autor do “Apocalipse” transmite ao Cristo, infelizmente, caso o Senhor nos fizesse as mesmas interrogações, poderíamos dizer a Ele que, nas hostes do Espiritismo Cristão, “com amarga ironia, o poder é uma defecação do demônio no chão acolhedor” de sua casa...
Sim, porquanto, muito dificilmente encontramos um só companheiro de Ideal, que, ocupando este ou aquele cargo administrativo, não tenha consentido que o poder lhe subisse a cabeça.
Sob este prisma, tanto tem defecado o demônio “no chão acolhedor” da Doutrina, que, sinceramente, chego a imaginar que ele está com disenteria!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 30 de julho de 2012.

terça-feira, 24 de julho de 2012

ESPIRITISMO – IMPASSE DOUTRINÁRIO

ESPIRITISMO – IMPASSE DOUTRINÁRIO

Não resta dúvida de que, na atualidade, o Espiritismo, através de seu Movimento, está vivenciando um impasse doutrinário sem precedentes na sua recente história.
Não se trata, óbvio, de questões afetas aos seus Princípios Básicos, fixados pelos Espíritos Superiores no Pentateuco – Princípios que, em seus fundamentos, se revelam inamovíveis, embora sejam, naturalmente, passíveis de desdobramentos, que, pela natureza dinâmica da Revelação, haverão de ocorrer no tempo.
Estamos nos referindo aos perigosos rumos que vêm, de algum tempo a esta parte, sendo impressos ao Movimento, por companheiros que, no que pese a sua boa intenção, agem equivocadamente.
Não é desconhecido que, desde a realização do Concílio de Nicéia, promovido em 325 d.C., o Cristianismo começou a se transformar, até quase a se desfigurar por completo, perdendo contato com as suas origens.
Emmanuel, no livro que leva o seu nome, através da lavra do médium Chico Xavier, escreveu que: “Desde o concílio ecumênico de Nicéia, o Cristianismo vem sendo deturpado pela influenciação dos sacerdotes dessa Igreja, deslumbrados com a visão dos poderes temporais sobre o mundo. Não valeu a missão sacrossanta do iluminado da Úmbria, tentando restabelecer a verdade e a doutrina de piedade e de amor do Crucificado para que se solucionasse o problema milenar da felicidade humana”.
A missão que Chico Xavier desempenhou na seara espírita, à semelhança do que aconteceu com o “iluminado da Úmbria”, não vem sendo esquecida – propositalmente esquecida – por aqueles que, deslumbrados pela “visão dos poderes temporais”, têm levado o Espiritismo pelo atalho do elitismo?!
Não estaria o Movimento Espírita, através de seus militantes, se hierarquizando como o fez a Igreja, quando começou a se afastar da essência do Evangelho?!
E, avançando no tempo, não estaríamos, a pretexto de pureza doutrinária, novamente incrementando a censura, qual o equívoco em que a Igreja Católica ocorreu, quando, então, chegou a instaurar o Tribunal do Santo Ofício, condenando os que não se pautavam pela sua cartilha ideológica às fogueiras da Inquisição?!
Cremos, no entanto, que o fator deveras mais preocupante para o Espiritismo, neste momento histórico, é a quase insensibilidade de muitos de seus adeptos que, deliberadamente, têm se afastado da Caridade, entregando-se à prática de um Espiritismo que tende a se transformar em teologia, relegando a necessidade de sua renovação íntima a plano secundário.
Concitamos, pois, aos sinceros partidários da Doutrina a que não tornem a cometer o erro da omissão, quando, nas lides do Cristianismo, optaram pelo silêncio comprometedor, cujas consequências espirituais se fizeram sentir para a Humanidade no curso da História.
Em defesa da Verdade, não há necessidade de agressividade na opinião e, muito menos, na conduta, mas imprescindível se torna a postura coerente com os Princípios abraçados, no testemunho solitário da fé, porque, conforme nos disse o Cristo, “nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! Entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus”!...

INÁCIO FERREIRA
(Página recebida pelo médium Carlos A. Baccelli, em reunião do Lar Espírita “Pedro e Paulo”, no dia 16 de julho de 2012, na cidade de Uberaba – MG).