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sábado, 6 de março de 2021

LIBERDADE , IGUALDADE E FRATERNIDADE: Liberdade, igualdade e fraternidade, três palavras que são por si sós o programa de uma ordem social, que realizaria o mais absoluto progresso da humanidade, se os princípios que representam pudessem receber inteira aplicação.




Liberdade, igualdade e fraternidade, três palavras que são por si sós o programa de uma ordem social, que realizaria o mais absoluto progresso da humanidade, se os princípios que representam pudessem receber inteira aplicação. Vejamos os obstáculos que, no estado atual da sociedade, lhes podem ser apresentados e procuraremos os meios de removê-los.


A fraternidade, na rigorosa acepção da palavra, resume todos os deveres do homem para com os semelhantes. Significa: devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência; é a caridade evangélica por excelência e a aplicação da máxima "fazer aos outros o que queremos que os outros nos façam". O oposto constitui a norma do egoísmo. A fraternidade proclama: um por todos e todos por um; o egoísmo perora: cada um para si. Estes dois princípios, sendo a negação um do outro, tanto impedem ao egoísta de ser fraterno como ao avarento de ser generoso e um homem medíocre de chegar às culminâncias de um grande homem. Ora, sendo o egoísmo social, enquanto ele dominar, será impossível a verdadeira fraternidade, querendo a cada um para proveito próprio ou quando muito em proveito de outrem, uma vez que nada perca com isso.


Atenta a sua importância para a realização da felicidade social, a fraternidade está na primeira linha: é a base; sem ela seriam impossíveis a liberdade e a igualdade reais. A igualdade decorre da fraternidade e a liberdade do conjunto das duas.


Suponhamos uma sociedade de homens assás desinteressados, benévolos e prestativos, para viverem fraternalmente. Entre eles não haverá privilégios e direitos excepcionais, o que destruiria a fraternidade.


Tratar alguém de irmão é tratar de igual para igual, é querer para ele o mesmo que para si. Em um povo de irmãos, a igualdade será a conseqüência dos seus sentimentos, da sua maneira de proceder, e se estabelecerá pela força das coisas.


Qual é, porém, o inimigo da igualdade? O orgulho, que trabalha por ser o primeiro e por dominar; que vive de privilégios e de exceções e que aproveitará a primeira ocasião para destruir a igualdade social, nunca por ele bafejada. Ora, sendo o orgulho uma das chagas sociais, é evidente que nenhuma sociedade terá a igualdade sem arrasar primeiro esta barreira.


A liberdade, já o dissemos, é filha da igualdade e da fraternidade. Falamos da liberdade legal, e não da natural, que é um direito imprescritível de toda a criatura humana, até do selvagem.


Os homens, vivendo como irmãos, com direitos iguais, animados do sentimento de recíproca benevolência, praticarão entre si a justiça, não causarão danos e, portanto, nada recearão uns dos outros. A liberdade será inofensiva, porque ninguém abusará, em prejuízo do seu semelhante. Como conseguir que o egoísmo, tudo desejando para si, e o orgulho, que quer tudo dominar, dêem as mãos à liberdade, que os destrona? Nunca o farão, porque a liberdade não tem mais encarniçados inimigos, assim como a igualdade e a fraternidade.


A liberdade pressupõe confiança mútua, mas este sentimento é impossível entre homens, que só têm em vista a sua personalidade e não podendo satisfazer à sua ambição à custa de outrem, vivem em guarda uns contra os outros, sempre receosos de perder o que chamam o seu direito e têm o predomínio como condição da existência; e por isto levantarão barreiras à liberdade e a sufocarão tão depressa encontrem propício ensejo.


Os três princípios são, como já dissemos, solidários entre si e apoiam-se mutuamente. Sem a co-existência deles, o edifício social fica incompleto. A fraternidade, praticada em sua pureza, requer a liberdade e a igualdade, sem as quais não será perfeita. Sem a fraternidade, a liberdade soltará a rédea às más paixões, que correrão sem freio. Com a fraternidade, o homem saberá regular o livre-arbítrio, estará sempre na ordem. Sem ela, usará do livre-arbítrio, sem escrúpulos; serão a licença e a anarquia. É por isso que as mais livres nações são forçadas a por limites à liberdade. A igualdade, sem fraternidade, conduz aos mesmos resultados, porque a igualdade requer liberdade. Sob o pretexto da igualdade, o pequeno abate o grande, para tomar-lhe o lugar, e torna-se tirano por sua vez. Não há senão um deslocamento de despotismo.


Do exposto resulta que deve permanecer na escravidão o povo que não possui ainda o verdadeiro sentimento de fraternidade? Que não têm capacidade para as instituições fundadas sobre os princípios de igualdade e de liberdade? Pensar assim é mais o que cometer um erro, é cometer um absurdo. Nunca se espera que a criança chegue a todo o seu desenvolvimento orgânico para ensiná-la a andar.


Quem é, as mais vezes, o guia ou o tutor dos povos? São homens de idéias grandiosas e generosas dominados pelo amor do progresso, que aproveitam a submissão dos seus inferiores, para neles desenvolver o senso moral e elevá-los pouco a pouco à condição de homens livres? Não; são, quase sempre homens ciosos do seu poder, a cuja ambição outros servem de instrumentos mais inteligentes do que os animais e que por isso, em lugar de emancipá-los, os conservam, quando podem, sob o jugo e na ignorância. Esta ordem de coisas, entretanto, muda por si mesma, sob a irresistível influência do progresso.


A reação é, não raro, violenta e tanto mais terrível quando o sentimento de fraternidade, imprudentemente sufocado, não interpõe o seu poder moderador. A luta é travada entre os que querem arrebatar e os que querem guardar; daí um conflito que se prolonga, às vezes, por séculos. Um equilíbrio fictício por fim se estabelece. As condições melhoram, mas os fundamentos de ordem social não estão firmes, a terra treme debaixo dos pés; porque ainda não é o tempo do reinado da liberdade e da igualdade sob a égide da fraternidade, visto como o orgulho e o egoísmo ainda contrastam com os esforços dos homens de bem.


Vós todos, que sonhais com esta idade de ouro para a humanidade, trabalhai principalmente na construção dos alicerces do edifício; antes de lhes terdes coroado o fastígio, dai-lhe por pedra angular a fraternidade em sua mais pura acepção; mas é preciso saber que, para isto, não basta decretar e inscrever a palavra numa bandeira; é mister que haja o sentimento no fundo dos corações e não seja ele trocado por disposições legislativas. Assim como para fazer frutificar um campo é preciso remover as pedras e arrancar a erva, urge trabalhar sem descanso para remover e arrancar o orgulho e o egoísmo, porque são eles a fonte de todo o mal, o obstáculo real ao reino das coisas boas.(77)


Destruí nas leis, nas instituições, nas religiões, na educação, os mais imperceptíveis vestígios dos tempos da barbaria e dos privilégios, bem como todas as causas, que entretem e desenvolvem esses eternos obstáculos ao verdadeiro progresso, vícios que são ingeridos, por assim dizer, como o leite, e aspirados por todos os poros na atmosfera social.


Só então os homens compreenderão, os deveres e benefícios da fraternidade, só então se firmarão por si mesmos, sem abalos e sem perigos, os princípios complementares da liberdade e da igualdade. E é possível a destruição do orgulho e do egoísmo? Respondemos alta e formalmente: SIM, porque, do contrário, fixar-se-á um marco eterno ao progresso da humanidade. Que o homem avulta sempre em inteligência, é fato incontestável. Terá chegado ao ponto culminante da sua caminhada por esse caminho? Quem ousaria sustentar tão absurda tese? Progride em moralidade? Para responder a esta pergunta, basta comparar as épocas de um mesmo país. Por que razão alcançará o limite de progresso moral antes que o do intelectual? A sua aspiração para uma ordem superior é o indício da possibilidade de ali chegar. Aos homens do progresso pertence ativar esse movimento pelo estudo e aplicação dos meios mais eficazes.


(77) A lógica e a perfeição formal e conceptual deste trabalho de Kardec exigem estudo atencioso para a sua completa compreensão. Como vemos no trecho acima, confirmando tópicos da codificação e deste mesmo volume, os espíritas são os trabalhadores do alicerce da nova ordem social. Possuindo o esclarecimento doutrinário, não podem iludir-se com teorias e movimentos políticos e sociais de superfície, com ideologias que ignoram a essência da estrutura social, ou seja a condição evolutiva do homem, do espírito humano em seu estágio atual. Impossível criar um mundo de cultura com uma população obtusa e analfabeta, sem antes educá-la. Assim também é impossível estabelecer na Terra o reino da justiça com uma humanidade egoísta, orgulhosa e escravizada aos preconceitos da ignorância, sem antes esclarecê-la. (N. do Rev.)

segunda-feira, 6 de maio de 2013

IGUALDADE "No seio das próprias religiões, cujo objetivo deveria ser unir e congraçar a família humana, apagando as causas de separação, é, infelizmente, onde mais prolifera o vírus da separatividade'(...)

IGUALDADE

A natureza, em suas manifestações eloquentes e inequívocas, ensina que todos os homens são iguais. Todos os que fazem parte da humanidade estão, de modo geral, sob o imperativo das leis que correspondem ao seu estado atual de evolução.

A necessidade de progredir e melhorar, ressarcindo o passado e aparando as arestas do caráter, explica a razão de ser da encarnação e reencarnação das almas neste orbe, onde ora nos encontramos.
A diferença entre os que aqui habitam é, exclusiva e unicamente, aquela que resulta do grau evolutivo de cada um, considerando todavia, que todos ainda se acham na dependência das aprendizagens relativas a este plano. A natureza, sujeitando os homens às mesmas necessidades e à contingência iniludível do nascimento e da morte, estabelece e assinala, de forma precisa e categórica, a igualdade humana.

O processo mediante o qual o homem surge no cenário terreno é o mesmo, não só no que respeita à sua espécie, como é, a seu turno, idêntico àquele que vigora em todo o reino animal. Os fenômenos fisiológicos que precedem e sucedem à encarnação são um só, envolvendo todos os seres desta esfera.
Concepção, período gestatório, nascimento e desenvolvimento, através da nutrição e assimilação. Seguem-se os trâmites naturais que se desenrolam do berço ao túmulo, obedecendo ao critério desa sentença de Kardec: Nascer, viver, morrer, renascer ainda, progredindo sempre: tal é a lei.
Nada obstante, verifica-se na sociedade terrena o uso inveterado das seleções e dos privilégios, dividindo-se essa sociedade em classes, grupos e partidos, dentro dos quais surgem indivíduos que, à força de artifícios e paródias, pretendem, em vão, sobrepor-se às conjunturas a que se acham submetidos todos os mortais.
O prurido de supremacia e de exceções, fruto da vaidade, é, podemos dizer, o sentimento predominante em nosso meio. Daí as hierarquias, o títulos, as insígnias, as divisas, os distintivos e até as indumentárias especializadas.

No seio das próprias religiões, cujo objetivo deveria ser unir e congraçar a família humana, apagando as causas de separação, é, infelizmente, onde mais prolifera o vírus da separatividade. Os dogmas irredutíveis, em que se fundam, constituem verdadeiras pedras de tropeço na obra da confraternização dos Espíritos.
Os prepostos de deuses particularistas distribuem graças e favores aos que se submetem às suas injunções, e anátemas àqueles que querem digerir o pão da alma com a própria razão, como digerem, com o próprio estômago, o pão do corpo.

Certa vez, Jesus surpreendeu os apóstolos discutindo entre si qual deles seria o maior. Tomando, então, o excelso Mestre, ao acaso, uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Aquele que receber esta criança, em meu nome, a mim me recebe; e quem me recebe não recebe a mim, mas ao Pai que me enviou.
Aquele, pois, dentre vós, que quiser ser grande, faça-se o servo de todos, porque o próprio Filho do homem não veio a este mundo para ser servido, mas para servir, e dar a sua vida em resgate de muitos.

Neste passo, Jesus, deitou abaixo toda e qualquer pretensão de exclusividade no que respeita à sua representação no mundo. Apesar, porém, da clareza meridiana dessa advertência, ministrada mediante exemplificação tão positiva, ainda hoje, 20 séculos decorridos, os príncipes da igreja totalitária se obstinam em declarar-se os únicos e exclusivos representantes do Cristo de Deus!

A Terceira Revelação, proclamando a unidade do destino e a sujeição de todos às leis que regem a marcha evolutiva do Espírito, consoante a justiça do aforismo evangélico - A CADA UM SERÁ DADO SEGUNDO AS SUAS OBRAS- destrói o fermento das vaidades que desnorteiam e transviam os homens do verdadeiro senso da vida.
Ensinando, outrossim, que a origem dos seres é uma só e única, passando todos eles pelas etapas que unem as classes inferiores às superiores, como elos da mesma corrente, lança no coração do homem o germe da humildade, virtude esta sem a qual ninguém pode compreender nem perceber a lei soberana da IGUALDADE, que faz, não só da humanidade terrena, como de todas as humanidades que habitam as infinitas moradas da casa do Pai, uma só e única família.
Vinícius