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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Os Exilados de "Capela" segundo João Evangelista: "Na perfeição nunca se retrocede; o Espírito é sempre atraído para o centro da perfeição, que é Deus. Os homens de Adão, ao virem para a Terra, não perderam um só átomo do aperfeiçoamento adquirido."


Donde vieram esses homens, novos no meio dos homens? A Terra não lhes deu nascimento, porque eles nasceram antes de ela ser fecunda.[...]A sua cabeça é de ouro, as suas mãos de ferro e os seus pés de barro.[...]A geração proscrita traz na fronte o selo da sentença, mas também tem o da promessa no coração.Tinham pecado por sabedoria e orgulho, e o seu entendimento obscureceu-se.Passarão os anos e os séculos, e o entendimento estará nas trevas e as trevas no entendimento.Foi o entendimento quem pecou; as trevas são o seu castigo; não há outro[...]Eles serão considerados, não como peregrinos, mas como habitantes; é a sua justa sentença


VIII
Donde vieram esses homens, novos no meio dos homens? A Terra não lhes deu nascimento, porque eles nasceram antes de ela ser fecunda.

A Humanidade não se transforma num dia, mas no decurso de séculos e séculos.

No meio dos homens antigos da Terra descubro homens novos, meninos, mulheres e varões robustos; donde vieram esses homens que nasceram antes da fecundidade da Terra?

Em cima e ao redor da Terra, rodopiam os céus e os infernos com sementes de gerações e de luz.

O vento sopra para onde o impulsa a mão que criou a sua força, e o Espírito vai para onde o chama o cumprimento da lei.

Os homens novos que descubro entre os homens antigos da Terra, e que nasceram antes de esta ser fecundada, vêm a ela em cumprimento de uma lei e de uma sentença.

Eles vêm de cima, pois vêm envoltos em luz, e a sua luz é um farol para os que moravam nas trevas da Terra.

Se, porém, seus olhos e suas frontes desprendem luz, nos semblantes eles trazem o estigma da maldição. É a reprovação das suas consciências.

São árvores de pomposa folhagem, mas privadas de frutos, arrancadas e lançadas fora do paraíso, onde a misericórdia as havia colocado, e donde as desterrou por algum tempo.

A sua cabeça é de ouro, as suas mãos de ferro e os seus pés de barro.

Conheceram o bem, praticaram a violência e viveram para a carne.

Os que, entre eles, se aproveitaram da luz e praticaram a justiça, viram o ferro das suas mãos e o barro dos seus pés transformar-se em ouro, como o de suas cabeças, e ficaram residindo no paraíso até à sua elevação. Para os outros, a misericórdia foi justiça, e seu pecada acompanhou-os em maldição perpétua, até ao renascimento.

Eles tinham a luz, e desprezaram-na — e, em vez dela, surgiram o orgulho e o desejo de oprimir os bons.

Moisés viu a sua luz e disse: São anjos decaídos; viu-os feitos de barro e disse: São homens — Adão e Eva; e fê-los serem expulsos do paraíso pela tentação dos anjos decaídos.

Vós perguntais: Como se pode retrogradar no caminho da felicidade e da perfeição. Poderemos deste modo ir viver um dia na morada da ventura? Somos fracos, e o temor e o desânimo se apossam de nós.Recuperai a paz; eu, João, vo-lo digo: descansai no seio da sabedoria e da misericórdia do Pai, como descansei a minha cabeça no regaço e no amor do Filho, Jesus Cristo.

Na perfeição nunca se retrocede; o Espírito é sempre atraído para o centro da perfeição, que é Deus. Os homens de Adão, ao virem para a Terra, não perderam um só átomo do aperfeiçoamento adquirido.

Eles tinham sido elevados ao paraíso pela misericórdia divina e não pelos seus merecimentos, porque as felicidades são também provas, assim como os sofrimentos e as misérias.

Muitos saíram bem na prova e mostraram que era justiça o que tinha sido misericórdia; estes herdaram o paraíso até que aí fossem elevados, porque a felicidade da justiça se perpetua de tempos a tempos e de geração a geração.

Outros abusaram dos dons da misericórdia, e as suas obras clamaram justiça; e o peso dessas obras na balança da justiça fê-los descer a Terra, até ao renascimento.

Mas a misericórdia de Deus os segue sempre de século em século, de geração em geração.

A geração proscrita traz na fronte o selo da sentença, mas também tem o da promessa no coração.

Tinham pecado por sabedoria e orgulho, e o seu entendimento obscureceu-se.

Passarão os anos e os séculos, e o entendimento estará nas trevas e as trevas no entendimento.Foi o entendimento quem pecou; as trevas são o seu castigo; não há outro.

A obscuridade foi à sentença do entendimento ensoberbado — a luz, a promessa da misericórdia que subsiste e subsistirá.

E essa luz deve iluminar a todos os homens que vêm ao mundo para cumprir uma sentença.

A uns com o sol nascente, a outros o sol meridional, a outros com o sol poente, prestando-lhes o seu calor até a manhã em que ele despontará mais luminoso.

É lá no Oriente que irrompeu o primeiro albores do sol dos Espíritos, os crepúsculos do novo dia, a aurora da redenção. Bem-aventurados os que não dormem e têm os olhos voltados para o nascente do Sol: porque serão os primeiros a ver a luz e se regozijarão antes do dia, e o dia não os cegará.

Bem-aventurados os que choram por causa das trevas e da condenação, e cujos corações não edificam moradas nem levantam tendas.

Porque serão peregrinos no cárcere, e renascerão para morar perpetuamente, de geração em geração, nos cimos onde não há trevas; porque recuperarão os dons da misericórdia na consumação.

Ai dos que dormem com o rosto voltado para o poente!

Ai dos que olvidam e riem! Ai dos que estabelecem moradas e levantam tendas! Ai dos que se enraízam no pó!

Eles ficarão cegos antes de verem a luz — os seus olhos renascerão na obscuridade - e o seu dia não renascerá nem neste nem no século vindouro.

Eles serão considerados, não como peregrinos, mas como habitantes; é a sua justa sentença.Serão novamente plantados no pó das suas raízes, até à hora do fruto, na justiça e na renovação.


Eu - João*

Fonte=> Livro: Roma e o Evangelho=>Cap.Comunicações ou ensinos dos Espíritos=>28º Março de 1874=>VIII

*Nota dos autores:
No começo desta comunicação, sabíamos que era Lamennais quem nos falava: mas a diferença do estilo e dos conceitos em alguns pontos nos fez suspeitar que não era ele só quem a inspirava. Com efeito, ao chegarmos a este ponto, tivemos a inefável satisfação de ver que o pensamento do evangelista João também nos vinha fortalecer e iluminar.
 D. José Amigó y Pellícer

segunda-feira, 31 de maio de 2021

CIDADES IMPENITENTES


[...]"O Espiritismo, através de suas obras fundamentais, esclarece que, da mesma forma como os homens são submetidos a resgates por causa dos seus transviamentos, as cidades também pagam alto preço pelas suas transgressões.[...]Os desígnios de Deus são sábios, e as grandes provações, as expiações que à primeira vista parecem aberrantes e ostensivas negações da misericórdia de Deus, são providenciais e eficientes meios de resgate coletivo de Espíritos pecaminosos. As destruições de cidades, os cataclismos, as inundações e outras formas de expiação coletiva são salutares advertências e, de modo geral, apresentam o reajuste de grandes aglomerados humanos que prevaricaram com seus deveres."







CIDADES IMPENITENTES

“Digo-vos, porém, que menos rigor haverá para a terra de Sodoma do que para ti.” (Mateus, 11:24)

Da mesma forma como os homens são submetidos a penosos resgates individuais, quando malbaratam o legado precioso que Deus lhes concedeu, as cidades também experimentam quedas e dores quando não dão acolhida aos ensinos que, de um modo ou de outro, são proporcionados à sua população pelos mensageiros dos Céus.

As cidades de Sodoma e Gomorra foram destruídas em conseqüência dos seus
inúmeros transviamentos; no entanto, segundo a própria expressão de Jesus Cristo, menos rigor haverá para elas no julgamento divino, do que para Corazim, Betsaida,Cafarnaum e Jerusalém, onde autênticos sinais foram produzidos pela interferência do Mestre, sem que houvesse ocorrido o devido aproveitamento. 

Jerusalém é o exemplo típico desta assertiva. A antiga capital da Judéia teve a oportunidade de presenciar todos os fatos operados por Jesus Cristo: viu a cura de cegos, de paralíticos, de leprosos, a expulsão de Espíritos inferiores; ouviu a voz do tão esperado Messias; presenciou a apoteótica recepção que a sua população prestou
ao Mestre, quando da sua chegada àquela cidade; no entanto, nada serviu de lição, o que o levou a subir a um monte e exclamar amargurado: Jerusalém, Jerusalém! Que matais os profetas e apedrejais os que vos foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir vossos filhos como a galinha ajunta os do seu próprio ninho debaixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta. E em verdade vos digo que não mais me vereis até que venhais a dizer — Bendito o que vem em nome do Senhor (Lucas, 13: 34-35).

Por reiteradas vezes o Senhor insistiu para que a cidade e a nação voltassem
atrás em seus desatinos e desvios, abandonando uma vida eivada de vaidade e orgulho. Muitos sábios e profetas desceram do Alto para essa finalidade. O próprio Jesus Cristo ali surgiu para complementar a tarefa dos seus prepostos. Nada disso valeu. Consumou-se, então, no tocante a Israel, a parábola dos lavradores malvados:
Havia um homem, pai de família, que plantou uma vinha. Cercou-a de uma sebe, construiu nela um lagar, edificou-lhe uma torre e arrendou-a a uns lavradores, depois se ausentou do país.
Ao tempo da colheita, enviou seus servos aos lavradores para receber os frutos que lhe tocavam.
E os lavradores, agarrando os servos, espancaram a um, mataram a outro e a outro apedrejaram.
Enviou ainda outros servos em maior número; e trataram-nos do mesmo modo.
E por último enviou-lhes o próprio filho, dizendo: a meu filho respeitarão.
Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; ora,matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança.
E, agarrando-o, lançaram-no fora da vinha e o mataram.
Quando, pois, vier o senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?
Responderam-lhe: Fará perecer horrivelmente a estes malvados, e arrendará a vinha a outros que lhe remetam os frutos nos seus devidos tempos.
O Senhor da vinha é Deus, os lavradores são os homens, os enviados que foram mortos, expulsos ou apedrejados, foram os profetas e os grandes missionários que vieram à Terra; o filho do senhor da vinha é Jesus Cristo.
Jerusalém apedrejou, expulsou e matou numerosos enviados de Deus; o Pai enviou-lhe o seu próprio Filho, e também este foi morto. Os homens se recusaram a produzir bons frutos e a retribuir a misericórdia infinita do Criador que lhes deu a Terra, com todas as possibilidades de produção.
A cidade de Jerusalém e toda a Judéia foram então tiradas desse povo e entregues a um outro. Os filhos de Israel foram dispersos no ano 70, perdendo sua pátria e praticamente todo o seu patrimônio e, da suntuosidade do seu famoso Templo, não restou pedra sobre pedra. Cumpriu-se, desta forma, o vaticínio de Jesus: “A Casa ficou realmente deserta.” (Lucas, 13:35).

Esta parábola de Jesus, obviamente, não se aplica somente o a Jerusalém, mas a muitas cidades e nações.

Quando o Mestre obtemperou: Ai de ti, Corazim, ai de ti, Betsaida, o seu pensamento era de fazer distinção entre as cidades que recebem a palavra de Deus, e aquelas que não o fazem.

Para ilustração, mencionemos a população da cidade de Nínive, a qual, decidindo-se a ouvir as advertências do profeta Jonas e a se penitenciar dos seus
desregramentos, evitou a sua própria destruição.

A maleabilidade que existe no seio de alguns povos, mais do que em outros, para a assimilação dos ensinamentos vindos do Alto, levou o Mestre a exclamar: Se em Tiro ou em Sidônia se tivessem operado os fatos maravilhosos que se produziram em Corazim, em Betsaida e em Cafarnaum, por certo elas há muito haviam mudado de roteiro.

O Espiritismo, através de suas obras fundamentais, esclarece que, da mesma forma como os homens são submetidos a resgates por causa dos seus transviamentos, as cidades também pagam alto preço pelas suas transgressões.

Quantas cidades e nações opulentas do passado não foram guindadas às posições mais culminantes e, posteriormente, quando o orgulho e a vaidade se haviam constituído em seu apanágio, não foram precipitadas às posições mais ínfimas? Foi o que sucedeu com Cafarnaum, conforme prognosticou Jesus Cristo:
“Serás elevada até ao Céu e depois precipitada até o hades terrível da destruição e da dor”.

A velha Grécia dos filósofos discutidores e falazes se impôs ao mundo como paradigma de luz e poder, e depois caiu no ostracismo. Roma dominou o mundo, avassalando as nações e ostentando o cetro do orgulho e da prepotência, vendo, posteriormente, a sua própria derrocada, vítima dos seus próprios erros.

A velha Cartago não se contentou com a situação de proeminência que Deus lhe concedeu, e seu espírito expansionista ocasionou sua própria destruição.

As tribos de Israel não se limitaram aos territórios que o Pai havia prometido aAbraão. Invadiram terras de outros povos e o cativeiro, sob o tacão dos caldeus, dos babilônicos, dos egípcios e dos romanos, foi o choque de retorno. Suas cidades e suas preciosidades foram destruídas e seu povo submetido a terríveis e prolongados cativeiros.

Quantas cidades são assoladas por cataclismos de toda a espécie: incêndios,
inundações, terremotos, maremotos, erupções de vulcão?

Os desígnios de Deus são sábios, e as grandes provações e expiações coletivas,que à primeira vista parecem aberrante e ostensiva negação da misericórdia de Deus, são providenciais e eficientes meios de resgate coletivo de Espíritos pecaminosos. 

As destruições de cidades, os cataclismos, as inundações e outras formas de expiação coletiva são salutares advertências e de um modo geral representam o reajuste de grandes aglomerados humanos que prevaricaram com seus deveres.

PAULO ALVES DE GODOY

CASOS CONTROVERTIDOS DO EVANGELHO

terça-feira, 25 de maio de 2021

SOCIEDADE

fragmentos do texto:

[...]A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais[...]s corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio[...]Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo. [...]Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestam[...]Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação



Sociedade


A sociedade humana pode ser comparada a imensa floresta de criações mentais, onde cada espírito, em processo de evolução e acrisolamento, encontra os reflexos de si mesmo.
Aí dentro os princípios de ação e reação funcionam exatos.

As pátrias, grandes matrizes do progresso, constituem notáveis fulcros da civilização ou expressivos redutos de trabalho, em que vastos grupos de almas se demoram no serviço de auto-educação, mediante o serviço à comunidade, emigrando, muita vez, de um país para outro, conforme se lhes faça precisa essa ou aquela aquisição nas linhas da experiência.

O lar coletivo, definindo afinidades raciais e interesses do clã, é o conjunto das emoções e dos pensamentos daqueles que o povoam.

Entre as fronteiras vibratórias que o definem, por intermédio dos breves aprendizados “berço-túmulo”, que denominamos existências terrestres, transfere-se a alma de posição a posição, conforme os reflexos que haja lançado de si mesma e conforme aqueles que haja assimilado do ambiente em que estagiou.

Atingida a época de aferição dos próprios valores, quando a morte física determina a extinção da força vital corpórea, emprestada ao espírito para a sua excursão de desenvolvimento e serviço, reajuste ou elevação, na esfera da carne, colhemos os resultados de nossa conduta e, bastas vezes, é preciso recomeçar o trabalho para regenerar atitudes e purificar sentimentos, na reconstrução de nossos destinos.

Dessa forma, os corações que hoje oprimem o próximo, a se prevalecerem da galeria social em que se acastelam, na ilusória supremacia do ouro, voltam amanhã ao terreno torturado da carência e do infortúnio, recolhendo, em impactos diretos, os raios de sofrimento que semearam no solo das necessidades alheias. 

E se as vítimas e os verdugos não souberem exercer largamente o perdão recíproco, encontramos no mundo social verdadeiro círculo vicioso em que se entrechocam, constantemente, as ondas da vingança e do ódio, da dissensão e do crime, assegurando clima favorável aos processos da delinquência.

Sociedades que ontem escravizaram o braço humano são hoje obrigadas a afagar, por filhos do próprio seio, aqueles que elas furtaram à terra em que se lhes situava o degrau evolutivo. 

Hordas invasoras que talam os campos de povos humildes e inermes, neles renascem como rebentos do chão conquistado, garantindo o refazimento das instituições que feriram ou depredaram. 

Agrupamentos separatistas, que humilham irmãos de cor, voltam na pigmentação que detestam, arrecadando a compensação das próprias obras. 

Citadinos aristocratas, insensíveis aos problemas da classe obscura, depois de respirarem o conforto de avenidas suntuosas costumam renascer em bairros atormentados e anônimos, bebendo no cálice do pauperismo os reflexos da crueldade risonha com que assistiram, noutro tempo, à dor e à dificuldade dos filhos do sofrimento.

Em todas as épocas, a sociedade humana é o filtro gigantesco do espírito, em que as almas, nos fios da experiência, na abastança ou na miséria, na direção ou na subalternidade, colhem os frutos da plantação que lhes é própria, retardando o passo na planície vulgar ou acelerando-o para os cimos da vida, em obediência aos ditames da evolução.

Emmanuel;
Psicografia: Francisco Cândido Xavier;
Do livro: Pensamento e Vida.

domingo, 1 de junho de 2014

ORDENAÇÕES HUMANAS "... a Boa Nova não ensina a genuflexão ante a tirania insolente; entretanto, pode respeito às ordenações humanas, por amor ao Mestre Divino..."

Emmanuel
"Sujeitai-vos, pois, a toda ordenação humana, por amor do Senhor."
 - (I PEDRO, 2:13.)
 
Certos temperamentos impulsivos, aproximando-se das lições do Cristo, presumem no Evangelho um tratado de princípios destruidores da ordem existente no mundo. Há quem figure no Mestre um anarquista vigoroso, inflamado de cóleras sublimes.
Jesus, porém, nunca será patrono da desordem.
A novidade que transborda do Evangelho não aconselha ao espírito mais humilhado da Terra a adoção de armas contra irmãos, mas, sim, que se humilhe ainda mais, tomando a cruz, a exemplo do Salvador.
Claro está que a Boa Nova não ensina a genuflexão ante a tirania insolente; entretanto, pode respeito às ordenações humanas, por amor ao Mestre Divino.
Se o detentor da autoridade exige mais do que lhe compete, transforma-se num déspota que o Senhor corrigirá, através das circunstâncias que lhe expressam os desígnios, no momento oportuno. Essa certeza é mais um fator de tranqüilidade para o servo cristão que, em hipótese alguma, deve quebrar o ritmo da harmonia.
Não te faças, pois, indiferente às ordenações da máquina de trabalho em que te encontras. É possível que, muita vez, não te correspondam aos desejos, mas lembra-te de que Jesus é o Supremo Ordenador na Terra e não te situaria o esforço pessoal onde o teu concurso fosse desnecessário.
Tens algo de sagrado a fazer onde respiras no dia de hoje. Com expressões de revolta, tua atividade será negativa. Recorda-te de semelhante verdade e submete-se às ordenações humanas por amor ao Senhor Divino.

Do livro "Caminho, Verdade e Vida",  de Chico Xavier

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Expiação individual e/ou coletiva

Editorial
 •  Redação
O culpado busca em si mesmo o seu mais inexorável castigo. (C.I. 2a parte, cap VII, II)1
De modo diverso procede a justiça divina, cujas punições correspondem ao progresso dos seres aos quais elas são infligidas. (C.I. 2a parte, cap VII, III)1
As agonias da Terra têm por premissa as alegrias do céu. (C.I. 2a parte, cap VIII, Marcel)1
Eu quis expiar o orgulho, na última existência, sob a condição de servo. (C.I. VII, Antônio B)1
As tribulações, as vicissitudes, as dificuldades e dores humanas são sempre as consequências de uma vida anterior, culposa ou mal aproveitada. (C.I. VII, Erasto)1
Era a segunda vez que eu expiava a privação da vista. Tendo já expiado, ainda me faltava reparar. (C.I. VII, final, José)1
Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito. (Ev. III 15)2
Não há faltas irremissíveis, que a expiação não possa apagar. (L.E. Introdução, VI)3
Primeira ordem – Espíritos puros: Tendo alcançado a soma de perfeição de que é suscetível a criatura, não têm mais que sofrer provas, nem expiações. (L.E. 113)3
Deus impõe a encarnação aos Espíritos com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. (L.E. 132)3
O fim objetivado com a reencarnação é a expiação, melhoramento progressivo da Humanidade. (L.E. 167, 178)3
Para os Espíritos, não há trevas, salvo as que podem achar-se por expiação. (L.E. 246)3
As vicissitudes da vida corpórea constituem expiação das faltas do passado e, simultaneamente, provas com relação ao futuro. (L.E. 399)3
As classes a que chamas sofredoras são mais numerosas, por ser a Terra lugar de expiação. (L.E. 931)3
A expiação se cumpre durante a existência corporal, mediante as provas a que o Espírito se acha submetido e, na vida espiritual, pelos sofrimentos morais, inerentes ao estado de inferioridade do Espírito. (L.E. 998)3
Os privados da visão deveriam considerar-se como bem-aventurados da expiação. (R.E. 1863)4
A expiação implica necessariamente a ideia de um castigo mais ou menos penoso, resultado de uma falha cometida. – Em certos casos, a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação pode servir de prova, e reciprocamente. (R.E. 1863)4
É erro pensar que o caráter essencial da expiação seja o de ser imposta. – Assim, nada há de irracional em admitir que um Espírito na erraticidade escolha ou solicite uma existência terrena que e o leve a reparar seus erros passados. (R.E. 1863)4
Bendigo a chama; bendigo os sofrimentos; bendigo a prova, que era uma expiação. (R.E. 1863)4
O que lhe acontece é uma expiação; se quer que esta cesse, terá que se melhorar e provar as boas intenções, começando por se mostrar boa e caridosa para com os inimigos. (R.E. 1864)4
Há provações sem expiação, como há expiações sem provação. (R.E. 1864)4
Essas almas deserdadas desde o nascimento neste mundo já viviam e expiam, em corpos disformes, suas faltas passadas. (R.E. 1864)4
Aliás, quem sabe se esse menino, supondo seu crime sem escusas, não sofreu duro castigo no mundo dos Espíritos, e se seu arrependimento e seu desejo de reparar não reduziram a expiação terrena a uma simples enfermidade? (R.E. 1865)4
Por que esses dois seres são feridos juntos? Porque participaram da mesma vida; estavam ligados durante a provação, e devem estar reunidos na vida de expiação. (R.E. 1865)4
O fato seguinte apresenta um caso instrutivo, como aplicação da soberana justiça e como explicação do que por vezes parece inexplicável em certas posições da vida. (R.E. 1867)4
O mesmo sucede quando se trata de crimes cometidos solidariamente por um certo número de pessoas. As expiações também são solidárias, o que não suprime a expiação simultânea das faltas individuais. (O.P. Primeira parte – As expiações coletivas)5

1. KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno.
2. ____. O Evangelho Segundo o Espiritismo.
3. ____. O Livro dos Espíritos.
4. ____. Revista Espírita.
5. ____. Obras Póstumas.