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domingo, 30 de dezembro de 2012

E O CÉU SE FECHOU:"O Céu jamais poderá fechar-se, pois isso representa pura simplesmente a negação da misericórdia infinita do Criador de todas as coisas. Seria a anulação da promessa de Jesus de que "tu aquilo que pedirmos ao Pai, nos será concedido"..."


"Quando o Céu se fechou por três anos e seis meses." - (Lucas, 4:25)
O evangelhísta Lucas pôs nos lábios de Jesus Cristo a afirmação de que, ao tempo de profeta Elias, o Céu se fechou durante três e seis meses, de sorte que houve grande fome na Terra, tendo o grande profeta sido enviado a socorrer apenas uma pobre viúva, que residia em Sarepta de Sidon. Acrescentou, ainda, o Mestre, que existiam muitos leprosos na Terra ao tempo do profeta Eliseu, mas este foi enviado apenas para curar Naamã, um estrangeiro que estava contaminado por aquela enfermidade.

Poderá o Céu cerrar suas portas e deixar que os clamores que partem da Terra não sejam atendidos? Poderá Deus ficar surdo por três e meio longos anos, às rogativas que partem das sofridas criaturas terrenas?

Indubitavelmente, as palavras do Cristo encerram uma força de expressão e o seu objetivo fundamental, ao formular esse ensinamento, foi nos ensinar que existem na Terra criaturas que possuem um "tesouro nos Céus, por elas próprias amealhado, o qual fará com que venha em seu favor o socorro dos Céus, sempre que elas dele necessitem".

Um aglomerado de pessoas pode ser submetido a uma expiação coletiva e os Espíritos executores da vontade de Deus atender a rogativa que partir de uma ou mais delas, que experimentaram as consequências dessa mesma expiação, sem que a ela as outras façam jus. Foi o caso da pobre viúva de Sarepta de Sidom, que, vivendo no seio de um povo assolado por tremenda crise, foi socorrida pelo profeta Elias, adredemente instruído nesse sentido, tendo seus sofrimentos e de seu filho minorados.
O Céu jamais poderá fechar-se, pois isso representa pura simplesmente a negação da misericórdia infinita do Criador de todas as coisas. Seria a anulação da promessa de Jesus de que "tu aquilo que pedirmos ao Pai, nos será concedido".

No passado, costumava-se dizer que o Céu se fechava para os "hereges" e para os maus. Para os que não professassem a religião oficial ou fossem surdos aos ensinamentos evangélicos. Para os rebeldes e para os viciosos. Porém, cumpre aqui aditar que um dos grandes profetas da antiguidade afirmou que "Deus não que morte dos ímpios, mas que eles se redimam e vivam."

Um dos castigos que Moisés prometia, aos que não obedecessem às leis de Deus, era que: "O Céu se tornará de bronze, sobre as suas cabeças, e a terra debaixo de seus pés se tornaria de fé; (Deuteronômio, 28:23). Segundo o grande legislador dos hebreus essa maldição tinha o beneplácito de Deus, e destinava- se a todos aqueles que não guardassem os Dez Mandamentos da Lei.

Ao tempo de Moisés era admissível atemorizar o povo com ameaças dessa natureza, pois o Deus então apresentado, o temido e temível Jeová dos Exércitos, era um Deus parcial, rancoroso, vingativo e cheio de zelo. Quando do advento da Jesus, nos foi assentado um Deus que é todo misericórdia e a expressão maior do amor.

Ensinou-nos o Mestre que as cinco virgens prudentes da parábola encontraram as "portas do Céu", mas a cinco imprudentes encontram-nas fechadas (Mateus, 25:1-13). As cinco primeiras simbolizam os que cumprem seus deveres na Terra - são bons, tolerantes, misericordiosos.
As outras simbolizam os que vivem na Terra mergulhados nos vícios, são maus e recalcitrantes, insurgindo-se contra os preceitos da Lei. Torna-se evidente que o tratamento não poderia ser idêntico para todos.
É lógico que não existe porta nos Céus, nem porteiro. O que, na realidade, existe sãos Planos Espirituais numa escala infinita; para os Planos Elevados irão as almas boas e cumpridoras de seus deveres, que souberam cumprir as leis do amor; para os Planos Inferiores gravitarão os maus, os rebeldes, os vingativos, os orgulhosos, os malfeitores de todos os matizes.
É evidente, contudo, que os estágios nesses Planos são sempre transitórios, pois todas as criaturas caminham para Deus, e todas elas, indistintamente, através das vidas sucessivas, alcançam Planos mais sublimados, pois "há grande alegria nos Céus pelos pecadores que se regeneram".
E o Pai que se forme "um só rebanho, sob o cajado de um só pastor."
Paulo A. Godoy