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terça-feira, 5 de março de 2013

ACÊRCA DO DIVÓRCIO

CAPÍTULO XIX
ACÊRCA DO DIVÓRCIO
ACERCA DO DIVÓRCIO
1 - E aconteceu que, tendo Jesus acabado estes discursos, partiu de Galiléia, e veio para os confins da Judéia, além do Jordão.
2 - E seguiram-no muitas gentes, e curou ali os enfermos.
3 - E chegaram-se a ele os fariseus, tentando-o, e dizendo:
É por ventura lícito a um homem repudiar a sua mulher, por qualquer causa?
4 - Ele, respondendo, lhes disse: Não tendes lido que quem criou o homem, desde o princípio fê-los macho e fêmea? E disse:
5 - Por isso deixará o homem pai e mãe, e ajuntar-se-á com sua mulher, e serão dois numa só carne.
6 - Assim que já não são dois, mas uma só carne. Não separe logo o homem o que Deus ajuntou.
O casamento é uma instituição divina. Por meio do casamento, Deus providencia os corpos materiais para os espíritos encarnarem e progredirem; porque, como sabemos, é só pelo trabalho incessante, que o espirito realiza, ora nos círculos materiais, ora nos espirituais, é que se efetua sua evolução.
No ambiente do lar, encontramos os elementos indispensáveis para novos surtos de progresso e de redenção. É também no aconchego do lar, que ensaiamos nossos primeiros passos de amor para com nossos semelhantes. À medida que formos evoluindo, alargaremos o círculo de nosso amor, até que o amor que hoje dedicamos à nossa família, o dedicaremos à humanidade. Erram por conseguinte, os que querem ver no casamento apenas a influência das leis materiais. Ao lado das leis materiais, quase que instintivas, funcionam também puras e santificantes leis morais. Se as leis do instinto ligam os corpos, as leis morais ligam as almas, e determinam cinco espécies de casamentos, em nosso planeta, a saber:
CASAMENTOS POR AFINIDADE:
Almas gêmeas isto é, com o mesmo grau de evolução, unem-se para progredirem juntas. Dão-nos o exemplo do casamento perfeito. O lar é harmonioso. A vida exemplar que o casal vive, constitui um modelo.
CASAMENTOS DE PROVAS:
O casamento é uma prova de resignação, paciência, tolerância e fraternidade. Espíritos de diversos graus evolutivos reúnem-se no mesmo lar, onde se esforçam por viverem em harmonia, apesar da disparidade de gostos, de idéias e de inclinações, que os separam.
CASAMENTOS DE EXPIAÇÃO:
Espíritos culpados, que erraram juntos em encamações anteriores, reúnem-se no mesmo lar, para retificarem os erros do passado.
CASAMENTOS DE RESGATE:
O casamento é de resgate, quando os membros da família procuram resgatar dívidas, que contraíram uns para com os outros, em encarnações anteriores. Assim, o homem que atirou à lama uma mulher, na encarnação seguinte poderá pedir para vir a ser seu marido, para dignificá-la. A mulher, por cuja causa um homem se desviou, poderá, em futura encarnação, servir-lhe de arrimo, para ajudá-lo a voltar ao reto caminho. Os pais que se descuraram da educação moral dos filhos, poderão pedir nova encarnação, em que lhes seja concedido trabalharem para a melhoria de seus filhos extraviados, resgatando desse modo, o mal que lhes causaram.
CASAMENTOS DE RENÚNCIA:
O casamento é de renúncia quando um ou os dois cônjuges, embora não mais necessitando de encarnações terrenas, contudo se encarnam para apressarem o progresso de seus familiares, que se atrasaram no caminho da evolução.
Como vemos além de formarem uma só carne, marido e mulher obedecem a sublimes leis morais, que não podem ser transgredidas impunemente.
7 - Replicaram-lhe eles: Pois, por que mandou Moisés dar o homem à sua mulher carta de desquite, e repudiá-la?
8 - Respondeu-lhes: Porque Moisés, pela dureza de vossos corações, vos permitiu repudiar a vossas mulheres, mas ao princípio não foi assim.
9 - Eu pois vos declaro que todo aquele que repudiar sua mulher, se não é por causa da fornicação, e casar com outra, comete adultério, e o que se casar com a que o outro repudiou, comete adultério.
Quando o egoísmo fala mais alto, endurecendo os corações dos cônjuges, estes facilmente desprezam as leis morais, que lhes presidia à união, e o casamento é, ordinariamente, rompido. Entretanto, ainda assim o Evangelho proíbe a união dos cônjuges com terceiros, dando desta maneira a entender claramente, que os laços do casamento são indissolúveis aqui na terra enquanto os dois cônjuges estiverem encarnados.
10 - Disseram-lhe seus discípulos: Se tal é a condição de um homem a respeito de sua mulher, não convém casar-se.
11 - Ao que ele respondeu: Nem todos são capazes desta resolução, mas somente aqueles a quem isto foi dado.
12 - Porque há uns castrados, que nasceram assim do ventre de sua mãe; e há outros castrados, a quem outros homens fizeram tais; e há outros castrados, que a si mesmo se castraram por amor do reino dos céus. O que é capaz de compreender isto, compreenda-o.
Ao ouvirem tão novos ensinamentos e tão contrários ao costume geral, os discípulos ficaram admirados. E Jesus lhes explica que, conquanto fossem poucos, já existem na terra pessoas que compreendem o quanto de sublime há no sagrado instituto da família.
Os que nasceram castrados, são aqueles que se desviaram pelo sexo, em encarnações anteriores; e agora penetram na vida terrena, punidos naquilo por que pecaram.
Os que os homens castraram, são aqueles que sofreram essa crueldade, comum no Oriente, ainda até há bem pouco tempo.
Finalmente, os que se castraram por amor do reino dos céus, são aqueles que sabem dignificar as leis naturais do sexo, no sagrado instituto da família. E também aqueles que, não tendo conseguido constituir família, sabem manter-se em nobre e digna castidade.
JESUS ABENÇOA OS MENINOS
13 - Então lhe foram apresentados vários meninos, para lhes impor as mãos, e fazer oração por eles. E os discípulos os repeliam com palavras ásperas.
14 - Mas Jesus lhes disse: Deíxai os meninos, e não embaraceis que eles venham a mim; porque destes tais é o reino dos céus.
15 - E depois que lhes impôs as mãos, partiu dali.
Destes tais é o reino dos céus, significa que somente os que alcançaram a pureza e a inocência das crianças, estão em estado de merecerem a felicidade, que se origina sempre de uma consciência sem mácula.
Estas palavras de Jesus também são uma ordem, para que as crianças sejam instruídas em seu Evangelho, desde pequeninas. Embaraçar as crianças e mesmo repeli-las para que não se acerquem de Jesus, simboliza a indiferença dos pais em não cuidarem da educação evangélica de seus filhinhos. Proceder assim é um erro de lamentáveis conseqüências espirituais; porque os pais se esquecem de indicar aos filhos o caminho que facilmente os conduziria a Deus.
É muito comum depararmos com pais espíritas, que militam nas fileiras do Espiritismo como médiuns ou como pregadores, e não sabem encaminhar seus filhos para o caminho da espiritualidade e da evangelização, deixando-os entregues a si mesmos. O resultado é que os filhos inexperientes, privados do auxílio da experiência dos pais, desviam-se com facilidade, preparando colheitas de lágrimas e de sofrimentos para si próprios e para os pais que não souberam, ou não quiseram guiá-los pelo caminho reto.
O MANCEBO RICO
16 - E eis que, chegando-se a ele um, lhe disse: Bom Mestre, que obras boas devo fazer, para alcançar a vida eterna?
17 - Jesus lhe respondeu: Porque me perguntas tu o que é bom? Bom só Deus o é. Porém, se tu queres entrar na vida, guarda os mandamentos.
18 - Ele lhe perguntou: Quais? E Jesus lhe disse: Não cometerás homicídio. Não adulterarás. Não cometerás furto. Não dirás falso testemunho.
19 - Honra a teu pai e à tua mãe, e amarás ao teu próximo como a ti mesmo.
20 - O mancebo lhe disse: Eu tenho guardado tudo isso desde a minha mocidade; que é que me falta ainda?
21 - Jesus lhe respondeu: Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu; depois vem, e segue-me.
22 - O mancebo, porém, como ouviu esta palavra, retirou-se triste; porque tinha muitos bens.
Para que ao desencarnar, o espírito atinja as regiões superiores do mundo espiritual, não lhe basta somente guardar os mandamentos divinos. É preciso que além de uma vida nobre e pura, tenha a coragem suficiente de se desprender das coisas da terra.
Respondendo Jesus ao moço rico, que se desfizesse do que possuía em benefício dos que nada tinham, mostrou-lhe que ainda lhe faltava a virtude da renúncia, isto é, pensar nos outros antes de pensar em si. E lhe demonstrando que precisava adquirir a virtude da renúncia, Jesus ensinou ao moço rico que o excessivo apego às riquezas da terra, amarra a alma às regiões inferiores, e não a deixa elevar-se para Deus.
Ao dizer Jesus que só Deus é bom, dá-nos uma lição de humildade, pois, por nós próprios nada somos, se a bondade divina não nos amparar.
23 - E Jesus disse aos seus discípulos: Em verdade vos digo que um rico dificultosamente entrará no reino dos céus.
24 - Ainda vos digo mais: Que mais fácil é passar um camelo pelo fundo de uma agulha, do que entrar um rico no reino dos céus.
O poder e os gozos materiais que a riqueza proporciona; o orgulho que alimenta nos corações; a sedução que exerce sobre as almas; tudo isso torna a prova da riqueza uma das mais difíceis, que um espírito tem de suportar no caminho da perfeição.
A riqueza é cheia de méritos para o futuro espiritual de uma alma, quando é bem empregada; porque a riqueza é uma das alavancas do progresso do mundo. Os ricos são os despenseiros dos bens materiais de Deus. E como tal, devem zelar para que nada falte aos que nada possuem. E que não seja por meio da fria caridade, que se limita a distribuir apenas algumas moedas; mas sim, pelo exercício da caridade ativa, que consiste em promover o trabalho, a instrução. O bem-estar e a moralização da família humana. E como, ordinariamente, o rico se esquece de seus deveres de mordomo, e usa, egoisticamente, só para si próprio, os bens que lhe foram confiados, torna-se difícil sua ascenção para Deus.
25 - Ora os discípulos, ouvidas estas palavras, conceberam grande espanto, dizendo: Quem poderá logo salvar-se?
26 - Porém Jesus, olhando para eles, disse: Aos homens é isto impossível, mas a Deus tudo é possível.
Na verdade, para Deus não é difícil que um rico se salve, porque existe a lei da reencarnação, a qual permite a cada um retificar os erros cometidos. Assim, aquele que empregou mal a riqueza, não está perdido, porque é vontade de Deus que não se perca nenhum de seus filhos; nas futuras encarnações, corrigirá os maus atos que praticou pelo emprego errôneo da riqueza. E então estará salvo.
27 - Então, respondendo, Pedro lhe disse: Eis aqui estamos nós que deixamos tudo, e te seguimos; que galardão pois será o nosso?
28 - E Jesus lhes disse: Em verdade vos afirmo que vós, quando no dia da regeneração estiver o Filho do homem sentado no trono da sua glória, vós, torno a dizer, que me seguistes, também estareis sentados sobre doze tronos, e julgareis as doze tribos de Israel.
Paupérrimos como eram, mesmo ao pouco que possuíam, os apóstolos souberam renunciar, a fim de auxiliarem Jesus na grandiosa tarefa de regeneração da humanidade. É justo, pois, que continuem a ser no mundo espiritual os principais colaboradores de Jesus, na obra de evangelização que se processa no mundo.
Jesus simboliza nas doze tribos de Israel a humanidade, e no cargo de juiz que confere a cada apóstolo, a supremacia que conquistaram no trabalho evangélico.
29 - E todo o que deixar, por amor do meu nome, a casa, ou os irmãos ou as irmãs ou o pai ou a mãe ou a mulher ou os filhos ou as fazendas, receberá cento por um, e possuirá a vida eterna.
Os interesses espirituais deverão sempre ser colocados acima dos interesses materiais, e mesmo acima dos laços transitórios da família. Por mais que amemos a casa, os irmãos, as irmãs, o pai, a mãe, a mulher, o marido, os filhos e nossas riquezas, jamais consintamos que nos sirvam de embaraço em nosso caminho para a espiritualidade. Especialmente os médiuns e todos os que foram convocados para a luta no campo do Espiritismo, nunca deverão deixar que os obstáculos criados no ambiente doméstico, lhes façam esquecer de seus deveres sublimes. É comum os familiares de um médium servirem de tentação para desviá-la do desempenho de suas responsabilidades mediúnicas. Às vezes, nossos entes queridos ainda não alcançaram o grau de compreensão espiritual, que lhes possibilitaria avaliarem o que significa o trabalho na seara de Jesus. E nesse estado de incompreensão, criam dificuldades de toda a sorte, perturbando o trabalho do discípulo fiel. É contra essa espécie de tentação, que Jesus quer que nos precatemos. Ele aqui nos quer dizer que sejamos suficientemente fortes para não cedermos, colocando acima de tudo, o trabalho divino que nos foi confiado.
30 - Porém, muitos primeiros virão a ser os últimos, e muitos últimos virão a ser os primeiros.
Nem sempre os que primeiro recebem as palavras de Jesus, têm o ânimo suficientemente forte para perseverarem até o fim, na observância de seus ensinamentos. Há os que se desviam ou recebem as lições com indiferença, sendo-lhes necessário longo período retificador, antes de conquistarem o reino dos céus. E acontece que há os que recebem as palavras de Jesus por último, e se esforçam de tal modo por segui-las, que facilmente alcançam e deixam para trás os que primeiro as ouviram. Vemos suceder a mesma coisa no Espiritismo: quantos há que ouvem as lições espíritas desde cedo e, no entanto, nenhum progresso espiritual conseguem; e quantos ingressam no Espiritismo já no fim de suas encarnações, e ainda produzem ótimos frutos espirituais para suas almas.
Eliseu Rigonatti

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Entrevistando Chico Xavier:SÉTIMA PARTE - SEXO E RESPONSABILIDADE: CASAMENTO, ENCONTROS E DESENCONTROS

FW - O próprio Cristo revelou-nos que João Batista era a reencarnação do
profeta Elias.
Registra a Bíblia que Elias mandara degolar diversos filisteus. Sabemos
também que João Batista foi degolado a pedido da mulher de Herodes,
Herodíades e sua filha Salomé. Jesus amava João Batista, mas de qualquer
forma a lei cármica — causa e efeito, crime e castigo, — funcionou também
para o anunciador dos Novos Tempos. É assim que a morte de João Batista
deve ser interpretada?
Antes de responder por escrito, Chico faz um breve comentário:
Observe que após a morte de Batista, que entristeceu ao Mestre, Jesus
prefere não mais falar no Precursor. Por quê? Se João Batista tivesse se
encomendado à Misericórdia Divina e não só à Sua Justiça é bem possível que
outro teria sido o seu fim.
Todos nós, inferiores ou evoluídos, devemos invocar sempre misericórdia,
que é amor sublime. Em seguida toma do lápis e registra o seguinte: Conforme
ensinamentos da Espiritualidade Superior, sempre que estejamos em função
da justiça devemos exercê-la com misericórdia. Cremos sinceramente que
João Batista, o Precursor, era Elias reencarnado. O respeito devido ao
Evangelho não nos permite anatomizar o problema da morte de João Batista.
Mas perguntamos a nós mesmos, na intimidade de nossas orações, se ele não
se teria exonerado do rigor do carma, caso agisse com misericórdia no
exercício do que era considerado de justiça para a família de Herodes. É um
ponto de minhas reflexões na veneração com que cultivo o amor pelos vultos
inesquecíveis do Cristianismo. (FW, julho de 1976)
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Família
FW - Como devemos entender a expressão “almas gêmeas” dentro da
conceituação de que os espíritos não têm sexo?
Diz «O Livro dos Espíritos” que os espíritos não possuem sexo como
entendemos na Terra, mas percebamos “como entendemos”, de vez que, do
ponto de vista da comunhão das criaturas, cada qual no corpo ou fora do corpo
tem o magnetismo que se lhe faz peculiar. A saudade de alguém é a fome do
magnetismo desse alguém (grifo do entrevistador), razão pela qual o amor
é uma lei para nós todos, mas as ligações afetivas são conexões particulares,
em vista da comunhão das pessoas umas com as outras no curso do tempo e
na construção dos ideais que lhes são comuns. (janeiro de 1977)
ME - Do ponto de vista espiritual como definir o lar e a família?
Outra afirmativa de nosso Emmanuel é de que o lar é uma bénção de Deus
para os homens e de que a família é uma criação dos homens onde eles
podem servir a Deus, desde que aceitem com amor o sacrifício e a renúncia, o
trabalho e o serviço por alicerces de nossa felicidade em comum. (julho de
1974)


ME - Qual o mecanismo ideal para atingir a paz e a segurança entre os
familiares vinculados à mesma casa e ao mesmo nome?
Cremos que este problema será perfeitamente solucionado quando esquecermos
a afeição possessiva, a idéia de que somos pertences uns dos
outros, quando nos respeitarmos profundamente, cada qual procurando
trabalhar e servir, mostrando sua própria habilitação, o rendimento de serviço
dentro da vocação com a qual nasceu, dentro do lar, respeitando-se uns aos
outros.
Desse modo, com o respeito recíproco e o amor que liberta, o amor que não
escraviza, o problema da paz em família estará perfeitamente assegurada na
solução devida. (julho de 1974)

40
Namoro e Noivado
ME - Por que motivo casais que noivavam apaixonadamente experimentam
a diminuição do interesse afetivo nas relações recíprocas, após o nascimento
dos filhos?
Grande número dos enlaces na Terra obedecem a determinações de resgate
escolhidas pelos próprios cônjuges, antes do renascimento no berço físico e
aqueles amigos que serão filhos do casal, muitas vezes transformam ou,
melhor, omitem as dificuldades prováveis do casamento para que os cônjuges
se aproximem segundo os preceitos das leis divinas e formem o lar,
transformando determinadas dificuldades em motivos de maior amor, de
compreensão maior.
O namoro, o noivado, muitas vezes, estão presididos pelos espíritos
familiares que serão os filhos do casal. Quando esses mesmos espíritos se
transformam em nossos filhos parece que há diminuição de amor, mas isso
não acontece. Existe, sim, a poda da paixão, no capítulo das afeições
possessivas que nós devemos evitar. (julho de 1974)


ME - Os casais que experimentam menos interesse afetivo em torno das
relações mútuas após a chegada dos filhos devem continuar unidos mesmo
assim?
Os nossos amigos espirituais explicam que ninguém pode exigir de alguém
espetáculos de grandeza e que determinadas situações heróicas podem ser
abraçadas pela criatura humana, mas tanto quanto possível por amor aos
filhos. Por amor aos nossos familiares devemos sofrer qualquer espécie de
dificuldade para sustentar a família e resguardar a invulnerabilidade do lar,
porque muitas vezes nos sacrificamos de modo absoluto em grandes avais
para os quais não estamos preparados, em favor de nossos amigos, por que é
que não podemos também sofrer ou lutar por amor aos nossos filhos, aos
nossos descendentes? É uma pergunta a nós todos. (julho de 1974)


FW - A propósito, há casais que têm afinidades espirituais mas não se
acertam em termos de conjugação amorosa. Esta última, por si só, é motivo
suficiente para separação, para desquite do casal?
O assunto implica problemas de consciência pertinentes a cada um. De
nossa parte, consideramos que compromisso traduz débito, livremente
assumido, e qualquer débito pode ser adiado no resgate, segundo as
condições dos devedores, mas será sempre trazido pela contabilidade do
tempo à consideração dos responsáveis para ajusta liquidação. (outubro de
1976)

41
Divórcio, Dificuldades no Relacionamento

ME - Chico Xavier, os espíritos amigos apresentam algum ponto de vista
sobre o divórcio no Brasil?
Allan Kardec no capítulo 22 de «O Evangelho Segundo o Espiritismo”
assevera que o divórcio é uma lei humana que veio consagrar determinada
situação já existente entre os cônjuges. Do ponto de vista humano
naturalmente que seria crueldade fugirmos da possibilidade do divórcio em
determinadas situações da vida e em determinados setores de nossos
problemas, quando estamos certos de que as organizações bancárias do
mundo nos concedem reformas e determinados prazos para resgate de certas
dívidas.
Mas, devemos estar igualmente conscientes de nossa situação no Brasil e
podem os perfeitamente reconhecer que ainda estamos imaturos para receber
o divórcio da magnanimidade da nossa Justiça porque somos um pouco
jovens. Precisamos habilitar a consciéncia coletiva para uma conquista de
tamanha expressão na vida da criatura e na vida planetária. (julho de 1974)


ME - Chico, esta é uma pergunta ligada à anterior e foi formulada pela
direção do jornal “5 de Março”: Qual a posição do Espiritismo em relação ao
divórcio?
Retornamos apalavra a Allan Kardec em “O Evangelho Segundo o
Espiritismo “. No capítulo 22 Kardec assevera que o divórcio vem consagrar
uma situa ção já existente, mas não podemos deixar de apresentar uma
ressalva, quanto a nós outros em nosso país, que estamos procurando Jesus.
Nós queremos Nosso Senhor Jesus Cristo e devemos esperar e trabalhar
muito para que a compreensão e o amor reinem sobre nós todos, a fim de
aguardarmos uma realização como esta, embora sob o ponto de vista humano,
do ponto de vista da humanidade, em geral, o divórcio é uma lei
compreensível.
Devemos entender que em efetuando casamento, cada um de nós não está
criando uma união de anjos e sim um ajuste respeitabilíssimo de criaturas
humanas em que um e outro cônjuge apresentam determinadas nuances de
incompreensão, às vezes de grandes dificuldades, que devem ser
compreendidas pela outra parte no campo das relações recíprocas. (julho de
1974)

* * *
Parece que a vida entre um desquitado e um solteiro é normal, no mundo
evoluído de hoje, mas não o é, pois, socialmente, o preconceito existe; aquele
mesmo que faz o missivista misturar as tiranias dos homens com pretensas
determinações de Deus. Nas relações sociais, familiares, nos assentamentos
dos clubes recreativos, nas justificações tributárias, nas inscrições, nos títulos,
nos documentos pessoais, tudo é difícil aos que se unem, sob a égide do amor,
para ensaiarem uma nova vida. Quando, então, estes “marcados” vão
matricular os seus filhos nos estabelecimentos escolares, é que sentem o peso
de uma pena, por sinal, “imprescritível” e que cruelmente atinge seres
inocentes, que nada têm a ver com o peixe.
Talvez seja por isso que, através de Chico Xavier, num Pinga-Fogo célebre,
as vozes do Alto se fizeram sentir através deste “baba”, na expressão de
Bannerjee, respondendo aquele médium a uma pergunta formulada pelo nobre
deputado federal, Freitas Nobre: Nós que vivemos hoje em dimensões tão
grandes de compreensão humana, consideramos o divórcio como medida
humana, legítima, porqüanto «dói ao nosso coração” quando ouvimos, nas
palavras públicas de nossos grandes magistrados, a palavra, desculpem-me, a
palavra «concubina’ para designar senhoras distintíssimas... E Chico Xavier,
depois de outras considerações, obtemperou: Peçamos a Deus que as nossas
autoridades possam ouvir os nossos sentimentos... Nós vamos esperar que dia
melhores venham para a família brasileira, e que o divórcio possa ser
consagrado, por nós todos, como medida humana...
Chico Xavier, com aquela sua ímpar humildade, no fim fez um apelo à Igreja:
Por isso mesmo, fazemos votos para que o Soberano Ponttfice, que nós
tratamos com a máxima veneração e que suas eminências, os senhores
arcebispos e bispos do Brasil, possam também abençoar estes “nossos
ideais”para que o divórcio venha tranqüilizar tantos que necessitam de
semelhante medida... (Mario B. Tamasia, abril de 1975)
* * *
Uma senhora trajando costume cinza indaga do médium o que deveria fazer
alguém que, amando muito o esposo, fosse por este preterida em favor de
outra?
Minha irmã, na vida tenho amado entranhadamente pessoas que me
abandonaram sem que, pelo menos, me dissessem o porquê. Se eu tivesse
perdido essas pessoas por morte, não resistiria. Mas como os motivos foram
outros, na própria frieza ou indiferença a que me relegaram encontrei forças que
me reconduziram à recuperação, convidando-me a prosseguir a luta pelo
equilíbrio restaurador. No decorrer da existência, assim como há encontros que
são reencontros, há encontros que são dolorosos desencontros. (FW, agosto
de 1976)

Encontro pela Paz -Vibrações negativas (inveja) de outras pessoas podem
destruir a união de um casal?
Quando o casal não está ligado por afinidades espirituais ou quando a união
esponsalícia não se baseia no espírito de responsabilidade ante os
compromissos assumidos, qualquer pequena perturbação pode ser utilizada
por motivação a conflitos e separações que, na essência, não mostram razão
de ser. (MN, outubro de 1983)

* * *
Nair Belo e Hebe Camargo lembraram a incompatibilidade entre os casais. O
que poderia ser feito para acalmar tais situações?
O médium lembrou a terapêutica através da imunização espiritual. A palavra
deve ser centralizada no bem. Se não falarmos no erro ele não vai adiante.
Devemos ser as estações terminais de toda fofoca.
Chico lembrou o caso do moço João de Deus que recebeu uma carta, por
seu intermédio, da esposa, inocentando-o de toda a culpa porque ele era
acusado de tê-la assassinado. Eles tinham vindo de uma festa há 6 ou 8km de
sua casa e ao regressarem, já no aposento de dormir, uma bala disparada
acidentalmente quando o marido tirara o cinto com o revólver, atingira-a em
cheio.
.Ela pedia a Jesus a oportunidade de escrever para que os jurados e o juiz a
ouvissem. Ela desejava que ele fosse feliz no segundo casamento com o
filhinho que Deus lhe enviara e que ela não pudera lhe dar. E realmente o
moço foi inocentado pelo tribunal. (MN, janeiro de 1986)


Livro: Lições de Sabedoria.
Marlene Nobre

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

VIOLÊNCIA NO LAR - Entrevista de Raul Teixeira - Sobre a família




Por que tanta violência entre pais e filhos?
Raul – No capítulo da violência entre pais e filhos, deparamo-nos com adversários que reencarnam-se no mesmo conjunto doméstico, para atenderem ao serviço da recuperação de si mesmos, desfazendo rastros odientos e frustrações afetivas com o esforço devido; no entanto, ao lado desta realidade, conhecemos a indiferença e o abandono a que muitos filhos são relegados por seus pais, despertando velhos antagonismos, de conseqüências imprevisíveis.

Há que buscar-se o equilíbrio que o Evangelho de Jesus ensina. Aquele que mais compreender, sirva, oriente, perdoe, a fim de diminuir-se a onda de violência entre pais e filhos. Não esqueçamos, entretanto, que o abandono dos filhos, o ato de relegar-se sua orientação a escolas e a terceiros, a imposição sem explicação educativa, o fato de permitir aos filhos usos perigosos; apenas para não incomodar-se, não deixam de ser, à luz do Espiritismo, tenebrosos atos de violência, com os que atraiçoamos a confiança da Divindade, e que deveremos ajustar em tempos do futuro, e muitas vezes, de um futuro a iniciar-se hoje mesmo.

FILHOS ADOTIVOS
Os filhos adotivos: quando e como os pais devem falar a verdade?
Raul – Desde que são adotados, deverão sabê-lo. Não há porque aguardar que cresçam. Os filhos adotivos convivem muito bem com a revelação que lhes é feita, se feita com atenção e com ingredientes de carinho, sem a intenção de magoar, de ferir. Alegar-se-á a desencarnação dos verdadeiros pais ou a impossibilidade deles para criá-los, por insuperáveis dificuldades. Deixem-nos sentir que são amados, respeitados como filhos realmente, e nenhum problema advirá além das marcas com que a provação já os assinalou.

SEPARAÇÕES NO MATRIMÔNIO

A que se deve o número cada vez maior de separações no matrimônio?
Raul – Deve-se ao fato de não ter sido levado em conta a lei divina, conforme anota Allan Kardec, no “Evangelho Segundo o Espiritismo”, capítulo XXII, item 5.

Os problemas de intolerância, a liberalidade da formação do caráter, o despreparo para as responsabilidades do casamento, o orgulho soez e seus afins, representam elementos danosos a atentarem contra os lares de fracos alicerces.

DIVÓRCIO E FILHOS
Quando o divórcio é iminente como fica a situação dos filhos?
Raul – A situação do divórcio do casal, com raríssimas exceções, perturba muito os filhos. Seja pela divisão emocional que se processa, seja pelo caráter odiento em que se estriba, os filhos ficam como que sufocados num clima desestruturador, desde a iminência, desde as conversas, as querelas, as friezas ou os desrespeitos.

Melhor seria que os casais se pudessem compreender melhor, evitando que essas aves implumes e dependentes, que são os filhos, caiam do ninho desfeito ou mal mantido, perturbando-se ao invés de avançar para Deus, em clima de segurança.

FILHOS ENVOLVIDOS COM DROGAS
Qual deve ser o comportamento dos pais, quando os filhos estão envolvidos com drogas?
Raul – O do esclarecimento lúcido, sem emoções desequilibradas, mostrando que eles, os filhos, são os primeiros e grandes lesados. A persistir o envolvimento, nenhum pai responsável e que ame seus filhos, deverá negar-se a conduzi-los a tratamento médico, ou médico e psicológico, com profissionais de comprovada confiança e, se necessário, pelo nível de descontrole a que cheguem ou pelos perigos para os implicados ou para a própria família, a internação em competente clínica. É bom que lembremos que, em tais casos, o paciente não tem que decidir se vai ou não internar-se, uma vez que já demonstrou não estar sabendo utilizar seu livre-arbítrio para o bem de si e dos que o rodeiam.

Ao lado do atendimento de profissionais, a oração e o tratamento da fluidoterapia espírita, em muito contribuirá para desfazer-se o quadro tormentoso, considerando-se a insuflação obsessiva que costuma estar presente em situações desse gênero.

INFLUÊNCIA DA TV
Como você vê a influência da televisão no lar?
Raul – Na atualidade são poucas as emissoras e programações de televisão que apresentam material de boa qualidade educativa ou divertimentos saudáveis para quem os vê. Quando não é o noticiário tendencioso e escandaloso, é a violência que, como um vírus, penetra e adoece o organismo doméstico, acompanhado por algumas novelas que apresentam tanta “realidade”, que conseguem desequilibrar, transtornar os de mentalidade mais frágil. Urge adotemos uma postura analítica perante as programações.

O costume de dialogarem os esposos, pais e filhos, os irmãos entre si, discutindo esse ou aquele aspecto do que viram e ouviram, auxiliará, sobremaneira, a que se forme um critério seletivo, seja individual, seja da equipe familiar, quando se chegue a um consenso positivo.

Por outro lado, percebemos que os indivíduos que põem no ar a ganga intelectual em forma de programas e atrações, são os elementos das famílias perturbados em si mesmos, vaidosos ou de moralidade cediça, o que nos permite destacar a importância, ainda mais, da educação que a família pode oferecer.

FAMÍLIA ATUAL
Sob que aspecto a família atual está mais descuidada?
Raul – Ao que podemos contemplar, a família acha-se, de um modo geral, descuidada nos mais diversificados aspectos da vida, considerando-se o seu papel de “escola das almas”, e a primeira escola por sinal dos que chegam no mundo terreno. Entretanto, as raízes atormentadoras de tanto desajuste familiar, vemos na vivência materialista, sem as noções básicas quanto ao Espírito imortal, a descrença em Deus, embora a maioria professe rituais e cultos variados e vazios de conteúdo mais profundo acerca da vida.

É aí que o conhecimento da reencarnação, da lei de causa e efeito, conforme ensina o Espiritismo, pode despertar os pais, os filhos, esposos, para que reflitam acerca das responsabilidades graves que têm, em face das relações familiares, com vistas ao futuro de alegrias e de paz.

MÃES QUE TRABALHAM
Mãe que trabalha fora do lar prejudica a educação dos filhos?
Raul – Em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec recebe dos Espíritos a informação de que a paternidade é uma verdadeira missão e, mais do que isto, que é um grandíssimo dever e que envolve, mais do que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro, conforme notamos na questão 582. Acredito que a questão grave não seja a situação em que a mãe precisa trabalhar fora do lar, mas sim, como fará ela a necessária compensação, quando ao lar retorna.

É certo que admitimos que a ausência da mãe sempre provocará, sobre os filhos pequenos, processos de carências que ninguém suprirá devidamente. De acordo com o tipo de Espírito, essas carências poderão atingir índices altos de transtornos na formação da personalidade infantil, a desaguar nos desajustes da adolescência, quando não corrigidos a tempo.

Faze-se, assim, importante que a mãe que trabalhe fora de casa, empreenda maiores esforços para envolver a criança, atendê-la, entendê-la, ajudá-la em seus trabalhos escolares, dialogando sempre. Enfim, torna-se imprescindível que os pais, e particularmente a mãe, conversem com as crianças sobre as razões ponderáveis.

Não deverão os pais, em chegando ao lar, fixarem-se nas intermináveis novelas, em leituras de jornais delongadas, irritando-se com a aproximação ou solicitação dos pequenos, aos quais, antes deveriam buscar para aconchegá-los.

Nesses casos, depois que os pais cheguem em casa, eles próprios superarão o cansaço para cuidarem, com atenção e carinho, dos filhos que ficaram sem eles durante todo o dia, ou grande parte do dia. Os finais de semana, igualmente, deverão ser passados junto dos filhos, aproveitados na companhia deles, salvo em casos de necessidade imperiosa que determina o contrário.

Necessário se faz renunciar a alguns prazeres e divertimentos, enquanto os filhos disto careçam, a fim de formá-los no equilíbrio para o futuro, agindo dentro da orientação espírita, de acordo com o que nos lembra a Codificação Espírita.

EDUCAÇÃO SEXUAL
No mundo atual vemos aumentar o desequilíbrio no campo sexual. Até que ponto os pais têm influência na educação do sexo?
Raul – O sexo, representando uma das potências das quais se vale o Espírito, para progredir e cooperar com Deus na Obra universal, não encontrará equilíbrio, enquanto outras áreas do ser não forem bem trabalhadas pela educação superior. Jamais encontraremos sexualidade equilibrada em indivíduos egoístas, vaidosos, irascíveis, orgulhosos, violentos, mentirosos e usurpadores. Assim, no dizer do Espírito Joanna de Ângelis, a família deve educar seus filhos para Deus, para que, então, o todo se encaminhe para a faixa da harmonia.

A morigeração dos hábitos, o respeito à vida em todas as suas dimensões, o cuidado de si mesmo, a sinceridade de uma religião profunda, farão com que a família cresça conduzindo seus filhos para Deus, com suas energias de criação, de características sexuais, ajustadas ao respeito, à dignidade, ao bem geral.

FILHOS E CENTRO ESPÍRITA
Qual a atitude dos pais, quando os filhos não aceitam o encaminhamento ao Centro Espírita?
Raul – Se são filhos emancipados, com vida própria, caberá aos pais o respeito à sua condição e escolha. Entretanto, o mesmo não poderá ocorrer com os filhos menores, totalmente dependentes dos pais. É uma questão de coerência. Aos pais, neste caso, caberá persuadir, sem violência, mas com seriedade e severidade, para que participem da doutrina que auxilia o lar a manter-se em franco clima de progresso e de trabalho.

Os que perante Deus são incumbidos de dar o alimento, o calçado e a veste, a escola e o cobertor, por que não ensejariam aos filhos a opção do conhecimento espírita?

Mesmo que mais tarde, emancipados, se afastem do caminho espiritista, estarão lançadas as sementes da verdade, que um dia, germinarão, ainda que seja sob chuvas de testemunhos difíceis ou entre os ciclones de dores acerbas, ou, ainda, ante as exigências da alma, na sua sede de comunhão com Deus.
Entrevista concedida por Raul Teixeira em Catanduvas-SP e reproduzida pelo Jornal Mundo Espírita de agosto de 1986.
Fonte:www.raulteixeira.com
 
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Chico Xavier
"Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter. O Espírito encarnado sofre constantes transformações por fora, a fim de acrisolar-se e engrandecer-se por dentro."