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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Dissimulações Humanas

Revista Espírita 1860-Agosto

(méd., senhora Costel.)
Eu vos falarei da necessidade singular que têm os melhores Espíritos de se misturar sempre com coisas que lhes são as mais estranhas; por exemplo, um excelente comerciante não duvidará um instante de sua aptidão política, e o maior diplomata porá do amor-próprio para decidir as coisas mais frívolas. Esse erro, comum a todos e a todas, não tem outro móvel senão a vaidade e esta não tem senão necessidades factícias; para o toucador, para o espírito, mesmo para o coração, ela procura, antes de tudo o falso, vicia o instinto do belo e do verdadeiro; conduz as mulheres a desnaturarem a sua beleza; persuade os homens a procurarem precisamente o que lhes é mais nocivo. Se os Franceses não tivessem esse erro, seriam, uns os mais inteligentes do mundo, os outros os mais sedutores de Evas conhecidos. Não tenhamos, pois, essa absurda humildade; tenhamos a coragem de sermos nós mesmos; de carregar a cor de nosso Espírito, como a de nossos cabelos. Mas os tronos desabarão, as repúblicas se estabelecerão, antes que um Francês leviano renuncie às suas pretensões à gravidade, e uma Francesa às suas pretensões à solidez; dissimulação contínua, onde cada um toma o costume deu ma outra época, ou mesmo, muito simplesmente, ode seu vizinho; dissimulação política, dissimulação religiosa, onde todos, arrastados pela vertigem, vos procurais perdidamente, não encontrando nesse tumulto nem o vosso ponto de partida, nem o vosso objetivo.
Delphine de girardin.

sábado, 3 de novembro de 2012

Dissimulações Humanas


(méd., senhora Costel.)
Eu vos falarei da necessidade singular que têm os melhores Espíritos de se misturar sempre
com coisas que lhes são as mais estranhas; por exemplo, um excelente comerciante não
duvidará um instante de sua aptidão política, e o maior diplomata porá do amor-próprio para
decidir as coisas mais frívolas. Esse erro, comum a todos e a todas, não tem outro móvel
senão a vaidade e esta não tem senão necessidades factícias; para o toucador, para o
espírito, mesmo para o coração, ela procura, antes de tudo o falso, vicia o instinto do belo e
do verdadeiro; conduz as mulheres a desnaturarem a sua beleza; persuade os homens a
procurarem precisamente o que lhes é mais nocivo. Se os Franceses não tivessem esse erro,
seriam, uns os mais inteligentes do mundo, os outros os mais sedutores de Evas conhecidos.
Não tenhamos, pois, essa absurda humildade; tenhamos a coragem de sermos nós mesmos;
de carregar a cor de nosso Espírito, como a de nossos cabelos. Mas os tronos desabarão, as
repúblicas se estabelecerão, antes que um Francês leviano renuncie às suas pretensões à
gravidade, e uma Francesa às suas pretensões à solidez; dissimulação contínua, onde cada
um toma o costume deu ma outra época, ou mesmo, muito simplesmente, ode seu vizinho;
dissimulação política, dissimulação religiosa, onde todos, arrastados pela vertigem, vos
procurais perdidamente, não encontrando nesse tumulto nem o vosso ponto de partida, nem
o vosso objetivo.
Delphine de girardin.

Revista Espírita 1860