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quinta-feira, 11 de abril de 2013

CORNÉLIO, O GENTIO

CORNÉLIO, O GENTIO

"E lembrei-me do dito do Senhor: João certamente batizou com água;
mas vós sereis batizados com o Espírito Santo." (Atos, 11:16)
O Centurião Cornélio vivia na cidade de Cesaréia, onde praticava a caridade sob várias formas, vivendo assim os edificantes ensinamentos de Jesus Cristo.
Entretanto, ele era gentio, qualificativo que os antigos judeus davam a todos os estrangeiros, o que aliás impedia que ele viesse a receber os ensinamentos que os apóstolos de Jesus estavam disseminando.
Os Espíritos do Senhor, encarregados do processo de implantação do Cristianismo na Terra, viram-se na impossibilidade de levar a Cornélio qualquer espécie de esclarecimento sobre a Boa Nova, pois os apóstolos se abstinham de quaisquer contatos com povos que esposavam idéias politeístas, não tolerando, como conseqüência, a idéia de levarem a palavra dos Evangelhos aos membros da chamada gentilidade.
Entretanto, Cornélio estava preparado para assimilar esses ensinamentos e as palavras de Jesus deveriam ser levadas ao seu conhecimento.
Nessa altura dos acontecimentos, os Espíritos do Senhor acharam a fórmula mais adequada, para que o nobre Centurião tomasse contato com as verdades da nova revelação. Quando Cornélio fazia sua oração a Deus, manifestou-se diante dele um Espírito que lhe recomendou enviar alguns mensageiros à cidade de Jope, a fim de convocar Simão Pedro para vir instruí-lo no tocante aos ensinamentos cristãos.
Entrementes, Simão Pedro estava irredutível em sua posição de apenas revelar os preceitos do Cristo às ovelhas desgarradas da Casa de Israel, fechando a porta a qualquer entendimento ou contato com estrangeiros, os quais, de um modo geral, eram vistos como autênticos idólatras e réprobos.
Objetivando preparar Pedro para receber os emissários de Cornélio, os Espíritos do Senhor tiveram que produzir convincente e majestosa manifestação espiritual, aproveitando um momento de repouso do antigo pescador da Galiléia.
Um vaso, como se fora grande lençol suspenso pelas quatro pontas desceu até Pedro. O apóstolo, olhando dentro dele, viu enorme quantidade de animais da Terra: quadrúpedes, répteis e aves. Nisso uma voz retumbante se fez ouvir: Levanta-te, Pedro, mata e come.
No entanto, Pedro, vendo ali toda sorte de bichos, retrucou:
De modo algum, Senhor, pois jamais comi coisa alguma comum e imunda!
Os Espíritos, porém, disseram-lhe: Não faças tu comum ou impuro aquilo que Deus criou.
E idêntico fenômeno repetiu-se por três vezes consecutivas, com as mesmas palavras, recolhendo-se enfim aos Céus o vaso em forma de lençol.
Levantando-se bruscamente, Pedro pôs-se a conjeturar sobre o significado daquela manifestação, quando foi avisado que ali estavam três homens procurando-o: Levanta-te, pois e desce, e vai com eles, não duvidando, porque eu os enviei. (Atos, 10:20).
O apóstolo havia compreendido afinal o significado da revelação: não deveria considerar ímpios ou imundos os gentios, criaturas de Deus iguais a ele. Cornélio era um gentio necessitado de esclarecimento.
No dia seguinte um grupo de pessoas, entre eles Simão Pedro, os três enviados de Cornélio e alguns confrades de Jope, demandaram a cidade de Cesaréia.
Ali chegando, Cornélio foi a seu encontro, acompanhado de parentes e amigos. Defrontando-se com Pedro, ajoelhou-se a seus pés, pretendendo adorá-lo, no que foi impedido pelo apóstolo com as seguintes palavras: Não faças isso, pois eu também sou homem. Vós bem sabeis que não é lícito a um judeu juntar-se ou chegar-se a estrangeiro; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.
O apóstolo Pedro revelou a Cornélio os ensinamentos do Cristo, entretanto, quando regressou a Jerusalém, foi acerbamente criticado pelos seus companheiros de apostolado, que diziam: Entraste em casa de varões incircuncisos e comeste com eles (Atos, 11:3), tendo-lhe sido árdua tarefa justificar-se perante a comunidade sobre o que havia feito, tendo mesmo que relembrar a seus companheiros o ensino de Jesus: João certamente batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito, acrescentando ainda se Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, quando havemos crido no Senhor Jesus Cristo, quem era então eu, para que pudesse resistir a Deus?
A passagem evangélica acima enseja-nos conhecer o quanto estavam errados os cristãos de todos os tempos, principalmente os da idade medieval, os quais, em vez de enviarem os seus porta-vozes e mestres a fim de convencer pela palavra os chamados hereges, fomentaram cruzadas sanguinolentas e instituíram famigerados triibunais, tentando assim convencer os homens pela violência, impondo o direito da força, quando deveriam fazer prevalecer a força do direito.
Paulo A. Godoy
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