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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Da importância da Evangelização Espírita infanto-juvenil na formação da Sociedade do Terceiro Milênio."Legiões de obreiros espirituais insinuam e sugerem, orientam e estimulam, convocam e determinam, dirigem e comandam, participam e servem, diretamente, no seio das comunidades espíritas, junto aos serviços de evangelização, notadamente de crianças e jovens."



Bezerra de Menezes
Reconhecendo- se no Espiritismo evangélico a presença do Consolador, disseminando por toda a Terra as luzes cristalinas da Verdade e despertando a consciência humana para a era porvindoura de uma autêntica compreensão espiritual da Vida, não é difícil entender- lhe a abençoada missão evangelizadora do mundo c om vistas ao futuro onde as mais sublimes esperanças de felicidade na T erra se concretizarão.

Considerando- se, naturalmente a criança como o porvir acenando- nos agora, e o jovem como o adulto de amanhã, não podemos, sem graves comprometimentos espirituais, sonegar- lhes a educação, as luzes do evangelho de Nosso Senhor Jesus- Cristo, fazendo brilhar em seus corações as excelências das lições do excelso Mestre c om vistas à transformação das sociedades terrestres para uma nova Humanidade.

O momento que atravessamos no mundo é difícil e sombrio... O sublime ministério da evangelização Espírita Infanto- Juvenil nos pede prosseguir e avançar.

Nestes anos de transição que nos separam de novo milênio terrestre, é imprescindível abracemos, com empenho e afinco, a tarefa de evangelização junto às almas infanto- juvenis, tão carentes de amor e sabedoria, porém receptivas e propícias aos novos ensinamentos.

Assim, faz- se inadiável buscarmos os serviços que nos competem junto à evangelização da criança e do jovem, para que as comunidades terrestres, edificadas em Jesus, adentrem o Terceiro Milênio   como alicerces ótimos de uma nova civilização que espelhe, no mundo o Reino de Deus.

Da intensidade com que o Plano Espiritual tem apoiado o Movimento de Evangelização Espírita Infanto- Juvenil e como isto se opera.

Legiões de obreiros espirituais insinuam e sugerem, orientam e estimulam, convocam e determinam, dirigem e comandam, participam e servem, diretamente, no seio das comunidades espíritas, junto aos serviços de evangelização, notadamente de crianças e jovens.

Como os Espíritos Superiores veem a participação dos companheiros encarnados nas tarefas da Evangelização.

Conquanto os operários da gleba humana disponham de livre- arbítrio bastante para debandar ou desertar, esquecer ou adiar compromissos assumidos com a Vida, ..., existe excelente caravana de denodados lidadores da Evangelização Espírita Infanto- Juvenil, de corações voltados para um melhor desempenho, coesos no interesse de sempre produzir o máximo pela dedicação de todos os dias. São jovens ou adultos, de ambos os sexos, afanosos, idealistas, conscientizados, cada vez mais, de que a obra não nos pertence, mas ao Mestre Amado que, por misericórdia, utiliza a todos por instrumentos de iluminação do mundo.

A especialidade da tarefa não se compraz com improvisações descabidas... os servidores integrados na evangelização devem buscar, continuamente, a atualização de conteúdos e procedimentos didático- pedagógicos, visando a um melhor rendimento, em face da economia da vida na trajetória da existência, considerando- se que, de fato, os tempos são chegados...

Como os Espíritos Superiores situam, no conjunto das atividades da Instituição Espírita, a tarefa de Evangelização.

...a tarefa é do mais alto significado dentre as atividades desenvolvidas pelas Instituições Espíritas, na sua ampla e valiosa programação de apoio à obra educativa do homem. Não fosse a evangelização, o Espiritismo, distante de sua feição evangélica, perderia sua missão de Consolador...

...Espiritismo sem aprimoramento moral, sem evangelização do homem, é como um templo sem luz.

...uma Instituição Espírita representa uma equipe de Jesus em ação e, como tal, deverá concretizar seus sublimes programas de iluminação das almas, dedicando- se, c om todo empenho, à evangelização da infância e da mocidade.

Condições essenciais para que alguém possa desempenhar a tarefa.

Nas bases de todo programa educativo, o amor é a pedra angular, favorecendo o entusiasmo e a dedicação, a especialização e o interesse, o devotamento e a continuidade, a disciplina e a renovação, uma vez que no trato com a criança e o jovem, o esforço renovador pela evangelização jamais prescindirá da força da exemplificação para quem ensina.

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu- se- nos por amor, ensinou até o último instante, fez- se o exemplo permanente aos nossos corações e..., pregado ao madeiro ignominioso, perdoou- nos as defecções de maus aprendizes. É justo, pois, que o evangelizador deva estudar e rever, quanto possível, todos os ensinos da Verdade...

Papel que c abe aos espíritas que não atuam diretamente na tarefa, para o seu crescimento e maior êxito
Todos os espíritas engajados realmente nas fileiras da fé raciocinada, devem estar, de certo modo, empenhados na tarefa de evangelização que é, sem dúvida, o sublime objetivo da Doutrina Espírita.

Solidariedade de propósitos, maior empenho, incentivo, ver c om simpatia e apreço a tarefa dos evangelizadores, sobretudo como um trabalho integrado nos objetivos da instituição e jamais como atividade à parte.

Orientação aos pais espíritas.

Jamais deverão descuidar de aproximar os filhos dos serviços da evangelização, em cujas abençoadas atividades se propiciará a formação espiritual da criança e do jovem diante do porvir. Há pais espíritas que, erroneamente, têm deixado, em nome da liberdade e do livre- arbítrio, que os filhos avancem na idade cronológica para então escolherem este ou aquele c aminho religioso... Tal medida tem gerado sofrimento e desespero, luto e mágoa, inconformação e dor. Porque, uma vez perdido o ensejo educativo na idade propícia à sementeira evangélica, os corações se mostram endurecidos..., desperdiçando- se valioso período de ajuda e orientação...

Recursos sugeridos para dinamização da tarefa.

§ Renovar a mentalidade dos adultos (pais, preceptores, dirigentes e servidores do Movimento Espírita) sobre a importância e necessidade da Evangelização Espírita Infanto- Juvenil;

§ Promover campanhas de esclarecimento junto à família cristã, às Instituições Espíritas, como também aos próprios evangelizadores;

§ Atrair novos colaboradores aos quais não faltarão os recursos da fé e as inspirações do Mais Alto para que se efetivem as semeaduras da luz;

§ Buscar apoio de novos métodos de ensino.

 Papel da Evangelização espírita Infanto- Juvenil na expansão do Movimento espírita brasileiro.

…a expansão em número e qualidade está assentada na participação da criança e do jovem, naturais continuadores da causa e do ideal. Preparando- os convenientemente para o porvir, aformoseando- lhes o caráter, iluminando- lhes os corações, forjando- lhes uma nova mentalidade cristã, será o mesmo que fornecer- lhes recursos de crescimento para a responsabilidade e o dever, na conquista de si mesmos.

...somente assim a Evangelização Espírita Infanto- Juvenil estará atingindo seu abençoado desiderato, não apenas pela expansão do Espiritismo no Brasil, mas, sobretudo, contribuindo para a formação do homem evangelizado que há de penetrar a alvorada de um novo milênio de alma liberta e coração devotado à construção de sua própria felicidade.

Algo mais a ser dito...

Filhos,
Roguemos a Jesus pela obra que prossegue sob o divino amparo. Que não haja desânimo nem apressamento, mas, acima de tudo, equilíbrio e amor. Muito amor e devotamento!
A Evangelização Espírita Infanto - Juvenil amplia- se como um Sol benfazejo, abençoando os campos ao alvorecer.
O próprio serviço, sem palavras articuladas, mas à luz da experiência, falará conosco sobre quaisquer alterações que se façam necessárias, enquanto, no sustento da prece, estabeleceremos o conúbio de forças c om o Alto, de modo a nos sentirmos amparados pelas inspirações do bem.
De tempos em tempos ser- nos- á necessário uma pausa avaliativa para revermos a extensão e a qualidade dos serviços prestados e das tarefas realizadas. Somente assim poderemos verificar o melhor rendimento de nossos propósitos.
Unamo- nos, que a tarefa é de todos nós. Somente a união nos proporciona forças para o cumprimento de nossos serviços, trazendo a fraternidade por lema e a humildade por garantia do êxito.
Com Jesus nos empreendimentos do amor e com Kardec na força da Verdade, teremos toda orientação aos nossos passos, todo equilíbrio à nossa conduta.
Irmanemo- nos no sublime ministério da evangelização de almas e caminhemos adiante, avançando c om otimismo.
Os amigos e companheiros desencarnados podem inspirar e sugerir, alertar e esclarecer, mas é necessário reconhecer que a oportunidade do trabalho efetivo é ensejo bendito junto aos que desfrutam a bênção da reencarnação.
Jesus aguarda!
Cooperemos com o Cristo na evangelização do Homem.
Paz!
(Extratos de mensagem recebida pelo médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro, em 02/08/82, em Vila Velha/ES, transcrita da Separata do Reformador, 1985)






segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Educação espírita na nova era


--- Questão [#001]
Sendo o espiritismo uma doutrina de profundas conseqüências morais e  sociais
como abordaríamos os jovens da nova era ou como levar a doutrina a estes jovens?

Resposta: Com a proposta racional, coerente e profunda do Espiritismo bem
estudado e bem compreendido. A doutrina contém as respostas necessárias, para
satisfazer as ansiedades humanas permanentes e os conflitos do atual momento
histórico. Mas… o movimento espírita está longe de compreender e praticar essa
proposta. Por isso, tantos jovens, que fizeram evangelização, mocidade e
pertencem a famílias espíritas, quando chegam à Universidade, acabam por deixar
a nossa doutrina.. É que o Espiritismo tem evidências científicas, coerência
filosófica, experiências religiosas desprovidas dos dogmatimos e
hierarquizações, misticismos e alienações passadas e além disso é uma proposta
pedagógica altamente avançada. Mas o movimento espírita reduziu tudo isso a uma
seita de proporções acanhadas, com rivalidades por cargos, com um entendimento
meramente religioso (o que inclui de novo misticismo, hierarquias e dogmas),
desprezando o aspecto científico, ignorando a filosofia e a pedagogia. Dessa
forma, não pode atender às ansiedades e carências do jovem contemporâneo.
Idolatria a determinados médiuns, que passaram a ser os “gurus” do movimento
espírita; livros superficiais, na linha de auto-ajuda; a exploração comercial
de livros “espíritas” fracos no conteúdo e na forma; o desconhecimento e até o
desprezo da figura e da obra de Kardec (e não se trata de falar em Kardec,
porque todos falam dele e o usam, mas de compreender de fato a sua proposta); o
autoritarismo nos centros e nas federações… são apenas alguns dos problemas que
as cabeças mais pensantes identificam. Já na década de 1970, Herculano Pires
alertava contra tudo isso. De lá para cá, a coisa piorou muitíssimo. É com isso
que vamos fazer uma Nova Era? Copiando o misticismo, a irracionalidade e o
autoritarismo das formas institucionais passadas? Devemos voltar às origens e
ao mesmo tempo dialogar com a cultura contemporânea. Voltar às origens é nos
inspirarmos em Kardec, Léon Denis, Gabriel Delanne etc.; no Brasil, em
Herculano Pires, Bezerra de Menezes, Eurípedes Barsanulfo,  e, como modelo de
mediunidade séria, equilibrada e avessa a toda essa idolatria vigente, cito a
grande Yvonne Pereira. E dialogar com o mundo é estar presente, nas
universidades, nos movimentos sociais, na vida contemporânea e não nos
tornarmos uma seita isolada e alienada!!!… Com isso sim, podemos formar uma
juventude embebida em ideiais elevados e firme em suas convicções e preparada
para enfrentar os desafios de hoje e de amanhã.

--- Questão [#002]
Qual é a missão da casa espírita na educação e formação da criança espírita?

Resposta: Para cumprir essa missão, a casa espírita deveria ser reformulada. A
criança, o adolescente e o jovem devem participar naturalmente do centro
espírita. Nada de grupos estanques: crianças de um lado, jovens de outro,
iniciantes, diretoria, etc. Tudo isso são hierarquias que não condizem com a
idéia da reencarnação. Sabemos que podemos ter entre nós um jovem muito
evoluído, que a maturidade mental e espiritual independe de idade… portanto,
categorizar os grupos por faixa etária é um erro. O Centro espírita deveria ser
como uma família, com a convivência natural de diferentes idades, participando
de diferentes atividades. A criança pode dar a sua ajuda em atividades sociais;
a criança deve ter contato com a mediunidade; o jovem pode fazer palestras,
coordenar grupos de estudos, já atuar mediunicamente, dar passes etc… Basta ver
como era com Eurípedes Barsanulfo. Ele tinha a escola espírita, mas os alunos
vinham à noite participar da sessão mediúnica. Ao mesmo tempo, aprendiam a
caridade, ajudando Eurípedes a cuidar dos doentes, dos obsedados, a fazer o
rótulo dos remédios e assim por diante. Ou seja, Espiritismo se aprende na
prática e no estudo participativo, interessante e não através de apostilinhas
pré-programadas, em grupos fechados. Recomendo sempre a leitura de uma
encantadora passagem de Kardec, na Revista Espírita de 1865, a respeito de um
menino de 9 anos de idade, que fez uma sessão mediúnica para uma senhora. O
menino era ninguém mais ninguém menos que Gabriel Delanne. Hoje, se Delanne
reencarnasse e freqüentasse um centro espírita, só iria ter contato com a
comunicação dos Espíritos depois de passar por evangelização, mocidade, curso
de iniciação mediúnica etc. etc. quando chegasse a isso, talvez nem fosse mais
espírita.

--- Questão [#003]
Seria possível, em sua opinião, incorporar os métodos de Pestalozzi na educação
espírita nessa nova era? e, se afirmativo, quais os pontos a serem ressaltados?

Resposta: Não é que seja possível, a proposta de Pestalozzi faz parte da
pedagogia espírita. E os princípios centrais são: a pedagogia do amor, da ação
e da liberdade. E uma não se dá sem a outra. O Espírito só se desenvolve, seja
no decorrer de suas sucessivas existências, seja na presente encarnação, se ele
toma nas próprias mãos a obra de seu aperfeiçoamento – o que é um ato de
liberdade – e realiza as suas potencialidades na ação concreta. Mas para que
ele queira fazer isso, não adianta violêntá-lo, obrigá-lo… é preciso despertar
a sua vontade de evolução através do amor! Eis o resumo de toda a pedagogia
espírita e pestalozziana.

--- Questão [#004]
Qual é a influência da tv na educação de nossas crianças, e  qual é  a
responsabilidade da casa espirita?

Resposta: A influência é geralmente muito negativa, salvo alguns poucos canais
e programas educativos. Mas não adianta proibir a criança, porque qualquer
proibição é contraproducente, tem muitas vezes o efeito contrário ao desejado.
O que é preciso é que a família, a escola, a casa espírita ofereçam
alternativas culturais estimulantes, que cativem o interesse e desenvolvam as
potencialidades da criança. Não se atrái uma criança que assiste TV, joga
vídeogame e vai ao cinema, com apostilas de evangelização (e muitas delas
parecem destinadas a crianças do início do século XX, com linguagem melosa,
paternalista e rebuscada). O estudo do espiritismo deve ser estimualado por
filmes, pesquisas, produções artísticas, debates, uso de internet etc. etc. ou
seja, deve captar a capacidade da criança para a reflexão, para a produção,
para a interação… A criança deve ter acesso direto aos textos de Kardec e desde
cedo ter acesso a parte científica e filosófica do espiritismo e não apenas à
religiosa, como o nome “evangelização”  aliás pressupõe.

--- Questão [#005]
Percebe-se que além do uso de métodos especificos e de deerminadas técnicas, o
educando precisa de alguém que lhe inspire confiança e segurança, qual deve ser
a enfâse da Educação Espírita na nova Era: o uso adequado de métodos e técnicas
ou o uso racional dos sentimentos e das virtudes? Julgo as duas coisas
importantes, mas qual deve ser o enfoque principal?

Resposta: Técnicas e métodos pedagógicos são totalmente secundários e mudam
segundo a época, os costumes, os avanços tecnológicos. O importante é a
compreensão das finalidades fundamentais da educação, que é o desenvolvimento
integral do ser, rumo à transcendência; o importante é o papel do educador, que
deve ser aquele que provoca, instiga, desencadeia esse desenvolvimento, graças
ao seu amor, ao seu exemplo e seu contágio moral e intelectual.

--- Questão [#006]
Encontramos edições de alguns currículos para a evangelização infanto-juvenil,
mas notamos que diante do progresso pedagógico na seara espírita necessitamos
de uma nova proposta curricular para nossa evangelização. Como um grupo
espírita deve proceder para criar esta proposta? E ainda, quais as reais
necessidades a serem observadas para se implantar tal proposta curricular?

Resposta: Vou mais longe do que isto. Não concordo com “propostas curriculares”
em geral. A educação deve partir do interesse dos educandos. Na escola
convencional também deveria ser assim. Imagino uma educação em que grupos,
indivíduos, proponham pesquisas, produções, temas etc. e levem adiante seus
projetos com a orientação entusiástica do professor. Por que motivo, alguém
deve se sentar e premeditar antecipadamente o que diferentes grupos, em
diferentes circunstâncias, deverão estudar? Para que tudo programadinho,
previsto, preparado? É preciso dar espaço à criatividade, convocar as pessoas a
criarem suas próprias propostas. Para se implantar uma proposta aberta assim, é
preciso conhecer muito bem o espiritismo e ser democrático, afetivo, fazendo
uma opção sincera pelo não-autoritarismo.

--- Questão [#007]
"Nova era" significa nova época. Sabemos que a natureza não dá saltos e que as
pessoas são as mesmas da "era velha". Não deveríamos centrar-nos na educação
espírita dos espíritas para façamos proselitismo pela vivência e não apenas por
palavras?

Resposta: Realmente, a natureza não dá saltos. Basta ver que muitos espíritas
continuam com os mesmos vícios religiosos do passado: autoritarismo,
misticicismo, alienação social etc. Então, é preciso primeiro educar os
espíritas a entenderem de fato a proposta espírita.

--- Questão [#008]
Sendo o objetivo maior do Espiritismo promover a reforma interior o ser, como
deveria se comportar a educação espírita frente à heterogeneidade evolutiva que
não permite que todos tenham condições de entender os princípios espíritas por
razões cognitivas ou mesmo sociais e culturais? Poderia-se pensar numa educação
genérica para reforma íntima sem necessariamente passar declaradamente pelos
princípios básicos do espiritismo e dessa forma tornando mais amplo o campo de
atuação da educação espírita?

Resposta: A pergunta parte de dois pressupostos equivocados: primeiro o
objetivo maior do espiritismo não é a “reforma íntima”. Este termo não aparece
nas obras de Kardec. Considero-o altamente problemático, porque reforma implica
numa idéia de que algo está em ruínas, que é preciso consertar. O objetivo do
espiritismo é a educação e educar não é reformar, mas promover o processo de
aperfeicoamento do espírito, o desabrochar de sua divindade interior. Segundo,
a educação espírita, se bem entendida, não é necessariamente a doutrinação dos
princípios espíritas, mas uma visão diferente da própria educação e ela pode
ser aplicada com qualquer pessoa, de qualquer credo, porque se trata de uma
influência moral e intelectual de espírito a espírito, no sentido de despertar
a evolução do outro. Esteja o outro em que patamar evolutivo for, pertença o
outro a que religião for, é sempre possível, espiritamente falando exercer
sobre ele um contágio de amor e aperfeiçoamento, respeitando suas crenças
individuais. Apenas para aqueles que quiserem, introduziremos os princípios
propriamente da doutrina espírita, resguardando-se sempre a liberdade de
pensamento de cada um. Educação espírita é isso: não-proselitista, tolerante,
aberta, abrangente…Uma proposta cultural e universal, destinada a todos os
seres humanos e jamais uma idéia de formar espíritas em massa.

--- Questão [#009]
Poderia nos informar qual deve ser o objetivo da Educação Espírita, não só
junto às crianças, mas também em conduta dos pais?

Resposta: O objetivo da Educação espírita é renovar os modelos tradicionais de
educação, entendendo-se alguns princípios básicos que vou resumir aqui da
seguinte maneira: 1) que a criança é um ser reencarnado, com individualidade
própria, herdeira de si mesma e que tem como tal direito ao nosso respeito; 2)
que o tripé que sustenta toda prática pedagógica deve ser aquele que já
mencionei acima: a liberdade, a ação e o amor; 3) que a finalidade da educação
é o desenvolvimento integral do ser aqui, na vida presente e além, na
eternidade; 4) que todo processo de educação é antes um despertar da
auto-educação do indivíduo, porque não educamos de fato nimguém: o máximo que
podemos fazer é ajudar um processo de auto-educação, através da nossa
influência, de nosso amor e de nosso exemplo; 5) que a educação deve incentivar
o indivíduo para a solidariedade e para a fraternidade e isso inclui uma visão
de crítica social e um engajamento por mudanças planetárias.

--- Questão [#010]
Por que, mesmo pais e educadores, já se encontrando preocupados com a questão,
não se vê muitas escolas de ensino formal baseadas na Doutrina Espírita? de que
forma dever-se-ia pensar a questão da Educação Espírita para a educação formal?

Resposta: O movimento espírita até agora negligenciou a educação espírita,
detendo-se muito mais no aspecto religioso e assistencial. Estamos atrasados:
Eurípedes Barsanulfo, Anália Franco, Herculano Pires, Vinicius, Ney Lobo, Tomás
Novelino deram o exemplo. É preciso trabalhar pela educação espírita em todos
os setores, criando inclusive escolas, faculdades e universidades.
(Entendendo-se sempre que tais instituições não poderão ser locais de
proselitismo e fanatismo – tome-se como exemplo as PUCs do Brasil, onde há
pluralismo ideológico e, ao mesmo tempo, há espaço para a veiculação dos
princípios cristãos, segundo a teologia católica.)

--- Questão [#011]
Qual a diferença entre Educação Espírita para Educação Espírita na nova era? A
educação espírita não é única?

Resposta: Não entendo essa pergunta. Só existe Educação Espírita. Quando se
fala em nova era, estamos esperando que essa educação venha a contribuir para a
formação de novos tempos para a humanidade.

--- Questão [#012]
De que forma podemos adotar uma Educação Espírita durante a Evangelização
Infanto-Juvenil, na qual a criança fica apenas no máximo 60 min uma vez por
semana no CE?

Resposta: Acho que esta questão já ficou respondida em itens anteriores, quando
dissemos que a participação da criança no centro deveria transcender a chamada
evangelização.

--- Questão [#013]
Poderia explicar a relação entre educação espírita e o ensino intelectual? de
que forma aquela poderia ou deveria ser utilizada nesta?

Resposta: Segundo a visão pedagógica que estamos propondo, não há separação
estrita entre ensino intelectual, moral, estético, porque tudo deve estar
presente simultaneamente. Hoje a interdisciplinaridade apóia essa idéia. A
verdadeira educação espírita promove o desenvolvimento integral do espírito.

--- Questão [#014]
Você acha que a maioria dos Centros estão preparados para dar uma boa educação
espírita para as pessoas?

Resposta: Raríssimos estão, porque se estruturam predominantemente em propostas
meramente assistencialistas e entendem o espiritismo apenas no seu aspeto
religioso. Quando fazem cursos, organizam estudos, aplicam os métodos
tradicionais, apostilados, seriados, não-participativos… quando não aplicam até
mesmo provas, como na escola, com nota e direito à repetência por faltas… Tudo
isso é exatamente o contrário da educação espírita.

--- Questão [#015]
Como trabalhar a educação espírita com jovens cujo os pais não são espíritas?

Resposta: Esta questão considero respondida na questão 8.

--- Questão [#016]
A educação Espirita ainda está longe de atingir seus objectivos, pois veja-se
aqui em Portugal ainda há rivalidades entre Centros, faz-se grande enfase
quando vem algum Palestrador do Brasil? Entendo que a educação Espirita começa
por nós mesmos, pois só então poderemos então ajudar a alterar o que está
errado. Qual a sua opinião?

Resposta: Sem dúvida alguma, o primeiro compromisso de todo espírita é com sua
auto-educação e isso inclui tanto o seu aperfeiçoamento moral, quanto a
ampliação do universo cultural, incluindo-se a arte, a ciência e a filosofia.
Uma real mudança de perspectiva diante da vida apaga todas essas mesquinharias
de rivalidades, de disputas por poder, de vaidades pessoais e igualmente de
idolatria…

--- Questão [#017]
Não seria bom para a Doutrina Espírita, a entrada, definitiva e total, da
filosofia, nos curriculos escolares desde o ensino fundamental?

Resposta: A filosofia é excelente para exercitar a reflexão crítica, para dar
clareza ao raciocínio, para ampliar a cultura de idéias. Entretanto, é preciso
haver uma proposta que resgate a filosofia do nihilismo em que caiu, para que
aulas de filosofia não se tornem treinamento do relativismo. Recomendo aos
interessados que leiam meu artigo sobre o assunto, que está na internet
http://www.hottopos.com/videtur15/dora.htm

--- Questão [#018]
Como educar as crianças de bairros pobres, em ocasiões de distribuições de
sopas, nos princípios espíritas, sem conflitos religiosos?

Resposta: Bem, a resposta seria de novo muito longa. A pergunta não teria
sentido se a prática social espírita estivesse sendo comprendida como ela deve
ser… Os espíritas deveriam estar nos bairros pobres, alfabetizando, promovendo
a cultura, a consciência social e política, o diálogo democrático e fraterno e
não apenas praticando o assistencialismo. Numa proposta cultural, democrática,
o respeito às outras religiões é evidente. Ensina-se espiritismo apenas para
aqueles que quiserem. Devemos deixar claro que somos espíritas, mostrar que
justamente o espírita é ecumênico, aberto, tolerante e fraterno, que a proposta
espírita é fazer um mundo melhor… Se formos dar sopa e obrigarmos os
“assistidos” (também não gosto dessa palavra e tudo o que ela encerra, porque é
paternalista) a ouvir doutrinações espíritas, estaremos prestando duplo
desserviço ao Espiritismo e a uma possível melhoria social. É preciso, em
primeiro lugar, saber ouvir o outro e não chegar com todas as respostas prontas
e toda a caridade paternalista que gostamos de praticar, muitas vezes, apenas
para nos sentirmos bons e caridosos, sem realmente pensar numa forma mais
eficaz, mais profunda de transformar a sociedade e mudar de fato a vida
daquelas pessoas.
Autor: Dora Incontri
Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.

O estudo do Evangelho pelo espírita

O estudo do Evangelho pelo espírita

--- Questão [#001]
No capítulo XVII do Evangelho de S. Mateus, está evidente a reencarnação,
porque as pessoas não espíritas não concordam?

Resposta: Todos nós, no decorrer  de nosso processo evolutivo, criamos pontos
de vistas e temos enorme dificuldade de aceitar algo novo, principalmente se
nossos interesses mais imediatos são atingidos; mesmo que as coisas se tornem
claras insistimos na rebeldia de não enxergar o que é natural. Foi referindo-se
a estes, que Jesus disse: "eles vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem
compreendem." (Mateus, 13: 13)

--- Questão [#002]
O espírita deve seguir apenas a decodificação do Evangelho trazida no ESE, ou
se deve procurar ampliar o trabalho começado por Kardec?

Resposta: A Doutrina Espírita é uma doutrina evolucionista, o próprio Kardec
deixou claro que a Codificação era o princípio e não o fim. Desta forma,
entendo, que não só no que diz respeito ao Evangelho, mas em todos os seus
aspectos, devemos ampliar o trabalho do ilustre codificador.

--- Questão [#003]
Qual a melhor forma para estudar o Evangelho segundo o Espiritismo?

Resposta: O Espiritismo por ser a chave que nos permite compreender com mais
clareza a mensagem deixada pelo Meigo Rabi da Galiléia, deve ser sempre levado
em conta no estudo da Boa Nova. Assim, é preciso aplicar seus princípios a
nortear-nos no entendimento do texto evangélico.
Outra questão importante é realizar esse estudo em grupo para que várias idéias
possam ser levadas em conta na interpretação dos textos, pois não podemos
fechar questão num único modo de compreender determinada passagem, pois o
entendimento se amplia à medida que evoluímos e um grupo de pessoas voltadas
para um interesse comum no bem, tem sempre mais a contribuir para um melhor
andamento do estudo.
No livro Renúncia, do Espírito Emmanuel psicografado por Francisco Cândido
Xavier, nas páginas 331 a 333  temos ótima referência de como realizar o estudo
do Evangelho à luz da Doutrina Espírita. Ainda podemos sugerir o Livro "Luz
Imperecível" editado pela União Espírita Mineira, e um estudo de nossa autoria
disponibilizado para download no site do CEPAK, sobre como estudar o Evangelho:
http://br.groups.yahoo.com/group/CEPAK/files/Novo%20Testamento/Evangelho.zip


--- Questão [#004]
Existem numerosos livros e metodologias de estudo do Evangelho na atualidade.
Em sua opinião, quais são mais enriquecedores: aqueles que exploram mais
minuciosamente os textos evangélicos ou os que partem da interpretação
Kardequiana, expressa na Codificação?

Resposta: As duas formas se completam, como dissemos anteriormente é preciso
levarmos em conta os princípios espíritas na interpretação evangélica, e do
mesmo modo interpretarmos minuciosamente os versículos, pois como nos diz
Alcíone na obra de Emmanuel citada:

"Chegamos à conclusão de que o Evangelho, em sua expressão total, é um vasto
caminho ascensional, cujo fim não poderemos atingir, legitimamente, sem
conhecimento e aplicação de todos detalhes. Muitos estudiosos presumem haver
alcançado o termo da lição do Mestre, com uma simples leitura vagamente
raciocinada. Isso contudo, é erro grave. A mensagem do Cristo precisa ser
conhecida, meditada, sentida e vivida. Nesta ordem de aquisições, não basta
estar informado. Um preceptor do mundo nos ensinará a ler; o Mestre, porém, nos
ensina a proceder, tornando-se-nos, portanto, indispensável a cada passo da
existência. Eis por que, excetuados os versículos de saudação apostólica,
qualquer dos demais conterá ensinamentos grandiosos e imorredouros, que impende
conhecer e empregar, a benefício próprio."
(Renúncia, pág. 333)

--- Questão [#005]
Porque a obra de Kardec é chamada Evangelho "segundo Espiritismo"?

Resposta: Na questão 625 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos nos afirmam ser
Jesus, o Guia e o Modelo mais perfeito para que a humanidade se espelhasse na
condução de seu processo evolucional. Na conclusão do mesmo livro, dizem ser a
moral espírita e a moral cristã, a mesma.
Assim, era preciso estudar o Evangelho, mas não da mesma forma em que ele até
então vinha sendo estudado, era necessário dar um novo entendimento ao mesmo
usando os avanços da ciência espiritual. Por isso, Evangelho "segundo o
Espiritismo", ou seja, Evangelho segundo a ótica espírita.


--- Questão [#006]
Se Herodes morreu no ano -4 a.c, isso significa que Jesus nasceu entre o ano -4
e o ano -7 a.c, e morreu entre  o ano 26 e 30. Como se explica que no livro Há
Dois Mil Anos, Publio Lentulus coloque a data da morte de Jesus no ano  33 (o
convencional)? Se ele viveu na época de Jesus, narrando os acontecimentos,
jamais poderia errar a data da morte  de Jesus.

Resposta: Eu confesso que não sei responder essa questão com a precisão
necessária, porém tenho algumas opiniões, opiniões essas que é bom se fique
claro, são pessoais.
Segundo entendemos, Emmanuel tem uma missão muito grande de evangelizador no
Brasil. Conforme palavras do próprio Chico Xavier em entrevista à Folha
Espírita, ele foi um dos Espíritos colaboradores na época da Codificação. Sendo
assim, Emmanuel não é um Espírito qualquer, e sim alguém não só bem informado,
como de boa evolução espiritual. Portanto, Emmanuel sabe quando foi que Jesus
desencarnou.
Então por que diz ele algo contrário à tendência dos estudos científicos
atuais? Como já disse, não sei, porém pensemos:
Pode ter havido erro por parte do médium. Segundo os próprios Espíritos, em
matéria de mediunidade, quando o médium é excelente, ele retrata numa proporção
de 50% o que o Espírito quer dizer, os outros 50 é por conta do médium. O livro
"Há Dois Mil Anos" foi um dos primeiros dos Chico, ele ainda tinha muito a
amadurecer.
Outra coisa que precisa ser levado em conta, é que nem a Ciência nem os
historiadores têm conclusão fechada sobre a morte de Jesus. Dizem alguns que
não há nem mesmo prova que ele tenha morrido na cruz. Dizem estes que o corpo
não foi encontrado, e se não há corpo, como comprovar a morte? Ou seja, nem
eles mesmos se entendem, desta forma, os Espíritos podem estar aguardando, para
no momento oportuno revelarem as coisas como realmente aconteceram.
Muita coisa poderia ainda ser dita sobre o assunto, mas talvez sem tanta
importância. Por isso preferimos priorizar o aspecto moral do Evangelho.
O próprio Emmanuel afirma no prefácio do Livro Paulo e Estevão:
"Desde já, vejo os críticos consultando textos e combinando versículos para
trazerem à tona os erros do nosso tentame singelo. Aos bem intencionados
agradecemos sinceramente, por conhecer a nossa expressão de criatura falível,
declarando que este livro modesto foi grafado por um Espírito para que os que
vivam em espírito; e ao pedantismo dogmático, ou literário, de todos os tempos,
recorremos ao próprio Evangelho para repetir que, se a letra mata, o espírito
vivifica."


--- Questão [#007]
Será que eu como simpatizante e participante das palestras de um centro
espírita posso estudar o evangelho  em casa, sozinha? Se posso, qual o
procedimento correto a ser tomado?

Resposta: Pode sim, apesar de que, o estudo em grupo é sempre mais
aconselhável. Não existe um procedimento único, correto ou incorreto. É preciso
alguns quesitos, porém nada radical, como por exemplo: um estudo constante dos
princípios espíritas, uma mente aberta para aceitar o novo, uma boa disposição
para o auto-conhecimento e para o  estudo de obras ligadas ao Evangelho, entre
outros.

--- Questão [#008]
O estudo pelo espírita do evangelho, deve-se apenas proceder através do livro
"O Evangelho Segundo o Espiritismo",ou tem algum livro de apoio que servirá de
complemento didático para maior fixação do assunto estudado, como no caso de
perguntas e respostas de O Livro dos Espíritos?

Resposta: O Evangelho Segundo o Espiritismo é um livro imprescindível no estudo
do Evangelho de Jesus, entretanto existem outros também importantes, como a
série de Emmanuel sobre o Evangelho, Estudando o Evangelho de Martins Peralva,
Jesus Terapeuta editado pela AME de Belo Horizonte, o já citado Luz
Imperecível, alguns livros do Djalma Mota Argolo, Vinícius, entre outros;
inclusive os 6 Volumes Sabedoria do Evangelho do Pastorino, que infelizmente já
se acham entre os livros raros e não mais editados.

--- Questão [#009]
Como deve ser feito o estudo do Evangelho em grupo?

Resposta: Creio já ter respondido essa pergunta, quando da resposta da questão
n° 3

--- Questão [#010]
Pode acontecer de haver alguma manifestação espiritual, uma vez que um grupo se
reuna apenas para se fazerem estudos através do Evangelho? E já se sabendo de
antemão que dentre os participantes desse grupo se encontrem médiuns ja
desenvolvidos? Uma vez que isso venha a acontecer, e que o médium sinta a
presença de um espírito, deve ele deixar que esse se manifeste?

Resposta: Pode acontecer sim, todavia não acho aconselhável. Deve-se deixar
manifestações mediúnicas para reuniões específicas dentro da Casa  Espírita. A
reunião de estudos deve ser só para estudo, apesar de servir de apoio para as
próprias reuniões mediúnicas.

--- Questão [#011]
Por que o velho testamento não é abordado no Evangelho Segundo o Espiritismo?

Resposta: Por não ser essa a proposta dos Espíritos codificadores para aquela
obra, apesar de nele (ESE), existirem algumas citações do Velho Testamento.
Kardec ainda cita o Velho Testamento no Livro dos Espíritos, e faz um estudo
mais amplo no livro A Gênese.

--- Questão [#012]
Acho difícil o velho testamento. Por isso me dedico a leitura do novo, onde os
ensinamentos de Jesus são melhor absorvidos. Isto está correto?

Resposta: Não é que esteja correto ou incorreto, pode ser um caminho. No ESE
Kardec fala nas 3 revelações, sendo que a 1a está contida no Velho Testamento.
Desta forma é importante estudá-lo; ele é útil até mesmo para compreensão de
algumas passagens do Novo Testamento, porém, como você mesmo disse, sua
compreensão não é simples, assim podemos num primeiro momento estudar mais o
Novo Testamento, e quando estivermos mais preparados, estudarmos o Velho. Há
muitos espíritas que têm excelente interpretação dos textos do Velho
Testamento, podendo deste modo, nos auxiliarem.

--- Questão [#013]
Por que Jesus disse a Maria Madalena: "Não me toques, porque ainda não subi ao
Pai"? E ainda: Se Maria Madalena o tivesse tocado, o que poderia ter
acontecido? Como o espírita deve entender essa passagem?

Resposta: Se me permite, para comentar esse versículo prefiro citar o texto
conforme a tradução de Almeida:

"Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai
para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e
vosso Deus." (João, 20: 17)

Pensemos na cena como ela aconteceu segundo a narrativa dos evangelistas.
Jesus, a quem Maria amava, tinha sido sacrificado. Eles, os discípulos, estavam
profundamente tristes com a perda daquele que eles consideravam como uma
referência, aquele com quem há três anos ladeavam numa ampla relação de
amizade. É de se compreender, deste modo, a tristeza que reinava entre eles.
Quem já viu um ser amado partir para o além, sabe como é esse momento.
Neste clima Maria foi visitar o túmulo do Senhor, e não vendo o corpo no
sepulcro chora, pois pensava que tinham roubado o corpo do Rabi. Após uma
conversa com dois espíritos, ela viu Jesus e se certificou que ele não havia
morrido, apenas mudado de plano, pois a morte não existe. Imagine o que ela
sentiu nesse momento. Ela que já estava sensibilizada deve ter transbordado de
emoção. Segundo a narrativa de Mateus (Mt, 28:9), as mulheres que visitaram o
túmulo abraçaram os pés do Senhor. É aí que ele diz: "Não me detenhas, porque
ainda não subi para meu Pai."
Jesus queria dizer que ele já havia cumprido sua excelente missão de educador,
cabia a ela, agora, continuar seu processo auto educativo, ele,a partir daquele
momento, realizaria sua missão de um outro modo, não mais da mesma forma que
vinha desempenhando no corpo físico.
Fica para nós a lição de que não devemos nos vincular às pessoas a ponto de
prejudicá-las quando do seu desencarne, retendo-as emocionalmente a nós que
aqui ficamos. A separação às vezes é necessária e cada um terá que cumprir sua
nova missão, não podendo um prejudicar o outro no andamento natural da vida.Se
a vinculação é o meio, a desvinculação é o fim.


--- Questão [#014]
Nas casas espíritas ouço muito falar sobre  "Ensinamento da Doutrina e do
Evangelho para as Crianças " mas nunca vi  um programa aberto a todos
direcionado ao Adulto. No Centro que freqüento só pode passar por orientação se
achar que necessita, temos as palestra do dia e depois tomamos o passe. Mas
sinto falta de ESTUDAR o Evangelho  "A BIBLIA", a palavra de DEUS e debate-las.

Resposta: Você tem razão, Centro Espírita é local de trabalho e de estudo, é
preciso que os dirigentes das Casas Espíritas se apercebam disto. Além das
importantes palestras, dos passes, e da distribuição de água fluídica, é
preciso que se crie nas CEs grupos onde possa ser estudado com mais
profundidade os temas doutrinários e evangélicos. Há casas que já os possuem,
porém é imperioso que se criem grupos de estudos para que seja estudado o
Evangelho de Jesus, pois é nele que temos os fundamentos para nossa reeducação;
e o principal objetivo da Doutrina Espírita segundo Kardec e os Espíritos
envolvidos na Codificação é a melhoria moral do ser humano.

--- Questão [#015]
Se o espiritismo não se baseia nos Evangelhos e é aberto a todos as religiões,
porque um livro da codificação dedicado somente ao Cristianismo.

Resposta: Os Espíritos Codificadores entendem ser a moral cristã a mais elevada
entre todas. Dizem eles ser a mesma, a moral espírita e a moral cristã. Jesus
quando nos falou do Consolador disse que ele, o Consolador, nos faria lembrar
de tudo que ele estava ensinando. Desta forma, é grande a ligação entre
cristianismo e espiritismo. O Espiritismo é uma filosofia cristã, por isso um
livro dedicado ao Evangelho. O que é preciso que não se confunda, é o que é
cristianismo conforme os ensinamentos de Jesus, e o que os homens fizeram dele.
É aí que está a diferença. A missão do Espiritismo é reviver na essência os
ensinamentos de Jesus.

--- Questão [#016]
O estudo da parte histórica dos evangelhos é importante para o espírita?

Resposta: Importante sim, digo mesmo, importantíssimo; porém, não prioritário.
Estou com Kardec quando diz que o essencial é o aspecto moral do Evangelho.
Devemos no estudo dos textos da Boa Nova buscar sempre o componente
reeducacional contido nos mesmos. No entanto, por experiência própria, digo que
o estudo da parte histórica, dos costumes, e da geografia do Evangelho ajudam e
muito no objetivo maior de melhorar-nos a todo instante.

Autor: Cláudio Fajardo

Todo esse material provém dos sites: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo e da Revista Eletrônica O Consolador.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Entrevista com Cláudio Fajardo sobre o estudo do evangelho pelo espírita.

1-Pergunta: No capítulo XVII do Evangelho de S. Mateus, está evidente a reencarnação,
porque as pessoas não espíritas não concordam?
Cláudio: Todos nós, no decorrer de nosso processo evolutivo, criamos pontos de vistas
e temos enorme dificuldade de aceitar algo novo, principalmente se nossos interesses
mais imediatos são atingidos; mesmo que as coisas se tornem claras insistimos na
rebeldia de não enxergar o que é natural. Foi referindo-se a estes, que Jesus disse:
"eles vendo, não vêem; e, ouvindo, não ouvem, nem compreendem." (Mateus, 13: 13)



http://www.cvdee.org.br/images/dot.gif


2-Pergunta: O espírita deve seguir apenas a decodificação do Evangelho trazida no ESE, ou se
 deve procurar ampliar o trabalho começado por Kardec?

Cláudio: A Doutrina Espírita é uma doutrina evolucionista, o próprio Kardec
deixou claro que a Codificação era o princípio e não o fim. Desta forma, entendo,
que não só no que diz respeito ao Evangelho, mas em todos os seus aspectos,
devemos ampliar o trabalho do ilustre codificador.

3-Pergunta: Qual a melhor forma para estudar o Evangelho segundo o Espiritismo?

Cláudio: O Espiritismo por ser a chave que nos permite compreender com mais clareza
a mensagem deixada pelo Meigo Rabi da Galiléia,deve ser sempre levado em conta no
estudo da Boa Nova. Assim, é preciso aplicar seus princípios a nortear-nos no
entendimento do texto evangélico.
Outra questão importante é realizar esse estudo em grupo para que várias idéias
 possam ser levadas em conta na interpretação dos textos, pois não podemos fechar
questão num único modo de compreender determinada passagem,pois o entendimento
se amplia à medida que evoluímos e um grupo de pessoas voltadas
para um interesse comum no bem, tem sempre mais a contribuir para um melhor
 andamento do estudo.
No livro Renúncia, do Espírito Emmanuel psicografado por Francisco Cândido Xavier,
nas páginas 331 a 333 temos ótima referência de como realizar o estudo
do Evangelho à luz da Doutrina Espírita. Ainda podemos sugerir o Livro
"Luz Imperecível" editado pela União Espírita Mineira, e um estudo de nossa
autoria disponibilizado para download no site do CEPAK, sobre como estudar o Evangelho: http://br.groups.yahoo.com/group/CEPAK/files/Novo%20Testamento/Evangelho.zip

4-Pergunta: Existem numerosos livros e metodologias de estudo do Evangelho
 na atualidade.
Em sua opinião, quais são mais enriquecedores: aqueles que exploram mais
minuciosamente os textos evangélicos ou os que partem da interpretação Kardequiana,
expressa na Codificação?

Cláudio: As duas formas se completam, como dissemos anteriormente é preciso levarmos
em conta os princípios espíritas na interpretação evangélica, e do mesmo modo
interpretarmos minuciosamente os versículos, pois como nos diz Alcíone na obra de Emmanuel 

citada:

"Chegamos à conclusão de que o Evangelho, em sua expressão total, é um vasto caminho
ascensional, cujo fim não poderemos atingir, legitimamente, sem conhecimento e aplicação
de todos detalhes. Muitos estudiosos presumem haver alcançado o termo da lição do Mestre,
com uma simples leitura vagamente raciocinada. Isso contudo, é erro grave. A mensagem
do Cristo precisa ser conhecida, meditada, sentida e vivida. Nesta ordem de aquisições,
não basta estar informado. Um preceptor do mundo nos ensinará a ler; o Mestre, porém,
nos ensina a proceder, tornando-se-nos, portanto, indispensável a cada passo da existência.
Eis por que, excetuados os versículos de saudação apostólica, qualquer dos demais
conterá ensinamentos grandiosos e imorredouros, que impende conhecer e empregar,
a benefício próprio."
(Renúncia, pág. 333)

5-Pergunta: Porque a obra de Kardec é chamada Evangelho "segundo Espiritismo"?

Cláudio: Na questão 625 de O Livro dos Espíritos, os Espíritos nos afirmam ser Jesus,
o Guia e o Modelo mais perfeito para que a humanidade se espelhasse na condução de
seu processo evolucional. Na conclusão do mesmo livro, dizem ser a moral espírita e a
moral cristã, a mesma.
Assim, era preciso estudar o Evangelho, mas não da mesma forma em que ele até então
vinha sendo estudado, era necessário dar um novo entendimento ao mesmo usando
os avanços da ciência espiritual. Por isso, Evangelho "segundo o Espiritismo", ou seja,
Evangelho segundo a ótica espírita.

6-Pergunta: Se Herodes morreu no ano -4 a.c, isso significa que Jesus nasceu entre
o ano -4 e o ano -7 a.c, e morreu entre o ano 26 e 30. Como se explica que no
livro Há Dois Mil Anos, Publio Lentulus coloque a data da morte de Jesus
no ano 33 (o convencional)? Se ele viveu na época de Jesus, narrando os acontecimentos,
jamais poderia errar a data da morte de Jesus.

Cláudio: Eu confesso que não sei responder essa questão com a precisão necessária,
porém tenho algumas opiniões, opiniões essas que é bom se fique claro, são pessoais.
Segundo entendemos, Emmanuel tem uma missão muito grande de evangelizador no
 Brasil.
Conforme palavras do próprio Chico Xavier em entrevista à Folha Espírita, ele foi um
dos Espíritos colaboradores na época da Codificação. Sendo assim, Emmanuel não
é um Espírito qualquer, e sim alguém não só bem informado, como de boa
evolução espiritual.
Portanto, Emmanuel sabe quando foi que Jesus desencarnou.
Então por que diz ele algo contrário à tendência dos estudos científicos atuais?
Como já disse, não sei, porém pensemos:
Pode ter havido erro por parte do médium. Segundo os próprios Espíritos, em
matéria de mediunidade, quando o médium é excelente, ele retrata numa proporção
de 50% o que o Espírito quer dizer, os outros 50 é por conta do médium.
O livro "Há Dois Mil Anos" foi um dos primeiros dos Chico, ele ainda tinha muito
a amadurecer.
Outra coisa que precisa ser levado em conta, é que nem a Ciência nem os historiadores
têm conclusão fechada sobre a morte de Jesus. Dizem alguns que não há nem mesmo
prova que ele tenha morrido na cruz. Dizem estes que o corpo não foi encontrado,
e se não há corpo, como comprovar a morte?
Ou seja, nem eles mesmos se entendem, desta forma, os Espíritos podem estar
aguardando,para no momento oportuno revelarem as coisas como realmente aconteceram.
Muita coisa poderia ainda ser dita sobre o assunto, mas talvez sem tanta importância.
Por isso preferimos priorizar o aspecto moral do Evangelho.
O próprio Emmanuel afirma no prefácio do Livro Paulo e Estevão:
"Desde já, vejo os críticos consultando textos e combinando versículos para trazerem
à tona os erros do nosso tentame singelo. Aos bem intencionados agradecemos
sinceramente, por conhecer a nossa expressão de criatura falível, declarando que
este livro modesto foi grafado por um Espírito para que os que vivam em espírito;
e ao pedantismodogmático, ou literário, de todos os tempos, recorremos ao próprio
Evangelho para repetir que, se a letra mata, o espírito vivifica."

7-Pergunta: Será que eu como simpatizante e participante das palestras de um
centro espírita posso estudar o evangelho em casa, sozinha? Se posso, qual o
procedimento correto a ser tomado?

Cláudio: Pode sim, apesar de que, o estudo em grupo é sempre mais aconselhável.
Não existe um procedimento único, correto ou incorreto. É preciso alguns quesitos,
porém nada radical, como por exemplo: um estudo constante dos princípios espíritas,
uma mente aberta para aceitar o novo, uma boa disposição para o auto-conhecimento
e para o estudode obras ligadas ao Evangelho, entre outros.

8-Pergunta: O estudo pelo espírita do evangelho, deve-se apenas proceder através do
livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo",ou tem algum livro de apoio que servirá
de complemento didático para maior fixação do assunto estudado, como no caso
de perguntas e respostas de O Livro dos Espíritos?

Cláudio: O Evangelho Segundo o Espiritismo é um livro imprescindível no
estudo do Evangelho de Jesus, entretanto existem outros também importantes,
como a série de Emmanuel sobre o Evangelho, Estudando o Evangelho de Martins Peralva,
Jesus Terapeuta editado pela AME de Belo Horizonte, o já citado Luz Imperecível,
alguns livros do Djalma Mota Argolo, Vinícius, entre outros; inclusive os 6 Volumes
Sabedoria do Evangelho do Pastorino, que infelizmente já se acham entre os livros raros
e não mais editados.

9-Pergunta: Como deve ser feito o estudo do Evangelho em grupo?

Cláudio: Creio já ter respondido essa pergunta, quando da resposta da questão n° 3.

10-Pergunta: Pode acontecer de haver alguma manifestação espiritual, uma vez que
um grupo se reuna apenas para se fazerem estudos através do Evangelho? E já se
sabendo de antemão que dentre os participantes desse grupo se encontrem médiuns
ja desenvolvidos? Uma vez que isso venha a acontecer, e que o médium sinta a presença
de um espírito, deve ele deixar que esse se manifeste?

Cláudio: Pode acontecer sim, todavia não acho aconselhável. Deve-se deixar
manifestações mediúnicas para reuniões específicas dentro da Casa Espírita.
A reunião de estudos deve ser só para estudo, apesar de servir de apoio
para as próprias reuniões mediúnicas.

11-Pergunta: Por que o velho testamento não é abordado no Evangelho Segundo o
Espiritismo?

Cláudio: Por não ser essa a proposta dos Espíritos codificadores para aquela obra,
apesar de nele (ESE), existirem algumas citações do Velho Testamento. Kardec
ainda cita o Velho Testamento no Livro dos Espíritos, e faz um estudo mais amplo
no livro A Gênese.

12-Pergunta: Acho difícil o velho testamento. Por isso me dedico a leitura do novo,
onde os ensinamentos de Jesus são melhor absorvidos. Isto está correto?

Cláudio: Não é que esteja correto ou incorreto, pode ser um caminho.
No ESE Kardec fala nas 3 revelações, sendo que a 1a está contida no Velho Testamento.
Desta forma é importante estudá-lo; ele é útil até mesmo para compreensão de
algumas passagens do Novo Testamento, porém, como você mesmo disse, sua
compreensão não é simples, assim podemos num primeiro momento estudar mais
o Novo Testamento, e quando estivermos mais preparados, estudarmos o Velho.
Há muitos espíritas que têm excelente interpretação dos textos do Velho Testamento,
 podendo deste modo, nos auxiliarem.

13-Pergunta: Por que Jesus disse a Maria Madalena: "Não me toques, porque ainda não
subi ao Pai"? E ainda: Se Maria Madalena o tivesse tocado, o que poderia ter acontecido?
Como o espírita deve entender essa passagem?


Cláudio: Se me permite, para comentar esse versículo prefiro citar o texto conforme
a tradução de Almeida:

"Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai,
mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai,
meu Deus e vosso Deus." (João, 20: 17)

Pensemos na cena como ela aconteceu segundo a narrativa dos evangelistas.
Jesus, a quem Maria amava, tinha sido sacrificado. Eles, os discípulos, estavam
profundamente tristes com a perda daquele que eles consideravam como uma referência,
aquele com quem há três anos ladeavam numa ampla relação de amizade. É de
se compreender, deste modo, a tristeza que reinava entre eles. Quem já viu um ser
amado partir para o além, sabe como é esse momento.
Neste clima Maria foi visitar o túmulo do Senhor, e não vendo o corpo no sepulcro
chora, pois pensava que tinham roubado o corpo do Rabi. Após uma conversa
com dois espíritos, ela viu Jesus e se certificou que ele não havia morrido, apenas
mudado de plano, pois a morte não existe. Imagine o que ela sentiu nesse momento.
Ela que já estava sensibilizada deve ter transbordado de emoção. Segundo a narrativa
de Mateus (Mt, 28:9), as mulheres que visitaram o túmulo abraçaram os pés do Senhor.
É aí que ele diz: "Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai."
Jesus queria dizer que ele já havia cumprido sua excelente missão de educador,
cabia a ela, agora, continuar seu processo auto educativo, ele,a partir daquele momento,
realizaria sua missão de um outro modo, não mais da mesma forma que vinha
desempenhando no corpo físico.
Fica para nós a lição de que não devemos nos vincular às pessoas a ponto de
prejudicá-las quando do seu desencarne, retendo-as emocionalmente a nós que aqui
 ficamos. A separação às vezes é necessária e cada um terá que cumprir sua nova
 missão, não podendo um prejudicar o outro no andamento natural da vida.Se a
vinculação é o meio, a desvinculação é o fim.
14-Pergunta: Nas casas espíritas ouço muito falar sobre "Ensinamento da Doutrina e
do Evangelho para as Crianças " mas nunca vi um programa aberto a todos direcionado
ao Adulto. No Centro que freqüento só pode passar por orientação se achar que necessita,
temos as palestra do dia e depois tomamos o passe. Mas sinto falta de ESTUDAR o
Evangelho "A BIBLIA", a palavra de DEUS e debate-las.
Cláudio: Você tem razão, Centro Espírita é local de trabalho e de estudo, é
preciso que os dirigentes das Casas Espíritas se apercebam disto. Além das
importantes palestras, dos passes, e da distribuição de água fluídica,
é preciso que se crie nas Centros Espiritas  grupos onde possa ser estudado com mais
profundidade os temas doutrinários e evangélicos. Há casas que já os possuem,
porém é imperioso que se criem grupos de estudos para que seja estudado o
Evangelho de Jesus, pois é nele que temos os fundamentos para
nossa reeducação; e o principal objetivo da Doutrina Espírita segundo Kardec e os
Espíritos envolvidos na Codificação é a melhoria moral do ser humano.

15-Pergunta:
Se o espiritismo não se baseia nos Evangelhos e é aberto a todos as religiões,
porque um livro da codificação dedicado somente ao Cristianismo.

Cláudio: Os Espíritos Codificadores entendem ser a moral cristã a mais elevada
entre todas. Dizem eles ser a mesma, a moral espírita e a moral cristã. Jesus quando
nos falou do Consolador disse que ele, o Consolador, nos faria lembrar de tudo que
ele estava ensinando.
Desta forma, é grande a ligação entre cristianismo e espiritismo. O Espiritismo é
uma filosofia cristã, por isso um livro dedicado ao Evangelho. O que é preciso que
não se confunda, é o que é cristianismo conforme os ensinamentos de Jesus, e o que
os homens fizeram dele.
É aí que está a diferença. A missão do Espiritismo é reviver na essência os
ensinamentos de Jesus.

16-Pergunta: O estudo da parte histórica dos evangelhos é importante para o espírita?

Cláudio: Importante sim, digo mesmo, importantíssimo; porém, não prioritário. Estou
com Kardec quando diz que o essencial é o aspecto moral do Evangelho. Devemos
no estudo dos textos da Boa Nova buscar sempre o componente reeducacional
contido nos mesmos. No entanto, por experiência própria, digo que o estudo da
parte histórica, dos costumes, e da geografia do Evangelho ajudam e muito no
objetivo maior de melhorar-nos a todo instante.

Site: CVDEE