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terça-feira, 5 de março de 2013

BARTIMEU, O CEGO

BARTIMEU, O CEGO
"E Jesus, falando, disse-lhe: Que queres que te faça! E o cego lhe disse: Mestre, que eu tenha vista.
"E Jesus lhe disse: Vai, a tua fé te salvou. E logo viu, e seguiu a Jesus pelo caminho. (Marcos, 10:51-52)
Numa das suas andanças pelas cercanias de Jericó, o Mestre deparou com um cego chamado Bartimeu, que estava mendigando à beira da estrada.
Sabendo que o Senhor estava naquela região, Bartimeu levantou-se e começou a clamar: "Filho de Davi ! tem misericórdia de mim".
Muitos dos que estavam nas proximidades passaram a repreendê-lo para que cessasse aquele clamor, porém nada faz com que parasse de gritar. Jesus, parando a certa distância do cego ordenou que o chamassem. Ao ouvir o chamamento, cheio de ânimo, largou a sua capa, levantou-se e dirigiu-se para o lado em que ele estava.
Cheio de paciência, o Mestre interrogou-o: Que queres que te faça? E o cego lhe disse: "Senhor, que eu tenha vista". Diante dessa patente manifestação de fé, Jesus fez com que ele começasse a ver.
Aqui, mais uma vez, vemos o efeito da fé. Bartimeu evidentemente já tinha conhecimento dos atos praticados por Jesus e alimentava a esperança de encontrá-lo um dia, pois a sua maior ambição era poder ver. Ao tomar conhecimento da aproximação do Senhor, provocou grande alarido, conseguindo assim chamar a sua atenção, resultando dali a cura radical da sua cegueira.
Muita gente se surpreende pelo fato de Jesus ter restaurado a visão a todos os cegos, levantado todos os paralíticos e curado todos os leprosos que existiam naquela circunvizinhança.
Cumpre aqui ressaltar que todos os sofrimentos são consequências das transgressões cometidas pelo Espírito em vidas pretéritas. Podem-se contar nos Evangelhos as curas materiais operadas por Jesus Cristo. Elas foram em número insignificante, representando diminuta porcentagem face ao número de sofredores existentes na época, o que prova sobejamente que o Mestre não veio para curar enfermidades materiais, que são de efeito transitório, e que, face à lei de Deus, e em conseqüência das necessidades de reajuste, nem todos estavam em condições de serem curados.
Bartimeu, indubitavelmente, era cego há muitos anos, e uma cegueira tão prolongada havia-lhe conferido a oportunidade de resgatar seus erros do passado. Havia chegado a hora de merecer o benefício da cura, que veio por intermédio de Jesus.
Eis a razão pela qual nem todos podem receber de imediato aquilo que pedem a Deus ou aos seus Espíritos prepostos. Se ainda não saldaram seus débitos para com a justiça divina, não podem merecer alteração no curso de suas vidas, pois não houve ainda um esforço interior que justificasse o benefício solicitado.
Um outro aspecto dessa cura deve ser aqui lembrado. O Mestre veio para curar a cegueira da alma, para isso ele nos legou a mensagem viva do Evangelho. Felizes os que se interessam pela iluminação interior após terem entrado em contato com os ensinamentos evangélicos; devem encher-se de gozo, rejubilando-se e não admitindo que ninguém impeça a sua aproximação da luz.
Não é necessário ter apenas a visão material; importa sobretudo ter a visão das coisas nobilitantes do Espírito. Jesus curou Bartimeu, dando-lhe a graça da visão, porém não era esse o gênero de cura que viera trazer. Ele suspirava pela transformação íntima do homem através de um processo de reforma que ele judiciosamente denominou de "conquista do Reino dos Céus". Essa é a verdadeira iluminação da alma, é a cura permanente, que faz com que quem a receba jamais entre em trevas. Jesus desejava também que aqueles que eram autênticos "cegos que não queriam ver", passassem a ver, sentindo a extensão da sua mensagem imorredoura. Suspirava para que aqueles que nada viam em torno das coisas do Espírito, passassem a vê-las, sentindo a majestosidade dos seus ensinamentos.
Afirmou o Senhor: "quem me segue jamais andará em trevas", o que revela o sentido libertador dos Evangelhos. Essa afirmação de Jesus também está implícita numa outra expressão equivalente: "conhecereis a verdade e ela vos fará livres". Ora, quem conhecer a verdade que está de forma latente no manancial de luz que são os Evangelhos, libertar-se-á dos preconceitos, das superstições, das viciações, dos erros, e torna-se-á um ser compenetrado dos seus deveres de ordem espiritual, enquadrando-se entre aqueles que são na realidade os "filhos da luz".
Sentenciou ainda o Mestre: 'Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas". Há necessidade de fazermos com que os nossos olhos reflitam aquilo que vai dentro de nossas almas. Se estivermos suficientemente iluminados interiormente, nossos olhos revelarão a serenidade e outras qualidades que traduzem a nossa evolução espiritual e então a lei do amor passará a presidir todos os nossos atos.
Quando, pois, tomarmos conhecimento da mensagem evangélica, devemos envidar todos os nossos esforços para assimilá-la. Não devemos permitir que alguém impeça os nossos movimentos nesse sentido, tomando como paradigma o cego Bartimeu, que ao ouvir dizer que Jesus estava se aproximando, passou a clamar, permitindo que ninguém opusesse obstáculo ao seu objetivo."
Paulo A. Godoy
Os Padrões Evangélicos