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sábado, 1 de março de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 146

 
“Quer isso dizer que o Espírito habita de preferência essa parte do vosso organismo, por ser aí o ponto de convergência de todas as sensações. Os que a situam no que consideram o centro da vitalidade, esses a confundem com o fluído ou princípio vital. Pode, todavia, dizer-se que a sede da alma se encontra especialmente nos órgãos que servem para as manifestações intelectuais e morais.”

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A verdade é sempre um sol, cuja existência não se pode negar, porque seus raios dissipam as brumas da ignorância, aquecendo mesmo os que não a aceitam. Os intelectuais e místicos meditavam e, por vezes, escreviam muita coisa sobre a relação da alma com o homem, onde essa se encontrava, no domínio do corpo. Eles procuravam e, por fim, a resposta veio pelo processo de uma doutrina que poderia responder a essas perguntas. Eram os mesmos Espíritos desencarnados que, por estarem livres da matéria e por conhecerem os fundamentos da vida, esclareceram, por processos mediúnicos, ao Codificador do Espiritismo, que a alma se encontra mais acentuadamente na cabeça daqueles que pensam mais, e no coração dos que usam mais os sentimentos. São dois pontos capitais de sustentação da vida, de onde a alma se irradia por todo o corpo.
A alma se localiza, certamente, na cabeça, por estar ali o instrumento mais perfeito para as suas comunicações. O cérebro humano ainda é um tanto desconhecido pelos homens da ciência. O Espírito comanda o corpo através dele, que tem por intermediário o fluído universal, força de grande afinidade com o perispírito, cadeia de luzes que afiniza, apura e redistribui para o soma todas as ordens da vontade da alma. O corpo humano é, pois, a mais perfeita síntese do Universo, capaz de, no futuro, adquirir a mesma harmonia da criação. Essa luz divina consciente se apóia no córtex cerebral, emite suas forças para as duas glândulas situadas na cabeça – pineal e pituitária - canalizando-se para todas as outras da mesma família endócrina. Daí é distribuída para todo o complexo humano, pelas redes mais sensíveis do sistema nervoso.
 http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev3q146c.html

Aprendendo com O Livro dos Espíritos questão 145

 
“Esses homens eram precursores da eterna Doutrina Espírita. Prepararam os caminhos. Eram homens e, como tais, se enganaram, tomando suas próprias idéias pela luz. No entanto, mesmo os seus erros servem para realçar a verdade, mostrando o pró e o contra. Demais, entre esses erros se encontram grandes verdades que um estudo comparativo torna apreensíveis.

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Comentário de Miramez:
 

http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev3q145c.html

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 144

 
“O princípio universal da vida e da inteligência, do qual nascem as individualidades. Mas, os que se servem dessa expressão não se compreendem, as mais das vezes, uns aos outros. O termo alma é tão elástico que cada um o interpreta ao sabor de suas fantasias. Também a Terra hão atribuído uma alma. Por alma da Terra se deve entender o conjunto dos Espíritos abnegados, que dirigem para o bem as vossas ações, quando os escutais, e que, de certo modo, são os lugar-tenentes de Deus com relação ao vosso planeta.”
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Comentário de Miramez:

 
Em se tratando da vegetação do planeta Terra, existe um Espírito encarregado, altamente consciente dos seus deveres, que responde sobre esse departamento, onde tem operações complicadas sob seu comando. Sob sua regência, encontram-se falanges e falanges de Espíritos espalhados por toda a Terra, operando sob suas benéficas ordens. Assim ocorre em todas as outras divisões. Eis aí a alma das matas, que assiste e vigia tudo que se passa através dos operários do Bem. Assim, também, com relação á Medicina, à Psicologia, ao Direito, à Sociologia, à Política, e mesmo a Religião; cada divisão dessas tem um Espírito que a dirige e sustenta, usando intermináveis agrupamentos de outros Espíritos preparados para tal evento. Existem ainda inumeráveis escolas no mundo espiritual, para preparação destas entidades que se dispõem a trabalhar para o progresso das coisas e de si mesmas.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 143

 
“Os Espíritos não se acham todos esclarecidos igualmente sobre estes assuntos. Há Espíritos de inteligência ainda limitada, que não compreendem as coisa abstratas. São como as crianças entre vós. Também há Espíritos pseudo-sábios, que fazem alarde de palavras, para se imporem, ainda como sucede entre vós. Depois, os próprios Espíritos esclarecidos podem exprimir-se em termos diferentes, cujo valor, entretanto, é, substancial mente, o mesmo, sobretudo quando se trata de coisas que a vossa linguagem se mostra impotente para traduzir com clareza. Recorrem então a figuras, a comparações, que tomais como realidade.”

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 Comentários de Miramez:
 
Existem definições sobre a alma que assustam, por vezes, certos iniciantes na verdade do Espírito, mas, todas elas passam, e somente a Verdade fica de pé, porque o tempo é o melhor selecionador, no que se refere às leis espirituais. Podemos comparar muitos Espíritos que comunicam com os homens pelos processos mediúnicos, com os mesmos homens. A morte não é sinônimo de evolução, pois passamos para o lado de cá trazendo conosco o que realmente somos. O homem, ainda mesmo os mais esclarecidos na ciência, se perdem para explicar o comportamento do corpo humano e por vezes não entendem de maneira perfeita nem o funcionamento, por exemplo, do próprio fígado, mas, sabem dar algumas explicações sobre o mesmo e sobre outros órgãos. Não obstante, há muita controvérsia dentro da medicina, e somente o tempo qualificará as melhores teorias, quando elas forem sustentadas pela prática que se confirma.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 142

 
“O Espírito é uno e está todo na criança, como no adulto. Os órgãos, ou instrumentos das manifestações da alma, é que se desenvolvem e completam. Ainda aí tomam o efeito pela causa.”

Comentários de Miramez:

 
Mas o tempo revelará essa ciência, de modo a desabrochar nos corações maior esperança e mais respeito por aqueles que verão nascer. O aborto não é produto de completa ignorância, mas, fruto do orgulho, da vaidade e do egoísmo, porque entre os homens primitivos não ocorria isso. Claro que o Espírito está todo na criança, como no adulto, por não haver divisões na estrutura íntima; as diferenças são os laços que se vão apertando com o passar do tempo e a maturidade espiritual. O corpo humano é usina perfeita nas mãos da alma, que a movimenta e o Espírito é um gerador de energias para a sua própria movimentação, onde quer que seja. Nós pedimos aos homens para meditar em todas as espécies de vida, analisar e orar, que a compreensão surgirá nos seus entendimentos, como água que se desprende dos céus como chuva, com as bênçãos de Deus.

 http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev3q142c.html
 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 140

 
 
O Espiritismo é uma ciência dotada da mais profunda religiosidade, com conseqüências filosóficas, de modo a entender e ensinar aos seus profitentes a ciência da vida e a revelar todas as leis naturais criadas pela Divindade. É nessa revelação que ficamos compreendendo o que existe no campo espiritual, o trabalho dos Espíritos e a assistência dada por eles aos homens. Ainda mais, ele ensina os processos mais acertados da comunicação entre os dois planos e as diretrizes que se pode tomar para comunicar com os benfeitores da humanidade. A mediunidade é a chave de toda essa doutrina; se queremos usá-la bem, busquemos no Evangelho de Jesus os seus variados métodos, simples, mas profundos, de educação dos sentimentos. Surgem todos os dias novas etapas de esclarecimento, novas lições que enriquecem o coração e engrandecem a inteligência. Logo que nos cientificamos de que a alma é imortal e que quando na carne podemos nos comunicar com os que já passaram para o outro lado da vida, anima-nos toda à vontade de viver, devido à idéia da imortalidade sustentar a nossa esperança.
http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev3q140c.html

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 139

 
NOTA: (1) Ver, na Introdução, a explicação sobre o termo alma, § II.

Comentário de Miramez:
 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 138

 
“É uma questão de palavras, com que nada temos. Começai por vos entenderdes mutuamente.”
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A vida é uma escada na qual, de cada vez, ascendemos um degrau. Na Doutrina Espírita está demonstrada essa verdade. Nos primórdios do Espiritismo, fazia-se somente reuniões para comunicações com Espíritos. Hoje, com a evolução dessa filosofia, podemos reparar o quanto isso mudou. Até mesmo as mensagens ditadas trazem dinâmica diferente, por encontrarem mais ressonância nos homens e pela maturidade dos mesmos. O crescimento é uma lei imutável em todos os aspectos da vida. Concitamos os irmãos a orarem sempre, pedindo ao Pai Celestial para ajudar a compreender suas leis, passando a respeitá-las, porque dessa forma, a vida, em qualquer faixa, é sempre melhor e mais feliz

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 136

 
“Simples massa de carne sem inteligência, tudo o que quiserdes, exceto um homem.”
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Comentário de Miramez:

 
 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 135

 

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Comentário de Miramez:

 
Há um laço que prende o Espírito ao corpo, um intermediário entre as duas forças da vida, de natureza semimaterial e a Doutrina Espírita denominou-o perispírito. Existem outros laços que ligam o Espírito ao perispírito de modo mais seguro e que a evolução saberá desatá-lo na época conveniente. Queremos dizer com isso que a alma tem muitos corpos, os quais não cabe mencionar, por não ser esse o objetivo desta página, e todos eles estão ligados ao Espírito por leis que escapam ao raciocínio dos homens, porém, com um pouco de esforço poder-se-á notar a existência das coisas dos Espíritos e suas necessidades. A evolução dos Espíritos capacitará a inteligência para perceber, por exame indutivo, o vasto campo espiritual onde se movimentam bilhões de seres inteligentes, e daí se poderá partir para onde deveremos chegar; a espiritualidade superior.
Assim como não se pode ter nas residências a luz elétrica sem os fios devidamente ordenados, o Espírito, para iluminar o corpo na sua movimentação adequada, precisa dos fios tenuíssimos do cordão fluídico, de modo que as ordens desçam para o mundo celular, as idéias surjam na mente e a palavra saia para a audição, como veículo de desenvolvimento espiritual. O coração fluídico, que os antigos iniciados chamavam de “cordão de prata”, por ser a sua luz da cor deste metal, mas, com característica brilhante, serve de intermediário entre o Espírito e o corpo e é de natureza elástica sobremodo incompreensível para a ciência da Terra. A alma, durante o sono do corpo, fica mais leve e, de acordo com a sua evolução, pode fazer viagens longas, a ponto do “coração de prata” ficar da espessura de um fio de teia de aranha. Devido aos cuidados tomados pelos Espíritos Superiores, não há perigo algum, nessas viagens, desde quando o Espírito seja obediente ao comando dos benfeitores espirituais.
Cumpre-nos dizer, que, quando se está, como Espírito livre do corpo, mas, resguardado pelo corpo fluídico, deve-se cuidar dos sentimentos, da formação das idéias e educar as palavras, porque tudo que se pensa e se fala negativamente, fixa-se no campo sensível do corpo espiritual, como nódoa de difícil limpeza. A nossa aura apresenta o que somos, tanto encarnados como desencarnados. O que semeamos nos ouvidos alheios, colhemos nos corpos que usamos, apoiando-nos para a nossa missão na Terra. A reforma dos nossos sentimentos, de que tanto falamos, inspirados no Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, objetiva a nossa felicidade. Quem ama sem distinção, está limpando seus próprios caminhos; quem perdoa as ofensas, está tranqüilizando a própria consciência e quem exercita a caridade por onde passa, saiba que ela salva o caridoso das investidas de todos os males. Não existe outro caminho para limpar o perispírito, e mesmo o cordão fluídico, das mazelas do mundo, a não ser o Amor em todas as suas feições de entendimento.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 134

 
“Sim, as almas não são senão os Espíritos. Antes de se unir ao corpo, a alma é um dos seres inteligentes que povoam o mundo invisível, os quais temporariamente revestem um invólucro carnal para se purificarem e esclarecerem.”

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Comentário de Miramez:



 

sábado, 23 de março de 2013

EXISTÊNCIA DA ALMA

XI - EXISTÊNCIA  DA  ALMA
André Luiz

EVOLUÇÃO MORFOLÓGICA E MORAL – A evolução morfo16gica prosseguiu, emparelhando-se com a evolução moral.
O crânio avançou, com vagar, no rumo de aprimoramento maior, os braços refinavam-se, as mãos adquiriam excelência táctil não sonhada, e os sentidos, todos eles, progrediam em acrisolamento e percepção.
Todavia, com o advento da responsabilidade que o separara da orientação direta dos Benfeitores da Vida Maior, entregou-se o homem a múltiplos tentames de progresso no campo do espírito.
No regime interior de livre indagação, conferia asas audaciosas ao pensamento, e, com isso, mais se lhe acentuava o poder de imaginar, facilitando-se-lhe a mentalização e o desprendimento do corpo espiritual, cujas células em conexão com as células do corpo físico se automatizavam assim, na emancipação parcial, através do sono, para acesso da alma a ensinamentos de estrutura superior.
Guarda a criatura humana, então, consigo, na tessitura dos próprios órgãos, a herança dos milhões de estágios diferentes, nos reinos inferiores, e, no fundo, sente-se inclinada a viver no plano dos outros mamíferos que lhe respiram a vizinhança, com o instinto absoluto dominando sem restrições; no entanto, com a evolução irreversível, o amor agigantou-se-lhe no ser, sugerindo-lhe novas disposições à pr6pria existência.

NOÇÃO DO DIREITO – Em razão do apego aos rebentos da própria carne, institui a propriedade da faixa de solo em que se lhe encrava a moradia e, atendendo a essa mesma raiz de afetividade, traça a si próprio determinadas regras de conduta, para que não imponha aos semelhantes ofensas e prejuízos que não deseja receber.
Acontece, assim, o inesperado.
O homem que não pretende abandonar os apetites e prazeres da experiência animal, fabrica para si mesmo os freios que lhe controlarão a liberdade, a fim de que se lhe enobreça o caráter iniciante.
Estabelecendo a posse tirânica em tudo o que julga seu, desiste de aproveitar o que pertence ao vizinho, sob pena de expor-se a penalidades cruéis.
Nasce, desse modo, para ele a noção do direito sobre o alicerce das obrigações respeitadas.

CONSCIÊNCIA DESPERTA – É assim que ele transformado interpreta, sob novo prisma, a importância de sua presença na Terra.
Não mais lhe seduzem a despreocupação e o nomadismo, assim como para o homem adulto é já passado o ciclo da infância.
Sabe agora que o berço carnal se reveste de significação mais profunda.
Compreende, a pouco e pouco, que a vida lhe registra as contas pessoais, porquanto aprende que pode negar o braço ao companheiro necessitado de apoio, sabendo, porém, que o companheiro poderá recusar-lhe o seu, no momento em que o desequilíbrio lhe bata à porta.
Reconhece que dispõe de liberdade para matar o desafeto, mas não ignora que o desafeto, a seu turno, pode igualmente exterminar-lhe o corpo ou amargar-lhe o caminho.
Percebe que os seus gestos e atitudes, para com os outros, criam nos outros atitudes e gestos semelhantes para com ele.
Com esse novo cabedal de observação, revela-se-lhe a vida mental mais surpreendente e mais rica e, por essa mais intensa vida íntima, retrata com relativa segurança as idéias dos Espíritos Abnegados que lhe custodiam a rota.
Desde então, não guarda a existência circunscrita à romagem berço-túmulo, por alongá-la, do ponto de vista de causa e efeito, para além do sepulcro em que se lhe guarda o invólucro anulado ou imprestável.
Incorporando a responsabilidade, a consciência vibra desperta e, pela consciência desperta, os princípios de ação e reação funcionam, exatos, dentro do próprio ser, assegurando-lhe a liberdade de escolha e impondo-lhe, mecanicamente, os resultados respectivos, tanto na esfera física quanto no Mundo Espiritual.

A LARVA E A CRIANÇA – Nesse sentido, importa lembrar aqui, com as diferenças justas, o símile que a vida assinala entre as alterações da existência para a alma humana e para os insetos de metamorfose integral.
A larva que se afasta do ovo ingressa em novo período de desenvolvimento, que pode perdurar por muito tempo, como ocorre entre os efemerídeos, mostrando, no começo, a membrana do corpo ainda amolecida e conservando no tubo digestivo os remanescentes de gema da fase embrionária, para iniciar, depois da excreção, os processos de alimentação e digestão.
A criança recém-nata retira-se do útero e entra em nova fase de evolução, que se firma através de alguns anos. A principio, tenra e frágil, retém na própria organização os recursos sanguíneos que lhes foram doados, por manutenção endosmótica, no organismo materno, para, somente depois, eliminar, quanto lhe seja possível, esses mesmos recursos, gerando os que lhe são próprios.
Avançando na execução dos programas traçados para a sua existência, a larva cresce e recorre a matérias nutritivas que lhe garantam o aumento do corpo e, conforme a espécie, promove por si mesma a mudança de pele, indispensável ao condicionamento de seu próprio volume.
Satisfazendo os imperativos da própria vida, a criança se desenvolve, tomando o alimento preciso à expansão de sua máquina orgânica, passando a realizar por si, isto é, ao comando da mente, a renovação celular dos tecidos e órgãos que lhe constituem o campo somático, de maneira a que se lhe ajuste a forma física aos moldes do corpo espiritual.


METAMORFOSE DO INSETO – A larva dos insetos de transformação completa experimenta vários períodos de renovação para atingir a condição de adulto, embora permaneça com o mesmo aspecto, porquanto apenas depois da derradeira mudança de pele é que se torna pupa.
Em semelhante estágio, acusa progressiva diminuição de atividade, até que não mais suporte a alimentação.
Esvaziam-se-lhe os intestinos e paralisam-se-lhe os movimentos.
A larva protege-se, então, no solo ou na planta, preparando a própria liberação.
Permanece, assim, ó, e não se alimenta do ponto de vista fisiológico, encrisalidando-se, segundo a espécie, em fios de seda por ela própria constituídos com a secreção das glândulas salivares, agregados a pequeninos tratos de terra ou a tecidos vegetais, formando, desse modo, o casulo em que repousa, durante certo tempo, fixado em alguns dias e até meses.
Na posição de pupa, ao impacto das vibrações de sua própria organização psicossomática, sofre essencial modificação em seu organismo, modificação que, no fundo, equivale a verdadeiro aniquilamento ou histólise, ao mesmo tempo que elabora órgãos novos pelo fenômeno da histogênese, valendo-se dos tecidos que perduraram.
A histólise, que se efetua por ação dos fermentos, verifica-se notadamente nos músculos, no aparelho digestivo e nos tubos de Malpighi, com reduzida atuação no sistema nervoso e circulat6rio.
Pela histogênese, os remanescentes dos músculos estriados desfazem-se das características que lhes são próprias, perdendo, gradativamente, a sua estriação, até que se convertam, qual se obedecessem a processo involutivo, em células embrionárias fusiformes, com um núcleo exclusivo, ou mioblastos, que se dividem por segmentação, plasmando novos elementos estriados para a configuração dos órgãos típicos.
Somente então, quando as ocorrências da metamorfose se realizam, é que o inseto, integralmente renovado, abandona o casulo, revelando-se por falena leve e ágil, com o sistema bucal transformado, como acontece na borboleta de tipo sugador, na qual as maxilas se alongam, convertendo-se numa trompa, enquanto que o lábio superior e as mandíbulas se atrofiam.
Entretanto, embora magnificentemente modificada, a borboleta alada e multicor é o mesmo indivíduo, somando em si as experiências dos três aspectos fundamentais de sua existência de larva-ninfa-inseto adulto,

HISTOGÊNESE ESPIRITUAL – Assim também, a criatura humana, depois do período infantil, atravessa expressivas etapas de renovação interior, até alcançar a madureza corpórea, não obstante apresentar-se com a mesma forma exterior, porquanto somente ap6s o esgotamento da força vital no curso da vida, através da senectude ou da caquexia por intervenção da enfermidade, é que se habilita à transformação mais profunda.
Nesse período característico da caducidade celular ou da moléstia irreversível, demonstra gradativa diminuição de atividade, não mais tolerando a alimentação.
Pouco a pouco, declinam as suas atividades fisiológicas e a inércia substitui-lhe os movimentos.
Protege-se, desde então, no repouso horizontal em decúbito, quase sempre no leito, preparando o trabalho liberat6rio.
Chega, assim, o momento em que se imobiliza na cadaverização, mumificando-se à feição da crisálida, mas envolvendo-se no imo do ser com os fios dos pr6prios pensamentos, conservando-se nesse casulo de forças mentais, tecido com as suas pr6prias idéias reflexas dominantes ou secreções de sua própria mente, durante um período que pode variar entre minutos, horas, dias, meses ou decênios.
No ciclo de cadaverização da forma somática, sob o governo dinâmico de seu corpo espiritual, padece extremas alterações que, na essência, correspondem à histólise das células físicas, ao mesmo tempo que elabora órgãos novos pelo fenômeno que podemos nomear, por falta de termo equivalente, como sendo histogênese espiritual, aproveitando os elementos vivos, desagregados do tecido citoplasmático, e que se mantinham até então, ligados à colméia fisiológica entregue ao desequilíbrio ou à decomposição.
A histólise ou processo destrutivo na desencarnação resulta da ação dos catalisadores químicos e de outros recursos do mundo orgânico que, alentados em níveis de degenerescência, operam a mortificação dos tecidos e, do ponto de vista do corpo espiritual, afetam principalmente a morfologia dos músculos e os aparelhos da nutrição, com escassa influência sobre os sistemas nervoso e circulatório.
Pela histogênese espiritual, os tecidos citoplasmáticos se desvencilham em definitivo de alguns dos característicos que lhes são próprios, voltando temporariamente, qual se atendessem a processo involutivo, à condição de células embrionárias multiformes que se dividem, através da cariocinese, plasmando, em novas condições, a forma do corpo espiritual, segundo o tipo imposto pela mente.


DESENCARNAÇÃO DO ESPÍRITO -Apenas quando os acontecimentos da morte se realizam, é que a criatura humana desencarnada, plenamente renovada em si mesma, abandona o veículo carnal a que se jungia; contudo, muitas vezes aprisionada ao casulo dos seus pensamentos dominantes, quando não trabalhou para renovar-se, nos recessos do espírito, passa a revela-se em novo peso específico, segundo a densidade da vida mental em que se gradua, dispondo de novos elementos com que atender à própria alimentação, equivalentes às trompas fluidico-magnéticas de sucção, embora sem perder de modo algum o aparelho bucal que nos é característico, salientando-se, aliás, que semelhantes trompas ou antenas de matéria sutil estão patentes nas criaturas encarnadas, a se lhes expressarem na aura comum, como radículas alongadas de essência dinâmica, exteriorizando-lhes as radiações específicas, trompas ou antenas essas pelas quais assimilamos ou repelimos as emanações das coisas e dos seres que nos cercam, tanto quanto as irradiações de nós mesmos, uns para com os outros.


CONTINUAÇÃO DA EXISTÊNCIA - Metamorfoseada, pois, não obstante o fenômeno da desencarnação, a personalidade humana continua, além-túmulo, o estágio educativo que iniciou no berço, sem perder a própria identidade, somando consigo as experiências da vida carnal, da desencarnação e da metamorfose no plano extrafísico.
Perceberemos, desse modo, que a existência da criatura, na reencarnação, substancializa-se não apenas na Terra, onde atende à plantação dos sentimentos, palavras, atitudes e ações com que se caracteriza, mas também no Mundo Espiritual, onde incorpora a si mesma a colheita da sementeira praticada no campo físico, pelo desdobramento do aprendizado com que entesoura as experiências necessárias à sublime ascensão a que se destina.

Uberaba, 5-3-58.

Livro “Evolução em Dois mundos”
Psicografia: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira.
Autor Espiritual: André Luiz.