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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

COMPORTAMENTO POR OBSESSÃO

COMPORTAMENTO POR OBSESSÃO

Quando a morte interrompe o ciclo de atividades viscosas, que o homem incorpora à sua natureza, de forma alguma o problema deixa de atormentá-lo.

A situação espiritual de quantos partem da Terra, dependentes de condicionamentos prejudiciais, é das mais dolorosas. Dificilmente pode-se descrever com fidelidade o tormento que experimentam, por variar, de indivíduo para indivíduo, não raro, enlouquecendo, nas tentativas de prosseguir com a situação nefasta...

Tal é o estado em que se debate, que não se dá conta da morte física, embora as estranhas e penosas sensações que o visitam em contínuo tormento. A esse estado soma a carência do que antes considerava prazer e agora lhe falta, afligindo-o mais.

Na conjuntura, mesmo desconhecido as “leis dos fluidos” que facultam as afinidades espirituais e intercambiam sensações com outros viciados ou iniciantes no comércio da ilusão, domiciliados na matéria, a princípio, inconscientemente, para depois estreitar os laços e fixações em demorada e torpe obsessão, em que ambos mais se desgastam e pioram o psiquismo, até que as Leis divinas façam cessar a coabitação perniciosa.

Casos outros há em que o desencarnado, identificando a conjuntura nova, formula e executa um programa de vampiração obsessiva em tentames exitosos, enredando os invigilantes que a ele se associam no plano físico,em largos cursos de alucinação e desgraça.
Muito mais grave do que parece é a obsessão, nos problemas sociais do comportamento humano.

Alcoolismo, tabagismo, drogas alucinógenas, sexolatria, jogatina, gula recebem grande suporte espiritual, sendo não poucas vezes, iniciada a viciação de cá para aí, por inspiração que fomenta a curiosidade e por necessidade que estimula o prosseguimento.

O enfermo, dificilmente, consegue evadir-se, por si mesmo, da dificuldade. De um lado, pelos nefastos prejuízos orgânicos de que se ressente e, por outro, em razão da incidência mental do
obsessor, que o utiliza como instrumento da loucura de que se vê possuído.

As verdadeiras multidões de dependentes de drogas ou de outras viciações estertoram, mesmo sem o saberem, em danosos processos de obsessão lamentável.

A falta de orientação religiosa, as permissividades morais, o desconhecimento proposital ou não das realidades do Espírito, a falta de tempo e a neurose que avassalam o homem respondem pela calamitosa ocorrência, que se agrava a cada dia.

O problema deve merecer o interesse e o estudo de cada um e de todos os cidadãos, porque a todos envolve e ameaça.
Antes, era rara a incidência das drogas, agora, com um e grave.
Ao invés de se aprofundarem as pesquisas das causas, com as naturais soluções,buscam-se leis mais tolerantes, comércio livre, certamente que por falência ética, sem dúvida.

O homem, convivendo com os fatores de qualquer porte, prefere aceitá-los a vencê-los,numa atitude sempre cômoda.
No que concerne ao mecanismo da evolução, essa atitude comporta, o que, porém, não é idêntico, quando muda a situação para o campo moral
.
O Espiritismo, esclarecendo a criatura em torno da vida moral e das relações que existem entre os Espíritos e a obsessão, combatendo-lhe, ao menos, neste capítulo,algumas das suas causas, que são os vícios.

Mantendo-se hábitos de higiene moral e social, ceif a-se, na raiz, a gênese desse problema malfazejo.

Outrossim, orientando a conduta humana, propõe uma terapia curadora, sem dúvida, salutar.

Na base das alienações espirituais, o homem desempenha importante papel, em decorrência da sua conduta, da sua atividade, do seu mundo interior.

Esforçar-se por alterar os estados mórbidos e as de pendências viciosas é tarefa de urgência, que se pode lograr através do esforço moral pessoal, do esclarecimento pelo estudo, da oração, da fluidoterapia e da desobsessão de que são encarregadas as nobres
Sociedades Espíritas que se dedicam ao mister da evangelização e da caridade,conforme os ensinos de Jesus e de Allan Kardec.

MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
(Roteiro de Libertação)

sábado, 1 de novembro de 2014

Comportamento e Vida

Comportamento e Vida

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito)

O fatalismo biológico, estabelecido mediante as
conquistas pessoais de cada indivíduo, não é
definitivo em relação à data da sua morte.

A longevidade como a brevidade da existência
corporal, embora façam parte do programa
adrede estabelecido para cada homem, alteram-
se para menos ou para mais, de acordo com o
seu comportamento e do contributo que oferece
à aparelhagem orgânica para a sua preservação
ou desgaste.

Necessitando de um período de tempo em cada
existência física para realizar a aprendizagem
evolutiva em cujo curso está inscrito, o Espírito
tem meios para abreviar-lhe ou ampliar-lhe o
ciclo, mediante os recursos de que dispõe e são
facultados a todos.

É óbvio que o estróina desperdiça maior quota de
energias, impondo sobrecargas desnecessárias
aos equipamentos fisiológicos, do que o
indivíduo prudente.

As ocorrências que lhes sucedam têm as suas
causas no comportamento que se permitem.

Igualmente, a forma de desencarnar, sem fugir
ao impositivo do destino que é de construção
pessoal, resulta das experiências que são vividas.
O homem imprevidente e precipitado,
desrespeitador dos códigos de lei estabelecidos,
toma-se fácil presa de infaustos acontecimentos,
que ele mesmo se propicia como efeito da
conduta arbitrária a que se entrega.

Acidentes, homicídios, intoxicações, desastres de
vários tipos que arrebatam vidas, resultam da
imprevidência, da irresponsabilidade, do orgulho
dos que lhes são vitimas, na maioria das vezes e
no maior número de acontecimentos.

Devendo aplicar a inteligência e a bondade como
norma de conduta habitual, grande parte das
criaturas prefere a arrogância, a discussão acesa,
o desrespeito ao dever, a negligência, tornando-
se, afinal, vitimas de si mesmas, suicidas
indiretas.

Nos autocídios de ação prolongada ou imediata,
a responsabilidade é total daqueles que tomam a
decisão infeliz e a levam a cabo, inspirados ou
não por Entidades perversas com as quais
sintonizam.

Derrapando em comportamentos pessimistas a
que se aferram, a atitudes agressivas nas quais
se comprazem, na fixação de idéias tormentosas
em que se demoram, em ambições desenfreadas
e rebeldia sistemática, a etapa final, infelizmente,
não pode ser outra. Com o gesto que supõem de
libertação, tombam, por largos anos de dor, em
mais cruel processo de recuperação e desespero,
para que aprendam disciplina e submissão contra
as quais antes se rebelaram.

Depreende-se, portanto, que o comportamento
do homem a todo instante contribui de maneira
rigorosa para a programação da sua vida.

São de duas classes as causas que influem na sua
existência, dentro do determinismo da evolução
humana: as próximas, desta reencarnação, na
qual se movimenta, e as remotas, que procedem
das ações pretéritas. Estas últimas estabeleceram
já os impositivos de reparação a que o indivíduo
não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os
através de atuais ações do rumor, que promovem
quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas.
As primeiras, no entanto, as da presente
existência, vão gerando novos compromissos
que, se negativos, podem ser atenuados de
imediato por meio de atitudes opostas, e, se
positivos, ampliados na sua aplicação.

O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a
sexolatria, a glutonaria, entre outros fatores
dissolventes e destrutivos, são de livre opção
anual, não incursos no processo educativo de
ninguém. Quem, a qualquer deles se vincula,
padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito
prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar
solução de emergência.

O tabagismo responde por cárceres de várias
procedências, na língua, na boca, na laringe, por
inúmeras afecções e enfermidades respiratórias,
destacando-se o terrível enfisema pulmonar.
Todo aquele que se lhe submete à dependência
viciosa, está incurso, espontaneamente, nessa
fatalidade destruidora, que não estava no seu
programa e foi colocada por imprevidência ou
presunção.

O alcoolismo é gerador de distúrbios orgânicos e
psíquicos de inomináveis conseqüências,
gerando desgraças que, de forma nenhuma
deveriam suceder. É ele o desencadeador da
loucura, da depressão ou da agressividade, na
área psíquica, sendo o responsável por distúrbios
gástricos, renais e, principalmente, pela
irreversível cirrose hepática. Seja através da
aguardente popular ou do whisky elegante, a
alcoolofilia dízima multidões que se lhe
entregam espontaneamente.

A toxicomania desarticula as sutis engrenagens
da mente e desagrega as moléculas do
metabolismo orgânico, lesando vários órgãos e
alucinando todos quantos se comprazem nas
ilusões mórbidas que dizem viver, não obstante
de breve duração. Iniciada a dependência que se
fez espontânea, desdobrara-se à frente longos
anos, numa e noutra reencarnação, para que
sejam reparados todos os danos que poderiam
ter sido evitados quase sem esforço.

A sexolatria gera distonias emocionais, por
conduzir o indivíduo ao reduto das sensações
primitivas, mantendo-os nas áreas do gozo
insaciável, que o leva à exaustão, a terríveis
frustrações na terceira idade, se a alcança, e a
depressões sem conta pelo descalabro que
desorganiza o corpo e perturba a mente. Além
desses, são criados campos de dificuldade
afetiva, de responsabilidade emocional com os
parceiros utilizados, estabelecendo-se
compromissos desditosos para o Ii1turo.

A glutoneria, além de deformar a organização
física, é agente de males que sobrecarregam o
corpo produzindo contínuas distinções
gastrointestinais, dispepsias, acidez, ulcerações,
alienando o homem que vive para comer, quando
deveria, com equilíbrio, comer para viver.

São muitos os agentes dos infortúnios para o
homem, que ele aceita no seu comportamento,
afetando-lhe a vida.

Entretanto, através de outras atitudes e conduta
poderia preserva-la, prolongá-la, dar-lhe beleza,
propiciando-lhe harmonia e felicidade.

Além de atingir aquele que elege esta ou aquela
maneira de agir, os resultados alcançam os
descendentes que, através das heranças
transmissíveis, conforme as suas necessidades
evolutivas, as experimentarão.

O comportamento do Espírito, no corpo ou fora
dele, é responsável pela vida, contribuindo de
maneira eficaz na sua programática, igualmente
interferindo na conduta do grupo em que se
movimenta e onde atua, como dos descendentes
que de alguma forma se lhe vinculam.

As ações corretas prolongam a existência do
corpo e promovem o equilíbrio da mente,
enquanto as atribuladas e agressivas produzem o
inverno.

Nunca será demasiado repetir-se que, assim
como o homem pensa e age, edificará a sua
existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento elegido.

Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Temas da Vida e da Morte


Fonte: O Espiritismo
<http://www.oespiritismo.com.br/textos/ver.php?id1=381> Acessado: 01/11/2014

sábado, 11 de janeiro de 2014

O Alcoolismo

O Alcoolismo

Autor: Victor Hugo (espírito)

Sem nos determos no exame dos fatores sócio-psicológicos causais do alcoolismo generalizado, de duas ordens são as engrenagens que o desencadeiam, - observado o problema do ponto de vista espiritual.
Antigos viciados e dependentes do álcool, em desencarnando não se liberam do hábito, antes sofrendo-lhe mais rude imposição.
Prosseguindo a vida, embora a ausência do corpo, os vícios continuam vigorosos, jungindo os que a eles se aferraram a uma necessidade enlouquecedora. Atônitos e sedentos, alcoólatras desencarnados se vinculam às mentes irresponsáveis, de que se utilizam para dar larga à continuação do falso prazer, empurrando-os, a pouco e pouco, do aperitivo tido como inocente ao lamentável estado de embriaguez.
Os que lhes caem nas malhas, tornam-se, por isso mesmo, verdadeiros recipientes por meio dos quais absorvem os vapores deletérios, caindo, também, em total desequilíbrio, até quando a morte advém à vítima, ou as Soberanas Leis os recambiam à matéria, que padecerá das dolorosas injunções constritoras que lhe impõe o corpo perispiritual...
Normalmente, quando reencarnados, os antigos viciados recomeçam a atividade mórbida, servindo, a seu turno, de instrumento do gozo infeliz, para os que se demoram na Erraticidade inferior...
Outras vezes, os adversários espirituais, na execução de uma programática de desforço pelo ódio, induzem os seus antigos desafetos à iniciação alcoólica, mediante pequenas doses, com as quais no transcurso do tempo os conduzem à obsessão, desorganizando-lhes a aparelhagem físio-psíquica e dominando-os totalmente.
No estado de alcoolismo faz-se muito difícil a recomposição do paciente, dele exigindo um esforço muito grande para a recuperação da sanidade.
Não se afastando a causa espiritual, torna-se menos provável a libertação, desde que, cessados os efeitos de quaisquer terapêuticas acadêmicas, a influência psíquica se manifesta, insidiosa, repetindo-se a lamentável façanha destruidora...
A obsessão, através do alcoolismo, é mais generalizada do que parece.
Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de status, atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído.
Pelos idos de 1851, porque enxameassem os problemas derivados da alcoolofilia, Magno Huss realizou, por vez primeira, um estudo acurado da questão, promovendo um levantamento dos danos causados no indivíduo e alertando as autoridades para as conseqüências que produz na sociedade.
Os que tombam na urdidura alcoólica, justificam-lhe o estranho prazer, que de início lhes aguça a inteligência, faculta-lhes sensações agradáveis, liberando-os dos traumas e receios, sem se darem conta de que tal estado é fruto das excitações produzidas no aparelho circulatório, respiratório com elevação da temperatura para, logo mais produzir o nublar da lucidez, a alucinação, o desaparecimento do equilíbrio normal dos movimentos...
Inevitavelmente, o viciado sofre uma congestão cerebral intensa ou experimenta os dolorosos estados convulsivos, que se tornam perfeitos delírios epilépticos, dando margem a distúrbios outros: digestivos, circulatórios, nervosos que podem produzir lesões irreversíveis, graves.
A dependência e continuidade do vício conduz ao delirium tremens, resultante da cronicidade do alcoolismo, gerando psicoses, alucinações várias que culminam no suicídio, no homicídio, na loucura irrecuperável.
Mesmo em tal caso, a constrição obsessiva segue o seu curso lamentável, já que, não obstante destrambelhadas as aparelhagens do corpo, o espírito encarnado continua a ser dominado pelos seus algozes impenitentes em justas de difícil narração...
Além dos danos sociais que o alcoolismo produz, engendrando a perturbação da ordem, a queda da natalidade, a incidência de crimes vários, a decadência econômica e moral, é enfermidade espiritual que o vero Cristianismo erradicará da Terra, quando a moral evangélica legítima substituir a débil moral social, conveniente e torpe.

Ao Espiritismo cumpre o dever de realizar a psicoterapia valiosa junto a tais enfermos e, principalmente, a medida preventiva pelos ensinos corretos de como viver-se em atitude consentânea com as diretrizes da Vida Maior.

Livro: Calvário de Libertação. Psicografia de Divaldo Franco

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Álcool e Obsessão



A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual. A medicina atual ainda reluta - e infelizmente nos seus setores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão. Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão. De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carington, Price, na Inglaterra, até a outros para-psicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia. Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as “mentes desencarnadas”.

Jean Ehrenwald, psicanalista, chegou a publicar importante livro intitulado: Novas Dimensões da Análise Profunda, corroborando as experiências de Karl Wick-land em Trinta Anos Entre os Mortos. Koogan, na Europa de hoje, acompanhado por vários pesquisadores, efetuou experiências de controle remoto da conduta humana pela telepatia, obtendo resultados satisfatórios. Tudo isso nada vale para os que se obstinam na negação pura e simples, como faziam os cientistas e os médicos do tempo de Pasteur em relação ao mundo bacteriano.

As quadras de Cornélio Pires sobre a obsessão alcoólica não são apenas uma brincadeira poética. Elas nos mostram - num panorama visto do lado oculto da vida -a própria mecânica desse processo obsessivo. Espíritos inimigos, (que ofendemos gravemente em existências anteriores), excitam-nos o desejo inocente de “tomar um trago”. Aceitamos a “idéia maluca” e espíritos vampirescos são atraídos pelas emanações alcoólicas do nosso corpo. Daí por diante, como aconteceu a Juca de João Dório, “enveredamos na garrafa” e vamos" parar no sanatório. Os espíritos vampirescos são viciados que morreram no vício e continuam no mundo espiritual inferior, aqui mesmo na Terra, buscando ansiosamente os seus “tragos”. Satisfazem-se com as emanações alcoólicas de suas vítimas e continuam a sugá-las como vampiros psíquicos.

Nas instituições espíritas bem dirigidas esse processo é bastante conhecido, e são muitos os infelizes que se salvam após um tratamento sério. Nos hospitais espíritas as curas são numerosas. Veja-se a obra do Dr. Inácio Ferreira: Novos Rumos à Medicina, relatando as curas realizadas no Hospital Espírita de Uberaba. Não é só a obsessão alcoólica que está em jogo nos processos obsessivos. Os desvios sexuais oferecem um contingente talvez maior e mais trágico do que o do álcool, porque mais difícil de ser tratado.

Tem razão o poeta caipira ao advertir que “álcool, para ajudar, é cousa de medicina”. Só nas aplicações médicas o álcool pode ser usado como remédio. Mas temos de acrescentar, infelizmente, que os médicos de olhos fechados para a realidade espiritual não estão em condições de atender aos casos de alcoolismo. Os grupos espíritas e as associações alcoólicas obtêm resultados mais positivos, quando em tratamentos bem dirigidos.

Irmão Saulo pseudônimo de J.Herculano Pires

sábado, 6 de abril de 2013

III-O que pode transforma intimamente " Os Malefícios do Álcool "

03 - OS MALEFÍCIOS DO ÁLCOOL

"O meio em que certos homens se encontram não é para eles o motivo principal de muitos vícios e crimes?
- Sim, mas ainda nisso há uma prova escolhida pelo Espírito, no estado de liberdade; ele quis se expor à tentação, para ter o mérito da resistência. " (Allan Kardec.O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo I - A. Lei Divina ou Natural. Pergunta 644.)

"A alteração das faculdades intelectuais pela embriaguez desculpa os atos repreensíveis?
- Não, pois o ébrio voluntariamente se priva da razão para satisfazer paixões brutais: em lugar de uma falta, comete duas."
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capítulo X. Lei da Liberdade. Pergunta 848.)

O álcool (palavra de origem árabe: ai = a, cohol = coisa sutil) não é alimento nem remédio. É tóxico. Chegando ao seio da substância nervosa, excita-a e diminui sua energia e resistência, e deprime os centros nervosos fazendo surgir lesões mais graves: paralisias, delírios (delirium tremens). Como tóxico, atinge de preferência o aparelho digestivo: o indivíduo perde o apetite, o estômago se inflama e a ulceração da sua mucosa logo se manifesta. A isto se juntam as afecções dos órgãos vizinhos, quase sempre incuráveis. Uma delas (terrível) é a cirrose hepática, que se alastra progressivamente no fígado, onde as células vão morrendo por inatividade, até atingir completamente esse órgão, de funções tão importantes e delicadas no aparelho digestivo.
O que se vê nos hospitais durante a autópsia do cadáver de um alcoólatra crônico é algo horripilante. O panorama interno do cadáver pode ser comparado ao de uma cidade completamente destruída por um bombardeio atômico. Além das catástrofes provocadas no organismo físico, quantos males e acidentes desastrosos são ocasionados pela embriaguez! Os jornais, todos os dias, enchem as suas páginas com tristes casos de crimes e desatinos ocorridos com indivíduos e mesmo famílias inteiras, provocados por criaturas alcoolizadas.

A embriaguez é hábito que se observa difundido em todas as camadas sociais. Mudam-se os tipos de bebidas: das mais populares, ao alcance do trabalhor braçal, às mais sofisticadas, para os homens de "status". No entanto, o costume é o mesmo, os prejuízos, iguais. Em geral, a tendência para beber vem de uma perturbação da afetividade que pode ser originada na infância. Os problemas infantis gerados nos desequilíbrios familiares, pela falta de carinho dos pais ou por outros conflitos — são comumente as raízes desse estado íntimo propício ao alcoolismo.

O alcoolismo deve ser encarado, nos casos profundos, como uma doença orgânica, como o é, por exemplo, o diabetes. Deve ser evitado radicalmente, sob pena de se sofrer amargamente as suas consequências nos processos de recuperação em clínicas especializadas. Há indivíduos que buscam na bebida um estado de liberação das suas tensões recônditas, ou então o esquecimento momentâneo de suas mágoas ou aflições, o que denota uma necessidade de refletir corajosamente sobre essas causas, buscando novos rumos para o seu próprio esclarecimento.
A bebida só leva à autodestruição, e nada de construtivo oferece às suas vítimas. As alterações das faculdades intelectuais causadas pela embriaguez, principalmente da autocensura, que priva a criatura da razão, tem levado homens probos a cometer desatinos, crimes passionais e tragédias. Na embriaguez, o domínio sobre a nossa vontade é facilmente realizado pelas entidades tenebrosas, conduzindo-nos aos atos de brutalidade.

O viciado em álcool quase sempre tem a seu lado entidades inferiores que o induzem à bebida, nele exercendo grande domínio e dele usufruindo as mesmas sensações etílicas. Cria-se, desse modo, dupla dependência: uma por parte da bebida propriamente dita, com toda a carga psicológica que a motivou; outra por parte das entidades invisíveis que hipnoticamente exercem sua influência, conduzindo, por sugestão, o indivíduo à ingestão de álcool. O processo que se recomenda para a libertação da bebida é ter em mente, sempre que o desejo se apresentar, a idéia dolorosa das consequências funestas do álcool.
Nessas horas, devem ser reprimidos os impulsos com a lembrança de tudo aquilo de repugnante e desagradável que o álcool provoca. Em particular, os espíritas conhecem - e são fortalecidos com as idéias relativas às consequências espirituais, principalmente no sofrimento dos suicidas após o desencarne. O álcool reduz a resistência física, diminui o tempo de vida e, por isso, o seu praticante é considerado um suicida.

Nesses momentos de tentação à bebida, quando estamos imbuídos do desejo de libertação, o auxílio do Plano Espiritual vem a nosso favor, mas necessário se faz o apoio na nossa própria vontade para surtirem os efeitos esperados. É frequente a alegação, por parte dos viciados, de que a bebida para eles é necessária, e que a sua vontade nada pode conter. Quando alguém assim afirma, demonstra que não tem nenhuma vontade de deixar de beber, e nesses casos pouco se pode fazer. O importante, mesmo, é que primeiro seja despertada a vontade de largar o álcool e, a partir disso, seja assumido voluntariamente o propósito de não mais se deixar levar pela imaginação, pelas idéias induzidas às vezes obsessivamente, ou mesmo pelos convites de "amigos" que façam companhia nas bebericagens.

A sede, o sabor, a oportunidade social, as comemorações, a obrigatoriedade em aceitar um drinque oferecido por alguém visitado são as muitas desculpas que temos para ingerir as doses de álcool. Precisamos, porém, estar atentos para não cometer exageros, abusos, e não resvalar por esse hábito social, que pode terminar por nos condicionar a ele.

FAÇA SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL

1. Acha que a eventual ingestão de bebidas alcoólicas pode levá-lo ao vício?

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2. Sabe conter-se nas ocasiões sociais em que lhe são oferecidas bebidas alcoólicas?
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3. Sente necessidade incontrolável de tomar bebidas alcoólicas nas refeições ou quando tem sede?
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4. Sente-se mais extrovertido ou mais à vontade, em grupos de pessoas, quando toma alguma bebida alcoólica?
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5. No caso de todos à sua volta estarem bebendo, sente-se igualmente obrigado a fazê-lo? Por quê?
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6. Já se sentiu completamente embriagado?
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7. Já experimentou as consequências digestivas ou neurológicas que a bebida provoca?
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8. Sendo um inveterado na bebida, já sentiu vontade de libertar-se dela? Conseguiu algo?
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9. Tem dificuldades em não se deixar levar pelo desejo de tomar um drinque?
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10. As bebidas alcoólicas fazem algum bem à saúde?

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Ney P. Peres

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Conhecendo o Livro Céu e o Inferno " Suicidas" 3a Parte

FRANÇOIS-SIMON LOUVET

(Do Havre)
A seguinte comunicação foi dada espontaneamente, em uma reunião espírita no Havre, a 12 de fevereiro de 1863:
"Tereis piedade de um pobre miserável que passa de há muito por cruéis torturas?! Oh! o vácuo... o Espaço..... despenho-me... caio... morro... Acudam-me! Deus, eu tive uma existência tão miserável... Pobre diabo, sofri fome muitas vezes na velhice; e foi por isso que me habituei a beber, a ter vergonha e desgosto de tudo.
"Quis morrer, e atirei-me... Oh! meu Deus! Que momento! E para que tal desejo, quando o termo estava tão próximo? Orai, para que eu não veja incessantemente este vácuo debaixo de mim.... Vou despedaçar-me de encontro a essas pedras! Eu vo-lo suplico, a vós que conheceis as misérias dos que não mais pertencem a esse mundo. Não me conheceis, mas eu sofro tanto... Para que mais provas? Sofro! Não será isso o bastante? Se eu tivera fome, em vez deste sofrimento mais terrível e aliás imperceptível para vós, não vacilaríeis em aliviar-me com uma migalha de pão. Pois eu vos peço que oreis por mim... Não posso permanecer por mais tempo neste estado... Perguntai a qualquer desses felizes que aqui estão, e sabereis quem fui. Orai por mim. François-Simon Louvet."
O guia do médium. - "Esse que acaba de se dirigir a vós foi um pobre infeliz que teve na Terra a prova da miséria; vencido pelo desgosto, faltou-lhe a coragem, e, em vez de olhar para o céu como devia, entregou-se à embriaguez; desceu aos extremos últimos do desespero, pondo termo à sua triste provação: atirou-se da Torre Francisco I, no dia 22 de julho de 1857. Tende piedade de sua pobre alma, que não é adiantada, mas que lobriga da vida futura o bastante para sofrer e desejar uma reparação. Rogai a Deus lhe conceda essa graça, e com isso tereis feito obra meritória."
Buscando-se informes a respeito, encontrou-se no Journal du Havre, de 23 de julho de 1857, a seguinte notícia local:
"Ontem, às 4 horas da tarde, os transeuntes do cais foram dolorosamente impressionados por um horrível acidente: - um homem atirou-se da torre, vindo despedaçar-se sobre as pedras. Era um velho puxador de sirga, cujo pendor à embriaguez o arrastara ao suicídio. Chamava-se François-Victor-Simon Louvet. O corpo foi transportado para a casa de uma das suas filhas, à rua de la Corderie. Tinha 67 anos de idade."
    Nota - Seis anos fazia que esse homem morrera e ele se via ainda cair da torre, despedaçando-se nas pedras... Aterra-o o vácuo, horroriza-o a perspectiva da queda... e isso há 6 anos! Quanto tempo durará tal estado? Ele não o sabe, e essa incerteza lhe aumenta as angústias. Isso não equivale ao inferno com suas chamas? Quem revelou e inventou tais castigos? Pois são os próprios padecentes que os vem descrever, como outros o fazem das suas alegrias. E fazem-no, muita vez, espontaneamente, sem que neles se pense - o que exclui toda hipótese de sermos nós o joguete da própria imaginação.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Uma excelente explanação de Raul Teixiera sobre atitudes dos Pais que podem refletir em seus filhos sem se darem conta de como serão no futuro. Linda mensagem para refletirmos!



 A PAZ NASCE NO LAR - J. Raul Teixeira-
Você já se deu conta de que as guerras, tanto quanto a violência, nas suas múltiplas faces, nascem dentro dos lares?
Em tese, é no lar que aprendemos a ser violentos ou pacíficos, viciosos ou virtuosos.
Sim, porque quando o filho chega contando que um colega lhe bateu, os pais logo mandam que ele também bata no agressor.
Muitos pais ainda fazem mais, dizendo: "filho meu não traz desaforo para casa"; "se apanhar na rua, apanha em casa outra vez"!
Se o filho se queixa que alguém lhe xingou com palavrões, logo recebe a receita do revide: "faça o mesmo com ele". "vingue-se", "não deixe por menos".
Quando o amiguinho pega o brinquedo do filho, os pais intercedem dizendo: "tire dele, você é mais forte", "não seja bobo"!
Essas atitudes são muito comuns, e os filhos que crescem ouvindo essas máximas, só não aprendem a lição se tiverem alguma deficiência mental, ou se forem espíritos superiores, o que é raro na terra.
O que geralmente acontece é que aprendem a lição e se tornam cidadãos agressivos, orgulhosos, vingativos e violentos. Ingredientes perfeitos para fomentar guerras e outros tipos de violências.
Se, ao contrário, os pais orientassem o filho com conselhos sábios, como: perdoe, tolere, compartilhe, ajude, colabore, esqueça a ofensa, não passe recibo para a agressividade, os filhos certamente cresceriam alimentando outra disposição íntima.

Seriam cidadãos capazes de lidar com as próprias emoções e dariam outro colorido à sociedade da qual fazem parte.
Formariam uma sociedade pacífica, pois quando uma pessoa age diante de uma agressão, ao invés de reagir, a violência não se espalha.
A paz só será uma realidade, quando os homens forem pacíficos, e isso só acontecerá investindo-se na educação da infância.
Os pais talvez não tenham se dado conta disso, mas a maioria dos vícios também são adquiridos portas à dentro dos lares.
É o pai incentivando o filho a beber, a fumar, a se prostituir, das mais variadas formas.
É a mãe vestindo a filha com roupas que despertam a sensualidade, a vaidade, a leviandade.
Meninas, desde os três anos, já estão vestidas como se fossem moças, com roupas e maquiagens que as mães fazem questão de lhes dar.
Isso tudo fará diferença mais tarde, quando esses meninos e meninas estiverem ocupando suas posições de cidadãos na sociedade.

Então veremos o político agredindo o colega em frente às câmeras, medindo forças e perdendo a compostura.
Veremos a mulher vulgarizada, desvalorizada, exibindo o corpo para ser popular.
Lamentavelmente muitos pais ainda não acordaram para essa realidade e continuam semeando sementes de violência e vícios no reduto do lar, que deveria ser um santuário de bênçãos.
Já é hora de pensar com mais seriedade a esse respeito e tomar atitudes para mudar essa triste realidade.
É hora de compreender que se quisermos construir um mundo melhor, os alicerces dessa construção devem ter suas bases firmes no lar.
Pense nisso!
Jesus, nosso Irmão Maior, trouxe-nos a receita da paz. Com Ele poderemos erguer-nos, da treva à luz.
Da ignorância à sabedoria.
Do instinto à razão.
Da força ao direito.
Do egoísmo à fraternidade.
Da tirania à compaixão.
Da violência ao entendimento.
Do ódio ao amor.
Da extorsão à justiça.
Da dureza à piedade.
Do desequilíbrio à harmonia.
Do pântano ao monte.
Do lodo à glória.
Pensemos nisso!

domingo, 9 de setembro de 2012

Os efeitos do álcool na sociedade e no Espírito imortal

 Reformador • Abr i l 2009
ROBERTO CARLOS FONSECA
1. Introdução
O álcool, do árabe al-kuhl (essência) é uma das drogas mais antigas da Humanidade. Inicialmente
se acreditava que teria surgido em 6000 a.C., no Egito, onde foram encontradas ruínas de uma
fábrica de cerveja. Porém, recentemente, pesquisadores descobriram vestígios de uva apodrecida
em locais habitados por homens pré-históricos, a qual tinha em torno de 5% de teor alcoólico, demonstrando que o seu consumo é ancestral. No início, a utilização de bebidas alcoólicas pelas sociedades
estava muito ligada à prática religiosa, pois acreditava-se que elas facilitavam o contato com os deuses. Ainda hoje, de forma diferenciada, o álcool serve de símbolo para muitas religiões. Outro sentido para o uso de alcoólicos era a sua utilização tanto como dissipador de preocupações e dor quanto como elemento abortivo.
Com a Revolução Industrial, foram desenvolvidas bebidas destiladas como o uísque (usquebaugh –
água da vida), as quais possuem um teor extremamente alto, gerando inúmeros malefícios ao corpo humano.
Acompanhando a Revolução Industrial, as bebidas fermentadas também passaram a conter um
grau etílico maior, aumentando o número de dependentes em álcool.
O alcoolismo decorre do uso prolongado, geralmente entre 20 e 25 anos, de substâncias alcoólicas.Nesta
fase, o hábito de consumir a bebida já está relacionado ao ritmo de vida do indivíduo, sendo muito difícil
convencê-lo a parar de ingeri-la. .
2-Efeitos no cérebro
Acreditar que o álcool é somente um estimulante é um grande engano. Ele, num primeiro momento,
ao agir diretamente no lobo frontal do cérebro, desinibe o indivíduo, modificando sobremaneira
seu comportamento social, mas sua principal característica é provocar a depressão. Seus efeitos
podem ser observados em três fases:
Na primeira, o indivíduo, via de regra, perde seu senso moral, seus medos e inibições, passando
a se comportar conforme pendores
íntimos que estavam reprimidos por medo das Leis do Estado e pelos costumes vigentes no grupo
social em que se relaciona. Se tinha comportamento tímido, passa a se soltar, principalmente em
relação ao sexo oposto. Se era quieto, torna-se loquaz.
Na segunda, podem ocorrer falta de coordenação motora, descontrole dos reflexos, descontrole
emocional e agressividade. Isto explica a mudança brusca de comportamento, visualizada geralmente
quando ocorrem atos de violência após o consumo de bebidas alcoólicas. Muitos pais de
família, que fazem uso de alcoólicos, ao retornarem ao lar acabam por extravasar seus pendores de
violência na esposa e nos filhos.
A terceira é caracterizada pela depressão, condição em que o indivíduo reclama de tudo e de todos,
da vida, do salário, e normalmente extravasa suas angústias por meio de lágrimas. Ocorrem
também problemas digestivos como: vômitos, diarreias, dores de cabeça, sono, mal-estar geral, coma
etc. Esta fase é mais perigosa, pois a depressão alcoólica pode levar ao suicídio, principalmente
em alcoolistas que, ao retornarem à realidade, percebem que não conseguiram ficar sem a bebida.
Este sentimento de fracasso é agente impulsionador do comportamento suicida.
3-A dependência
Denomina-se alcoolismo a dependência à bebida alcoólica, caracterizada pelo consumo compulsivo
de álcool, com progressiva tolerância à intoxicação produzida pela droga e desenvolvimento de
sintomas de abstinência, quando o consumo é interrompido. Os sintomas mais comuns no caso de
uma crise de abstinência são sudorese, aceleração cardíaca, insônia, náuseas e vômitos. Num estado
mais avançado, ela se caracteriza como delirium tremens, causando confusão mental, alucinações
e convulsões.
Inicialmente, o alcoolista era discriminado, sendo tratado como um ser de personalidade fraca.
Mas, com o avanço da Ciência e dos tratamentos, chegou-se à conclusão de que o alcoolismo
é uma doença, potencialmente forte e destruidora do caráter do indivíduo, que faz de tudo para ter
satisfeita a sua vontade de beber: mente, rouba, trai, seduz.
O alcoolismo gera deterioração psicológica e física. O indivíduo, aos poucos, pela perda dos neurônios,
tem sua capacidade mental reduzida, descuida-se da sua apresentação, torna-se impontual e
tem a concentração nas atividades corriqueiras limitada.
Para esta doença não há cura, o que existe é um tratamento ininterrupto, a fim de que jamais ocorra
novamente o consumo, sob risco de retornar todo o prazer em sorver os alcoólicos, colocando
a perder todo o tratamento já realizado.
4-O álcool e a sociedade
Impulsionado pelos costumes sociais, pela tradição das festas
e comemorações múltiplas, o homem não se dá conta de que o álcool é um dos maiores males que
existem na face da Terra. É agente impulsionador da violência, possui inúmeras doenças atreladas ao
seu uso abusivo, e está entranhado em quase todas as ocasiões em que um grupo humano se reúne, como
se fosse impossível conversar, trocar ideias, tomar decisões na vida particular ou em sociedade, sem
estar com um copo na mão.
Aliado ao baixo custo de produção, tornando-o uma droga acessível a qualquer grupo social, e às políticas de governo pouco eficazes no combate ao seu consumo indiscriminado, ele se torna um verdadeiro destruidor de vidas, de carreiras e da sociedade.
5. Considerações
Se o indivíduo bebe uma vez por semana, é um bebedor social; se de três a quatro vezes, é um
bebedor excessivo; mas se bebe todos os dias, é considerado bebedor dependente.Nem todo bebedor
social vai ser um bebedor dependente, porém todo dependente, um dia, já foi bebedor social. Na
fase da dependência, ele dificilmente sairá sem ajuda; é preciso solicitar auxílio a parentes, amigos
e especialistas.
A maior dificuldade de se combater o uso abusivo de alcoólicos está em ser o álcool uma droga
socialmente aceita. A maioria das pessoas tem o seu primeiro contat com o álcool dentro do próprio
lar.
6. O álcool e o Espírito imortal
Joanna de Ângelis nos alerta que o uso de alcoólicos reflete o declínio dos valores espirituais da
sociedade, sendo aceito como hábito social. Enfatiza que a viciação alcoólica inicia-se pelo aperitivo
inocente, repete-se através do hábito social, impõe-se aos poucos como necessidade e converte-se em
dominação absoluta pela dependência.
Alerta também que a desencarnação se dá através do suicídio indireto, graças à sobrecarga destrutiva que o dependente de álcool depõe sobre o corpo físico.1
Os efeitos do consumo desta substância transcendem os umbrais da morte, vão além dos danos causados
ao corpo físico, instrumento de trabalho da alma reencarnada, que o devolve à terra após o desenlace, a
morte. Esta substância deixa inúmeras marcas no perispírito e na mente do dependente alcoólico, que
se refletirão na próxima encarnação.
Da análise do texto de Manoel P. de Miranda no livro Nas Fronteiras da Loucura, psicografia de
Divaldo P. Franco, podemos concluir que a intoxicação alcoólica traz os seguintes prejuízos a quem
dela se torna dependente:
1. Libera toxinas que impregnam o perispírito;
2. Introduz impurezas amortecendo as vibrações;
3. Entorpecimento psíquico;
4. Insensibilidade ao tratamento espiritual;
5. A dependência prossegue depois da morte;
6. As lesões do corpo físico refletem-se no corpo espiritual;
7. O perispírito imprime as lesões nas futuras organizações fisiológicas;

1FRANCO, Divaldo P. Após a tempestade.
Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 8. ed. Salvador
(BA): LEAL, 1985. Cap. 9, Viciação
alcoólica, p. 49.

terça-feira, 31 de julho de 2012

O Alcoolismo

O Alcoolismo

Autor: Victor Hugo (espírito)

Sem nos determos no exame dos fatores sócio-psicológicos causais do alcoolismo generalizado, de duas ordens são as engrenagens que o desencadeiam, - observado o problema do ponto de vista espiritual.
Antigos viciados e dependentes do álcool, em desencarnando não se liberam do hábito, antes sofrendo-lhe mais rude imposição.
Prosseguindo a vida, embora a ausência do corpo, os vícios continuam vigorosos, jungindo os que a eles se aferraram a uma necessidade enlouquecedora. Atônitos e sedentos, alcoólatras desencarnados se vinculam às mentes irresponsáveis, de que se utilizam para dar larga à continuação do falso prazer, empurrando-os, a pouco e pouco, do aperitivo tido como inocente ao lamentável estado de embriaguez.
Os que lhes caem nas malhas, tornam-se, por isso mesmo, verdadeiros recipientes por meio dos quais absorvem os vapores deletérios, caindo, também, em total desequilíbrio, até quando a morte advém à vítima, ou as Soberanas Leis os recambiam à matéria, que padecerá das dolorosas injunções constritoras que lhe impõe o corpo perispiritual...
Normalmente, quando reencarnados, os antigos viciados recomeçam a atividade mórbida, servindo, a seu turno, de instrumento do gozo infeliz, para os que se demoram na Erraticidade inferior...
Outras vezes, os adversários espirituais, na execução de uma programática de desforço pelo ódio, induzem os seus antigos desafetos à iniciação alcoólica, mediante pequenas doses, com as quais no transcurso do tempo os conduzem à obsessão, desorganizando-lhes a aparelhagem físio-psíquica e dominando-os totalmente.
No estado de alcoolismo faz-se muito difícil a recomposição do paciente, dele exigindo um esforço muito grande para a recuperação da sanidade.
Não se afastando a causa espiritual, torna-se menos provável a libertação, desde que, cessados os efeitos de quaisquer terapêuticas acadêmicas, a influência psíquica se manifesta, insidiosa, repetindo-se a lamentável façanha destruidora...
A obsessão, através do alcoolismo, é mais generalizada do que parece.
Num contexto social permissivo, o vício da ingestão de alcoólicos torna-se expressão de status, atestando a decadência de um período histórico que passa lento e doído.
Pelos idos de 1851, porque enxameassem os problemas derivados da alcoolofilia, Magno Huss realizou, por vez primeira, um estudo acurado da questão, promovendo um levantamento dos danos causados no indivíduo e alertando as autoridades para as conseqüências que produz na sociedade.
Os que tombam na urdidura alcoólica, justificam-lhe o estranho prazer, que de início lhes aguça a inteligência, faculta-lhes sensações agradáveis, liberando-os dos traumas e receios, sem se darem conta de que tal estado é fruto das excitações produzidas no aparelho circulatório, respiratório com elevação da temperatura para, logo mais produzir o nublar da lucidez, a alucinação, o desaparecimento do equilíbrio normal dos movimentos...
Inevitavelmente, o viciado sofre uma congestão cerebral intensa ou experimenta os dolorosos estados convulsivos, que se tornam perfeitos delírios epilépticos, dando margem a distúrbios outros: digestivos, circulatórios, nervosos que podem produzir lesões irreversíveis, graves.
A dependência e continuidade do vício conduz ao delirium tremens, resultante da cronicidade do alcoolismo, gerando psicoses, alucinações várias que culminam no suicídio, no homicídio, na loucura irrecuperável.
Mesmo em tal caso, a constrição obsessiva segue o seu curso lamentável, já que, não obstante destrambelhadas as aparelhagens do corpo, o espírito encarnado continua a ser dominado pelos seus algozes impenitentes em justas de difícil narração...
Além dos danos sociais que o alcoolismo produz, engendrando a perturbação da ordem, a queda da natalidade, a incidência de crimes vários, a decadência econômica e moral, é enfermidade espiritual que o vero Cristianismo erradicará da Terra, quando a moral evangélica legítima substituir a débil moral social, conveniente e torpe.

Ao Espiritismo cumpre o dever de realizar a psicoterapia valiosa junto a tais enfermos e, principalmente, a medida preventiva pelos ensinos corretos de como viver-se em atitude consentânea com as diretrizes da Vida Maior.

Livro: Calvário de Libertação. Psicografia de Divaldo Franco

sexta-feira, 27 de julho de 2012

ALCOÓLATRA

OBS do Blog : Este livro Vozes do Grande Além, é uma obra com fatos acontecidos nas Reuniões Mediúnicas que fora gravada, e transcrita em livro.
São depoimentos vivos que através de experiencias equivocadas de nossos irmãos nos trazendo as dores, sofrimentos, lamentações de terem tomados rumos contrários a Lei de Deus.
A reflexão desses fatos se  faz necessário para desfazermos os nossos equivocos enquanto é tempo...

ALCOÓLATRA
Joaquim Dias
Reunião da noite de 12 de janeiro de 1956.
Emocionadamente, o nosso grupo recebeu a visita de Joaquim Dias, pobre espírito sofredor que
nos trouxe o doloroso relato ,de sua experiência, da qual recolhemos amplo material para estudo e
meditação.
Alcoólatra!
Que outra palavra existirá na Terra, encerrando consigo tantas potencialidades para o crime?
O alcoólatra não é somente o destruidor de si mesmo. É o perigoso instrumento das trevas, ponte
viva para as forças arrasadoras da lama abismal.
O incêndio que provoca desolação aparece numa chispa.
O alcoolismo que carreia a miséria nasce num copinho.
De chispa em chispa, transforma-se .0 incêndio em chamas devoradoras.
De copinho a copinho, o vício alcança a delinqüência.
Hoje, farrapo de alma que foi homem, reconheço que, ontem, a minha tragédia começou assim...
Um aperitivo inocente...
Uma hora de recreio. . .
Uma noite festiva...
Era eu um homem feliz e trabalhador, vivendo em companhia de meus pais, de minha esposa e
um filhinho.
Uma ocasião, porém, surgiu em que tive a infelicidade de sorver alguns goles do veneno terrível;
disfarçado em bebida elegante, tentando afugentar pequeninos problemas da vida e, desde então,
converti-me em zona pestilencial para os abutres da crueldade.
Velhos inimigos desencarnados de nossa equipe familiar fizeram de mim seu intérprete.
A breve tempo, abandonei o trabalho, fugi à higiene e apodreci meu caráter, trocando o lar
venturoso pela taverna infeliz. .
Bebendo por mim e por todas as entidades viciosas que nos hostilizavam a casa, falsifiquei
documentos, matando meu pai com medicação indevida, depois de arrojá-lo à extrema ruína. .
Mais tarde, tornando-me bestial e inconsciente, espanquei minha mãe, impondo-lhe a enfermidade
que a transportou para a sepultura. .
Depois de algum tempo, constrangi minha esposa ao meretrício, para extorquir-lhe dinheiro,
assassinan- do-a numa noite de horror e fazendo crer que a infeliz se envenenara usando as próprias
mãos e, de meu filho, fiz um jovem salteador e beberrão, muito cedo eliminado pela polícia. . .
Réprobo social, colhia tão-somente as aversões que eu plantava.
Muitas vezes, em relâmpagos de lucidez, admoestava-me a consciência:
-Ainda é tempo! Recomeça! Recomeça!
Entretanto, fizera-me um homem vencido e cercado pelas sombras daqueles que, quanto eu, se
haviam consagrado no corpo físico à criminalidade e à viciação, e essas sombras rodeavam-me
apressadas, gritando-me, irresistíveis:
- Bebe e esquece! Bebe, Joaquim!
E eu me embriagava, sequioso de olvidar a mim mesmo, até que o delírio agudo me sitiou num
catre de amargura e indigência.
A febre, a enfermidade e a loucura consumiram-me a carne, mas não percebi a visitação da morte,
porque fui atraído, de roldão, para a turba de delinqüentes a que antes me afeiçoara.
Sofri-lhes a pressão, assimilei-lhes os desvarios e, com eles, procurei novamente embebedar-me.
A taverna era o meu mundo, com a demência irresponsável por meu modo de ser...
Ai de mim, contudo! Chegou o instante em que não mais pude engodar minha sede!...
A insatisfação arrasava-me por dentro, sem que meus lábios conseguissem tocar, de leve, numa
gota do liquido tentador.
Deplorando a inexplicável inibição que me agravava os padecimentos, afastei-me dos
companheiros para ocultar a desdita de que me via objeto.

Caminhei sem destino, angustiado e semi-louco, até que me vi prostrado num leito espinhoso de
terra seca. . .
Sede implacável dominava-me totalmente. . .
Clamei por socorro em vão, invejando os vermes do subsolo.
Palavra alguma conseguiria relatar a aflição com que implorei do Céu uma gota d’água que
sustasse a alucinação de minhas células gustativas...
Meu suplicio ultrapassava toda humana expressão. ..
Não passava de uma fogueira circunscrita a mim mesmo.
Começaram, então, para mim, as miragens expiatórias.
Via-me em noite fresca e tranqüila, procurando o orvalho que caía do céu para dessedentar-me,
enfim, mas, buscando as bagas do celeste elixir, elas não eram, aos meus olhos, senão lágrimas de
minha mãe, cuja voz me atingia, pranteando em desconsolo:
- Não me batas, meu filho! Não me batas, meu filho! . . .
Devolvido à flagelação, via-me sob a chuva renovadora, mas, tentando sorver-lhe o jorro, nele
reconhecia o pranto de meu pai, cujas palavras derradeiras me impunham desalento e vergonha:
- Filho meu, por que me arruinaste assim?' Arrojava-me ao chão, mergulhando meu ser na
corrente poluída que o temporal engrossava sempre, na esperança de aliviar a sede terrível, mas, na
própria lama do enxurro, encontrava somente as lágrimas de minha esposa, de mistura com,
recriminações dolorosas, fustigando-me a consciência:
- _Por que me atiraste ao lodo? e por que me mataste, bandido?
- De novo regressava ao deserto que me acolhia, para logo após me entregar à visão de fontes
cristalinas...
-Enlouquecido de sede, colava a boca ao manancial, que se convertia em taça de fel candente, da
qual transbordavam as lágrimas de meu filho, a bradar-me, em desespero:
- Meu pai, meu pai, que fizeste de mim?
Em toda parte, não surpreendia senão lágrimas... Arrastei-me pelos medonhos caminhos de minha
peregrinação dolorosa, como um Espírito amaldiçoado que o vício metamorfoseara em peçonhento réptil...
Suspirava por água que me aliviasse o tormento, mas só encontrava pranto...
Pranto de meu pai, de minha mãe, de minha esposa e de meu filho a perseguir-me implacável...
Alma acicatada por remorsos intraduzíveis, amarguei provações espantosas, até que mãos
fraternas me trouxeram à bênção da oração...
Piedosos enfermeiros da Vida Espiritual e mensageiros da Bondade Divina, pelos talentos da prece,
aplacaram-me a sede, ofertando-me água pura...
Atenuou-se-me o estranho martírio, embora a consciência me acuse...
Ainda assim, amparado por aqueles que vos inspiram, ofereço-vos o triste exemplo de meu caso
particular par escarmento daqueles que começam de copinho a copinho, no aperitivo inocente, na hora
de recreio ou na noite festiva, descendo desprevenidos para o desequilíbrio e para a morte. . .
E, em vos falando, com o meu sofrimento transformado em palavras, rogo-vos a esmola dos
pensamentos amigos para que eu regresse a mim mesmo, na escabrosa jornada da própria restauração.
Do livro Vozes do Grande Além. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Comportamento e Vida

Comportamento e Vida

Autor: Manoel Philomeno de Miranda (espírito) / psicografia de Divaldo Franco

O fatalismo biológico, estabelecido mediante as conquistas pessoais de cada indivíduo, não é definitivo em relação à data da sua morte.

A longevidade como a brevidade da existência corporal, embora façam parte do programa adrede estabelecido para cada homem, alteram-se para menos ou para mais, de acordo com o seu comportamento e do contributo que oferece à aparelhagem orgânica para a sua preservação ou desgaste.

Necessitando de um período de tempo em cada existência física para realizar a aprendizagem evolutiva em cujo curso está inscrito, o Espírito tem meios para abreviar-lhe ou ampliar-lhe o ciclo, mediante os recursos de que dispõe e são facultados a todos.

É óbvio que o estróina desperdiça maior quota de energias, impondo sobrecargas desnecessárias aos equipamentos fisiológicos, do que o indivíduo prudente.

As ocorrências que lhes sucedam têm as suas causas no comportamento que se permitem.

Igualmente, a forma de desencarnar, sem fugir ao impositivo do destino que é de construção pessoal, resulta das experiências que são vividas. O homem imprevidente e precipitado, desrespeitador dos códigos de lei estabelecidos, toma-se fácil presa de infaustos acontecimentos, que ele mesmo se propicia como efeito da conduta arbitrária a que se entrega.

Acidentes, homicídios, intoxicações, desastres de vários tipos que arrebatam vidas, resultam da imprevidência, da irresponsabilidade, do orgulho dos que lhes são vitimas, na maioria das vezes e no maior número de acontecimentos.

Devendo aplicar a inteligência e a bondade como norma de conduta habitual, grande parte das criaturas prefere a arrogância, a discussão acesa, o desrespeito ao dever, a negligência, tornando-se, afinal, vitimas de si mesmas, suicidas indiretas.

Nos autocídios de ação prolongada ou imediata, a responsabilidade é total daqueles que tomam a decisão infeliz e a levam a cabo, inspirados ou não por Entidades perversas com as quais sintonizam.

Derrapando em comportamentos pessimistas a que se aferram, a atitudes agressivas nas quais se comprazem, na fixação de idéias tormentosas em que se demoram, em ambições desenfreadas e rebeldia sistemática, a etapa final, infelizmente, não pode ser outra. Com o gesto que supõem de libertação, tombam, por largos anos de dor, em mais cruel processo de recuperação e desespero, para que aprendam disciplina e submissão contra as quais antes se rebelaram.

Depreende-se, portanto, que o comportamento do homem a todo instante contribui de maneira rigorosa para a programação da sua vida.

São de duas classes as causas que influem na sua existência, dentro do determinismo da evolução humana: as próximas, desta reencarnação, na qual se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. Estas últimas estabeleceram já os impositivos de reparação a que o indivíduo não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os através de atuais ações do rumor, que promovem quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas. As primeiras, no entanto, as da presente existência, vão gerando novos compromissos que, se negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação.

O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutonaria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são de livre opção anual, não incursos no processo educativo de ninguém. Quem, a qualquer deles se vincula, padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar solução de emergência.

O tabagismo responde por cárceres de várias procedências, na língua, na boca, na laringe, por inúmeras afecções e enfermidades respiratórias, destacando-se o terrível enfisema pulmonar. Todo aquele que se lhe submete à dependência viciosa, está incurso, espontaneamente, nessa fatalidade destruidora, que não estava no seu programa e foi colocada por imprevidência ou presunção.

O alcoolismo é gerador de distúrbios orgânicos e psíquicos de inomináveis conseqüências, gerando desgraças que, de forma nenhuma deveriam suceder. É ele o desencadeador da loucura, da depressão ou da agressividade, na área psíquica, sendo o responsável por distúrbios gástricos, renais e, principalmente, pela irreversível cirrose hepática. Seja através da aguardente popular ou do whisky elegante, a alcoolofilia dízima multidões que se lhe entregam espontaneamente.

A toxicomania desarticula as sutis engrenagens da mente e desagrega as moléculas do metabolismo orgânico, lesando vários órgãos e alucinando todos quantos se comprazem nas ilusões mórbidas que dizem viver, não obstante de breve duração. Iniciada a dependência que se fez espontânea, desdobrara-se à frente longos anos, numa e noutra reencarnação, para que sejam reparados todos os danos que poderiam ter sido evitados quase sem esforço.

A sexolatria gera distonias emocionais, por conduzir o indivíduo ao reduto das sensações primitivas, mantendo-os nas áreas do gozo insaciável, que o leva à exaustão, a terríveis frustrações na terceira idade, se a alcança, e a depressões sem conta pelo descalabro que desorganiza o corpo e perturba a mente. Além desses, são criados campos de dificuldade afetiva, de responsabilidade emocional com os parceiros utilizados, estabelecendo-se compromissos desditosos para o Ii1turo.

A glutoneria, além de deformar a organização física, é agente de males que sobrecarregam o corpo produzindo contínuas distinções gastrointestinais, dispepsias, acidez, ulcerações, alienando o homem que vive para comer, quando deveria, com equilíbrio, comer para viver.

São muitos os agentes dos infortúnios para o homem, que ele aceita no seu comportamento, afetando-lhe a vida.

Entretanto, através de outras atitudes e conduta poderia preserva-la, prolongá-la, dar-lhe beleza, propiciando-lhe harmonia e felicidade.

Além de atingir aquele que elege esta ou aquela maneira de agir, os resultados alcançam os descendentes que, através das heranças transmissíveis, conforme as suas necessidades evolutivas, as experimentarão.

O comportamento do Espírito, no corpo ou fora dele, é responsável pela vida, contribuindo de maneira eficaz na sua programática, igualmente interferindo na conduta do grupo em que se movimenta e onde atua, como dos descendentes que de alguma forma se lhe vinculam.

As ações corretas prolongam a existência do corpo e promovem o equilíbrio da mente, enquanto as atribuladas e agressivas produzem o inverno.

Nunca será demasiado repetir-se que, assim como o homem pensa e age, edificará a sua existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento elegido.

Livro: Temas da Vida e da Morte

Viciação Alcoólica

Viciação Alcoólica

Joanna de Ângelis (espírito)
Sob qualquer aspecto considerado, o vício - esse condicionamento pernicioso que se impõe como uma "segunda natureza" constritora e voraz - deve ser combatido sem trégua desde quando e onde se aloje.
Classificado pela leviandade de muitos de seus medos como de pequeno e grande porte, surge com feição de "hábito social" e se instala em currículo de longo tempo, que termina por deteriorar as reservas morais, anestesiando a razão e ressuscitando com vigor os instintos primevos de que se deve o homem libertar.
Insinuante, a princípio perturba os iniciantes e desperta nos mais fracos curiosa necessidade de repetição, na busca enganosa de prazeres ou emoções inusitados, conforme estridulam os aficionados que lhe padecem a irreversível dependência.
Aceito sob o acobertamento da impudica tolerância, seu contágio destrutivo supera o das mais virulentas epidemias, ceifando maior número de vidas do que o câncer, a tuberculose, as enfermidades cardiovasculares adicionados... Inclusive, mesmo na estatística obituária dessas calamidades da saúde, podem-se encontrar como causas preponderantes ou predisponentes as matrizes de muitos vícios, que se tornaram aceitos e acatados qual motivo de relevo e distinção...
Os vitimados sistemáticos pela viciação escusam-se abandoná-la, justificando que o seu é sempre um simples compromisso de fácil liberação em considerando outros de maior seriedade que, examinados, a sua vez, pelos seus sequazes, se caracterizam, igualmente, como insignificantes.
Há quem a relacione como de conseqüência secundária e de imediata potência aniquilante. Obviamente situam suas compressões como irrelevantes em face de "tantas coisas piores"... E argumentam: "antes este" , como se um mal pudesse ter sopesado, avaliada e discutidas as vantagens decorrentes da sua atuação...
Indiscutivelmente, a ausência de impulsão viciosa no homem dá-lhe valor e recursos para realizar e fruir os elevados objetivos da vida, que não podem ser devorados pela irrisão das vacuidades.
A vinculação alcoólica, por exemplo, escraviza a mente, desarmonizando-a, e envenena o corpo deteriorando-o. Tem início através do aperitivo inocente, quão dispensável, que se repete entre sorrisos e se impõe como necessidade, realizando a incursão nefasta, que logo se converte em dominação absoluta, desde que aumenta de volume na razão direta em que se consome.
Os pretextos surgem e se multiplicam para as libações: alegria, frustração, tristeza, esperança, revolta, mágoa, vingança, esquecimento... Para uns se converte em coragem, para outros em entusiasmo, invariavelmente impondo-se, dominador incoercível. Emulação para práticas que a razão repulsa, o alcoolismo faz supor que sustenta os fracos, que tombam em tais urdiduras, quando, em verdade, mais os debilita e arruína.
Não fossem tão graves, por si só, os danos sociais que dele decorrem - transformando cidadãos em parias, jovens em vergados anciãos precoces, profissionais de valor em trapos morais, moçoilas e matronas em torpes simulacros humanos, aceitos e detestados, acatados e temidos nos sítios em que se pervertem, a caminho da total sujeição, que conduz, quando se dispõe de moedas, a Sanatórios distintos e em contrário, às sarjetas hediondas, em ambos os casos avassalados por alienações dantescas -, culmina em impor os trágicos autocídios, por cujas portas buscam, tais enfermos, soluções insolváveis para os problemas que criaram espontaneamente para si próprios... Não acontecendo à queda espetacular no suicídio, este se dá por processo indireto, graças à sobrecarga destrutiva que o alcoólatra ou simples cultivador da alcoolofilia depõe sobre a tecelagem de elaboração divina, que é o corpo. E quando vem a desencarnação, o que é também doloroso, não cessa a compulsão viciosa, em que o espírito irresponsável constata que a morte não resolveu os problemas nem aniquilou a vida...
Nesse capítulo convém considerarmos que a desesperada busca ao álcool - ou substâncias outras que dilaceram a vontade, desagregam a personalidade, perturbam a mente - pode ser, às vezes, inspirada por processos obsessivos, culminando sempre, porém, por obsessões infelizes, de conseqüências imprevisíveis.
A pretexto de comemorações, festas, decisões, não te comprometa com o vício.
O oceano é feito de gotículas e as praias imensuráveis de grãos.
Liberta-te do conceito: "hoje só", quando impelido a comprometimento pernicioso e não te facultes: "apenas um pouquinho", porquanto, uma picada que injeta veneno letal, não obstante em pequena dose, produz a morte imediata,
Está-se bafejado pela felicidade, sorve-a com lucidez.
Se te encontras visitado pela dor, enfrenta-a, abstêmio e forte.
Para qualquer cometimento que exija decisão, coragem, equilíbrio, definição, valor, humildade, estoicismo, resignação, recorre à prece, mergulhando, na reflexão, o pensamento, e haurirás os recursos preciosos para a vitória em qualquer situação, sob qual seja o impositivo.
Nunca te permitas a assimilação do vício, na suposição de que dele te libertarás quando queiras, pois que se os viciados pudessem querer não estariam sob essa violenta dominação.
(Do livro Após a Tempestade, psicografado por Divaldo Pereira Franco - Editora LEAL)

Ainda a Alcoolomania

Ainda a Alcoolomania
Camilo (espírito)
"Servirá de escusa aos atos
reprováveis o ser devido à embriaguez a
aberração das faculdades intelectuais?"
"Não, porque foi voluntariamente
que o ébrio se privou da sua razão, para
satisfazer a paixões brutais. Em vez de uma
falta, comete duas."
(O Livro dos Espíritos, parte 3ª, cap. X, perg. 848)
Não têm sido poucas as justificativas buscadas por um enorme contingente de indivíduos, para absolverem o vício da ingestão de bebidas em suas práticas usuais. É mais do que compreensível a procedência dessas escusas, tendo-se em conta que todos sabem, à saciedade, dos problemas variados que os alcoólicos são capazes de promover sobre a saúde física e social.
Por mais paradoxal que seja, vemos todos os dias e há muito tempo, pessoas vinculadas às mais variadas crenças provenientes do Movimento Cristão à procura de explicações em apoio do seu vício alcoólico.
Dizem muitos que nada há que os impeça de sorver suas bebidas, uma vez que bebem apenas socialmente. Não podem ser considerados alcoólatras, afirmam...
Vários outros alegam que a sua crença nada lhes proíbe, por isso nada deve relacionar a sua fé aos costumes inocentes, mantidos para a sua alegria e satisfação...
Alguns se baseiam no fato de que tomam suas doses em casa, e, dessa forma, estão justificados, porque não incomodam a ninguém...
Diversos têm responsabilidades declaradas nos campos da orientação cristã, asseveram que não são "ortodoxos" ou que não se podem deixar "fanatizar", esquecidos ou ignorando que ser ortodoxo é exatamente ser fiel à crença professada em todos os seus pontos e que, se é importante não fanatizar-se pela crença, será bem mais importante que não se deixe fanatizar pelo vício.
Muitos são os que, mais atormentados na busca de uma retumbante legitimação para a aloolofilia, chegam a afirmar que "até Jesus bebeu...", uma vez que não logrando alevantar-se até os exemplos nobilíssimos do Divino Modelo e Guia da Humanidade, levianamente tentam baixá-Lo até os caminhos de intemperança e morbidez em que transitam.
Surgem defesas apaixonadas e argumentos esdrúxulos, sofismáticos mesmo. Observamos, porém, que o vício, seja praticado de que maneira for e onde for e por quem for, jamais deixará de ser um vício, necessitando ser expurgado, a fim de que se reerga o indivíduo a ele submetido, para alcançar seus verdadeiros caminhos de renovação e júbilo.
Esteja o álcool utilizado como costume social, doméstico, particular ou isolado, como se deseja situá-lo, sendo algo completamente dispensável para a vida da pessoa, estabelecerá o que se chama de alcoolismo crônico, que é o hábito de consumação de etílicos variados, como aguardentes, cidras vinhos e cervejas, ainda que em doses moderadas, toda vez que os indivíduos não consigam passar sem eles.
Sem dúvida, na esteira de todo e qualquer vício alimentado por qualquer classe de pessoas, estarão sempre atuantes as influenciações obsessivas, detendo os seus usuários em regime de morna posição psíquica, entre a indecisão de mudar ou manter-se como está, e, em razão das fortes relações humanas com o 'homem velho', costumeiramente se decidem por manter o processo, procurando, então, novas escusas, até chegarem ao ponto de afirmarem que "já assumiram o hábito... e pronto..."
Nesses caminhos em que o vício se apresenta como coisa assumida, há os que fazem questão de se mostrarem indiferentes a quaisquer avisos do bom senso, sinalizando com a liberdade própria, enquanto outros fazem questão de debochar dos que pregam virtudes, desafiando-os com a grotesca exibição de suas mazelas, tão logo acabam de ouvir ou de ler qualquer orientação salutar.
Como as Leis de Deus, ínsitas no âmago de cada um, não deixarão de realizar seus labores, todos se enfrentarão, mais hoje, mais amanhã, a fim de revisarem os prejuízos que provocarem sobre a economia psíquica e orgânica, na medida dos próprios conhecimentos e do entendimento que mantinham de tudo, considerando-se as descoordenações motoras, que caracterizam perturbações neurológicas ou os desajustes psíquicos, mostrados na explosão de alegrias, de exuberância ou de prostração ou tristeza, violência e loucura a que a alcoolomania dá lugar.
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É curioso e estranho mesmo como a opinião pública se aglutina para lutar contra a maconha, o haxixe, a cocaína e outros destruidores da vida equilibrada, por meio de vastas propagandas, de coerção policial, de palestras e demonstrações diversas, por todos os meios de comunicação, recebendo com festas e com as mesmas portas propagandísticas de alcance da massa a difusão alcoólica. Esse veneno físico e moral vem participando das festividades domésticas como das religiões, desde épocas distanciadas no tempo. Essa droga terrível, sob disfarces ou declaradamente, tem contado com os aplausos mais delirantes ou com a aceitação mais explícita das famílias e de muitos homens e mulheres ligados aos movimentos da fé cristã, embora não encontrem qualquer apoio ou incentivo nos textos cristãos, em que se dizem embasar, para a manutenção do "status" do alcoolismo.
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Há que precaver-se aquele que labora na mediunidade sob a orientação do Espiritismo. Cabe ao médium a suave e permanente vigilância para que o vício, disfarçado, justificado, não logre, sorrateiramente, destruir as suas resistências morais e corporais.
Como o Espiritismo é uma doutrina de lógica e de bom senso, sugere aos seus seguidores o ajustamento a esses padrões, começando, em tais casos, a perguntar-se sobre qual a utilidade de tais usos em seus regimes e dietas. Em que lhes serve, verazmente, o uso de alcoólicos? Não encontrando porquê, deverá lutar para abrir mão do que não lhe vale nada, do que não representa nenhum valor para sua vida íntima.
Beber alcoólicos somente para ter ou fazer companhias sociais, ou para que tenham estímulos artificiais para a coragem ou para o que for, poderá significar muito tempo de tormentas e de frustrações, nas indispensáveis reparações do corpo e da mente, em função desses suicídios que se vão cometendo à sombra de mil e uma falácias que inebriam os ouvidos com frases de efeito, bem arrumadas, mas que não conseguem acalmar a consciência, onde pulsam as Sublimes Leis.
Abre mão, assim, lidador da mediunidade, dos requintados ou comuns alcoólicos, seja em que regime for, pois um veneno letal não deixará de sê-lo, quando se apresenta em recipiente de cristal, ou quando ministrado em doses diminutas e espaçadas. Com o tempo alcançará seus efeitos: destruir.
Busca, na compreensão espírita, a resistência, as energias de que careças para dizer "não" aos vícios de quaisquer naturezas e sê feliz, de consciência lúcida e corpo liberado dos tóxicos, pondo tuas mãos sempre operosas nos labores do Bem.
(Texto extraído do Livro: Correnteza de Luz – capítulo 12 – J. Raul Teixeira – pelo espírito Camilo – Ed. Frater)