Caros amigos leitores , gostaríamos, na medida do possível ,contar com a interação de todos ,através de comentários , tornando se seguidores deste blog divulgando para seus conhecidos ,para que assim possamos estudar e aprendermos juntos , solidários e fraternos. Inscrevam-se no blog!

domingo, 29 de maio de 2016

Transição Planetária e Auto conhecimento (...)“É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.”

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA(Divaldo Pereira Franco / Espírito Manoel Philomeno de Miranda)

O que é a transição?
Período assinalado por alterações físicas e morais, para a mudança de padrão da Terra, de planeta de provas e expiações para planeta de regeneração, mundo mais feliz, com predominância do Bem.
 

Quem a anuncia?
Isaías, Enoque, Jesus (por Marcos – cap. 13 – e João – Apocalipse –, o calendário Maia, Nostradamus, diferentes Espíritos (por Allan Kardec e, posteriormente, por intermédio de diversos médiuns).
 
Em que níveis se darão os acontecimentos preconizados?
 No nível físico (clima, alterações na massa, no movimento e na inclinação do eixo da Terra, fenômenos sísmicos...), mas, sobretudo, no aspecto moral das criaturas, despertando-lhes a solidariedade, a reflexão.
 
Quando se darão?
 “Posteriormente as graves revelações por João evangelista, no seu memorável Apocalipse, vivemos já esses dias significativos, anunciadores das grandes transformações que se vêm apresentando no orbe amado.”
(Página 128 do Livro)
Qual a finalidade das grandes calamidades?
 “Convidar a criatura humana à reflexão em torno da transitoriedade da jornada carnal em relação à sua imortalidade”. P. 12 (prefácio/introdução) Quais são os sinais do novo tempo que se avizinha?
. Convulsões que sacodem o orbe, terrorismos, atrocidades. P. 41
 
“As dores atingem patamares quase insuportáveis e a loucura que toma conta dos arraiais terrestres tem caráter pandêmico, ao lado dos transtornos depressivos, da drogadição, do sexo desvairado, das fugas psicológicas espetaculares, dos crimes estarrecedores, do desrespeito às leis e à ética, da desconsideração pelos direitos humanos, animais e da Natureza... Chega-se ao máximo desequilíbrio, facultando a interferência divina, a fim de que se opere a grande transformação de que temos necessidade urgente”.
Como o plano espiritual atua e atuará na transição?
 “À semelhança das ondas oceânicas a abraçarem as praias voluptuosamente, sorvendo as rendas de espumas alvas, os novos obreiros do Senhor se sucederão ininterruptamente alterando os hábitos sociais, os costumes morais, a literatura e a arte, o conhecimento em geral, ciência e tecnologia, imprimindo novos textos de beleza que despertarão o interesse mesmo daqueles que, momentaneamente, encontram-se adormecidos”.Pág. 37
ESPÍRITOS AMIGOS: acompanhando e orientando as ocorrências; já vêm providenciando reencarnações programadas de Espíritos não comprometidos com o mal, que apressarão o progresso moral, utilizando-se do intelectual e tecnológico para promover a fraternidade entre os povos.(pág. 130)
CIENTISTAS (genética, embriologia, embriogenia): trabalham no preparo dos corpos que acolherão por algum tempo os mensageiros do amor e da misericórdia em sua peregrinação terrestre.(pág. 132)
Quais as referências sobre o quantitativo de obreiros da espiritualidade que trabalham na Grande Transição?
 .”Empenhados, conforme nos encontramos, ao lado de milhares de outros grupos de Espíritos que trabalham pela implantação dos novos tempos, especialmente na atividade preparatória da reencarnação dos luminares do passado, assim como dos nossos irmãos convidados de Alcione, acompanhamos o cerco negativo daqueles amigos referidos, tentando impedir a execução do programa em marcha”. P. 188
. Aproximadamente quinhentos obreiros retornariam ao orbe terrestre (incluindo MPM) para preparação da nova era, abrindo espaço para reencarnações em massa de habitantes de migrantes de Alcíone, com o fim de levar a Terra a alcançar o patamar de planeta de regeneração (p. 125)
. Há mais de um decênio, outros trabalhadores já planejavam, na Colônia, atividades semelhantes (o projeto é internacional e sem limites)(p. 125)
. “outras caravanas já vinham visitando a Terra com o mesmo objetivo, desde os anos da década de 1970/1980, tomando as providências compatíveis para as reencarnações valiosas. Agora, no entanto, soava o momento de intensificar o intercâmbio entre os terrícolas e os visitantes de Alcione (...)“ p. 138
"O planeta sofrido experimenta convulsões especiais, tanto na sua estrutura física e atmosférica, ajustando as suas diversas camadas tectônicas, quanto na sua constituição moral. Isto porque, os espíritos que o habitam, ainda caminhando em faixas de inferioridade, estão sendo substituídos por outros mais elevados que o impulsionarão pelas trilhas do progresso moral, dando lugar a uma era nova de paz e de felicidade."
(Joanna de Angelis)
E nós? Qual deve ser a nossa participação nessa grande transformação?
“A melhor maneira, portanto de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.”
(Joanna de Angelis)
É necessário que juntamente coma Terra, abracemos os ideais de aprimoramento, e é de cada um de nós a grande responsabilidade de assumirmos os postos que irão auxiliar á grande transformação, e a colaboração nossa, é indispensável neste momento, e em meio a tantas lições magníficas da Doutrina Espírita libertadora nos traz, uma delas é que podemos sim mudar o Mundo, mas que temos que começar essa mudança bem dentro de nós, dentro de nossos lares, possibilitando a nós e aqueles que estão em nosso redor, melhores condições de alcançarmos todos a grande consciência da necessidade do “bem viver”
Vamos fazer deste mundo um planeta muito melhor, um mundo mais iluminado, com pessoas mais tolerantes, que se ajudarão mais umas ás outras, onde o bem triunfará, as pessoas serão mais caridosas, estendendo mais as mãos de auxílio umas ás outras, porém como nos ensina Joanna de Angelis, para ajudarmos o nosso planeta em sua transformação, é necessário o nosso sacrifício, para primeiro mudar a nós mesmos para que haja a nossa efetiva colaboração para a harmonia do mundo inteiro.
A Terra caminha junto de nós tentando alçar uma maturidade espiritual, e muitos momentos de transformação chegarão para nós, alunos do universo, como momentos de grandes oportunidades de crescimento.
Contudo é muito necessário que procuremos alinhar nossas melhores metas, as mais edificantes, e juntamente com a Mãe Terra, lutemos para galgarmos mais um significativo degrau rumo ás “coisas” Divinas.
É a nossa reforma íntima?
Sabedores da grande oportunidade que estamos vivenciando neste momento, devemos refletir que não existem para nós, formas mais seguras e eficazes de conquistarmos melhores resultados em nossa batalha intima, do que aquela que encontramos em nosso dia a dia.
Quantos de nós sonhamos em levar a paz pelo mundo onde houvera necessidade?
Quantos ideais traçamos para nossa vida, na ânsia de buscarmos de hora para outra , grandes conquistas para que com elas, pudéssemos ganhar o mundo?
No entanto tantas tentativas caem na frustração diante de uma realidade que parece ser bem diferente daquela que estamos inseridos no momento.
Isso muitas vezes acontece por não entendermos profundamente qual é a nossa posição e o que verdadeiramente somos capazes de realizar na condição em que nos encontramos neste momento.

“É imprescindível um constante renascer do indivíduo, pelo renovar da sua consciência, aprofundando-se no autodescobrimento, a fim de mais seguramente identificar-se com a realidade e absorvê-la. Esse autodescobrimento faculta uma tranqüila avaliação do que ele é, e de como está, oferecendo os meios para torná-lo melhor, alcançando assim o destino que o aguarda.”
(Joanna de Angelis- Livro Autodescobrimento)
Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício.
Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer.
A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas.
(Joanna de Ângelis)

(Psicografia de Divaldo Franco. Da obra Vigilância)
 
Fonte: http://estudostemasespiritas.blogspot.com.br/2011/06/transicao-planetariadivaldo-pereira.html

Conhecendo o Livro Céu e o Inferno : Antoine Bell "(...)Ao guia do médium: - Um Espírito obsessor pode, realmente, levar o obsidiado ao suicídio? (...)a obsessão que, de si mesma, é já um gênero de provação, pode revestir todas as formas. Mas isso não quer dizer isenção de culpabilidade"

ANTOINE BELL

Era o caixa de uma casa bancária do Canadá e suicidou-se a 28 de fevereiro de 1865. Um dos nossos correspondentes, médico e farmacêutico residente na mesma cidade, deu-nos dele as informações que se seguem: 
"Conhecia-o, havia perto de 20 anos, como homem pacato e chefe de numerosa família. De tempos a certa parte imaginou ter comprado um tóxico na minha farmácia, servindo-se dele para envenenar alguém. Muitas vezes vinha suplicar-me para lhe dizer a época de tal compra, tomado então de alucinações terríveis. Perdia o sono, lamentava-se, batia nos peitos. A família vivia em constante ansiedade das 4 da tarde às 9 da manhã, hora esta em que se dirigia para a casa bancária, onde, aliás, escriturava os seus livros com muita regularidade, sem que jamais cometesse um só erro. Habitualmente dizia sentir dentro de si um ente que o fazia desempenhar com acerto e ordem a sua contabilidade. Quando se afigurava convencido da extravagância das suas idéias, exclamava: - "Não; não; quereis iludir-me... lembro-me... é a verdade..." 
A pedido desse amigo, foi ele evocado em Paris, a 17 de abril de 1865.
1. - Evocação. - R. Que pretendeis de mim? Sujeitar-me a um interrogatório? É inútil, tudo confessarei.
2. - Bem longe de nós o pensamento de vos afligir com perguntas indiscretas; desejamos saber apenas qual a vossa posição nesse mundo, bem como se poderemos ser-vos úteis... - R. Ah! Se for possível, ser-vos-ei extremamente grato. Tenho horror ao meu crime e sou muito infeliz!
3. - Temos a esperança de que as nossas preces atenuarão as vossas penas. Afigura-se-nos que vos achais em boas condições, visto como o arrependimento já vos assedia o coração - o que constitui um começo de reabilitação. Deus, infinitamente misericordioso, sempre tem piedade do pecador arrependido. Orai conosco. (Faz-se a prece pelos suicidas, a qual se encontra em O Evangelho segundo o Espiritismo.) 
Agora, tende a bondade de nos dizer de quais crimes vos reconheceis culpado. Tal confissão, humildemente feita, ser-vos-á favorável.
- R. Deixai primeiro que vos agradeça por esta esperança que fizestes ralar no meu coração. Oh! há já bastante tempo que vivia numa cidade banhada pelo Mediterrâneo. Amava, então, uma bela moça que me correspondia; mas, pelo fato de ser pobre, fui repelido pela família. A minha eleita participou-me que desposaria o filho de um negociante cujas transações se estendiam para além de dois mares, e assim fui eu desprezado. Louco de dor, resolvi acabar com a vida, não sem deixar de assassinar o detestado rival, saciando o meu desejo de vingança. Repugnando-me os meios violentos, horrorizava-me a perpetração do crime, porém o meu ciúme a tudo sobrepujou. Na véspera do casamento, morria o meu rival envenenado, pelo meio que me pareceu mais fácil. Eis como se explicam as reminiscências do passado... Sim, eu já reencarnei, e preciso é que reencarne ainda... Oh! meu Deus, tende piedade das minhas lágrimas e da minha fraqueza!
4. - Deploramos essa infelicidade que retardou vosso progresso e sinceramente vos lamentamos; dado, porém, que vos arrependais, Deus se compadecerá de vós. Dizei-nos se chegastes a executar o vosso projeto de suicídio... 
- R. Não; e confesso, para vergonha minha, que a esperança se me desabrochou novamente no coração, com o desejo de me aproveitar do crime já cometido. Traíram-me, porém, os remorsos e acabei por expiar, no último suplício, aquele meu desvario: enforquei-me.
5. - Na vossa última encarnação tínheis a consciência do mal praticado na penúltima? 
- R. Nos últimos anos somente, e eis como: - eu era bom por natureza, e, depois de submetido, como todos os homicidas, ao tormento da visão perseverante da vítima, que me perseguia qual vivo remorso, dela me descartei depois de muitos anos, pelo meu arrependimento e pelas minhas preces. Recomecei outra existência - a última -que atravessei calmo e tímido. Tinha em mim como que vaga intuição da minha inata fraqueza, bem como da culpa anterior, cuja lembrança em estado latente conservara.
Mas um Espírito obsessor e vingativo, que não era outro senão o pai da minha vítima, facilmente se apoderou de mim e fez reviver no meu coração, como em mágico espelho, as lembranças do passado. 
Alternadamente influenciado por ele e por meu gula, que me protegia, eu era o envenenador e ao mesmo tempo o pai de família angariando pelo trabalho o sustento dos filhos. Fascinado por esse demônio obsessor, deixei-me arrastar para o suicídio. Sou muito culpado realmente, porém menos do que se deliberasse por mim mesmo. Os suicidas da minha categoria, incapazes por sua fraqueza de resistir aos obsessores, são menos culpados e menos punidos do que os que abandonam a vida por efeito exclusivo da própria vontade. 
Orai comigo para que o Espírito que tão fatalmente me obsidiou renuncie à sua vingança, e orai por mim para que adquira a energia, a força necessária para não ceder à prova do suicídio voluntário, prova a que serei submetido, dizem-me, na próxima encarnação. 
Ao guia do médium: - Um Espírito obsessor pode, realmente, levar o obsidiado ao suicídio? 
- R. Certamente, pois a obsessão que, de si mesma, é já um gênero de provação, pode revestir todas as formas. Mas isso não quer dizer isenção de culpabilidade. O homem dispõe sempre do seu livre-arbítrio e, conseguintemente, está em si o ceder ou resistir às sugestões a que o submetem. 
Assim é que, sucumbindo, o faz sempre por assentimento da sua vontade. Quanto ao mais, o Espírito tem razão dizendo que a ação instigada por outrem é menos culposa e repreensível, do que quando voluntariamente cometida. Contudo, nem por isso se inocenta de culpa, visto como, afastando-se do caminho reto, mostra que o bem ainda não está vinculado ao seu coração.
6. - Como, apesar da prece e do arrependimento terem libertado esse Espírito da visão tormentosa da sua vitima, pôde ele ser atingido pela vingança de um obsessor na última encarnação?
- R. O arrependimento, bem o sabeis, é apenas a preliminar indispensável à reabilitação, mas não é o bastante para libertar o culpado de todas as penas. Deus não se contenta com promessas, sendo preciso a prova, por atos, do retorno ao bom caminho. Eis por que o Espírito é submetido a novas provações que o fortalecem, resultando-lhe um merecimento ainda maior quando delas sai triunfante. 
O Espírito só arrosta com a perseguição dos maus, dos obsessores, enquanto estes o não encontram assaz forte para resistir-lhes. Encontrando resistência, eles o abandonam, certos da inutilidade dos seus esforços. 
    Nota - Estes dois últimos exemplos mostram-nos a renovação da mesma prova em sucessivas encarnações, e por tanto tempo quanto o da sua ineficácia. Antoine BeIl patenteia-nos, enfim, o fato muito instrutivo do homem perseguido pela lembrança de um crime cometido em anterior existência, qual um remorso e um aviso. Vemos ainda por aí que todas as existências são solidárias entre si; que a justiça e bondade divinas se ostentam na faculdade ao homem conferida de progredir gradualmente, sem jamais privá-lo do resgate das faltas; que o culpado é punido pela própria falta, sendo essa punição, em vez de uma vingança de Deus, o meio empregado para fazê-lo progredir. 

    Fonte: O Céu e o Inferno. Allan Kardec => Suicidas=>Antoine Bell

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 191

 
A.K.: A vida do Espírito, em seu conjunto, apresenta as mesmas fases que observamos na vida corporal. Ele passa gradualmente do estado de embrião ao de infância, para chegar, percorrendo sucessivos períodos, ao de adulto, que é o da perfeição, com a diferença de que para o Espírito não há declínio, nem decrepitude, como na vida corporal; que a sua vida, que teve começo, não terá fim; que imenso tempo lhe é necessário, do nosso ponto vista, para passar da infância espírita ao completo desenvolvimento; e que o seu progresso se realiza, não num único mundo, mas vivendo ele em mundos diversos. A vida do Espírito, pois, se compõe de um série de existências corpóreas, cada uma das quais representa para ele uma ocasião de progredir, do mesmo modo que cada existência corporal se compõe de uma série de dias, em cada um dos quais o homem obtém um acréscimo de experiência e de instrução. Mas, assim como, na vida do homem, há dias que nenhum fruto produzem, na do Espírito há existências corporais de que nenhum resultado colhe, porque não as soube aproveitar.
====================================================================== 
Miramez;

 
Quantos deles não foram, por bênção de Deus, ressurgir nas tribos africanas para eles uma degradação biológica, racial e social no sentido de quebrar a prepotência, amenizar o ódio e entrar no aprendizado da humildade? Quando os navios negreiros trouxeram da África para o Brasil milhares e milhares de negros, muitos dos quais vieram juntos, e muitos deles eram antigos patrícios romanos, que se degradaram pela luxúria e maldade. Vieram, ou voltaram, como escravos onde o chicote e a masmorra eram a escola da tala para a pele e do engenho para os sentimentos. Era, realmente, correção, que ocorreu na Terra e o tempo conhecia aqueles negros que antes foram senhores implacáveis. Muitos deles melhoraram, adotando os princípios de humildade e obediência, tornando-se úteis em todos os trabalhos caseiros, uns, na figura das mães pretas como amas de muitas utilidades na criação dos filhos dos seus senhores; outros, como conhecedores de ervas, como curandeiros de fama, que curavam os próprios carrascos e familiares quando adoeciam. Já se destacavam naquela época os negros inteligentes, ainda que sem qualquer tipo de instrução. Muitos eram filhos de escravas com senhores de engenho, para terem melhores oportunidades de aprender e, daí, ajudar na libertação da raça. Se regrediram material, social ou intelectualmente, tal não ocorreu espiritualmente.
  http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev4q191c.html

Cap. 3 O Bem e o Mal ( A Gênese)
 
9. Sendo o mal o resultado das imperfeições do homem, e sendo o homem criado por Deus, dir-se-ia, ter Deus criado senão o mal, pelo menos a causa do mal; tivesse ele feito o homem perfeito, o mal não existiria.
Se o homem tivesse sido criado perfeito, seria levado fatalmente ao bem; ora, em virtude de seu livre-arbítrio, ele não é fatalmente levado, nem ao bem, nem ao mal. Deus quis que ele fosse submetido à lei do progresso e que esse progresso fosse o fruto de seu próprio trabalho, a fim de que tivesse o mérito desse trabalho, do mesmo modo que carrega a responsabilidade do mal que é feito por sua vontade. Levanta-se, pois, a questão, de saber qual é no homem a fonte da propensão para o mal. (10)
10. Se estudarmos todas as paixões, e assim também todos os vícios, veremos que ambos têm seu princípio no instinto de conservação. Tal instinto existe com toda sua força, nos animais e nos seres primitivos que se aproximam mais à animalidade; aí ele domina sozinho, porque em tais seres, ainda não tem o contra-peso do senso moral; o ser ainda não nasceu na vida intelectual. Ao contrário, o instinto se enfraquece à medida que a inteligência se desenvolve, pois que a inteligência domina a matéria.
O destino do Espírito é a vida espiritual; porém, nas primeiras fases de sua existência corporal, apenas tem necessidades materiais a satisfazer, e com vistas a esta finalidade o exercício das paixões é uma necessidade para a conservação da espécie e dos indivíduos, materialmente falando. Entretanto, saindo desse período, tem outras necessidades; a princípio, necessidades semimorais e semimateriais, e depois, exclusivamente morais. É então que o Espírito domina a matéria; se ele abala o jugo da matéria, avança em sua estrada providencial, aproxima-se de seu destino final. Se, ao contrário, deixa dominar-se por ela, o Espírito se retarda, assemelhando-se ao bruto. Nesta situação, o que outrora era um bem, porque era uma necessidade de sua natureza, torna-se um mal, não somente porque não é mais uma necessidade, mas porque tal se torna nocivo à espiritualização do ser. De modo semelhante; o que é qualidade na criança torna-se defeito no adulto. Assim, o mal é relativo, e a responsabilidade é proporcional ao grau de progresso.
Logo, todas as paixões têm sua utilidade providencial; sem isso, Deus teria feito algo de inútil e de nocivo. É o abuso que constitui o mal, e o homem abusa em virtude de seu livre-arbítrio. Mais adiante, eslarecido por seu próprio interesse, ele escolhe livremente entre o bem e o mal.
(10) O erro consiste em pretender que a alma saia perfeita das mãos do Criador, enquanto que este, ao contrário, quis que a perfeição fosse o resultado da purificação gradual do Espírito, e sua própria obra. Deus quis que a alma, em virtude de seu livre-arbítrio, pudesse optar entre o bem e o mal e que alcançasse suas finalidades mediante uma vida militante, e em resistência ao mal. Se houvesse criado a alma perfeita como ele, e, ao sair de suas mãos, já lhe houvesse assegurado sua beatitude eterna, ele a teria feito, não à sua imagem, mas sim, semelhante a si próprio (Bonnamy, Juiz de instrução: "A Razão do Espiritismo", cap. VI).
Copyright 2004 - LAKE - Livraria Allan Kardec Editora
(Instituição Filantrópica) Todos os Direitos Reservados

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 190

 
========================================================================
Miramez:

 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos Questão 189

 
============================================================= 
Miramez:

 
 http://www.olivrodosespiritoscomentado.com/fev4q189c.html

O Calvário e a Obsessão (...)"A precipitação armou Judas de ansiedade, interiormente visitado pela indução hipnótica de Entidades perversas que lhe aproveitaram o desalinho da emoção, interessadas em desnaturar a mensagem e anular a força do amor pacificante. As mesmas mentes desarticuladas pelo ódio, contrapondo-se ao "reino do Cordeiro", ante os receios gerais, perturbaram Pedro logo após a prisão do Amigo, fazendo-o pusilânime, em face da negação que se permitiu repetidas vezes(...)Os ódios, confraternizando com os ciúmes, espalharam injúrias que eram glosadas pela ingratidão de muitos que lhe foram comensais da ternura e receberam de Suas mãos o pábulo da vida estuante."



Ele viera para "que os que não criam, cressem", e, para tanto, deveria doar a vida num supremo sacrifício.

Sabia que os homens, sanguissedentos, diante do Seu holocausto, passariam a encarar melhor a excelência do amor, entregando-se, posteriormente, em imitação ao seu gesto.

Para uma tão grandiosa oferenda, porém, conjugaram-se as forças díspares em luta no coração das criaturas.

Claro que não se fariam necessárias as acusações indébitas, a fuga dos amigos, a traição. . . Aos contumazes perseguidores da verdade não faltariam argumentos e manobras hábeis com que colimariam
as suas metas nefárias.

Ele sabia que aquela seria a derradeira jornada a Jerusalém. . .

Ante a algaravia com que O saudaram à entrada, não entremostrou qualquer júbilo. Enquanto os amigos encaravam os aplausos como sinal evidente de triunfo, nEle ressoavam quais prenúncios das grandes dores. . .

A ternura e passividade de que dava mostras durante aqueles dias inquietavam os mais afoitos, os discípulos mais invigilantes, os que anelavam pela glória terrena, não obstante as incessantes demonstrações e provas de que não estabeleceria no mundo as balizas do reino de Deus, nem tão-pouco a felicidade real. . .

A precipitação armou Judas de ansiedade, interiormente visitado pela indução hipnótica de Entidades perversas que lhe aproveitaram o desalinho da emoção, interessadas em desnaturar a mensagem e anular a força do amor pacificante.

As mesmas mentes desarticuladas pelo ódio, contrapondo-se ao "reino do Cordeiro", ante os receios gerais, perturbaram Pedro logo após a prisão do Amigo, fazendo-o pusilânime, em face da negação que se permitiu repetidas vezes. ..

As mesmas forças da injunção criminosa em aguerrido combate reuniram-se, açoadas pela inveja e despeito, desde o domingo do triunfo aparente, à entrada de Jerusalém, a fim de converterem o Enviado de Deus, no Excelso Crucificado. . .

Os ódios, confraternizando com os ciúmes, espalharam injúrias que eram glosadas pela ingratidão de muitos que lhe foram comensais da ternura e receberam de Suas mãos o pábulo da vida estuante.

Fervilhando as constrições obsidentes que se impunham, os adversários da liberdade espiritual da Terra, em desgoverno no Mundo Espiritual, dominaram os que se não armaram de vigilância e equilíbrio, tornando-se fáceis presas do anti-Cristo, a fim de que a tragédia do Gólgota se consumasse. . .

Jesus, porém, houvera asseverado: "Quando eu for erguido atrairei todos a mim."

Nenhuma surpresa, portanto, no Senhor, diante dos contornos volumosos da hecatombe que tomava forma contra Ele.

Em expressiva serenidade esperou o eclodir apaixonado da força violenta dos fracos.

A noite fria e angustiante, antes da prisão, não lhe abatera o ânimo. Içara-0 a Deus através da oração e dulcificara-O, fazendo-O atingir a plenitude da auto-doação. ..

As hordas desenfreadas da Espiritualidade inferior galvanizam no ódio os que se permitem as licenças das paixões dissolventes.

Sempre se repetirão aquelas cenas nos linchamentos das ruas, nas prisões arbitrárias, nas injustiças tornadas legais, quando as massas afluem aos espetáculos hediondos e se asselvajam, tornando-se homicidas incomparáveis. . .

Como podiam aquelas gentes desconhecer a brandura do Pastor Divino, esquecer Suas concessões e "prodígios"?

Como puderam selar os lábios aqueles beneficiários da Sua misericórdia e complacência, ante a arbitrariedade dos crimes que presenciavam?

A covardia moral, abrindo as faculdades psíquicas ao intercâmbio com os Espíritos imperfeitos e obsessores, todo o bem recebido negou, a fim de poupar-se. Transformou o inocente em algoz, em revolucionário desnaturado e elegeu o crime como elemento de justiça. O grande espetáculo da loucura coletiva se aproxima do Calvário. A obsessão coletiva, como tóxico morbífico, domina os participantes da inominável atuação infeliz.

Ele não se defende, não reclama, nada pede. Submete-se e confia em Deus.

As aragens da Natureza, de raro em raro na tarde abafada, saturam-se das vibrações do desespero e do ódio que assomam e dominam os corações entenebrecendo as mentes e explodindo no ar.

Sempre os homens exigirão uma vítima para a sanha dos seus tormentos.

Jesus é o exemplo máximo, o ideal para a consunção do desar que vencerá os séculos como a mais horrenda explosão coletiva que pastará à História.

No bárbaro espetáculo, os pretensos dominadores da Erraticidade inferior crêem-se vitoriosos. . . Supõem estabelecidos os parâmetros dos seus domínios no mundo.

No entanto, quando o clímax da tarde de horror atemoriza as testemunhas da tragédia, Ele relanceia o olhar dorido e lobriga apenas João, Sua mãe e as poucas mulheres abnegadas aos pés da Cruz, fiéis, macerados e intimoratos, confiando. . .

É o bálsamo da alegria que Iene as imensas exulcerações que O dilaceram.

Nem todos desertaram. A fúria possessiva da treva não alcançara os que tiveram acesa a luz da abnegação e do amor.

Olhou além e mais profundamente os presentes e os que se refugiaram longe deles, os que armaram as cenas, os que se locupletam em gozos mentirosos sobre a fugidiça vitória. Seu olhar penetrou os promotores reais do testemunho, aqueles que transitavam livres das roupagens físicas. . .

No ápice da dor arquejante, bradou Jesus:

— "Perdoa-os, meu Pai! Eles não sabem o que fazem."

A sinfonia patética logrou, então, o máximo. Toda a orquestração de dor converteu-se em musicalidade de esperança e amor.

Ele não perdoava apenas os crucificadores, mas, também, os desertores, os negadores, os receosos e pusilânimes, os ingratos e maledicentes, os insensatos e rebeldes... Na imensa gama dos acolhidos pelo Seu perdão, alcançava os promotores desencarnados dos mil males que engendraram nos homens a prova das suas mazelas e o agravamento das suas penas. . .

Sua voz alcançou os penetrais do Infinito e lucilou nos báratros das consciências inditosas dos anti-Cristos de todos os tempos, abrindo-lhes os braços da oportunidade ao recomeço e à redenção.

A conspiração para que se consumasse o holocausto do Calvário, em que o Filho de Deus testemunhou seu amor pelos homens, foi tramada pelos inimigos impenitentes desencarnados, vencidos pelo despeito na luta pela vitória da violência com que sintonizaram os transitórios donatários da posição governamental e religiosa da Terra, como daqueles que se lhe entregaram a soldo.

O perdão doado da culminância da Cruz é a aliança inquebrável da união do Seu amor com todos nós, os caminhantes retardatários da via da evolução, convocando-nos à perene vigilância contra a obsessão e qualquer natureza que nos sitia e persegue implacavelmente. . .

Amélia Rodrigues
Fonte: A Casa do Espiritismo