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quinta-feira, 28 de abril de 2016

A Consciência.[...]Carl Gustav Jung afirma que “a consciência não se cria a si mesma; emana de profundezas desconhecidas. Desperta gradualmente na infância e durante toda a vida desperta, a cada manhã, das profundezas do sono, surgindo de uma condição inconsciente.”

Em uma tentativa simbólica, poderíamos apresentar a consciência da seguinte maneira: em um imenso castelo (psique), com muitos cômodos e empregados, uma rosa plantada em um vaso é colocada à mesa da sala de jantar. Tudo o que a rosa (ego) conhece do castelo é a sala de jantar (consciente); tudo o que ela perceber de si mesma é o vaso (consciência); ela e o vaso são praticamente uma única personalidade, uma mesma coisa. A consciência é então a única parte da psique que é diretamente conhecida por nós, onde todas as sensações, imagens, pensamentos, sentimentos e desejos são percebidos, onde podemos observar, analisar e julgar. O ego (rosa) é, pois, o centro da consciência. Mas esse vaso e a terra nele contida não se criaram a si mesmos: a terra é parte da “grande terra”, que é ao mesmo tempo desconhecida, mas sentida como um vir-a-ser da terra contida no vaso.

Carl Gustav Jung afirma que “a consciência não se cria a si mesma; emana de profundezas desconhecidas. Desperta gradualmente na infância e durante toda a vida desperta, a cada manhã, das profundezas do sono, surgindo de uma condição inconsciente.” Com essa afirmação de Jung podemos observar que a personalidade, ao contrário do que alguns teóricos acreditavam, pode e deve modificar-se constantemente.

A consciência amadurece e desenvolve-se a cada nova experiência, a cada novo conflito. Aliás, é através do conflito que uma nova percepção da vida surge. Joanna de Ângelis (O Homem Integral) afirma: “O nascimento da consciência se opera mediante a conjunção dos contrários, como decorrência de uma variada gama de conteúdos psíquicos, que formam as impressões arquetípicas ao fazerem contato com o ego, dando surgimento à sua substância psíquica e tornando todo esse trabalho um processo de individuação.” E continua, na mesma obra: “sem essa dualidade de opostos, que leva à reflexão, no processo de individuação, não há aumento real de consciência, que somente se opera entrando em contato com os opostos e os absorvendo”.

O confronto entre opostos ocorre sempre que uma atitude consciente entra em luta com desejos inconscientes, por exemplo: uma pessoa educada com muito rigor emocional e que reprime a raiva, quando adulta em uma situação de atrito com o cônjuge fica muda e não consegue expressar sua indignação e logo depois aparece com manchas arroxeadas pelo corpo. O desejo de expressar a emoção e a atitude consciente de reprimir são opostas, e se a pessoa não encontrar um meio-termo entre guardar a raiva e expressá-la, não conseguirá crescer com essa emoção e tenderá a continuar reagindo como reagia na infância. Só o reconhecimento dos conteúdos reprimidos permite uma expansão da consciência, o que contribui para o nosso processo de individuação.

Todo o crescimento acontece de dentro para fora, e é na nossa escuridão que encontramos a luz da consciência. E, é nela que está escrita a Lei de Deus (Questão 621 do L.E.), mas, necessário se faz que essa seja a meta da nossa vida, sermos conscientes da nossa realidade como espíritos e tomarmos consciência da nossa realidade psicológica, assim poderemos compreender quem somos e qual o nosso papel nesse mundo. A Lei de Deus está na “grande terra” e a terra contida no vaso sabe que faz parte dela, embora possua sua individualidade e que depende dela para ser plena.

E para concluirmos: “O ser consciente deve trabalhar-se sempre, partindo do ponto inicial da sua realidade psicológica, aceitando-se como é e aprimorando-se sem cessar. Somente consegue essa lucidez aquele que se autoanalise disposto a encontrar-se sem máscara, sem deterioração. Para isso, não se julga, nem se justifica, não se acusa nem se culpa. Apenas descobre-se.” Joanna de Ângelis (O Ser Consciente).

Autores : Iris / Sinoti
http://www.correioespirita.org.br/categoria-de-materias/artigos-diversos/1113-a-consciencia

A INDIGNAÇÃO[1] E O EFEITO."acreditar-se melhor do que o outro nada mais é do que demonstração de orgulho, que dá origem à cólera. Esse sentimento de cólera, em relação ao irmão que praticou a injustiça, passa a orbitar nosso psiquismo, ocasião em que passamos a relatar para outros irmãos em Cristo o lamentável fato que deu origem à indignação. "



Todos os que se encontram estagiando neste orbe, verdadeiro planeta de provas e expiação, onde a imperfeição é generalizada, já experimentamos esse sentimento que, conquanto seja natural no ser humano, traz perniciosas conseqüências quando manifestado de forma exacerbada e constante.
Tornou-se comum em nosso cotidiano nos defrontarmos com  noticiários e relatos de fatos que nos revoltam, tamanha a injustiça e o ardil com que pessoas inescrupulosas conseguem promover a maldade, praticando atos indignos.
Nesse momento, a maior parte das pessoas se esquecem de que, também, são espíritos devedores (por débitos assumidos em tempos passados) e, acreditando-se melhores do que o irmão que promoveu a injustiça, se desequilibram, permitindo que essa revolta, inicialmente natural, se eleve fazendo eclodir a ira intensa.
Aliás, acreditar-se melhor do que o outro nada mais é do que demonstração de orgulho, que dá origem à cólera.
Esse sentimento de cólera, em relação ao irmão que praticou a injustiça, passa a orbitar nosso psiquismo, ocasião em que passamos a relatar para outros irmãos em Cristo o lamentável fato que deu origem à indignação.
Dessa maneira, a revolta se agiganta dentro de nós e passamos a contaminar outros irmãos com o mesmo pensamento de revolta e indignação, fazendo com que o conflito psíquico permaneça em nós, além das pessoas com quem repartimos esse fato nocivo.
A partir daí, o efeito deletério provocado por essa raiva, a permitir que esse conflito psíquico passe para o corpo, faz emergir a doença no físico, como decorrência  da somatização.
E mais uma vez, o desavisado irmão passa a sofrer as conseqüências de seu próprio ato, pela incúria na manutenção da sua paz, como efeito da intensificação da indignação pelos atos praticados por outros irmãos.
De início, não podemos nos olvidar de que somos espíritos com superlativa imperfeição (ricos de vícios e defeitos e pobres de virtudes) que, por diversas encarnações, preferimos nos afastar das leis de justiça, amor e caridade, que emanam do Criador, não sendo outro, senão esse, o motivo de permanecermos, ainda, neste santo educandário, que é o planeta Terra.
É importante lembrar, também, de que qualquer desequilíbrio irá toldar nossa visão, obscurecendo nosso pensamento, o que, de igual forma, nos impedirá de agir com acerto.
Ensina-nos o Evangelho de Jesus Cristo que devemos ser indulgentes para com o próximo e severos para conosco, o que torna evidente que qualquer juízo que venhamos a lançar contra o autor da injustiça será equivocado, pois, desconhecemos tudo a respeito desse irmão.
A propósito, confira-se a orientação do Evangelho Segundo o Espiritismo, na mensagem de José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.), a saber:
Oh homens! Quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos? Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais graves. Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. - José, Espírito protetor (Bordéus, 1863).
Pode-se argumentar que a injustiça é sempre injustiça, o que é certo. Porém, a indignação nasce justamente do severo julgamento que realizamos a respeito do autor dos fatos, esquecendo, mais uma vez, nossa imperfeição e nossas dívidas do pretérito.
Conquanto a indignação possa revelar uma atitude elevada da pessoa, diante de injustiças cometidas por outrem, o fato é que sempre nos arvoramos em juizes implacáveis desses irmãos que praticam atos deploráveis e que, nesta encarnação, deixamos de praticar.
Entretanto, quem poderá ser tão implacável assim, a ponto de esquecer que ainda está no planeta Terra, onde se situam espíritos endividados que aqui se encontram para o devido resgate das dívidas do pretérito tenebroso?
Pelas dores físicas e morais que suportamos, podemos ter uma pálida idéia de nossas dívidas do passado, ao passo que nada sabemos a respeito do autor das injustiças.
É oportuna, também, a conclusão do espírito HAMMED, através da psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto, em o livro RENOVANDO ATITUDES, editora Boa Nova, que diz:
“Julgar uma ação é diferente de julgar a criatura. Posso julgar e considerar a prostituição moralmente errada, mas não posso e não devo julgar a pessoa prostituída”. sic
O Iluminado espírito de HAMMED, no mencionado livro, nos traz a lição do Aposto dos Gentios, a saber:
Segundo Paulo de Tarso, “é indesculpável o homem, quem quer que seja, que se arvora em ser juiz. Porque julgando os outros, ele condena a si mesmo, pois praticará as mesmas coisas, atraindo-as para si, com seu julgamento”. sic[2]
Não se está aqui fazendo a apologia da inação diante das injustiças. O que é preciso entender é que a alteração emocional não permitirá a ninguém um juízo de valor equilibrado, prestando-se, apenas, à sua somatização. É necessário, pois, tentar aplicar a lição que Santo Agostinho, em o livro O LIVRO DOS ESPÍRITOS, na resposta à pergunta n. 919, nos oferta sobre o conhecimento de si mesmo como meio para se obter a reforma íntima, avaliando a cada dia nossos pensamentos, palavras e atos, pois, certamente, encontraremos muito o que mudar em nossa vida.
O iluminado espírito de Joana de Angelis, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, em o livro LEIS MORAIS DA VIDA, esclarece que: “Quando existe harmonia interior os ruídos de fora não ecoam pertubadoramente”. sic
No mesmo livro encontramos, também, a advertência seguinte: “Crês que mereces mais do que eles, os insensatos e perversos, que galopam sobre a fortuna e a glória, sem te dares conta de que as determinações divinas são sábias e jamais erram”.sic

Além do mais, não podemos olvidar da lição do Mestre Divino que disse: “Vós julgais segundo a carne, e eu a ninguém julgo”.sic
Portanto, diante dos lamentáveis fatos que assistimos diariamente, devemos alterar a maneira de ver e observar, de modo a evitar um julgamento equivocado que  produzirá desequilíbrios, afastando-nos da paz interior.
Que Jesus Cristo, nosso amado e Divino Mestre, nos felicite a todos com a Sua infinita PAZ.
César Luiz de Almeida
Grupo Espírita Fraternidade


[1]   1   Sentimento de cólera ou de desprezo experimentado diante de indignidade, injustiça, afronta; repulsa, revolta
 2   Derivação: por extensão de sentido.ira intensa; ódio, raiva

Fonte:  http://www.netluz.org/textos/msg/msg24.htm

Jesus e a Inteligência Emocional



Autor: Suely Caldas Schubert

Afirma Daniel Goleman em seu livro “Inteligência Emocional” que os grandes mestres espirituais como Jesus e Buda “tocaram o coração dos seus discípulos falando na linguagem da emoção, ensinando por parábolas, fábulas e contos”. Segundo o escritor estes mestres espirituais falam no “vernáculo do coração”, o que do ponto de vista racional tem pouco sentido.

Goleman explica ainda que segundo Freud, em seu “conceito primário” de pensamento, essa lógica da mente emocional é a “lógica da religião e da poesia, da psicose e das crianças, do sonho e do mito”. Isto engloba também as metáforas e imagens como as artes, romances, filmes, novelas, música, teatro, ópera, etc., pois tocam de forma direta a mente emocional.

Isto nos leva a entender por que as expressões religiosas e artísticas agradam tanto: é que a imensa maioria das pessoas é dominada pela emoção. Também explica o motivo dessa preferência das multidões a essas crenças novas, rotuladas de evangélicas, que manipulam as emoções como fator de atração e direcionamento de seus adeptos.

Mas, o que é a EMOÇÃO? O dicionário registra: qualquer agitação ou perturbação da mente; sentimento; paixão; qualquer sentimento veemente ou excitado.

Segundo Goleman: “EMOÇÃO se refere a um sentimento e seus pensamentos distintos, estados psicológicos e biológicos, e a uma gama de tendências para agir.”

Não podemos perder de vista as sutilezas em que as emoções se manifestam, para melhor entendimento do assunto e encaminhamento do nosso raciocínio.

Os estudiosos do tema propõem famílias básicas (assim co­mo as cores básicas); mencionaremos algumas:

IRA: fúria, revolta, ressentimento, raiva, exasperação, indignação vexame, animosidade, aborrecimento, irritabilidade, hostilidade e, no extremo, ódio e violência patológicos.

TRISTEZA: sofrimento, mágoa, desânimo, desalento, melancolia, autopiedade, solidão, desamparo, desespero e, quando patológica, severa depressão.

MEDO: ansiedade, apreensão, nervosismo, preocupação, consternação, cautela, escrúpulo, inquietação, pavor, susto, terror e, como psicopatologia, fobia e pânico.

PRAZER: felicidade, alegria, alívio, contentamento, deleite, diversão, orgulho, prazer sensual, emoção, arrebatamento, gratificação, satisfação, bom humor, euforia, êxtase e, no extremo, mania.

AMOR: aceitação, amizade, confiança, afinidade, dedicação, adoração, paixão, ágape (caridade).

E as virtudes e vícios que vão desde a fé, compaixão, esperança, coragem, altruísmo, perdão, equanimidade até dúvida, preguiça, tédio, etc. Há um debate científico sobre como classificar as emoções, já que podem ser igualmente um estado de espírito, temperamento ou se transformarem em distúrbios emocionais como depressão, angústia, ansiedade, fobias, etc.

Depreende-se, portanto, que em várias circunstâncias de nossa vida as emoções prevalecem e nos dominam. Quantas vezes nos surpreendemos diante de nossas alternâncias de estado de espírito, pois podemos ser muito racionais num momento e irracionais no seguinte quando o calor da emoção passa a comandar nossas atitudes.

É exatamente nos estados extremos das emoções que as pessoas cometem ações das quais se arrependem amargamente no minuto seguinte, quando a mente racional começa a reagir. É este o caminho dos crimes passionais, quando se diz que houve “privação dos sentidos”.

Portanto, emoções são sentimentos a se expressarem em impulsos e numa vasta gama de intensidade, gerando idéias, condutas, ações e reações. Quando burilados, equilibrados e bem conduzidos transformam-se em sentimentos elevados, sublimados, tomando-se, aí sim — virtudes.

O livro de Daniel Goleman traz-nos preciosas contribuições que devem ser analisadas à luz da Doutrina Espirita. Observemos, em princípio, o que consideramos a contribuição fundamental de sua obra: a distinção entre inteligência emocional e racional, em que “linguagem” a primeira se manifesta e todas as conseqüências que daí advêm. Mas, iremos analisar, especificamente, o discurso de Jesus, sob esta ótica.

Segundo o autor e conforme mencionamos linhas atrás, Jesus utilizou-se do “vernáculo do coração”, falava, portanto, a linguagem da emoção, e acrescentamos: do sentimento sublimado — por isto se diz que Ele trouxe a Lei de Amor.

Todavia, para a mentalidade racional que impera no Ocidente, nas elites intelectuais, sobretudo, essa mensagem passou a ser vista como sinônimo de psicose, infantilidade, poesia e utopia. Por outro lado, os principais fatores que geraram esse tipo de leitura foram as distorções, as interpolações e mutilações que o Evangelho sofreu e que o transformaram nesse cristianismo dos tempos atuais, muito distante da verdadeira Boa-Nova.

É exatamente no momento crucial em que a Europa, liderada pela França, entroniza a “deusa Razão”, zombando dos valores espirituais cultivados pela religião dominante, que a Terceira Revelação chega à Terra. O Espiritismo veio fazer uma leitura do Evangelho através da razão. Tendo em suas bases a moral cristã em sua pureza primitiva, interpretada, todavia, na linha do raciocínio a fim de que o seu aspecto emocional passe agora pela mente racional e possa ser aceita, assimilada pela mentalidade que prevalece em nossa época.

Cremos que a resistência na aceitação da Doutrina Espírita por parte dos países europeus (e mesmo norte-americanos), deve-se ao fato de não terem conseguido ainda assimilar essa nova mentalidade, pois destacam, de forma predominante, os valores intelectuais, a linha racional, não admitindo a prevalência da emoção ou a sua equiparação com a razão.

A Doutrina Espírita vem colocar o Evangelho do Cristo na linguagem da razão, com explicações racionais, filosóficas e científicas, mas, vejamos bem, sem abandonar, sem deixar de lado o aspecto emocional que é colocado na sua expressão mais alta, tal como o pretendeu Jesus, ou seja o sentimento sublimado, demonstrando assim que o SENTIMENTO E A RAZÃO podem e devem caminhar pela mesma via, pois constituem as duas asas de libertação definitiva do ser humano: O AMOR E A SABEDORIA.

A questão 627 de “O Livro dos Espíritos” traz-nos primorosa síntese das finalidades do Espiritismo e, a certa altura da resposta transmitida pelos Espíritos Superiores afirma: “O ensino dos Espíritos tem que ser claro e sem equívocos, para que ninguém possa pretextar ignorância e para que todos o possam julgar e apreciar com a razão. Estamos incumbidos de preparar o reino do bem que Jesus anunciou. Daí a necessidade de que a ninguém seja possível interpretar a lei de Deus ao sabor de suas paixões, nem falsear o sentido de uma lei toda de amor e de caridade.”


Esterótipos


Naquele bar, um espelho mágico, destinado a testes femininos.
A mulher que mentisse diante dele sumiria, como num passe de mágica – “poof”!
Se falasse a verdade, seria premiada com a realização de um desejo.
Bela ruiva disse, a mirar-se:
– Pensando, cheguei a conclusão de que sou a mulher mais linda do mundo.
“Poof”!
Atraente morena, contemplando sua imagem, afirmou:
– Penso que sou a mulher mais sexy do mundo.
“Poof!”
Veio uma loira, muito bonita…
– Andei pensando…
“Poof!”

***
Pois é, leitor amigo, estamos diante de um estereótipo, ou lugar-comum, envolvendo uma idéia equivocada:
As loiras não estão acostumadas a pensar.
Atribui-se a Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão, um estereótipo mais contundente.
A mulher é esse ser de cabelos cumpridos e idéias curtas.
Maldade do filósofo.
Nem todas têm cabelos cumpridos…
Perdoe-me, prezada leitora.
Espero não perder sua amizade, por não perder a oportunidade da pilhéria.

***
Mudemos o enfoque.
Nota-se arraigada tendência em alguns religiosos:
Enxergam, invariavelmente, influências demoníacas, em pessoas com problemas psicológicos e fisiológicos.
É o diabo! – afirmam, convictos, como se fossem dotados de infalível radar para detectar a presença do tinhoso.
Trata-se de um estereótipo da pior espécie, infundado, inspirado na ignorância e no preconceito.
Na ânsia de atrair a atenção da multidão, promovem verdadeiros espetáculos, em rituais de exorcismo.
Não raro, esse “diabo” que pretendem exorcizar é um “pobre diabo”, um sofredor recém-desencarnado, sem a mínima noção do que lhe aconteceu.
Aproxima-se de familiares como um náufrago a pedir socorro e acaba por perturbá-los, imprimindo neles algo de suas angústias.
Precisa de ajuda, de orientação, de um tratamento carinhoso. Imagino sua perplexidade, diante de um exorcista a situá-lo como o tinhoso.
Para Espíritos de atilada inteligência, perfeitamente conscientes do que fazem e que nisso se comprazem, a prática exorcista é inócua. Desperta-lhes o riso.
Podem, eventualmente, afastar-se para satisfazer o ego dos exorcistas e baixar a guarda das vítimas, mas logo voltam ao ataque, com mais força.
Jesus evoca esse problema, quando situa o Espírito perturbador como alguém que deixa uma casa (a mente do obsidiado); depois, volta com sete companheiros, e o estado da vítima fica muito pior.

***
Nessa história de influências espirituais é preciso evitar estereótipos dessa natureza, partindo da idéia mais compatível com a lógica e o bom senso.
Os Espíritos são as almas dos mortos.
O mundo espiritual é uma projeção do mundo físico.
Aqui ficam aqueles que, libertando-se dos liames da matéria, permanecem presos aos interesses humanos.
Não raro aproximam-se dos encarnados para pedir socorro ou induzir ao erro, sempre de conformidade com suas próprias tendências.
Isso não deve nos assustar, nem nos ensejará problemas.
Basta orientar nossa existência por princípios de bondade e integridade, cultivando o estudo e o discernimento em relação ao assunto..
Teremos, então, condições para ajudar Espíritos perturbados ou perturbadores, sem sermos perturbados por eles.
Livro Para Rir e Refletir
 http://www.richardsimonetti.com.br/artigos/exibir/64

Lições da tristeza."tristeza não é o inverso da alegria, mas a sua ausência momentânea. É um estado que conduz à reflexão e não ao desinteresse pela vida... A tristeza, porém, é um fenômeno natural que ocorre com todas as pessoas, mesmo aquelas que vivenciam os mais extraordinários momentos de alegria. Pode ser considerada como uma pausa para a compreensão da existência".

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)
 

  A criatura humana, normalmente, combate e evita a tristeza, como se esse sentimento fosse algo proibido ou que nos situasse num nível evolutivo primário, inferior, bem como pelo medo que se tem da instalação da depressão.
Essa conceituação equivocada leva o indivíduo a dissimular, porque, em muitos momentos existenciais, estará enfrentando um problema grave e tenderá a esconder a tristeza interior, apresentando falsos sorrisos, o que lhe trará um desgaste físico e emocional, na medida em que conviverá com essa dualidade, a aparência exterior diversa da realidade íntima.
O espírito Joanna de Ângelis, na obra “Atitudes Renovadas” (Capítulo 5), através do médium Divaldo Pereira Franco, escreve uma bela mensagem sobre a tristeza, apresentando-nos seu real conceito e efeitos.
A referida benfeitora assevera-nos que a tristeza não é o inverso da alegria, mas a sua ausência momentânea. É um estado que conduz à reflexão e não ao desinteresse pela vida... A tristeza, porém, é um fenômeno natural que ocorre com todas as pessoas, mesmo aquelas que vivenciam os mais extraordinários momentos de alegria. Pode ser considerada como uma pausa para a compreensão da existência.
Dessa forma, mostra-se perfeitamente natural que nós, os cristãos (espíritas, católicos, evangélicos, protestantes...), diante de algumas situações da vida, vivenciemos a emoção da tristeza.
Haverá, basicamente, dois tipos de situações que nos propiciam a experimentar a tristeza.
A primeira situação decorre dos problemas existenciais, como, por exemplo, a traição do cônjuge ou de um amigo, um filho nas experiências da droga, o diagnóstico de uma doença grave, a perda de um emprego, a morte de um ente querido e outras.
Há algumas pessoas que diante dessas ocorrências buscam as fugas psicológicas através do álcool, das drogas ilícitas ou do sexo casual. Haverá outros que mantêm um estado de alegria permanente, sorrindo para tudo, o que representa um quadro patológico de alienação da realidade.
Em ambas as situações, haverá um agravamento do estado espiritual e emocional do indivíduo, que lhe trará comprometimentos morais e profunda infelicidade.
Por mais equilibrado que estejamos, é natural que a tristeza apareça quando enfrentamos as citadas situações externas e permaneça até a resolução parcial ou total do impasse.
A segunda situação, de âmbito interno, se desdobra a partir do momento em que identificamos que aquilo que estamos fazendo da nossa vida não é o correto ou o que se gostaria de realizar.
Normalmente isso ocorre quando se desperta para os valores do evangelho, para o verdadeiro sentido da vida, e percebe-se o tempo perdido e os equívocos, a nos trazer certa tristeza.
Também pode ocorrer quando se percebe a falha na escolha da atividade profissional, que nos faz infeliz, triste, e deseja-se mudar de área, o que, para muitos, constitui-se num desafio incomum.
Anote-se que nas duas hipóteses, externas e internas, a tristeza, para ser produtiva e eficiente, deve apresentar algumas características.
Deve ser transitória, isto é, não devemos nos acomodar na tristeza, porque, com o decorrer do tempo, essa emoção poderá intensificar-se e converter-se num estado depressivo, com danos existenciais mais graves, podendo culminar no suicídio direto ou indireto, ou no denominado suicídio moral, quando a pessoa se nega a viver e não se permite qualquer conquista na esfera do bem.
Assim sendo, ao experimentar a tristeza, devemos continuar a frequentar o templo religioso, mantendo nossa vinculação com Deus através da prece, da reflexão religiosa, do bem ao próximo, da fé no futuro, o que nos fortalecerá para o enfrentamento dos problemas.
É comum as pessoas se afastarem da religião quando se deparam com o sofrimento, abrindo campo para a ampliação da tristeza e para a maior dificuldade na resolução dos desafios pessoais.
À luz do Espiritismo, não podemos ignorar a interferência espiritual inferior, pois Espíritos ainda imperfeitos poderão criar sintonia conosco a partir da tristeza descontrolada, criando maiores embaraços em nossa vida.
Registre-se, ainda, que podemos nos socorrer dos médicos da mente, nos ramos da psicologia e da psiquiatria, que nos ajudarão no enfrentamento da situação desafiadora, prescrevendo remédios, se necessário.   
A terapia dos passes, do evangelho no lar, da água fluidificada também se constituirão em hábitos eficientes a nos fortalecer o ânimo e a resignação.
A tristeza transitória, enquanto dure, não pode ser o quadro emocional predominante, haveremos de buscar momentos de esperança, de confiança em Deus, de alegria por outras conquistas, de convivência social saudável, sob pena de descontrole da situação, porquanto a tristeza se intensificará de tal forma, que passará a ser um estado permanente.
Com o Espiritismo também aprendemos a manter a fé na vida futura, pois certos problemas não dependem apenas de nós para serem solucionados. Por exemplo, um filho na droga que insiste em manter essa escolha. Obviamente que isso trará certa tristeza, mas também haveremos de ter alegrias na vida, e agiremos como semeadores, amando esse filho sem cessar, confiando que nenhum investimento de amor é perdido, de forma que nesta ou em futuras reencarnações, essa alma querida despertará para a verdade e o bem.
Fica evidente que a visão da reencarnação minimiza nossa tristeza, ante a confiança no futuro.
Convém destacar, também, que a tristeza bem compreendida trará efeitos positivos e saudáveis.
Na destacada lição do livro “Atitudes Renovadas”, Joanna de Ângelis fala acerca das reflexões positivas da tristeza, que nos permitirão refazer experiências... , trabalhando o indivíduo para a renovação interior e a conquista de valores mais profundos e significativos do que os existentes e consumidores... Fenômeno psicológico transitório, deve ceder lugar à reflexão, ao despertamento e à valorização dos tesouros morais, culturais e espirituais. A tristeza sem lamentações, sem queixas, sem ressentimentos, é, pois, psicoterapêutica...
Com efeito, ao vivenciarmos essa tristeza nas lidas cotidianas, devemos fazer uma pausa acompanhada de silêncio interior, para que as reflexões terapêuticas possam fluir do íntimo, convidando-nos à renovação moral e comportamental.
É de bom alvitre enfatizar que não se deve cultivar a tristeza como necessária para o discernimento a cada instante ou em toda parte. Não estamos estimulando a tristeza, mas apenas compreendendo seu verdadeiro significado, até porque a mensagem do evangelho é de alegria.
Ademais, Joanna de Ângelis nos lembra que Jesus, em algumas ocasiões, chorou de tristeza ao contemplar a loucura humana e o seu desequilíbrio, mas sorriu, também, quando choraram aqueles que O foram ver no sepulcro.
A tristeza serena de Jesus revelava que Ele veio para auxiliar a criatura humana a encontrar o caminho do amor, da autoiluminação, ciente de que a terapia do tempo e da dor a todos corrigirá.
Finalizo o artigo com uma frase de Joanna para nossa reflexão: Não cultives a tristeza nem fujas dela, aceitando-a, quando se te apresentar e retirando o melhor resultado da oportunidade de reflexão que te proporcione. Com esse comportamento estarás experienciando atitudes renovadas.  

Autoria de Alessandro de Viana, retirado do site o consolador
 http://www.oconsolador.com.br/ano5/241/alessandro_paula.html

domingo, 24 de abril de 2016

Aprendendo com o Livro dos Espíitos questão 188



QUESTÃO 188 - O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Nota da Editora de O Livro dos Espíritos:
O texto colocado entre aspas, em seguida às perguntas, é a resposta que os Espíritos deram. Para destacar as notas e explicações aditadas pelo autor, quando haja possibilidade de serem confundidas com o texto da resposta, empregou-se um outro tipo menor. Quando formam capítulos inteiros, sem ser possível a confusão, o mesmo tipo usado para as perguntas e respostas foi o empregado.

Parte Segunda
Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos
CAPÍTULO IV
DA PLURALIDADE DAS EXISTÊNCIAS
Encarnação nos diferentes mundos
188. Os Espíritos puros habitam mundos especiais, ou se acham no espaço universal, sem estarem mais ligados a um mundo do que a outros?
“Habitam certos mundos, mas não lhes ficam presos, como os homens à Terra; podem, melhor do que os outros, estar em toda parte.” (1)


NOTA: (1) A.K.: Segundo os Espíritos, de todos os mundos que compõe o nosso sistema planetário, a Terra é dos de habitantes menos adiantados, física e moralmente. Marte lhe estaria ainda abaixo, sendo-lhe Júpiter superior de muito, a todos os respeitos. O Sol não seria mundo habitado por seres corpóreos, mas simplesmente um lugar de reunião dos Espíritos superiores, os quais de lá irradiam seus pensamentos para os outros mundos, que eles dirigem por intermédio de Espíritos menos elevados, transmitindo-os a estes por meio do fluido universal. Considerado do ponto de vista da sua constituição física, o Sol seria um foco na de eletricidade. Todos os sóis como que estariam em situação análoga.
O volume de cada um e a distância a que esteja do Sol nenhuma relação necessária guardam com o grau do seu adiantamento, pois que, do contrário, Vênus deveria ser tida por mais adiantada do que a Terra e Saturno menos do que Júpiter.
Muitos Espíritos, que na Terra animaram personalidades conhecidas, disseram estar reencarnados em Júpiter, um dos mundos mais próximos da perfeição, e há causado espanto que, nesse globo tão adiantado, estivessem homens a que a opinião geral aqui não atribuía tanta elevação. Nisso nada há de surpreendente, desde que se atenda a que, possivelmente, certos Espíritos, habitantes daquele planeta, foram mandados à Terra para desempenharem aí certa missão que, aos nossos olhos, os não colocava na primeira plana. Em segundo lugar, deve-se atender a que, entre a existência que tiveram na Terra e a que passaram a ter em Júpiter, podem eles ter tido outras intermédias, em que se melhoraram. Finalmente, cumpre se considere que, naquele mundo, como no nosso, múltiplos são os graus de desenvolvimento e que, entre esses graus, pode medear lá a distância que vai, entre nós, do selvagem ao homem civilizado. Assim, do fato de um Espírito habitar Júpiter não se segue que esteja no nível dos seres mais adiantados, do mesmo modo que ninguém pode considerar-se na categoria de um sábio do Instituto, só porque reside em Paris.
As condições de longevidade não são, tampouco, em qualquer parte, as mesmas que na Terra e as idades não se podem comparar. Evocado, um Espírito que desencarnara havia alguns anos, disse que, desde seis meses antes, estava encarnado em mundo cujo nome nos é desconhecido. Interrogado sobre a idade que tinha nesse mundo, disse: “Não posso avaliá-la, porque não contamos o tempo como contais. Depois, os modos de existência não são idênticos. Nós, lá, nos desenvolvemos muito mais rapidamente. Entretanto, se bem não haja mais de seis dos vossos meses que lá estou, posso dizer que, quanto à inteligência, tenho trinta anos da idade que tive na Terra.”
Muitas respostas análogas foram dadas por outros Espíritos e o fato nada apresenta de inverossímil. Não vemos que, na Terra, uma imensidade de animais em poucos meses adquire o desenvolvimento normal? Por que não se poderia dar o mesmo com o homem noutras esferas? Notemos, além disso, que o desenvolvimento que o homem alcança na Terra aos trinta anos talvez não passe de uma espécie de infância, comparado com o que lhe cumpre atingir. Bem curto de vista se revela quem nos toma em tudo por protótipos da criação, assim como é rebaixar a Divindade o imaginar-se que, fora o homem, nada mais seja possível a Deus.”

Comentários de Miramez:
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME IV

Questão 188 comentada
CAPÍTULO 35
0188/LE
ESPÍRITOS LIVRES

A condição de Espírito livre é conquistada pela alma em suas variadas reencarnações, nos diversos mundos. A idade da alma é a soma das suas experiências. A liberdade do Espírito lhe vem pelo conhecimento da verdade.
Já é do nosso conhecimento de que Deus criou a alma simples e ignorante, no entanto, toda criação tem na sua estrutura todas as qualidades espirituais do seu Criador, na feição de filhos do Seu coração, sem, com isso, poder Ele se igualar.
Os Espíritos livres, os puros Espíritos, não estão apegados aos mundos que habitam, porque consideram como sua casa o mundo onde se encontram naquele momento. Amam a todos de igual modo, considerando-os como o seu próximo. Mas, nunca se esquecem de, em primeiro lugar, amarem a Deus sobre todas as coisas, mandamento divino que todos respeitam com sinceridade.
Os Espíritos livres sentem a felicidade onde se encontram, e trabalham em benefício da ordem e do progresso onde quer que seja. Eles estão completamente libertos das mazelas humanas; já se esqueceram do ódio, não se lembram mais da inveja, do ciúme, enfim, da decadência moral. Compreendem e aceitam todas as regras estabelecidas pela natureza e vivem dentro da alegria. A sua pureza lhes mostra a verdadeira paz.
Os Espíritos puros, por vezes, habitam certos mundos compatíveis com seus entendimentos, porém, não ficam apegados a eles; podem estar em toda parte e, pelos dons que desenvolveram, o céu se encontra dentro deles. Isso é uma ciência divina, doando aos filhos de Deus o que eles alcançaram pela maturidade espiritual.
Os Espíritos ignorantes o são por não conhecerem a verdade que os libertam. Quando eles passarem a conhecer as leis do Criador, imutáveis em todas as direções, e respeitá-las, entrarão nos caminhos da luz, e deles nunca mais sairão. Jesus, a esse respeito, afirmou que eles não sabem o que fazem e que não são maus, apenas ignoram o que se encontra de bom em seus caminhos.
A liberdade tem um preço; o custo é sobremodo grande, maior do que se pensa, porque ela não se compra com o ouro do mundo, nem com as tramas da inteligência que desconhece o bem comum. Ela depende do amor que se pode desenvolver na vida. A maturidade é o selo da liberdade e, para tanto, o tempo é o grande cooperador deste estado d’alma.
A Terra, tornamos a dizer, é um mundo de provas, onde as almas respondem pelos seus atos e pagam as suas dívidas, recolhendo experiências e conferindo valores. Que os Espíritos nela estagiados procurem valorizar o tempo, para que esse tempo possa lhes dar uma luz, de modo a levá-los a enxergar os caminhos da vida. Que não se esqueçam de Jesus; Ele é o Doador Maior nos caminhos do mundo, é o Pastor do rebanho que se acha no mundo terreno e, passando por Ele, encontrarão mais vida e mais entendimento em todos os campos do amor e do saber.