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sábado, 5 de outubro de 2013

EADE-ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPÍRITA-LIVRO 1- MÓDULO 2- ROTEIRO 19- ATOS DOS APÓSTOLOS



EADE - LIVRO I
ROTEIRO
19
Objetivos
Identificar os principais ensinamentos existentes em Atos
dos Apóstolos.
IDÉIAS PRINCIPAIS
CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
MÓDULO II - O CRISTIANISMO
Atos dos Apóstolos é um dos livros do Novo Testamento, escrito em grego pelo
evangelista Lucas, o autor do 3º evangelho. Este livro contém a história do
Cristianismo, desde a ascensão de Jesus Cristo, até a chegada de Paulo, em Roma,
segundo dizem, no ano 63. [...] Consta de 28 capítulos. Cairbar Schutel: Vida e
Atos dos Apóstolos, p.14.
O terceiro evangelho e o livro dos Atos [dos Apóstolos] eram primitivamente
as duas partes de uma só obra. [...] Os doze primeiros capítulos do livro dos
Atos contam a vida da primeira comunidade reunida ao redor de Pedro depois
da Ascensão [capítulo 1 a 5] e os inícios de sua expansão graças às iniciativas
missionárias de Filipe (8:4-40) e dos “helenistas” (6: 1-8; ; 11:19-30; 13:1-3), e
enfim do próprio Pedro (9:32; 11; 18) [...]. Para a segunda parte dos Atos, o autor
teria usado os relatos da conversão de Paulo, de suas viagens missionárias, e de
sua viagem por mar para Roma como prisioneiro. Bíblia de Jerusalém: introdução
aos Atos do Apóstolos, p. 1896-1897.
ATOS DOS APÓSTOLOS (1)
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. Atos dos apóstolos
1.1 - Informações históricas
Atos dos Apóstolos é um dos livros do Novo Testamento, escrito em grego pelo evangelista
Lucas, o autor do terceiro evangelho. Este livro contém a história do Cristianismo,
desde a ascensão de Jesus Cristo, até a chegada de Paulo, em Roma, segundo dizem, no
ano 63 [...]. Consta de 28 capítulos. Se quisermos resumi-lo, nele veríamos a história da
fundação dos primeiros núcleos cristãos (igrejas) até a morte de Herodes: o cumprimento
de muitas promessas do Cristo; a prova da ressurreição e aparições do Divino Mestre;
a difusão do Espírito no cenáculo de Jerusalém [Pentecostes]; o desinteresse, a caridade
dos primeiros apóstolos, enfim, o que sucedeu a estes até a sua dispersão, para pregarem
o Evangelho em todos os lugares ao seu alcance. 8
Consta na Bíblia de Jerusalém, várias informações sobre origem, organização,
autoria e princípios doutrinários de Atos dos Apóstolos.
O terceiro evangelho e o livro de Atos eram primitivamente as duas partes de uma só
obra, à qual daríamos hoje o nome de “História das origens cristãs”. Logo o segundo livro
ficou conhecido com o título de “Atos dos apóstolos” ou “Atos de apóstolos”, conforme o
modo da literatura helenística que conhecia os “Atos” de Aníbal, os “Atos” de Alexandre
etc.; no cânon do NT [Novo Testamento] é separado do evangelho de Lucas pelo de João,
que é interposto. A relação original desses dois livros do NT é indicada por seus Prólogos
e por seu parentesco literário. O Prólogo dos Atos, que se dirige como o do terceiro
evangelho (Lc. 1,1-4), a certo Teófilo (At. 1,1) remete a esse evangelho como o “primeiro
livro”, de que ele resume o objeto e retoma os últimos acontecimentos (aparições do
Ressuscitado e Ascensão) para encadeá-los à seqüência do relato. A língua é outro laço
que liga estreitamente os dois livros um ao outro. Não somente suas características (de
SUBSÍDIOS
MÓDULO II
Roteiro 19
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 19 - Atos dos apóstolos (1)
vocabulário, de gramática e de estilo) se reencontram ao longo dos Atos, estabelecendo
a unidade literária dessa obra, mais ainda se reconhecem no terceiro evangelho, o que
não permite mais duvidar que um mesmo autor escreve, aqui e lá. 1
Atos dos apóstolos têm um único destinatário, explicitamente nomeado:
é Teófilo, a quem o evangelho de Lucas também foi dedicado. (Lucas,1:3)
Não sabemos praticamente nada sobre ele. Sua designação “excelentíssimo” pode assinalálo
como um membro da ordem eqüestre (a segunda ordem mais elevada na sociedade
romana), ou ser simplesmente um título de cortesia. Seria possível vê-lo como um representante
da classe média de Roma, a quem Lucas desejava apresentar uma exposição
confiável da ascensão e do progresso do Cristianismo. 6
Desde o ano 175 há um consenso das igrejas em aceitar Lucas como o autor
dos Atos dos Apóstolos. Este consenso está impresso no documento romano,
chamado “Cânon Muratori” e nos seguintes Prólogos: o “Antimarcionita”, o
de santo Irineu, o de Tertuliano e os Alexandrinos. 1
Segundo seus escritos, o autor deve ser cristão da geração apostólica, judeu bem helenizado,
ou melhor, grego de boa educação, conhecendo a fundo as realidades judaicas e a
Bíblia grega [Septuaginta]. Ora, o que sabemos de Lucas a partir das epístolas paulinas
concorda bem com esses dados. Ele é apresentado pelo Apóstolo como companheiro
querido que está ao seu lado durante seu cativeiro. (Colossenses, 4: 10-14; Filemon, 24;
II Timóteo, 4:11) Lucas é de origem pagã (de Antioquia na Síria, segundo uma antiga
tradição), e médico, o que implicaria certa cultura [...]. Para fixar a data em que se escreve,
não encontramos nada de firme na tradição antiga. O livro termina com o cativeiro
romano de Paulo, provavelmente 61-62. Em todo caso sua composição deve ser posterior
à do terceiro Evangelho (antes de 70? ou por 80? mas nada impõe uma data posterior a
70) [...]. Antioquia e Roma são propostas como lugar de composição. 1
Há indicações de que Lucas, ao escrever os Atos dos Apóstolos, estaria
movido por um objetivo, além de apenas registrar informações sobre a igreja
cristã primitiva. Teria procurado conciliar as críticas e tendências adversas ao
Cristianismo, surgidas em decorrência da pregação de Pedro e de Paulo.
1.2 - Estrutura dos atos dos apóstolos
A despeito da atividade literária, sempre vigilante, que imprimiu em todo lugar a sua
marca e assegura a unidade do livro, percebem-se, facilmente, algumas correntes principais
nas tradições recolhidas por Lucas. Os doze primeiros capítulos do livro dos Atos
contam a vida da primeira comunidade reunida ao redor de Pedro depois da Ascensão
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 19 - Atos dos apóstolos (1)
(1-5), e os inícios de sua expansão graças às iniciativas missionárias de Filipe (8:4-40)
e dos “helenistas” (6:1-8, 3; 11:19-30; 13:1-3), e, enfim, do próprio Pedro (9,32, 11,18).
As tradições petrinas subjacentes seriam aparentadas ao “evangelho de Pedro”, que é
conhecido na literatura da Igreja antiga. Para a segunda parte dos Atos, o autor teria
usado os relatos da conversão de Paulo, de suas viagens missionárias, e de sua viagem
por mar para Roma como prisioneiro. 2
Na escritura de Atos dos Apóstolos, Lucas emprega, corriqueiramente, a
primeira pessoa do plural. Dessa forma, muitos exegetas viram, no “nós”, uma
prova de que Lucas teria acompanhado Paulo nas segunda e terceira viagens,
bem como na que Saulo fez, por mar, a Roma.
Entretanto, é notável que Lucas nunca é mencionado por Paulo como companheiro de
sua obra de evangelização. Esse “nós” parece mais o traço de um diário de viagem feito
por um companheiro de Paulo (Silas?) e utilizado pelo autor de Atos. 3
De qualquer forma, o trabalho realizado por Lucas foi ao mesmo tempo
excepcional quanto fascinante. Nos fornece uma visão geral do trabalho realizado
pelos primeiros cristãos, as suas lutas, desafios e extrema dedicação à
causa do Cristo.
O valor histórico dos Atos dos apóstolos não é igual. De uma parte, as fontes de que Lucas
dispunha não eram homogêneas; de outra, para manejar as suas fontes, Lucas gozava de
liberdade muito grande segundo o espírito da historiografia antiga, subordinando seus
dados históricos a seu desígnio literário e sobretudo a seus interesses teológicos. 3
A descrição das viagens de Paulo muito nos esclarecem sobre a vida no
primeiro século da Era Cristã: «administração romana, cidades gregas, cultos,
rotas, geografia política, topografia local.» 3
De valor histórico também inestimável são os relatos que Lucas nos
transmite sobre a organização e administração da igreja cristã primitiva, assim
como a forma como se realizava a pregação nas comunidades cristãs nascentes,
em que se utilizava, essencialmente da prédica ou explanação discursiva.
Essa prédica tinha como base o kerygma [ensinamento essencial]: a pregação
doutrinária dos apóstolos, a fé em Jesus Cristo — o Messias crucificado e
ressuscitado, o servidor divino, um novo Moisés e um novo Elias. 3 (Atos dos
Apóstolos, 2:24-32; 3:13-26; 4:27-30; 7:20, 8:32-33; 13:34-36)
Atos dos Apóstolos demonstram, com clareza, como se realizou a propagação
das idéias cristãs.
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 19 - Atos dos apóstolos (1)
1. A pregação dos apóstolos representava as “testemunhas” confiáveis
dos ensinamentos do Cristo (Atos dos Apóstolos, 1:8; 2: 1-41), a despeito das
imperfeições que ainda possuíam.
Todos os Apóstolos do Mestre haviam saído do teatro humilde de seus gloriosos ensinamentos;
mas, se esses pescadores valorosos eram elevados Espíritos em missão,
precisamos considerar que eles estavam muito longe da situação de espiritualidade do
Mestre, sofrendo as influências do meio a que foram conduzidos. 11
2. Formação e desenvolvimento da Igreja de Jerusalém (1:1-5, 42): os
integrantes da Igreja de Jerusalém reuniram-se, primeiro, ao redor de Pedro
e, posteriormente, de Tiago Maior, mas permaneceram fieis à tradição judaica.
(Atos dos Apóstolos, 15:1-5; 21:20) Esse fato dificultou a adesão dos gentílicos,
provocando muitas discussões, sobretudo entre os judeus helenistas. 7 Os
helenistas eram judeus convertidos ao Cristianismo, que não aceitavam a Lei
Judaica, nem seus ritos e práticas.
Tão logo se verificou o regresso do Cordeiro às regiões da Luz, a comunidade cristã, de
modo geral, começou a sofrer a influência do judaísmo, e quase todos os núcleos organizados,
da doutrina, pretenderam guardar feição aristocrática, em face das novas igrejas
e a associações que se fundavam nos mais diversos pontos do mundo. 12
3. A ascensão e atividade dos judeus helenistas na Igreja de Jerusalém. Esta
questão, colocada no Concílio de Jerusalém, foi muito debatida, optando-se,
então, por uma solução conciliadora. Por exemplo, foi dispensada aos convertidos
a necessidade de realizar a circuncisão. Pedro, Tiago, Barnabé e Paulo
muito contribuíram para conciliar as diferentes correntes de idéias existentes
no Cristianismo nascente. Mesmo assim, os helenistas foram perseguidos e
expulsos de Jerusalém pelos judeus não convertidos. Um helenista, muito
famoso, foi Estevão, preso e morto por apedrejamento, sob as ordens de Saulo
de Tarso. 4 (Atos dos Apóstolos, 6:1-15; 15:1-31)
A doutrina do crucificado propaga-se com a rapidez de um relâmpago. Fala-se dela tanto
em Roma como nas gálias e no norte da África. Surgem os advogados e os detratores. Os
prosélitos mais eminentes buscam doutrinar, disseminando as idéias e interpretações. As
primeiras igrejas surgem ao pé de cada Apóstolo, ou de cada discípulo mais destacado
e estudioso. 10
4. A pregação apostólica procura, junto aos judeus, mostrar que Jesus é o
Messias esperado, exortando-os a não resistirem ao recebimento desta graça:
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 19 - Atos dos apóstolos (1)
aceitar o Cristo como o Enviado de Deus (Atos dos Apóstolos, 1:1-11; 7:2-53;
13:16-41). A pregação junto aos povos politeístas, por outro lado, tenta justificar
a supremacia do amor do Cristo. (Atos dos Apóstolos,14:15-17; 17:22-31)
Doutrina alguma alcançara no mundo semelhante posição, em face da preferência das
massas. É que o Divino Mestre selara com exemplos as palavras de suas lições imorredouras.
10
Os povos antigos eram submetidos a contínuas privações, morais e materiais,
sobretudo a maioria deles, que era escrava. Dessa forma, a mensagem
cristã surgia como um alento, um raio de esperança.
Em virtude dos seus postulados sublimes de fraternidade, a lição do Cristo representava
o asilo de todos os desesperados e de todos os tristes. As multidões dos aflitos pareciam
ouvir aquela misericordiosa exortação: – “vinde a mim, vós todos que sofreis e tendes
fome de justiça e eu vos aliviarei” – e da cruz chegava-lhes, ainda, o alento de uma esperança
desconhecida. 9
5. Fazia parte das atividades doutrinárias da igreja cristã primitiva o
culto de ação de graças. Esse culto caracterizava-se pelas das pregações dos
apóstolos, seguida de comunhão fraterna, pela prece e pela partilha do pão e
dos bens. (Atos dos Apóstolos, 2:42-47). Envolvidos pelo espírito da caridade,
abnegação e fraternidade que a mensagem cristã lhes transmitia, os primeiros
cristãos procuravam conviver de forma solidária: “Tudo possuíam em comum”
e “eram queridos de todo o povo”. 4 (Atos dos Apóstolos, 2:44-47; 4:32-36)
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. BIBLIA DE JERUSALÉM. Nova edição, revista e ampliada. São Paulo: Paulus,
2002. Item: Introdução ao Atos dos Apóstolos. p. 1896.
2. ______. p. 1896.-1897.
3. ______. p. 1897.
4. DICIONÁRIO DA BÍBLIA. Vol. 1: as pessoas e os lugares. Organizado por
Bruce M. Metzger, Michael D. Coogan. Traduzido por Maria Luiza X. De
A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2002, Item: Lucas, p. 186.
5. ______. p. 186-187.
6. ______. p. 187.
7. DENIS, Léon. Cristianismo e espiritismo. Tradução de Leopoldo Cirne. 12.
ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Cap. I (Origem do evangelho), item 4 (Doutrina
secreta), p. 60-61.
8. SCHUTEL, Cairbar. Vida e atos dos apóstolos. 9. ed. Matão: O Clarim, 2001.
Item: Atos dos apóstolos, p. 14.
9. XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel.
32. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2005. Cap. 14 (A edificação cristã), item: Os
primeiros cristãos, p. 121-122.
10. ______. Item: A propagação do Cristianismo, p.123.
11. ______. Item: A missão de Paulo, p. 125-126.
12. ______. p. 126.
REFERÊNCIAS
EADE - Roteiro 19 - Atos dos apóstolos (1)
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
Fazer uma exposição introdutória, que proporcione
uma visão panorâmica do roteiro. Em
seguida, solicitar aos participantes que formem
pequenos grupos para leitura, troca de idéias e
síntese dos principais pontos dos subsídios deste
Roteiro. Ao final, destacar a importância de Atos
do Apóstolos na organização e difusão do Cristianismo.
ORIENTAÇÕES AO MONITOR
EADE - Roteiro 19 - Atos dos apóstolos (1)
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Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - LIVRO I

HONRAR PAI E MÃE


Emmanuel

        
Declara o mandamento expresso da Lei Antiga:
-  “Honrarás pai e mãe.”
E Jesus, mais tarde em complementação das verdades celestes, afirmou positivo:
-    “Eu não vim destruir a Lei”.
Entretanto, no decurso do apostolado divino, o Senhor chega a dizer:
-          “Aquele que não renunciar ao seu pai e à sua mãe não é digno de ser meu discípulo.”
Ao primeiro exame surge aparente desarmonia nos textos da lição.
Contudo, é preciso encarecer que Jesus não nos endossaria qualquer indiferença para com os benfeitores terrenos que nos ofertam a benção do santuário físico.
O Mestre exortava-nos simplesmente a desistir da exigência de sermos por eles lisonjeados ou mesmo comprometidos.
Prevenia-nos contra o narcisismo pelo qual, muitas vezes, no mundo, pretendemos converter nossos pais em satélites de nossos pontos de vista.
Devemos, sim, renunciar ao egoísmo de guardá-los por escravos de nossos caprichos, no cotidiano, a fim de que lhes possamos dignificar a presença, com a melhor devoção afetiva, perfumada de humildade pura e de carinho incessante.
Em tempo algum, pode um filho, por mais generoso, solver para com os pais a dívida de sacrifício e ternura a que se encontra empenhado.
A Terra não dispõe de recursos suficientes para resgatar os débitos do berço no qual retornamos em nome do Criador, para a regeneração ou elevação de nossos próprios destinos.
Lembra-te ainda do Mestre Incomparável confiando a divina guarda de sues dias ao apóstolo fiel, diante da cruz, e não te creias, em nome do Evangelho, exonerado da obrigação de honrar teus pais humanos, em todos os passos e caminhos do mundo, porque no devotamento incansável dos corações, que nos abrem na Terra as portas da vida, palpita, em verdade, o amor inconcebível do próprio Deus.

Espírito: Emmanuel  Psicografia: Francisco Cândido Xavier Livro: Família