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sábado, 30 de março de 2013

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 87

 
 
No espaço infinito há mesmo divisões que se interpõem aos Espíritos que ali se radicaram por necessidade, sem condições de visitarem outras comunidades, porém essas, como que prisão, são transitórias; o tempo lhes dará meios, juntamente com o esforço próprio, de se libertarem, tendo o espaço como a sua própria casa, sendo cidadãos universais. Para os Espíritos puros não existem barreiras e eles visitam todos os reinos como se fossem o seu próprio ninho familiar. Mas, para tanto, haveremos de vencer a nós mesmos, iluminando a nossa consciência, aparando as nossas arestas e convertendo os nossos impulsos de ódio, ciúme, orgulho e egoísmo em amor, Àquele que Se transmuta em sol e faz livre os sentimentos, para que a caridade tenha trânsito desimpedido, com todas as suas nuances.
É de se notar que na Terra há igualmente muitas divisões, onde o inferior não tem acesso ao superior, no entanto, este pode transitar em todos os outros. Devemos buscar a superioridade, que deve ser patrimônio comum de todas as criaturas, conquista de todos os seres, pelo esforço individual. Os Espíritos povoam verdadeiramente o espaço infinito, reunindo-se por vezes, em sociedade, como convivem com os homens de maneira que muitos desconhecem. Eles estão ligados à Terra por compromissos assumidos de ajudar os encarnados nas suas necessidades, e trabalham incessantemente, dando-lhes intuição das coisas correias da vida; entretanto, se fecharem os ouvidos à transmissão de ideias nobres, abrir-se-á campo propício para a manifestação das trevas, que também têm como moradia a Terra, por ela ser o lar mais afeito às suas aspirações.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 86

 
 
Não pode existir violência em campo algum de vida. A lei nos pede respeito aos direitos dos outros, principalmente pelo que eles expressam na escala da evolução espiritual. Há alguns espiritualistas que perguntam: Por que existe o plano físico? O Espírito não poderia evoluir sem investir-se da matéria? Isso não nos compete responder, mas podemos analisar desta maneira: sendo Deus a Inteligência Suprema, a Perfeição sem mescla, não iria fazer o mundo físico sem necessidade. Logo que foi feito, necessitamos dele. Esta é a lógica. Qual a necessidade que temos e a posição que adotamos, para julgar o Criador? Precisamos do estágio na matéria bruta, como porta para o despertamento gradativo das nossas qualidades, e um mundo de certa forma está interligado com o outro, às vezes de maneira que se desconhece, mas um é motivo de trabalho e experiências para o outro, na pauta das escalas espíritas.
 

Aprendendo com o livro dos espíritos questão 85

 
“O mundo espírita, que preexiste e sobrevive a tudo.”
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Comentários de Miramez
 
Os luminares que ditaram O Livro dos Espíritos, disseram que os Espíritos povoam o espaço infinito, dando início a uma nova era de conhecimento sobre o mundo espiritual. No entanto, sendo o espiritismo uma filosofia religiosa e científica, elástica, adotando o progresso como necessidade para a paz de todas as criaturas, a sua revelação é contínua. Os Espíritos Superiores sopram onde quer que seja, trazendo novos ensinamentos e desvendando novos segredos sobre aquilo que existe no mundo espiritual. E bom que se observe quantas notícias já chegaram à Terra depois da codificação da Doutrina dos Espíritos, em uma seqüência grandiosa, e esses ditados estão sendo supervisionados pelos luminares encarregados de falar com os homens, pelos processos da mediunidade, fenômenos que, embora sejam de todos os tempos, evidenciam-se cada vez mais.
Existem, portanto, no plano espiritual, cidades, colônias, edifícios e casas de todos os tipos, de conformidade com as necessidades espirituais, destacando os motivos educacionais de todos os seres. E ainda existem outras coisas, que somente o tempo poderá revelar, obedecendo às necessidades dos Espíritos que se reúnem, por sintonia, nesses lugares abençoados. Tudo que se faz nesses sítios de luz é por ordem da Divina Sabedoria, e usa-se a mesma matéria, de forma diferente da que se aplica na Terra, por ser ela rarefeita e obediente aos pensamentos, capazes de movimentá-la com toda a maestria, dando-lhe tonalidades que se desejar e construindo as moradias que se lhe convierem. Existem igualmente jardins, lavouras etc.. Também existem regiões no astral onde se congregam os animais fora da forma física, que também são utilizados como se usa na Terra, para que eles sintam a presença do Espírito, e destes absorvam algo que lhes sirva para o próprio despertamento. No entanto, nem todos são usados nos trabalhos; depende do estágio de cada um e de cada espécie.

Conhecendo o Livro o Céu e o Inferno parte 5-"...A intenção de não faltar aos deveres era, efetivamente, honrosa, e lhes será levada em conta mais tarde, mas o verdadeiro mérito consistiria na resistência, tendo eles procedido como o desertor que se esquiva no momento do perigo..." ,



Duplo Suicídio por Amor e por Dever
É de um jornal de 13 de junho de 1862 a seguinte narrativa:
"A jovem Palmira, modista que residia com seus pais, era dotada de aparência encantadora e de caráter afável. Por isso também muito requestada a sua mão. Entre todos os pretendentes ela escolheu o Sr. B., que lhe retribuía essa preferência com a mais viva das paixões. Não obstante essa afeição, por deferência aos pais, Palmira consentiu em desposar o Sr. D., cuja posição social se afigurava mais vantajosa do que a do seu rival.
Os Srs. B. e D. eram amigos íntimos e posto não houvesse entre eles quaisquer relações de interesse, jamais deixaram de se avistar. O amor recíproco de B. e Palmira, que passou a ser a Sra. D., de modo algum se atenuara e como se esforçassem ambos por contê-lo, aumentava-se ele de intensidade na razão direta daquele esforço.
Visando extingui-lo, B. tomou o partido de se casar, e desposou, de fato, uma jovem possuidora de eminentes predicados, fazendo o possível por amá-la.
Cedo, contudo, percebeu a impossibilidade do expediente. Decorreram quatro anos sem que B. ou a Sra. D. faltassem aos seus deveres.
O que padeceram, só eles o sabem, pois D., que estimava deveras o seu amigo, atraía-o sempre ao seu lar, insistindo para que nele ficasse quando tentava retirar-se.
Aproximados um dia por circunstâncias fortuitas e independentes da própria vontade os dois amantes deram-se ciência do mal que os torturava e acharam que a morte era, no caso, o único remédio que se lhes antolhava. Assentaram que se suicidariam juntamente, no dia seguinte, em que o Sr. D., estaria ausente de casa mais prolongadamente.
Feitos os últimos preparativos, escreveram longa e tocante missiva, explicando a causa da sua resolução, para não prevaricarem. Essa carta terminava pedindo que lhes perdoassem e, mais, que os enterrassem na mesma sepultura.
De regresso à casa, o Sr. D. encontrou-os asfixiados. Respeitou-lhes os últimos desejos, e, assim, não consentiu fossem os corpos separados no cemitério."
Sendo esta ocorrência submetida à Sociedade de Paris, como assunto de estudo, um Espírito respondeu:
"Os dois amantes suicidas não vos podem responder ainda. Vejo-os imersos na perturbação e aterrorizados pela perspectiva da eternidade. As conseqüências morais da falta cometida lhes pesarão por migrações sucessivas, durante as quais suas almas separadas se buscarão incessantemente, sujeitas ao duplo suicídio de se pressentirem e desejarem em vão.
Completada a expiação, ficarão reunidos, no seio do amor eterno. Dentro de oito dias, na próxima sessão, podereis evocá-los. Eles aqui virão sem contudo se avistarem, porque profundas trevas os separarão por muito tempo."
1. Evocação da suicida. — Vedes o vosso amado, com o qual vos suicidastes?
R. Nada vejo, nem mesmo os Espíritos que comigo erram neste mundo. Que noite! Que noite! E que véu espesso me circunda a fronte!
2. Que sensação experimentastes ao despertar no outro mundo?
R. Singular! Tinha frio e escaldava. Tinha gelo nas veias e fogo na fronte! Coisa estranha, conjunto inaudito! Fogo e gelo pareciam consumir-me! E eu julgava que ia sucumbir uma segunda vez!...
3. Experimentais qualquer dor física?
R. Todo o meu sofrimento reside aqui, aqui...
— Que quereis dizer por aqui, aqui?
R. Aqui no meu cérebro, aqui no coração...
É provável que, visível, o Espírito levasse a mão à cabeça e ao coração.
4. Acreditais na perenidade dessa situação?
R. Oh! Sempre! Sempre! Ouço às vezes risos infernais, vozes horríficas que bradam sempre assim!
5. Pois bem, podemos com segurança dizer-vos que nem sempre assim será. Pelo arrependimento obtereis o perdão.
R. Que dizeis? Não ouço.
6. Repetimos que os vossos sofrimentos terão um termo, que os podereis abreviar pelo arrependimento, sendo-nos possível auxiliar-vos com a prece.
R. Não ouvi, além de sons confusos, mais que uma palavra. Essa palavra é — graça! Seria efetivamente graça o que pronunciastes? Falastes em graça, mas sem dúvida o fizestes à alma que por aqui passou junto de mim, pobre criança que chora e espera.
Uma senhora, presente à reunião, declarou que fizera fervorosa prece pela infeliz, o que sem dúvida a comoveu, e que de fato, mentalmente, havia implorado em seu favor a graça de Deus.
7. Dissestes estar em trevas e nada ouvir?
R. Me é permitido ouvir algumas das vossas palavras, mas o que vejo é apenas um crepe negro, no qual de quando em quando se desenha um semblante que chora.
8. Mas, uma vez que ele aqui está sem o avistardes, nem sequer vos apercebeis da presença do vosso amado?
R. Ah! Não me faleis dele. Devo esquecê-lo presentemente para que do crepe se extinga a imagem retratada.
9. Que imagem é essa?
R. A de um homem que sofre e cuja existência moral na Terra aniquilei por muito tempo.
Da leitura dessa narrativa logo se depreende haver neste suicídio circunstâncias atenuantes, encarando-o como ato heróico provocado pelo cumprimento do dever. Mas reconhecesse, também, que, contrariamente ao julgado, longa e terrível deve ser a pena dos culpados por se terem voluntariamente refugiado na morte para evitar a luta. A intenção de não faltar aos deveres era, efetivamente, honrosa, e lhes será levada em conta mais tarde, mas o verdadeiro mérito consistiria na resistência, tendo eles procedido como o desertor que se esquiva no momento do perigo.
A pena consistirá, como se vê, em se procurarem debalde e por muito tempo, quer no mundo espiritual, quer noutras encarnações terrestres; pena que ora é agravada pela perspectiva da sua eterna duração. Essa perspectiva, aliada ao castigo, faz que lhes seja defeso ouvirem palavras de esperança que porventura lhes dirijam. Aos que acharem esta pena longa e terrível, tanto mais quanto não deverá cessar senão depois de várias encarnações, diremos que essa duração não é absoluta, mas depende da maneira porque suportarem as futuras provações, além do que podem eles ser auxiliados pela prece. E serão assim, como todos, os árbitros do seu destino. Não será isso, ainda assim, preferível à eterna condenação, sem esperança, a que ficam irrevogavelmente submetidos segundo a doutrina da Igreja, que os considera votados ao inferno e para sempre, a ponto de lhes recusar, com certeza por inúteis, as últimas preces?