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sexta-feira, 15 de março de 2013

A IGREJA UNIVERSAL

A IGREJA UNIVERSAL
"Quem diz o povo ser o Filho do homem?" Responderam os discípulos: Uns dizem João Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou algum dos profetas que ressuscitou. E vós, quem dizeis que eu sou? Retruca Pedro: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és, Simão Bar-Jonas, pois que não foi a carne nem o sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro (rocha) e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela.
Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; e o que ligares sobre a terra será ligado nos céus; e o que desligares sobre a terra será desligado nos céus... Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que lhe era necessário ir a Jerusalém e padecer muitas coisas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto e ressuscitar no terceiro dia. Pedro, então, chamando-o aparte, começou a repreendê-lo, dizendo: Deus tal não permita, Senhor; isso de modo nenhum acontecerá. Mas Ele, voltando, disse a Pedro: Arreda de diante de mim, Satanás; tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não compreendes as coisas que são de Deus, mas só as que são dos homens". — S. Mateus, cap. XVI, vs. 13 a 23.

Os homens, em geral, não tinham a respeito de Jesus e de sua missão uma idéia clara e verdadeira. Supunham-no um profeta dotado de poderes maravilhosos, para libertar Israel do domínio Romano. Os próprios discípulos alimentavam,
mais ou menos, esse mesmo conceito. Entretanto, era necessário que eles soubessem a verdade acerca do seu Mestre. Daí a interpelação de Jesus: "vós quem dizeis que eu sou?".

Pedro, médium, como aliás eram os demais apóstolos, cada qual, porém, com seu temperamento particular, retruca, impelido pelos agentes espirituais: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Em tal importava o que Jesus visara, isto é, que os discípulos tivessem conhecimento positivo de sua origem e de sua missão. Satisfeito, pois, com o resultado daquela revelação, da qual Pedro fora o instrumento, disse-lhe: "Bem-aventurado és, Simão Bar-Jonas, pois não foi a carne nem o sangue quem to revelou, mas meu pai que está nos céus. Eu também te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja; e as portas do Hades não prevalecerão contra ela, etc.".

Perguntamos, agora, nós: sobre que base ou fundamento Jesus prometeu edificar a sua igreja? É claro que foi sobre a revelação obtida através de Pedro, e não sobre este, com todas as suas fraquezas. Aquela atitude enérgica, assumida logo após pelo Mestre, quando Pedro, sempre como médium, procura dissuadi-lo do desempenho de sua missão, comprova nossa assertiva: — Sai de diante de mim. Satanás... — O Satanás não era Pedro, mas os elementos do espaço que o haviam tomado no momento. Ora, é óbvio que sobre os frágeis ombros humanos Jesus jamais pensou em apoiar as colunas da sua igreja. Prometeu, sim, solenemente, fundá-la sobre a revelação, isto é, sobre as verdades que as revelações anunciam através do mediunismo, ou profetismo, como então se dizia.
A Verdade é a rocha inabalável, contra a qual não prevalecem as forças do mal. As várias formas de mediunidade representam as chaves do reino dos céus, porque é mediante o seu concurso que se torna possível ao homem, chumbado à terra, penetrar os arcanos celestiais. É ainda a Verdade alcançada através das revelações, que liga ou desliga na terra como nos céus, visto que a Verdade é sempre a mesma, manifeste-se neste ou em qualquer outro plano da vida. Pedra ou rocha é símbolo da verdade revelada. Pedro foi, apenas, o intermediário humano da revelação do céu, no que respeita à pessoa inconfundível de Jesus, o Cristo de Deus.

É natural que os credos terrenos não vejam, ou não queiram ver, a realidade do que expomos. A revelação não pode constituir objeto de propriedade particular, como não se circunscreve a este ou àquele grupo de indivíduos, a esta ou àquela escola. A revelação é soberana, é livre, vem de cima, cai como o orvalho da manhã sobre os corações visados pelas Virtudes do Céu. A revelação é um fenômeno que se opera à revelia do homem, que não se acha adstrita às veleidades e aos interesses de classes e partidos religiosos.

Ela impera e reina acima dos homens, pairando sobre suas paixões. Daí por que, como o próprio Jesus, é a pedra rejeitada. Nada obstante, é sobre essa rocha que o Filho de Deus afirmou, de modo insofismável, erguer a sua igreja. É o que os fatos testemunham, conforme vamos provar cabalmente.

A palavra de Jesus não ficou em promessa: cumpriu-se já inteiramente. Edificarei a minha igreja. O verbo foi empregado no futuro. Se Ele se referisse a Pedro, a sua igreja teria sido fundada naquele momento mesmo. Mas só o foi posteriormente. Quando? Abra-se o livro dos Atos, cap. II, e veja-se o que contém:

"Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam os apóstolos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um ruído, como de impetuoso vento, que encheu toda a sala onde estavam sentados. E apareceram umas como línguas de fogo, as quais se distribuíram, para repousar sobre cada um deles; e todos ficaram cheios do Espírito e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
Achavam-se em Jerusalém judeus, homens religiosos de todas as nações debaixo do céu: e quando, então, se ouviu o ruído, ajuntou-se ali a multidão e ficou pasmada, pois que cada um os ouviu falar na sua própria língua. E assim maravilhados e atônitos, perguntavam: Não são galileus estes homens? Como os ouvimos falar cada um na língua de nosso nascimento? partos, medos, elamitas e os naturais de mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Frigia, Pamfília, Egito, Líbia e Cirene; forasteiros, romanos, cretenses e arábes como estamos ouvindo falar em nossas línguas as coisas de Deus? Que quer isto dizer? Alguns, porém, zombando, diziam: Estão cheios de mosto (bêbados).

Mas Pedro, estando em pé, ao lado dos onze, tomou a palavra e disse: Homens da Judéia, todos os que vois achais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e prestai ouvidos às minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como supondes, visto que é a hora terceira (9 horas) do dia. Cumpre-nos o que dissera o profeta Joel: E acontecerá nos últimos, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre a carne; e vossos filhos e filhas profetizarão; vossos mancebos terão visões, e sonharão vossos anciãos.. . Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão a junto a vós com poderes, prodígios e sinais, que Deus fez por meio d'Ele entre vós, conforme vós mesmos sabeis, sendo Ele entregue pelo determinado concelho e presciência de Deus, vós o matastes, crucificando-o por mãos iníquas; ao qual Deus ressuscitou, desatando os laços da morte, pois não era possível que fosse por ela retido... Exaltado, pois, pela destra de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito, derramou o que vedes e ouvis.Fique, pois, certa toda a casa de Israel de que a este Jesus, Deus o fez Senhor e Cristo.

Ouvindo eles estas palavras, compumgiram-se em seus corações e perguntaram a Pedro e aos apóstolos: Que faremos, irmãos? Respondeu-lhes Pedro: arrependeis-vos e cada um de vós seja batizado em nome remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós é a promessa, e para todos os que estão longe, a quantos chamar o Senhor, nosso Deus. E com muitas outras palavras dava testemunho e exortava-os, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.

E os que, então, receberam a sua palavra foram batizados, e admitidas naquele dia quase três mil pessoas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor e muitos milagres eram feitos pelos apóstolos. E todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam as suas propriedades e bens e os repartiam por todos, conforme a necessidade de cada um. E diariamente, perseverando unânimes no templo e partindo pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E todos os dias acrescentava-lhes o Senhor os que se iam salvando".

Eis aí como se cumpriu a promessa que Jesus fizera a Pedro, de fundar a sua igreja sobre a revelação.
Esse mesmo apóstolo, sob ação mediúnica, tomou a palavra no meio dos seus companheiros de ministério, falando e exortando o povo. Este, influenciado pelas milícias celestes, sentiu-se profundamente tocado em seu coração, indagando: Que faremos, irmãos? Arrependei-vos, prosseguiu Pedro, e batizai-vos em nome de Jesus Cristo, pois, assim participareis também do dom do Espírito. Aqueles que sinceramente se achavam compungidos se apresentaram ao batismo, sendo, de início, admitidas na igreja cristã, recém-criada, quase três mil pessoas.
É de notar-se que a mediunidade poliglota aparece entre os apóstolos pela primeira vez. E porque essa e não outra modalidade qualquer? Para que a igreja cristã tivesse o caráter de universalidade que lhe é próprio e dela inseparável.

E não teria sido essa mesma falange de Espíritos de luz que, quase XX séculos depois, transmitiu a Kardec a 3ª. Revelação, condensada nas monumentais obras espíritas? Quem é o Espírito da Verdade, autor da vibrante e sensibilizadora mensagem dirigida ao compilador da Doutrina, reportando-se à ação das Virtudes do Céu que caem sobre a terra como estrelas refulgentes? Não será o Espiritismo o desdobramento natural do Cristianismo, tendo como apóstolos os Espíritos componentes daquela mesma milícia celestial que agiu no dia de Pentecostes, na fundação da igreja viva de Jesus Cristo, cuja sede está em toda parte onde se acharem congregados dois ou três corações em seu nome?

Quem tiver olhos de ver, veja.
Vinícius

INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DO ADOLESCENTE

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INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DO ADOLESCENTE
Em um mundo que, a cada instante, apresenta mudanças significativas, o processo de identificação do adolescente faz-se mais desafiador, em razão das diferenças de padrões éticos e comportamentais.
Os modelos convencionais, vigentes, para ele, são passíveis de críticas, em razão do conformismo que predomina, e aqueles que são apresentados trazem muitos conflitos embutidos, que perturbam a visão da realidade, não sendo aceitos de imediato.
Tudo, em torno do jovem, caracteriza-se por meio de formas de inquietação e insegurança.
No lar, as imposições dos pais, nem sempre equilibrados, direcionados por caprichos e interesses, muitas vezes, mesquinhos, empurram o jovem, desestruturado ainda, para o convívio de colegas
igualmente imaturos. Em outras circunstâncias, genitores irresponsáveis transferem os deveres da
educação a funcionários remunerados, ignorando as necessidades reais dos
filhos, e apresentando-se mais como fornecedores de equipamentos e recursos para a existência, do que pessoas afetuosas e interessadas na sua felicidade, dão margem a sentimentos de rancor ou de imediatismo contra a sociedade que eles representam. Ademais, nas famílias conflituosas, por dificuldades financeiras, sociais e morais ou todas simultaneamente, o adolescente é
obrigado a um amadurecimento precipitado, direcionando o seu interesse exclusivamente para a sobrevivência de qualquer forma, em considerando a situação de miséria na qual moureja.
Eis aí um caldo de cultura fértil para a proliferação de desequilíbrios, expressando-se nos mais variados conflitos, que podem levar à timidez, ao medo, às fugas terríveis ou à agressividade, ao des respeito dos padrões éticos que o jovem não compreende, porque não os vivenciou
e deles somente conhece as expressões grosseiras, decorrentes das interpretações doentias
que lhes são apresentadas.
A soma de aflições que o assalta é grande, aturde-o, trabalhando a sua mente para os estereótipos convencionais de desgarrados, indiferentes, rebeldes, dependentes, que encontra em toda parte,
e cujo comportamento de alguma forma lhe parece atraente, porque despreocupado e vingativo contra a sociedade que aprende a desconsiderar.
Nesse contubérnio de observações atormentadas, a mídia, desde os primeiros dias da sua infância, vem exercendo sobre ele uma influência marcante e crescente.
De um lado, no período lúdico, ofereceu-lhe numeros os mitos eletrônicos, agressivos e cruéis em nome do mal que investe contra o bem, representados por outros seres de diferentes planetas que pretendem salvar o universo, utilizando-se, também, da violência e da astúcia, em guerras de extermínio total. Embora a prevalência do ídolo representativo do bem, as imagens
alucinantes do ódio, da perversidade e das batalhas intérminas plasmam no inconsciente da criança mensagens de destruição e de rancor, de medo e de insegurança, de fascínio e interesse por essas personagens míticas que, na sua imaginação, adquirem existência real.
Outros modelos da formação da personalidade infantil, apresentados pela mídia, têm como característica a beleza física, que vem sendo utilizada como recurso de crescimento econômico e profissional, quase sempre sem escrúpulos morais ou dignidade pessoal. O pódio da
fama é normalmente por eles logrado a expensas da corrupção moral que vice ja em determinados
arraiais dos veículos da comunicação de massa. É inevitável que o conceito de dignidade humana e pessoal, de harmonia íntima e de consciência seja totalmente desfigurado, empurrando o jovem para o campeonato da sensualidade e da sexualidade promíscua, em cujo campo pode surgir
oportunidade de triunfo... triunfo da aparência, com tormentos íntimos sem conta.
A grande importância que é dada pela mídia ao crime , em detrimento dos pequenos espaços reservados à honradez, ao culto do dever, do equilíbrio, estimula a mente juvenil à aventura pervertida, erguendo heróis-bandidos, que se celebrizam com a rapidez de um raio, que ganham
somas vultosas e as atiram fora com a mesma facilidade, excitando a imaginação do adolescente.
Ainda, nesse capítulo, a super-valorização de determinados ídolos dos esportes, de algumas artes, embora todos sejam dignos de consideração e respeito, proscrevem o interesse pelos estudos e pe
la cultura, pelo trabalho honesto e sua continuidade, deixando a vã perspectiva de que vale a pena
investir toda a existência na busca desses mecanismos de promoção que, mesmo alcançados tardiamente, compensam toda uma vida terrena. Esse paradoxo de valores, naturalmente, afeta-lhe o comportamento e a identidade.
É evidente que a mídia também oferece valiosos instrumentos de formação da personalidade, da conquista de recursos saudáveis, de oportunidades iluminativas para a mente e engrandec
edoras para o coração.
Lamentável, somente, que os espaços reservados ao lado ético e dignificante do pensamento humano, próprio para a formação da identidade nobre dos adolescentes, sejam demasiado pequenos e nem sempre em forma de propostas atraentes, na televisão, por exemplo e
m horários nobres e compatíveis, como um eficiente contributo para a ap
rendizagem superior.
As emoções fortes sempre deixam marcas no ser humano, e a mídia é, essencialmente, um veículo de emoções, particularmente no seu aspecto televisivo, consoante se informa que uma imagem val
e mais que milhares de palavras, o que, de certo, é verdade. Por isso mesmo, a sua influência na
formação e na estruturação da personalidade, da identidade do jovem é relevante nestes dias de comunicação rápida.
As cenas de violência, associadas às de deboche, às de supervalorização de indivíduos exóticos e condutas reprocháveis, de palavreado chulo e de aparência vulgar ou agressiva, com aplauso para a idiotia em caricatura de ingenuidade, despertam, no adolescente, por originais e perversas, um grande interesse, transformando-se em modelos aplaudidos e aceitos, que logo se
tornam copiados.
É até mesmo desculpável que, na área dos divertimentos, apresentem-se esses biótipos estranhos e alienados, mas sem que sejam levados à humilhação, ao ridículo... O desconcertante é que e
nxameiam por todos os lados e alguns deles se tornam líderes de auditórios, vendendo incontável
número de cópias das suas gravações e cerrando os espaços que poderiam ser ocupados por outros valores morais e culturais, que ficam à margem, sem oportunidade.
Falta originalidade nos modelos de comunicação, que se vêm repetindo há décadas, assinalados pelos mesmos conteúdos de vulgaridade e insensatez, mantendo a cultura em baixo nível de de
senvolvimento.
Essa influência perniciosa, que a mídia vem exercen do nos adolescentes, qual ocorre com os adultos e crianças também, estimulando-os para o lado mais agitado e perturbador da existência humana, pode alterar-se para a edificação e o equilíbrio, na medida que a criatura
desperte para a construção da sociedade do porvir, cuidando da juventude de to
das as épocas, na qual repousam as esperanças em favor da humanidade mais
feliz e mais produtiva.

Livro: Adolescência e Vida
Joana de Angelis-Divaldo Franco