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domingo, 27 de janeiro de 2013

ENTUSIASMO E RESPONSABILIDADE. (...)"é indispensável te arrependas do passado delituoso e creias na tua sublime oportunidade de hoje, negando-te a alimentar o “homem velho” que ainda te domina o coração, e suportando a luminosa cruz de teus serviços de cada dia, acompanhando Aquele que nos dirige os destinos desde o principio. Ganharás a luz, Aureliano, mas é imprescindível que expulses as sombras que te rodeiam. Atingirás a esfera superior; no entanto, é preciso que te retires das zonas mais baixas dos vastos caminhos da vida. Não temas, porém, meu filho! Jesus não desampara a boa-vontade dos homens!" (...)" Nesse instante, Aureliano acordou muito pálido. Aquela advertência calara-lhe fundo. Sentia-se desapontado. Estimava o entusiasmo, as vibrações festivas..." (...)"- Não, meus amigos, não posso dizer que sou espírita. E, depois de uma pausa, ante o espanto dos companheiros, concluiu, como muita gente: - Tenho muita vontade de ser...."

 
Irmão X
 
 
    Nos primeiros tempos da nova fé, Aureliano Correia não regateava as manifestações entusiásticas.
    - Sou espírita – exclamava convicto -, pertenço às fileiras dos discípulos sinceros da Nova Revelação. Tenho a minha tarefa a cumprir.
    O rapaz vivia embriagado de júbilio. Comparecia pontualmente às reuniões doutrinarias, comentava ardoroso, os ensinamentos ouvidos. Ex punha projetos grandiosos, relativamente ao futuro. Instituiria núcleos de fé viva, disseminaria fundações de amor fraternal. Afirmava, sem medo, a nova atitude e prometia realizações seguras e generosas.
    Não se contentava em estabelecer compromissos com a fé. Aureliano ia mais longe. Referia-se ao Espiritismo na política, na filosofia, nas artes, nas ciências. Trabalharia sem cessar, dizia ele, e criaria diretrizes novas e edificações mais sólidas para o espírito humano.
    Continuava atravessando a região do entusiasmo fácil, quando, certa noite, no parcial desprendimento do sono, foi conduzido à presença de um de seus orientadores espirituais.
    O companheiro exultava.
    A entidade amiga falou carinhosamente, depois de abraçá-lo:
    - Aureliano, que o Senhor te abençoe as esperanças de redenção. Teu caminho cobre-se, agora de júbilos santos. Guardas, meu amigo, a divina lâmpada no coração. A benção do Eterno Pai segue tuas aspirações de progresso. Sê bendito e feliz, filho meu! Teu ideal de crente fervoroso será uma roseira florida no jardim do Mestre Generoso e o perfume de fé em teu espírito idealista.
    O rapaz chorava de contentamento e emoção.
    E o sábio mentor prosseguiu calmo e bondoso:
    - Atingirás a praia sublime da paz consoladora e, seguro na terra firme das convicções sadias, observarás, espiritualmente, de longe, o oceano revolto do mundo, embora continues em serviço de abnegação ativa a beneficio dos nossos irmãos encarnados, aflitos e vacilantes, na grande jornada, através das ondas vorazes da ilusão. Receberás consolações celestes, ao contacto dos amigos espirituais que te esperam, deste lado da vida. Conhecerás a profunda alegria da luz eterna, no tabernáculo da alma crente. As dificuldades da terra surgirão aos teus olhos, na qualidade de benfeitoras. No seio das lutas mais forte, sentirão o beijo caricioso da amizade dos Servos Glorificados de Deus, invisíveis no mundo aos olhos mortais. Cada dia será uma taça de oportunidades benditas ao teu coração e cada noite um parque de claridades compassivas, onde meditarás nas Dádivas Celestes, entre a alegria e o reconhecimento. Alcançarás o bem-estar de quem encontrou o amor universal, a compreensão de todos os seres e o respeito a todas as coisas e, venturoso, estarás a caminho de esferas iluminadas, a distancia dos círculos inferiores da carne, seguindo com Jesus, amparado por seu divino amor...
    Enquanto a entidade fazia súbita parada, sentia-se Aureliano o mais feliz dos homens. Seria o aprendiz superior, discípulo dileto do Cristo. Não cabia em si de satisfação. O orientador devotado, porém, quebrou a pausa longa e tornou a falar:
    - Mas, como sabes Aureliano, não existe concessão sem responsabilidade. Alguma coisa dará de ti mesmo, para receberes tantas bênçãos. Para que te integres na posse definitiva de semelhante tesouro, é necessário que abandones a caverna dos instintos inferiores e que sejas um homem renovado em Cristo-Jesus. Não poderás perder o Mestre de vista, procurando seguir-lhe os passos, desde a manjedoura de submissão a Deus até o cuspo irônico povo de Jerusalém, a fim de que o encontres no Calvário, a caminho da ressurreição. È indispensável seguir Jesus e Alcança-lo, no monte do testemunho, diante dos homens e da suprema obediência ao Eterno Pai. Serás bafejado pelas harmonias celestes; entretanto, não te poderás esquivar aos sacrifícios terrestres. Receberás a tranqüilidade que excede a compreensão das criaturas; todavia, para que isto se verifique, é indispensável te arrependas do passado delituoso e creias na tua sublime oportunidade de hoje, negando-te a alimentar o “homem velho” que ainda te domina o coração, e suportando a luminosa cruz de teus serviços de cada dia, acompanhando Aquele que nos dirige os destinos desde o principio. Ganharás a luz, Aureliano, mas é imprescindível que expulses as sombras que te rodeiam. Atingirás a esfera superior; no entanto, é preciso que te retires das zonas mais baixas dos vastos caminhos da vida. Não temas, porém, meu filho! Jesus não desampara a boa-vontade dos homens!
    Nesse instante, Aureliano acordou muito pálido. Aquela advertência calara-lhe  fundo. Sentia-se desapontado. Estimava o entusiasmo, as vibrações festivas, os rasgos da palavra, mas não se lembrara ainda do campo da responsabilidade e do serviço inevitáveis. Queria uma doutrina para se proteger, mas nunca pensara na fé que exige trabalho, abnegação e testemunho no bem ativo. Estava, portanto, decepcionado. Aureliano, tão expansivo nas afirmações fáceis, levantou-se da cama, profundamente amuado, arredio, nervoso. Sua mente recuava, a passos largos, nas promessas feitas.
    Mal não saíra de casa, a caminho do centro urbano, eis que quatro companheiros humildes lhe surgem à frente, solicitando ansiosos:
    - Aureliano amigo, fundamos ontem um núcleo modesto e contamos com você! Sentimo-nos cercados de necessidades espirituais e precisamos cooperadores de sua envergadura. Venha hoje à noite, não falte. Esperamos que aceite o nosso convite e que não desampare a nossa confiança!
    O interpelado, porém muito diferente da véspera, sem qualquer disposição ao serviço sério, e positivamente em fuga ante a idéia de responsabilidade, respondeu com secura:
    - Não, meus amigos, não posso dizer que sou espírita.
    E, depois de uma pausa, ante o espanto dos companheiros, concluiu, como muita gente:
    - Tenho muita vontade de ser.
 
  Livro:  Pontos e Contos  Psicografia  Francisco Cândido Xavier  - Pelo espírito:   Irmão X

O ANÚNCIO DO REINO. "(...)Cada episódio do nascimento do Cristo é preparado na forja do sacrifício pessoal e dentro de testemunhos redentores: tudo sob a luz da fé, que aos trabalhadores do Reino guiava com poesia e beleza indescritíveis!...



Por mais a inteligência humana estabeleça o progresso do mundo, utilizando os próprios dons em expansão para facilitar e tornar mais sofisticada a existência humana, no Reino do Espírito, portas a dentro do coração de cada um , o deserto e a insatisfação, na sede de sabedoria e na fome de amor, permanecem, gerando os conflitos das personalidades, que vão desde a depressão inexplicável à loucura declarada da violência sem razão...
Compreendemos quão difícil aos filósofos e cientistas do comportamento humano a explicação justa dos fenômenos sociais em desordem e permanente choque, pois na horizontalidade em que se encontram, tão somente podem enxergar o padrão humano, sem a visão gloriosa da imortalidade e do infinito das potências de Deus!...
É por isso que os trabalhadores sinceros da fé logram, geralmente, a humildade que os insere conscientemente nas bênçãos do Eterno, distendendo-lhes os sentimentos aos níveis da espiritualidade santificante. O resultado disso é o refrigério da alma, mesmo em travessia exaustiva no plano da matéria densa, e o amor que passam a demonstrar uns com os outros, por ação providencial do excelso Pai em louvor de seus filhos.
Considerando isso, meditar as ocorrências do Natal de Jesus significa – se o fazemos pelo coração e não pelos cálculos humanos – a identificação da chegada do Reino de Deus à Terra, como sublime convite à fraternidade universal!
A singeleza de Maria, em sua feição lirial, brotando imaculada e terna no lodo das iniquidades humanas da época; a figura firme e discreta de José, entre os labores do dia e a reverência à vontade de Deus na salvaguarda do lar; Zacarias e Isabel, ambientando em simplicidade e confiança no Poder Divino o precursor do Evangelho, com sua missão de abrir caminho para o Salvador...
Cada episódio do nascimento do Cristo é preparado na forja do sacrifício pessoal e dentro de testemunhos redentores: tudo sob a luz da fé, que aos trabalhadores do Reino guiava com poesia e beleza indescritíveis!...
Para os dotados de olhos de ver, encontram-se aí os acontecimentos que definiriam os rumos definitivos da Humanidade, em Cristo Jesus!
Para os que são capazes de ouvir com os ouvidos da alma, ecoa a mensagem do Criador através da chegada de Jesus – o Salvador da Terra inteira!
Quando, pois, sentires a mente atabalhoada e o coração descrente de tudo, na completa desesperança e às portas da incredulidade, recorre à simplicidade do Evangelho do Mestre, porque desde a Manjedoura que O recebeu infante, até à Cruz do supremo martírio que culminou Sua missão de heroísmo moral e amor na Terra, encontrarás, não as equações do orgulho e do egoísmo que minam as criaturas no mundo, mas o caminho glorioso da elevação espiritual, entre as alegrias transcendentes da Verdade e a paz produzida abundantemente pelo Amor!
EMMANUEL

(Mensagem psicografada na noite do dia 24 de dezembro de 2012 durante reunião pública do Grupo Espírita da Bênção, em Mário Campos, MG, pelo médium Wagner G. Paixão)