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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

9- TÁTICA OBSESSIVA. "(...)O espírito obsessor, sem a menor cerimónia, faz-se passar por mensageiro do bem, aconselha procedimentos fraternos, empenha-se em conquistar a confiança do medianeiro, sugere-lhe atitudes de extremo devotamente, chegando, inclusive, a comover-se às lágrimas... Tudo para envolvê-lo na teia de seus escusos e reais interesses..."


"... para chegara tais Uns é preciso um espirito hábil, astuto e profundamente hipócrita, porque não pode enganar e fazer-se aceitar senão com a ajuda de máscara que sabe tomar e de uma falsa aparência de virtude; as grandes palavras de caridade, humildade e amor a Deus são para ele como credenciais; mas, através de tudo isto, deixa transparecer sinais de inferioridade que é preciso estar fascinado para não perceber..." (Segunda Parte, cap. XXIII, item 239, terceiro parágrafo)
Os espíritos que intentam enganar os médiuns não hesitam em tomar o nome de Deus para fazê-lo. Aliás, a história está repleta de exemplos de homens que corrompiam, saqueavam, extorquiam, mentiam e até matavam — em nome de Deus!... Citemos o exemplo da Inquisição e fatos similares ocorridos com adeptos de outros credos religiosos ou suspeitos de heresia.
Para colimar seus objetivos inferiores, os espíritos não revelam qualquer escrúpulo em traves tirem-se como "anjos de luz", agindo sob o escudo de nomes veneráveis que ostentam de maneira desrespeitosa.
O espírito obsessor, sem a menor cerimónia, faz-se passar por mensageiro do bem, aconselha procedimentos fraternos, empenha-se em conquistar a confiança do medianeiro, sugere-lhe atitudes de extremo devotamente, chegando, inclusive, a comover-se às lágrimas... Tudo para envolvê-lo na teia de seus escusos e reais interesses. Assim, imperceptivelmente, o médium vai-se rendendo às suas vibrações, até que, fascinado, se destitui do imprescindível bom-senso, que preservaria a sua integridade psicológica.
Não raro, o espírito obsessor penetra de tal forma na alma do médium obsidiado, que este passa a defendê-lo ardorosamente, quando alguém lhe questiona a identidade e a intenção, melindrando-se ao tomar-lhe as dores, como se fosse ele próprio o ofendido.
Entretanto, por mais se esmere, o espírito obsessor acaba por trair-se, não logrando ocultar os seus inequívocos sinais de inferioridade, à semelhança de alguém que consegue enganar as pessoas durante algum tempo, mas não o tempo todo...
Para admitir que foi ludibriado por este ou aquele espírito, é necessário que o médium possua certa humildade; caso contrário, mesmo a entidade espiritual sendo desmascarada, o medianeiro prosseguirá cultivando as convicções na infalibilidade do espírito que o envaidecia com a sua "assistência".
No que tange à vaidade, carecemos de tecer breve consideração. O medianeiro costuma julgar o grau de sua evolução espiritual pela condição evolutiva do espírito que lhe assessora as atividades. Pura ilusão! Espíritos que agem no anonimato, cujos nomes sequer são conhecidos dos homens, estão em estágio espiritual quase sempre superior ao dos que reverenciamos...
Não é porque, por exemplo, Bezerra de Meneses assista tal médium que este esteja à altura do grande benfeitor de todos nós. Os Espíritos Superiores, atentos à palavra do Cristo de que "os sãos não necessitam de médico", abeiram-se das almas enfermas no propósito de auxiliá-las na cura. Acaso o Senhor não conviveu com pecadores e adúlteras, homens rudes e de inteligência obtusa, pacientemente instruindo-os a respeito do Reino Divino?!...
À perda do discernimento, a que nos referimos no capítulo precedente, só se nivela a vaidade do médium que se imagina na condição de missionário.
Insistimos em que a mediunidade, do ponto de vista moral, é instrumento de progresso a realizar e não de progresso realizado.
As credenciais do espírito bem intencionado são sempre as do trabalho que inspira o médium a concretizar, sem subtrair-lhe o livre-arbítrio. O espírito que dita normas e se aborrece quando não as vê cumprir-se pode até possuir méritos que não discutimos, mas inegavelmente ainda tem muito que aprender.
A tática do espírito obsessor intelectualizado é sutilíssima! Não raro, para surpreendê-lo em contradição, carece-se de refinado espírito de observação num curso de tempo mais ou menos longo.
No entanto não nos precipitemos em qualquer juízo sobre os espíritos, como não devemos apressar-nos na opinião a respeito de pessoas e acontecimentos. Não permitamos deixar-nos levar pelas aparências, nem de bem nem de mal, porque o espírito aparentemente bronco em seu modo de exteriorizar-se pode ser portador de virtudes essenciais que verdadeiramente o credenciem.
Muitas rosas de inegável beleza são totalmente desprovidas de perfume, ao passo que outras de aspecto comum exalam agradabilíssima fragrância, sob a singeleza da própria forma!

Livro: Mediunidade e Obsessão
Odilon Fernandes/Carlos Baccelli

Sofrimento

SOFRIMENTO – COMPILAÇÃO
01- A reencarnação na Bíblia - Herminio C. Miranda - pág. 44
O REAJUSTE
Se o erro não for resgatado em uma existência, é claro que o será em outra, não no inferno por uma condenação eterna, igualmente inadmissível da parte de Deus, nem na penitenciária provisória do purgatório, mas numa oportunidade subsequente, aqui mesmo, onde e quando for possível reunir as condições exigidas para o exercício do ajuste perante a lei desrespeitada.

Cada um responde inapelavelmente, pois, pelos seus erros, cuja responsabilidade é intransferível. Seria muito cômodo, mas desastroso para o equilíbrio ético do universo, que cada um pudesse cometer à vontade seus crimes e deixá-los para serem resgatados, na dor, pelos seus descendentes.

Pode-se argumentar aqui: "sim, mas para estes há o inferno, onde o sofrimento é eterno". Novamente errado. Em primeiro lugar, porque isto se choca frontalmente com a doutrina do amor e do perdão que Jesus ensinou repetidamente. Se ao homem ele recomendou que perdoasse setenta vezes sete, como admitir que Deus não perdoe uma só vez, por mais grave que seja a ofensa ? Por outro lado, o perdão divino não nos põe a salvo da responsabilidade pelo crime cometido.
O perdão é realmente divino, como diz o provérbio, mas a lei exige de cada um o resgate, o reparo, e a consciência nos impele à aceitação, ainda que relutante, dos sofrimentos decorrentes e que, muitas vezes, ficaram como opção final e única aberta à nossa libertação e pacificação. A bondade de Deus está não apenas em conceder invariavelmente o perdão, mas também em proporcionar as oportunidades de ajuste.
Resta, ainda, outro aspecto importante e nem sempre lembrado: por que cobrar com a "punição eterna" o pecado que, afinal de contas, seria resgatado por netos e bisnetos? E mais ainda: se o criminoso tem o seu crime cobrado aos seus descendentes, infere-se que está redimido e, portanto, poderia ser encaminhado ao céu . ..Veja, pois, o leitor a que escalada de incongruências nos leva uma premissa falsa, uma única, ou seja, a de que nossos descendentes podem pagar pelos nossos erros.

NASCER DE NOVO
Resta, portanto, a alternativa válida de que quando o ajuste não pode ser realizado numa vida, ele se transfere para nova existência na carne daquele mesmo ser espiritual que errou e não de outro. É este, pois, o sentido da afirmativa de que a "iniquidade dos pais" é cobrada pela lei divina "na terceira ou na quarta geração". Ou seja, aquele que cometeu o erro irá nascer de novo — em outro corpo físico, em outra época, com outro nome, em outra existência, portanto — a fim de resgatar as suas culpas.
Só raramente tal renascimento ou reencarnacão ocorre logo na segunda geração. Seria necessário, para isto, que o indivíduo morresse ainda relativamente jovem e se reencarnasse imediamente, ainda como filho ou filha do cônjuge sobrevivente. Exemplifiquemos para maior clareza. João e Maria são casados. Suponhamos que João morra ainda jovem em consequência de um acidente. Maria, viúva, casa-se pouco depois com Pedro e começa a ter filhos com o novo esposo. Entre esses poderá renascer o "falecido" João, agora como filho daquela que foi sua própria esposa, ou seja, na segunda geração, segundo a linguagem bíblica.
O mais comum, porém, é que tais renascimentos ocorram, como diz o Decálogo, na terceira ou na quarta geração ou, mesmo, muito mais tarde e não necessariamente no mesmo grupo familiar. Depreende-se, pois, que quem escreveu o texto do Primeiro Mandamento tinha plena consciência do mecanismo das vidas sucessivas, ou seja, sabia que o Espírito costuma renascer três ou quatro gerações adiante, a fim de resgatar seus erros ou dar prosseguimento às suas tarefas.
A severa linguagem da época atribuía ao próprio Deus um propósito punitivo, o que é falso, mas ensinava também que a oportunidade do reajuste ocorreria nas gerações ou renascimentos seguintes, quando aqueles mesmos espíritos voltariam animando a personalidade de netos e bisnetos. Não há dúvida, pois, de que o Decálogo consagra logo no seu Primeiro Mandamento estes três princípios fundamentais: a responsabilidades pessoal de cada um, o resgaste pela expiação e a reencarnação.
06 - Coragem - Espíritos Diversos - pág. 18
3. CULTIVANDO PACIÊNCIA
Cultivando paciência: Se você foi vítima de preterição em serviço, reconhecerá que isso aconteceu, em favor da sua elevação de nível; se perdeu o emprego, ante a perseguição de alguém que lhe cobiçou o lugar, creia que alcançará outro muito melhor; se um companheiro lhe atravessou o caminho atrapalhando-lhe um negócio, transações mais lucrativas apareceráo, amanhã em seu benefício.
Se determinada criatura lhe tomou a residência, manejando processos inconfessáveis, em futuro próximo, terá você moradia muito mais confortável; se um amigo lhe prejudica os interesses, subtraindo-lhe oportunidade de progresso e ajustamento econômico, guarde a certeza de que outras portas se lhe descerrarão mais amplas aos anseios de paz e prosperidade.
Se pessoas queridas lhe menosprezam a confiança, outras afeições muito mais sólidas e mais estimáveis surgirão a caminho, garantindo-lhe a segurança e a felicidade.
Mas nunca pretiras, não persigas, não atrapalhes, não desconsideres, não menosprezes e nem prejudiques a ninguém, porque sofrer é muito diferente de fazer e a dívida é sempre uma carga dolorosa para quem a contrai.
Albino Teixeira
07 - Emmanuel - Emmanuel - pág. 39
A NECESSIDADE DA EXPERIÊNCIA :
Em vossos dias, a luta a cada momento recrudesce sobre a face do mundo; inúmeras causas a determinam e Deus permite que ela seja intensificada, em benefício de todos os seus filhos. Todas as classes são obrigadas a grandes trabalhos, mormente aos trabalhos intelectuais, porquanto procuram, com afinco, a solução da crise generalizada em todos os países.

Ponderando a grande soma dos males atuais, buscam elas remédios para as suas preocupações, espantadas com a situação econômica dos povos, cuja precariedade recai sobre a vida das individualidades, multiplicando as suas angústias na luta pelo pão cotidiano.

O quadro material que existe na Terra não foi formado pela vontade do Altíssimo; ele é o reflexo da mente humana, desvairada pela ambição e pelo egoísmo. O Céu admite apenas que o mundo sofra as consequências de tão perniciosos elementos, porque a experiência é necessária como chave bendita que descerra as portas da compreensão. Cada um, pois, medite no quinhão de responsa-bilidades que lhe toca e não evite o trabalho que eleva para as Alturas.

O MOMENTO DAS GRANDES LUTAS
Há quem despreze a luta, mergulhando em nociva impassibilidade, ante os combates que se travam no seio de todas as coletividades humanas; a indiferença anula na alma as suas possibilidades de progresso e oblitera os seus germens de perfeição, constituindo um dos piores estados psíquicos, porque, roubando à individualidade o entusiasmo do ideal pela vida, a obriga ao estacionamento e à esterilidade, prejudiciais em todos os aspectos à sua carreira evolutiva.

Semelhante situação não se pode, todavia, eternizar, pois para todos os espíritos, talhados todos para o supremo aperfeiçoamento, raia, cedo ou tarde, o instante da compreensão que os impele a contemplar os altos cimos... A alma estacionária, até então refratária às pugnas do progresso, sente em si a necessidade de experiências que lhe facultarão o meio de alcançar as culminâncias vislumbradas. .. Atira-se aí à luta com devoção e coragem. Vezes inúmeras fracassa em seus bons propósitos, porém, é nesse turbilhão de incessantes combates que ela evoluciona para a perfeição infinita, desenvolvendo as suas possibilidades, aprimorando os seus poderes, enobrecendo-se, enfim.

OS PLANOS DO UNIVERSO SÃO INFINITOS

Para os desencarnados da minha esfera, o primeiro dia do Espírito é tão obscuro como o primeiro dia do homem o é para a Humanidade. Somente sabemos que todos nós, indistintamente, possuímos germens de santidade e de virtude, que podemos desenvolver ao infinito.

Podendo conhecer a causa de alguns dos fenômenos do vosso mundo de formas, não conhecemos o mundo causal dos efeitos que nos cercam, os quais constituem para vós outros, encarnados, matéria imponderável em sua substância.

Se para o vosso olhar existem seres invisíveis, também para o nosso eles existem, em modalidade de vida que ainda estudamos nos seus primórdios, porquanto os planos da evolução se caracterizam pela sua multiplicidade dentro do Infinito.

Aqui reconhecemos quão sublime é a lei de liberdade das consciências e dessa emancipação provém a necessidade da luta e do aprendizado.

O PROGRESSO ISOLADO DOS SERES

A Ciência, a Arte, a Cultura, a Virtude, a Inteligência não constituem patrimônios eventuais do homem, conforme podeis observar; semelhantes atributos só se revelam, na Terra, nos organismos dos gênios, os quais representam a súmula de extraordinários esforços individuais, em existências numerosas de sacrifício, abnegação e trabalho constantes.
Todos os seres, portanto, laboram insuladamente, na aquisição dessas prerrogativas, de acordo com as suas vocações naturais, dentro das lutas planetárias. Paulatinamente, vencem imperfeições, aparam arestas, aniquilam defeitos em suas almas, norteando-as para o progresso, último objetivo de todas as nossas cogitações comuns.

O FUTURO É A PERFEIÇÃO

Integrada no conhecimento de suas próprias necessidades de aprimoramento, a alma jamais abandona a luta. Volta às existências preparatórias do seu futuro glorioso. Reúne-se aos seres que lhe são afins, desenvolvendo a sua atividade perseverante e incansável nos carreiros da evolução.

Em existências obscuras, ao sopro das adversidades, amontoa os seus tesouros imortais, simbolizados nas lições que aprende, devotadamente, nos sofrimentos que lhe apuram a sensibilidade. Cada etapa alcançada é um ciclo de dores vencidas e de perfeições conquistadas.

O QUE SIGNIFICAM AS REENCARNAÇÕES

Cada encarnação é como se fora um atalho nas estradas da ascensão. Por esse motivo, o ser humano deve amar a sua existência de lutas e de amarguras temporárias, porquanto ela significa uma bênção divina, quase um perdão de Deus.

A golpes de vontade persistente e firme, o Espírito alcança elevados pontos na sua escalada, nos quais não mais estacionará no caminho escabroso, mas sentirá cada vez mais a necessidade de evolução e de experiência, que o ajudarão a realizar em si as perfeições divinas.


11 - Justiça Divina - Emmanuel - pág. 115
Por nós mesmos - Reunião pública de 11-8-61 19 Parte, cap. VII, § 18
Quando a morte do corpo terrestre nos conduz à sociedade dos Espíritos, muitas vezes somos cercados pelo amor puro, a mergulhar-nos em divino clarão.

Antigos afetos, que o tempo não nos riscou da memória, ressurgem, de improviso, envolvendo-nos na melodia da ventura ideal; amigos, a quem supúnhamos haver servido com algum pequenino gesto beneficente, repontam do dia novo, descerrando-nos os braços; sorrisos espontâneos, por flores de carinho, desabrocham em semblantes nimbados de esplendor.

Quase sempre, contudo, ai de nós!... Reconhece-mo-nos no festival da alegria perfeita, à feição de lodo movente, injuriando o carro solar. Quanto mais a bondade fulgura em torno, mais nos oprime o peso da frustração.

Temos o peito, qual violino de barro, que não consegue responder ao arco de estrelas que nos tange as cordas desafinadas, e, do coração, semelhante a címbalo morto, apenas arrancamos lágrimas de profundo arrependimento para chorar.

Lamentamos então as lutas recusadas e as oportunidades perdidas! Deploramos a passada rebeldia, ante os apelos do bem que nos teriam conquistado merecimento, e a fuga deliberada aos testemunhos de humildade que nos haveriam propiciado renovação.

Sentimo-nos amparados por indizíveis exaltações dei claridade e ternura; no entanto, por dentro, carregam os ainda remorso e necessidade.

É assim que nos excluímos, por nós mesmos, da assembléia gloriosa, suplicando o retorno às arenas do mundo, até que a reencarnação nos purifique, nas aquisições de experiência e valor.

Alma que choras na teia física, louva o tronco de sofrimento a que te encontras temporariamente agrilhoada na Terra!
Abençoa os espinhos que te laceram. Abençoa o pranto que te lava os escaninhos do ser.

Executa com paciência o trabalho que a vida te pede, porque, um dia, os companheiros amados que te precederam na vanguarda de luz estarão contigo, em preces de triunfo, a desatarem-te as últimas algemas, de modo a que lhes partilhes os cânticos de vitória, na grande libertação.
12 - Lampadário Espírita - Joanna de Ângelis - pág. 143, 199
34. BEM E MAL SOFRER
Afasta a nuvem cinzenta do pessimismo e da queixa, enquanto a dor se demora contigo, concedendo ao sol da esperança a oportunidade de fulgir ante os teus olhos acostumados às sombras das recriminações. Enquanto não te disponhas ao combate contra a autopiedade e a autoflagelação por morbidez, ninguém poderá fazer nada por ti.
Observa o vôo ligeiro da ave colorida, o desabrochar de uma flor, a vitória da germinação de uma semente, o canto de delicado filete dágua na frincha da rocha, o triunfo da árvore, o milagre do pão, o deslumbramento do nascente, o ritmo da vida nos insetos, nos animais, em toda parte, e encontrarás as mãos divinas agindo, produzindo, zelando . . .

A inteligência e o «dom» do raciocínio não te foram concedidos através das múltiplas etapas da evolução para que somente reclames, amaldiçoes, azorragues . . . Não lances invectivas contra isto ou aquilo, antes faze algo para corrigir seja o que for que não esteja certo. Se o dever que reclamas nos outros se corporificasse em teus atos, outros possivelmente aprenderiam contigo otimismo e ação, produzindo para melhorar todas as coisas que podem e devem ser melhoradas.

Quando te entregas ao desânimo e o espalhas, conspiras contra a ordem natural, o equilíbrio e o progresso da vida. E' pernicioso mal sofrer, malbaratando a oportunidade de aproveitar bem a lição do sofrimento. Procuras sofismar quanto ao bem e ao mal, tentando fugir à responsabilidade.

O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida. O mal é toda ação mental, física ou moral que atinge a vida perturbando-a, ferindo-a, matando-a. Se cultivas os cogumelos do pessimismo, respiras, evidentemente, em clima de sombras morais e umidade psíquica asfixiante.

Inadvertidamente enfermas e por irresponsabilidade laboras e colaboras no mal. Tens nos olhos duas estrelas engastadas no céu da face. Põe-nos a derramar a claridade da visão feliz pela senda por onde segues, apesar de estares sofrendo. Utiliza as mãos no algo produzir, embora sob acúleos de dores .

Ouve em derredor! Há mutilados esperando tuas mãos e teus pés, cegos do corpo e cegos da razão, necessitados dos teus olhos e da claridade do teu discernimento, mais sofredores do que tu próprio. Acalma o vozerio agitado da tua mente alvoroçada pela revolta, ou desperta-a, adormentada que se encontre nos tecidos da comodidade, da preguiça ou do cansaço de sofrer, e escutarás, sim, mil vozes, algumas tão debilitadas pela fraqueza que será mister um grande esforço para identificá-las, chorando e rogando socorro baixinho às fortunas que possuis no corpo e no espírito e teimas por desperdiçar, ignorando-as.

Não te revoltes no crisol das dores, mesmo que sejam dores reais. A dor chega para que o espírito triunfe sobre ela, ao invés de ser por ela esmagado. Mas se tuas legítimas aflições forem muito grandes e esmagadoras, evoca Jesus, quando na via dolorosa, esmagado sob a cruz, e no entanto aconselhando e advertindo as «mulheres piedosas de Jerusalém», ou cravejado, logo depois, no madeiro de infâmia, convocando dois estranhos e desafortunados salteadores, neles semeando as esperanças do Reino de Deus, instantes antes do «momento extremo», e refaze as tuas forças, reconsidera a situação, recompõe os «joelhos desconjuntados» e avança, confiante, cantando a certeza de que, após a partida libertadora, uma madrugada sublime te alcançará, fazendo-te ditoso por fim, vitorioso com o bem.

49 - Sofrendo, mas confiante -
Respondendo à indagação do Codificador do Espiritismo sobre «onde está escrita a lei de Deus», os Embaixadores dos Céus foram taxativos: — «Na consciência.» Considerando a legitimidade de tão incisiva quanto concisa resposta, tranquiliza-te de referência às aflições que te dilaceram a esperança e ralam os teus sentimentos.

Insiste trabalhando no bem, mesmo que observes o tumulto da turbamulta em maldição contra todos e tudo, qual se se encontrasse imantada por forças poderosas do aniquilamento. Encontram-se, sim, manipulados esses espíritos desenfreados por outros espíritos do mesmo jaez que se desnudaram da carne e com os quais mantêm comércio de íntima identificação psíquica, comprazendo-se, enlouquecidos.

Despertarão depois do chamado de Deus, através da própria consciência.
Talvez não os vejas modificados, nem os observes melhorados, mas isto pouco importa. Basta que despertem; e tal despertamento será inevitável. Rememorando tuas lutas, desfilam pela mente em agonia, ardendo em febre de sofrimento íntimo, os ingratos, os traidores, os caluniadores, os perversos, os perseguidores que agora, de longe, esqueceram do quanto lhes deste, do carinho com que os honraste sem que o merecessem e experimentas uma angústia tão grande que te faz temer pelo próprio equilíbrio, pela razão. Aguarda um pouco mais.

A nuvem plúmbea que obscurece o sol do teu discernimento, enquanto sofres, passará. Suporta um pouco mais. Não planeies para o futuro, nem penses como viverás os dias que virão, a sós, em abandono, sorvendo fel sob chuva de sarcasmo e zombaria dos que ficaram ao teu lado, embora longe de ti.

Vive o agora, atravessa o hoje fazendo o melhor cada dia. A eternidade é a vitória do tempo sobre o próprio tempo... O universo resulta do «milagre» do substrato do átomo... O espaço é cabedal da molécula...Toda a vida física na Terra teve início no gelatinoso protoplasma ...

No entanto, graças ao segundo-a-segundo, manifestam a glória da Criação. O ingrato é um doente que enlouqueceu ao fugir do teu aconchego. O traidor que procura esquecer, está enganado, enganando-se cada vez mais. O caluniador queixa-se, queimando-se no ácido da infâmia que espalha.

O perverso jornadeia em soledade incomparável sob tormentos atrozes. O perseguidor está fugindo de si próprio, enquanto se esconde avinagrando o próximo. Infelizes, estão procurando esquecer. Mas lembrarão; a memória os trairá quando a consciência fizer que releiam as leis de Deus nela insculpidas de maneira inamovível.

Apiada-te, desde agora, pois que perlustras a senda espinhosa que conduz à plena paz; e eles?... Como puderam aqueles ingratos, traidores, caluniadores, perversos e perseguidores anular na mente o que viram, o que receberam, o que tiveram, o que experimentaram ao convívio com o Mestre Divino nos cenários incomparáveis da Galiléia romântica e nobre ou na áspera Judeia fria e severa ?!... No entanto, não foram os estranhos, os que apenas foram informados sobre o Rabi, que traçaram as linhas do martírio do Justo...

Os falsos representantes do povo que armaram as ciladas e engendraram a crucificação conheciam-no, sabiam a verdade. Todavia... Jesus, porém, sabia com mais segurança que neles estavam escritas as leis do Pai e que, cada um, a seu turno, retornaria à senda para recuperar o tempo perdido, libertando-se da crueldade que os malsinava.
Conforta-te, ante a lembrança e evocação d'Ele e esquece-os. Romperam os laços contigo e, mesmo sofrendo, estás livre deles, os trânsfugas, para rumares na direção da Grande Luz.
16 - O Livro dos Espiritos - Allan Kardec - questões. 133a, 255, 727, 933 ,970
Perg. 133 - Os Espíritos que, desde o princípio, seguiram o caminho do bem, têm necessidade da encarnação?
- Todos são criados simples e ignorantes e se instruem por meio das lutas e tribulações da vida corporal. Deus, que é justo, não podia fazer felizes a alguns, sem penas e sem trabalhos, e por conseguinte sem mérito.
Perg. 133a - Mas, então, de que serve aos Espíritos seguirem o caminho do bem, se isso não os isenta das penas da vida corporal?
- Chegam mais depressa ao alvo. Além disso, as penas da vida são frequentemente a consequência da imperfeição do Espírito. Quanto menos imperfeito ele for, menos tormentos sofrerá. Aquele que não for invejoso, nem ciumento, nem avarento ou ambicioso, não passará pelos tormentos que se originam desses defeitos.
Perg. 255 - Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é o seu sofrimento?
- Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente que os sofrimentos físicos.
Perg. 727 - Se não devemos criar para nós sofrimentos voluntários que não são de nenhuma utilidade para os outros, devemos no entanto preservar-nos dos que prevemos ou dos que nos ameaçam?
- O instinto de conservação foi dado a todos os seres contra os perigos e os sofrimentos. Fustigai o vosso Espírito e não o vosso corpo, mortificai vosso orgulho, sufocai o vosso egoísmo, que se assemelha a uma serpente a vos devorar o coração, e fareis mais pelo vosso adiantamento do que por meio de rigores que não mais pertencem a este século.
Perg. 933 - Se é homem, em geral, o artífice e dos seus sofrimentos materiais, sê-lo-á também dos sofrimentos morais?
- Mais ainda, pois os sofrimentos materiais são às vezes independentes da vontade, enquanto o orgulho ferido, a ambição frustrada, a ansiedade da avareza, a inveja, o ciúme, todas as paixões, enfim, constituem torturas da alma. Inveja e ciúme! Felizes os que não conhecem esses dois vermes vorazes. Com a inveja e o ciúme não há calma, não há repouso possível. Para aquele que sofre desses males, os objetos da sua cobiça, do seu ódio e do seu despeito se erguem diante dele como fantasmas que não o deixam em paz e o perseguem até no sono. O invejoso e o ciumento vivem num estado de febre contínua. É essa uma situação desejável? Não compreendeis que, com essas paixões, o homem cria para si mesmo suplícios voluntários e que a Terra se transforma para ele num verdadeiro inferno?
Perg. 970 - Em que consistem os sofrimentos dos Espíritos inferiores?
- São tão variados quanto as causas que os produzem, e proporcionais ao grau de inferioridade, com os gozos são proporcionais ao grau de superioridade. Podemos resumí-los assim: cobiçar tudo o que lhes falta para serem felizes: mas não poder obtê-lo; ver a felicidade e não poder atingí-la, ciúme, raiva, desespero, decorrentes de tudo o que os impede de ser felizes; remorsos e uma ansiedade moral indefinível. Desejam todos os gozos e não podem satisfazê-los. É isso o que os tortura.
23 - Vinhas de luz - Emmanuel - pág. 173
80. COMO SOFRES?

"Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte." — Pedro. (I PEDRO, 4:16.)
Não basta sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual. Indispensável é saber sofrer, extraindo as bênçãos de luz que a dor oferece ao coração sequioso de paz.
Muita gente padece, mas quantas criaturas se complicam, angustiadamente, por não saberem aproveitar as provas retificadoras e santificantes?
Vemos os que recebem a calúnia, transmitindo-a aos vizinhos; os que são atormentados por acusações, saltam; e os que pretendem eliminar enfermidades reparadoras, com as desesperação. Quantos corações se transformam em poços envenenados de ódio e amargura, porque pequenos sofrimentos lhes invadiram o círculo pessoal? Não são poucos os que batem à porta da desilusão, da descrença, da desconfiança ou da revolta injustificáveis, em razão de alguns caprichos desatentidos.
Seria útil sofrer com a volúpia de estender o sofrimento aos outros? não será agravar a dívida o ato de agressão ao credor, somente porque resolveu ele chamar-nos a contas?
Raros homens aprendem a encontrar o proveito das tribulações. A maioria menespreza a oportunidade de edificação e, sobretudo, agrava os próprios débitos, confundindo o próximo e precipitando companheiros em zonas perturbadas do caminho evolutivo.
Todas as criaturas sofrem no cadinho das experiências necessárias, mas bem poucos espíritos sabem padecer como cristãos, glorificando a Deus.
25 - NASCER E RENASCER - EMMANUEL - PÁG. 63
ACEITEMOS A DOR: Aceitemos realmente a dor na condição de apoio celeste com que a Divina Providência nos enriquece o caminho. Toda a natureza para ajudar a experiência do homem, alimentando-o e amparando-o, padece constantes dilacerações. Para transformar-se em sementeira proveitosa, morre o grão esquecido no solo.
Para converter-se a espiga em farinha, humilha-se, asfixiada, sob a mó que a tritura. Para dar-se em pão abençoado à mesa, submete-se a farinha à elevada tensão do forno. Para servir no levantamento do edifício, sofre a pedra a pressão do martelo. Para oferecer-se em beleza e brilho, obedece o seixo bruto ao buril que o aprimora.
Para responder às necessidades do conforto, desce o tronco aos insultos da lâmina. Para contribuir no progresso, encontra o metal as injúrias do fogo. A responsabilidade na oficina do caráter, é luz que engrandece todo espírito que lhe atende as obrigações. Não lamentes a dificuldade e nem amaldiçoes o sofrimento que porventura te busquem. Não temas a dor, na escola da vida, e recolhe, em silêncio, as bênçãos de que se faz emissária. Não te enganes com as aparências.
Quando te vejas no usufruto dessa ou daquela promoção, atento às circunstâncias do mundo, às imposições dos que te cercam ou às convenções em que a existência se te condiciona, escolhe a senda da abnegação, em auxílio aos outros, porque o Senhor nos ensinou, em espírito e verdade, que somente a preço do esforço máximo pela vitória do bem com o esquecimento de todo egoísmo, é que escalaremos o monte da paz com a nossa própria renovação.

AUTISMO


O autista vive num mundo próprio, fechado em si mesmo, evitando o contato e qualquer tentativa de acesso ao seu interior. O autismo é um desenvolvimento inadequado da criança ocorrido antes que ela complete três anos, e que o acompanha por toda a vida. As estatísticas contam 20 casos em cada 10 mil nascidos.
No passado, alguns pesquisadores imaginaram uma mãe negligente, fria o bastante para comprometer o desenvolvimento de seu filho, como causa do autismo. Mas esta é uma conclusão preconceituosa e até ofensiva aos pais.
Felizmente as evidências afastam essa hipótese: "Não se conseguiu até agora provar qualquer causa psicológica no meio ambiente dessas crianças, que possa causar a doença", afirma a Autism Society of América - ASA".
"A CIÊNCIA NÃO DESCOBRIU A CAUSA DO AUTISMO,
E ATÉ HOJE NÃO HÁ UM TRATAMENTO QUE ALCANCE
A CURA".
A ciência não descobriu a causa do autismo, e até hoje não há um tratamento que alcance a cura. O escritor Hermínio Miranda fez uma pesquisa profunda e dedicada sobre o assunto que se tornou um grande sucesso editorial, "Autismo - uma leitura espiritual". Na Bienal do Livro de 2000, em São Paulo, SP, Hermínio foi surpreendido por dezenas de crianças e adultos entusiasmados envolvendo-o carinhosamente.
Era um grupo de autistas com seus pais, consolados e esclarecidos pela leitura do livro, prestando ao autor uma comovente e merecida homenagem. Nessa obra, cuja leitura recomendamos, Hermínio diz: "O autismo continua sendo um desafio, um enigma, uma esfinge. De minha parte, estou convencido de que alguns dos seus aspectos nucleares somente se abrirão ao nosso entendimento a partir da introdução da realidade espiritual no modelo com o qual abordamos".
Segundo o pesquisador, a causa seria "um sentimento de culpa não resolvido, suscitado por um desvio de comportamento", ocorrido em vidas passadas. Contudo, o autismo não é um castigo, mas um instrumento de aprendizado, de "ajuste da consciência ética fustigada pelo arrependimento ou remorso e desejosa de se pacificar", conforme explicou Hermínio, no livro.
A ciência não fará progressos apenas esmiuçando o cérebro célula a célula. O materialismo é um véu posto entre a realidade e os olhos dos ciestistas. Finalizamos com as lúcidas palavras de Hermínio: "Estou convencido de que avanços mais significativos na melhor definição da etiologia do autismo continuem na dependência da aceitação do ser humano com entidade espiritual preexistente, sobrevivente e reencarnante.
Essa realidade precisa ser aceita em bloco, sem mutilações.
Editorial - R.C.E.
AUTISMO: UMA QUESTÃO DE ECTOPLASMA?
O Médico Espírita desperta nas pessoas uma esperança de que pode solucionar as mais difíceis patologias da medicina, e talvez tenham razão. Quando nós, médicos espíritas, exercitamos com mais consciência e fé a nossa mediunidade intuitiva, ou seja, aprendemos a permanecer conectados, através da expansão de consciência, com o indispensável mundo paralelo onde as equipes espirituais, nossos mestres, nos ensinam ou nos querem ensinar como desvendar os mistérios ou dificuldades da medicina e de todas as ciências do Planeta.

Foi através do exercício ou expansão da consciência, através da sensibilidade dos médiuns de nosso grupo de estudo, é que tivemos êxito com o caso do menor Rafael, um autista, filho de mãe desquitada, pobre, que sobrevive de lavados domésticos; o qual após peregrinar por vários consultórios médicos e instituições psiquiátricas, chegou ao nosso atendimento fraterno, às quintas-feiras no Centro Espírita Lar de Jesus, já com diagnóstico médico de Autismo, mostrando total desligamento da realidade cognitiva, olhar distante, balbuciando ocasionalmente alguns ruídos, entendidos com grande dificuldade por sua mãe.
Rafael chegou ao nosso atendimento com dez anos de idade e sua mãe dona Maria de Jesus, desesperançada quanto à saúde mental de seu filho. Nós a encorajamos a ter fé, acreditatando no amparo divino através das equipes espirituais que assistem a todo o Planeta dirigido pelo nosso mestre Jesus. Daí então, nós encaminhamos o garoto para tratamento de desobsessão, já que, além de Autista, a percepção de vibrações de baixa frequência era evidente.

Na cabine de passe, aplicamos durante seis meses, uma vez por semana, às quintas-feiras, deitado em uma maca, o que chamamos de Realinhamento de Chacras ou técnica das polaridades, usada em nossa clínica particular Núcleo de Terapia Transpessoal.

Vou citar um caso que ocorreu na clínica, para explicar porque usamos a técnica de Realinhamento de Chacras em Rafael. Certa vez, uma paciente entrou em nosso consultório com forte crise de cefaléia crônica, a qual usava há quatro anos potentes analgésicos e antidepressivos, medicados pela clínica psiquiátrica, mostrando no seu rosto profundo e doloroso sofrimento. Foi levada por mim a deitar-se no divã, onde fiz a pergunta: como a dor de cabeça naquele momento era representada?
A paciente logo entrou em regressão, vivenciando uma cena de tortura em que sua cabeça era comprimida por uma prensa em forma de arco, em torno de sua cabeça, vindo a desencarnar por esmagamento do crânio, causa de sua dor de cabeça. No término da sessão, a dor de cabeça tinha desaparecido, mostrando ela agora a face descontraída e feliz. Quando pedi para a paciente levantar-se e ir ao encontro de seu esposo, que a aguardava na sala de espera, a paciente de pé, próxima ao divã, parou e me disse: "Doutor, não consigo sair deste lugar".
Eu insisti, mas a mesma repetiu que não conseguia andar, eu então pensei: "e agora! O marido esperando lá fora..." Foi então que mais uma vez, fora as outras centenas de vezes, o telefone espiritual, através de nossa mediunidade intuitiva, alertou-me que aquela paciente acabara de incorporar, conectar com uma entidade, sendo também uma médium consciente. Aliviei os músculos, a tensão, e mais facilmente veio o intercâmbio, me trazendo uma nova solução para aquela situação sem precisar doutrinar a entidade, já que aquela senhora não era espírita, e parecia assustada.

O recém-chegado colega Cícero Vasques, da sala ao lado, que trabalha com Massoterapia, Reiki, Realinhamento de Chacras, e sabendo eu que entidades errantes se conectam através do Chacra Esplênico, fez-me lembrar que um realinhamento desconectaria a entidade do médium, e foi então que pela primeira vez e com a ajuda do prof. Cícero Vasques, o qual, solicitado por mim, aplicou o realinhamento, obtivemos êxito imediato, após o último movimento da técnica.
Voltou a paciente de súbito à sua consciência de vigília, resolvendo assim esse novo desafio. Em seguida, agradecemos a assistência espiritual. Passamos então, a partir desse dia, a aplicar nos pacientes ditos pré-psicóticos ou incorporados a técnica do Realinhamento de Chacras, para desconectar o agente teta que, através da elevação da frequência vibratória do paciente, por um melhor fluir da energia vital, facilitando a abertura de seus Chacras, mantêm a entidade desconectada pelo menos por 48 horas, enquanto se faz uma outra abordagem terapêutica.

Voltando ao caso de Rafael, foi essa técnica que aplicamos com a intenção de ajudá-lo a retornar ao seu próprio corpo físico, já que o autista mantém-se dissociado de seu corpo por escassez de ectoplasma, informação essa passada a nós em reunião mediúnica por equipe científica do plano espiritual, que nos orientou desde o início do tratamento a manter o Realinhamento dos Chacras em Rafael, mas com a participação principalmente de médiuns de efeito físico ou de sustentação de nossa equipe de desobsessão, com a finalidade de doar o ectoplasma necessário ao acoplamento total de Rafael ao seu corpo físico, o qual, a cada das sessões seguintes, mostrava-se centrado mais no presente, passando então a falar e procurar pelas pessoas do atendimento fraterno.

Já está com um ano que Rafael entrou numa escola especial, já sabe ler, o que aprendeu a fazer sozinho, e também já escreve com boa caligrafia, e já se compreende o que ele fala e seus desenhos expressam com clareza seu pensamento, mostrando grande inteligência, principalmente através de seus desenhos arquitetônicos de fachadas de edifícios.

Na impossibilidade de ir à escola por dificuldade de transporte, Rafael se aborrece e se agita desesperadamente. Ele gosta de ir a escola porque é lá que ele tem aprendido a desenvolver boa comunicação e relacionamento interpessoal. Já estamos com o segundo caso de Autismo, há um mês e meio e com seis sessões de desobsessão e realinhamento, observamos excelente resultado no garoto. Sua mãe, senhora esclarecida e de nível superior, também já nos falou da visível melhora com esse tratamento, após ter andado por várias capitais e instituições do País, sem resultado evidente.
O seu depoimento é que o filho G..., nunca, em lugar algum, teve um avanço expressivo, como com essa abordagem terapêutica, feita por um grupo de sensitivos encarnados e desencarnados. A sua maior alegria, nesses últimos dias, foi o fato de seu filho ter falado pela primeira vez formando frases, o que não acontecia antes, pois era monossilábico, o que dificultava a sua comunicação, levando-o a chorar com frequência quando queria ser entendido e não conseguia.

Portanto, fica aqui o nosso estímulo para que continuemos exercitando a conexão com nossos irmãos sábios e bondosos que nos assistem e torcem pelo nosso sucesso.

COMUNICAÇÃO COM OS RECÉM-NASCIDOS

Por ser psicoterapeuta há seis anos e médico pediatra há 20 anos e trabalhar no berçário da Maternidade Dona Evangelina Rosa, passei, durante os meus plantões semanais, a ter comunicação com os recém-nascidos, tentando obter deles respostas convincentes de que estavam me ouvindo e me entendendo. Isso porque, nas regressões de memória feitas em adultos, os mesmos relatavam minúcias de sua vida intra-uterina, citando pensamentos, sentimentos e emoções de sua mãe e mesmo das pessoas ao seu redor.

Tive uma cliente que, vivenciando sua vida intra-uterina, descobriu que sua mãe não era sua mãe biológica, mas sim adotiva. A sua mãe biológica era prostituta, e até a estampa da roupa da sua parteira ela relatou. Quando chegou em casa, confirmou a veracidade de sua experiência, causando assim fortes emoções que foram equilibradas nas sessões seguintes.

As minhas próprias experiências de vida intra-uterina reforçaram minha convicção de que aqueles recém-nascidos podiam me entender e se comunicar comigo. Foi o que fiz e faço há mais de quatro anos. No início tive que conversar com os recém-nascidos, e ao mesmo tempo filmar, documentar a experiência, pois o pessoal da enfermagem, sabendo que sou espírita e ao solicitar ajuda na filmagem, se negavam dizendo: "Doutor, eu não gosto dessas coisas não".
Tive que fazer tudo só, mas com o passar das experiências e elas (enfermeiras), mesmo à distância presenciando os resultados positivos das comunicações com os recém-nascidos, passaram a se aproximar, me auxiliando e também conversando com os mesmos e descobrindio os seres que, embora pequenos e frágeis, são inteligentes e conscientes do que acontece ao seu redor.

A comunicação com os recém-nascidos é feita com minha apresentação, aos mesmos, como médico do plantão, e digo que sua permanência no berçário ou incubadora, longe de sua mãe, não é porque ela queira, mas porque os mesmos estão se adaptando ao corpo físico, que está nesse momento debilitado ou imaturo. Faço uma programação positiva pedindo aos mesmos que não se deixem agredir por bactérias, vírus ou fungos e que desenvolvam seu sistema imunológico, pois eles não estão sós, e podem fazer isso.
E digo em seguida: "se você estiver me ouvindo e entendendo, me dê uma resposta: movimente seu braço direito, esquerdo, abra os olhos, movimente a perna direita, esquerda etc.". Insisto uma, duas, três, cinco ou dez vezes, dependendo do estado do recém-nascido ou do meu próprio, mas sempre me dão uma resposta, movimentando o membro solicitado ou fazendo a expressão pedida. A dificuldade nas respostas é comum com os recém-nascidos nas primeiras 24 horas, talvez devido à ocitocina que, após o parto, deprime tanto a mãe como o recém-nascido.

Com esses resultados, o respeito, os cuidados, a atenção aos recém-nascidos foram dobrados e mantidos. As agressões verbais aos recém-natos, devidas ao cansaço do corpo clínico da maternidade e por razões conhecidas nossas, foram superadas em atenção aos pequeninos seres, reconhecidos com inteligência desde a fecundação e com certeza, para uns, antes disso, extremamente sensíveis ao que se passa e se fala ao seu redor.

O resultado não podia ser outro senão a recuperação mais rápida e eficiente de sua saúde, mesmo nos casos mais graves do berçário como as septicemias e membrana hialina. O resultado positivo dobrou, quando passamos a convocar os pais e a ensiná-los a se comunicar e programá-los positivamente.

A nossa sensibilidade ou mediunidade, favorecida pelo nosso estado mental e espiritual, é fundamental para acessarmos o campo mental do recém-nascido e de todos os seres. Os colegas médicos e assistentes que melhor se comunicam com os recém-nascidos são exatamente aqueles mais religiosos, que fazem suas orações, lêem o evangelho e meditam nas mais diversas religiões.
Dr. José Ribamar Tourinho - A.M.E. - Brasil

Maria de Betânia.(...)Por isso te digo, que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama...

"MARIA ERA AQUELA QUE O TINHA UNGIDO COM UNGUENTO
E LHE TINHA ENXUGADO OS PÉS COM SEUS CABELOS".
(JOÃO 11:2)
Quando demandava a aldeia de Betânia, Jesus Cristo tinha por hábito visitar Lázaro, que ali morava em companhia de suas duas irmãs: Marta e Maria. Numa dessas visitas, enquanto Marta se preocupava com os afazeres da casa, Maria se assentou aos pés do Mestre, que conversava com um grupo de pessoas, e ali ficou aprendendo os maravilhosos ensinos que brotavam dos seus lábios.

Marta, não se conformando com a situação, indagou do Senhor: Mestre! não te parece razoável que Maria viesse ajudar-me nos trabalhos de casa?, ao que o Nazareno retrucou incontinente: Marta, tu te preocupas com as coisas transitórias, Maria escolheu a melhor parte, a qual jamais lhe será tirada.

Na realidade, Maria jamais poderia perder a oportunidade ímpar que se lhe oferecia de ouvir os consoladores ensinamentos do Mestre, ensinamentos esses que conflitavam profundamente com tudo aquilo que ela estava habituada a ouvir dos escribas, pois, enquanto estes, escudando-se nos códigos rígidos estabelecidos por Moisés, proclamavam a pena de talião, ou seja, a lei do olho por
olho, dente por dente, o Senhor prescrevia a necessidade de perdoar não sete, mas setenta vezes sete vezes. Enquanto o Deuteronômio, um dos livros de Moisés, prescrevia uma série de regras brutais e aberrantes, mandando apedrejar mulheres adúlteras e filhos rebeldes, ali estava o recomendando que se deveria perdoar até os próprios inimigos.

As narrativas evangélicas sobre Maria de Betânia diferem ligeiramente nos quatro evangelhos: João, em seu Evangelho, afirma que Jesus estava na casa de Lázaro após a chamada ressurreição deste, na aldeia de Betânia, e Marta servia, sendo Lázaro um dos que estavam com ele à mesa. Maria, tomando de um arrátel de unguento de nardo puro, de muito valor, ungiu os pés do Senhor, enxugando-os com seus cabelos, enchendo-se a casa com o cheiro do perfume.

Mateus e Marcos afirmam que, estando Jesus em Betânia, na casa de Simão o leproso, aproximou-se uma mulher portando um vaso de alabastro, com unguento de elevado valor, derramando-o sobre a sua cabeça enquanto ele estava assentado à mesa. Lucas, no entanto, sustenta que Jesus estava à na casa de Simão, o fariseu, quando uma pecadora da cidade (Lucas, 7:36-50), levando consigo um vaso de alabastro com unguento e estando a seus pés, chorando começou a regá-los com lágrimas, e beijando-os, enxugava os com seus cabelos e ungia-os com unguento.

Simão, o fariseu, observando aquele estranho espetáculo, dizia em seu íntimo: Se este fora realmente profeta bem saberia que a mulher que está a seus pés é uma pecadora. Notando o pensamento negativo que se aninhara no coração do homem que o hospedara, o Mestre ponderou: Simão, uma coisa tenho a dizer-te: um certo credor tinha dois devedores, um devia-lhe quinhentos dinheiros, e o outro cinquenta. E não tendo eles com que lhe pagar, perdoou a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
Simão pensou um pouco e respondeu: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou! Esta resposta mereceu franca aprovação por parte de Jesus: Julgaste bem. Em seguida o Senhor acrescentou, dirigindo-se a Simão: Entrei em tua casa e não me deste água para os pés, mas esta os regou com suas lágrimas, enxugando-os com seus cabelos. Não me deste desculpa, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento.
Por isso te digo, que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. Alguns apóstolos, dentre eles Judas Iscariotes, passaram a criticar a ação da mulher, dizendo que poderia ter vendido aquele perfume por alto preço e dado o dinheiro aos pobres, ao que o Mestre retrucou: Os pobres sempre os tendes convosco, mas a mim nem sempre me tendes.
Aditando ainda: Em verdade vos digo que, onde quer que este Evangelho for pregado, em todo o mundo, também será referido o que fez essa mulher, para memória sua. Esta passagem evangélica enseja-nos a oportunidade de aprender um maravilhoso ensinamento, deixando entrever, mais uma vez, o empenho de Jesus em salientar a excelência da caridade e do perdão, exaltando os aspectos positivos que sempre são encontrados na vida de criaturas pecadoras.
Paulo A. Godoy
Livro: Crônicas Evangélicas.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 51

 
A.K.: O homem, cuja tradição se conservou sob o nome de Adão, foi dos que sobreviveram, em certa região, a alguns dos grandes cataclismos que revolveram em diversas épocas a superfície do globo, e se constituiu tronco de uma das raças que atualmente o povoam. As leis da Natureza se opõem a que os progressos da Humanidade, comprovados muito tempo antes do Cristo, se tenham realizado em alguns séculos, como houvera sucedido se o homem não existisse na Terra senão a partir da época indicada para a existência de Adão. Muitos, com mais razão, consideram Adão um mito ou uma alegoria que personifica as primeiras idades do mundo.
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comentários de Miramez
 
 

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 50

 
“Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro, nem o único a povoar a Terra.”
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Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 49

 
 
Existem leis organizadas no universo, modificadas para cada casa planetária, de acordo com a sua própria evolução, e essas leis são vigiadas pelas inteligências superiores, que as abrem em misericórdia, quando necessário, e impõem a justiça, quando é preciso. O "ninguém recebe o que não merece" é uma verdade absoluta em todas as dimensões da vida, e é neste sentido que o Evangelho nos concita ao amor e à caridade, na extensão infinita do bem, para que esse bem volte a nós enriquecido pelas fulgurações da fraternidade. Quando temos de falar de "O Livro dos Espíritos" detalhadamente, como ocorre neste caso, haveremos de repetir muitos assuntos e, nesta repetição, os valores são aflorados, como que nos favorecendo a oportunidade de um aprendizado mais seguro e um estudo mais amplo sobre os assuntos ventilados.

Aprendendo com o Livro dos Espíritos questão 48

 
 
Esse desequilíbrio que notamos na economia de uma nação, e certamente na Terra, é prova evidente dos desequilíbrios das criaturas. É o c arma pesado, individual e coletivo, da humanidade. A solução é a mudança de costumes dos homens, é a transformação dos conceitos da vida, é começar na grande escola que existe e que se chama lar. Ele é, pois a célula que pode garantir a harmonia de todos os povos, se o Evangelho for vivido dentro dele. O culto do Evangelho no lar é o primeiro passo para o despertamento espiritual. Ao nascer, a criança recebe as primeiras sugestões do Amor através dos ensinamentos do Cristo, e essa criança vai crescendo envolvida na dignidade e no dever, no amor de uns para com os outros, dedicando-se à caridade por onde passar. Encontraremos, então, uma juventude esclarecida, com uma visão maior do futuro. E neste regime poderá aparecer o novo homem na Terra, o homem de luz, que desconhece as trevas. As escolas que o orientam são escolas de paz.