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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

RENUNCIAÇÃO CRISTÃ:"...Renunciemos à satisfação de sermos amados ou compreendidos por nossos familiares, servindo-os e auxiliando-os, cada vez mais..."


Emmanuel
Quando Jesus nos concitava à renunciação aos laços consaguíneos para buscar-lhe o Reino de Amor e Luz, não se propunha implantar entre nós o espinheiro do ódio ou o frio da indiferença. Proclamava, sim, o impositivo de nossa fidelidade a Deus, no cumprimento integral dos nossos deveres para com a Lei Divina que institui a Terra como sendo a nossa própria família.
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O Mestre nunca anulou a personalidade dos discípulos, à maneira do ditador humano que exige cega obediência à sua bandeira egocentrista, na clã política em que se lhe enraíza o precário poder. Preocupava-se, acima de tudo, em soerguer-nos o espírito para a responsabilidade de que somos detentores ante os princípios eternos que nos regem os destinos, em nome de Deus.
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Por isso mesmo, alertava o ânimo dos aprendizes para o leal desempenho dos compromissos que haviam esposado, à frente da Boa Nova, num mundo hostil e atormentado qual aquele em que se expandira o arbítrio romano, poderoso e dominador.
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Urgia estabelecer a coragem e consolidá-la no espírito dos seguidores que seriam compelidos, logo depois de seu sacrifício Supremo, a trezentos anos de suplício e aflição, violência e martírio, humilhação e morte.
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Por vezes, é necessário recorrer ao painel do passado para compreendermos a força de certas expressões que os séculos obscureceram e que hoje se afiguram sem maior significação, de nodo a lançarmos nova claridade no rumo do porvir.
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Estudando a essência da lição, sem as fronteiras acanhadas e asfixiantes da letra, podemos repetir que todos aqueles que se mostrem incapazes de esquecer o conforto doméstico ou de desvencilharem das vantagens e gratificações da existência física para o serviço a causa do bem, a benefício de todos, ainda não se mostram habilitados ao árduo trabalho na charrua do dever cristão bem atendido, porque se revelam excessivamente presos às veludosas algemas dos interesses imediatos na carne que passa breve.
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Quanto ao imperativo de renunciação propriamente considerado, não nos esqueçamos do padrão em que o próprio Mestre renunciou.
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Gênio Celeste, abandona o seu Império Resplendente de Glória para fazer-se escravo das criaturas: Governador da Terá, submete-se às convenções sociais do mundo, satisfazendo-lhe as exigências qual fora cidadão comum e Anjo Crucificado pela ingratidão dos próprios beneficiários, em ressurgindo da morte, fixa-se-lhe a atenção na volta generosa aos companheiros que o haviam esquecido e abandonado, a fim de reerguer-lhe a esperança e restabelecer-lhes a alegria.
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Renunciemos à satisfação de sermos amados ou compreendidos por nossos familiares, servindo-os e auxiliando-os, cada vez mais, tanto quanto o Senhor nos tem auxiliado e servido, não obstante as nossas velhas e reiteradas defecções, e estaremos praticando com segurança e valor, os Excelsos Ensinamentos.

Livro: Moradia de Luz

VELHA SOMBRA:"Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à prostração..."


Emmanuel
A grande e velha sombra que oculta habitualmente a candeia bruxuleante de nossa fé, muitas vezes, se exprime na espessa neblina da ociosidade mental, que nos entorpece os melhores impulsos para a construção do bem.
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Preguiça de pensar com a própria cabeça...
Preguiça de sentir com o próprio coração...Preguiça de auxiliar...
Preguiça de fazer...
Preguiça de aprender...
Preguiça de ensinar...
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Não acredites que bastaria a confissão em Cristo para dar aos outros o necessário testemunho de comunhão com o Evangelho de Amor e Luz.
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Em muitas ocasiões, a própria palavra é um asilo à preguiça despistadora, que se envolve no verbalismo fulgurante, para continuar arrojada à inutilidade e à prostração.
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Que a nossa frase se estenda em abençoada luz, revelando o Eterno Benfeitor que nos rege os destinos, mas que não nos exonere do dever do exemplo vivo, de vez que apenas na linguagem convincente das obrigações corretamente cumpridas é que seremos entendidos pelos companheiros de jornada no grande caminho da evolução.
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Dissipemos o nevoeiro da preguiça que nos esconde o ideal de servir e avancemos, com diligência, no terreno da ação.
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Evitemos seja colocada a lâmpada de nosso conhecimento sob o antigo velador do desculpismo e, exumando os braços e os recursos que estejamos conservando no frio da inércia, façamos da inteligência o arado de nosso amor, unindo cérebro e coração, alma e corpo, vida e entendimento, na construção da verdadeira fraternidade sobre a Terra, na certeza de que somente pelo trabalho incansável no bem é que nos transformaremos em instrumentos vivos nas realizações do Senhor.

Livro: Moradia de Luz

EVANGELIZAÇÃO PARA CRIANÇAS


Bezerra de Menezes
Que diz da existência, no Lar, de uma Escola Espírita de Evangelização? E da administração de aulas a crianças num Centro Espírita, no posto mediúnico? (A existência de um Grupo Espírita, para fins mediúnicos, num Lar, sabemos prejudicar a atmosfera psíquica).
“Consideramos que o Culto do Evangelho em casa pode funcionar e deve funcionar em apoio da Escola Espírita de Evangelização, sob amparo e supervisão dos pais que, a rigor, são os primeiros orientadores dos filhinhos.
Somos de opinião que o recinto de evangelização pública, num templo espírita, é sempre o lugar mais adequado à evangelização da criança, porquanto semelhante cenáculo do pão espiritual guarda consigo a natureza da escola.”
Será que uma Escola Espírita de Evangelização em uma entidade espírita corre o risco de prejudicar demais a formação do caráter das crianças, se os orientadores deixarem de observar para consigo mesmos certos requisitos como: cumprimento de horário, preparação criteriosa das aulas, assiduidade, etc.?
- “Perfeitamente. A primeira cartilha da criança, na escola da vida, é o exemplo dos adultos que a cercam”.
(Respostas dadas por Bezerra de Menezes, pelo médium Francisco Cândido Xavier, para a “Didática Especial de Espiritismo” elaborada pela Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora, 1970)

RENOVEMOS NOSSA MENTE


"O homem bom tira coisas boas do bom tesouro de seu coração; e o homem mau tira coisas más do mau tesouro de seu coração."(MATEUS, 12:35.)
Coração, no caso vertente, não é o órgão que exerce as funções de uma bomba impelindo o sangue na irrigação geral do nosso corpo.

Trata-se da natureza dos pensamentos e dos sentimentos que nosso espírito irradia, isto é: do estado de nossa mente; das visões, das imagens que cria e desenvolve; do modo e da maneira com que ela discerne e ajuíza de tudo que vemos, de tudo que cai sob o domínio da nossa percepção.

Da boa ou má função da mente depende a boa ou má direção que tomamos no caminho da vida; o bom ou mau Juízo que emitimos a propósito de todas as coisas; os bons ou os maus atos que praticamos.

Os nossos destinos estão na dependência direta da nossa mente: serão fatalmente o que ela determinar que sejam.
O primeiro passo, portanto, a dar, na obra de nossa salvação, deve constar do estudo meticuloso da nossa mente.
Que espécie de pensamentos engendramos?
Que gênero de visões e de imagens nossa mente se compraz em acalentar?
Como costumamos julgar os atos dos nossos semelhantes?
Que juízo fazemos de Deus e de sua justiça, do amor e do dever?
Que é que de preferência nos afeta mais profundamente?
Em suma, qual o nosso ideal?

Tal é, em resumo, o problema da vida.
Nada conseguiremos no sentido de nossa melhoria e de nosso progresso, sob qualquer aspecto, enquanto não prestarmos acurada atenção às condições de nossa mente.
Não haverá reforma possível em nosso caráter, sem que previamente se tenha verificado uma mudança em nossa mente.

O grande Paulo, profundo conhecedor da psicologia da evolução espiritual, assim escrevia aos romanos (Romanos, 12:1 e 2):
- "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; pois em tal importa o culto racional; e não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que saibais qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

A doutrina de Paulo é, portanto, a reprodução da de Jesus.
Paulo empregou a palavra mente, e Jesus usou o termo coração.

A fonte de todo o bem é por sua vez a fonte de todo o mal.
É do coração ou da mente que procedem os pensamentos pecaminosos, o orgulho, o ódio, a inveja, o ciúme, as contendas, o dolo, a corrupção, a avareza.
Da mesma sorte, é do coração, é da mente que afloram os ideais puros e elevados, a palavra convincente e sincera, a virtude enfim sob os vários aspectos em que ela se desdobra.
A obra de nossa redenção depende, em síntese, da reforma de nossos corações, ou, na palavra de Paulo, da renovação da nossa mente.
Devemos, pois, cultivá-la, extirpando dela todas as formas de egoísmo, para dar lugar à frutificação das múltiplas modalidades do amor.
Tudo o mais que se pretenda fazer, fora desse trabalho de autoeducação da mente, não passa de um erro religioso, e de uma superstição.
Vinicius
Livro: O Mestre na Educação

EVOLUÇÃO E EDUCAÇÃO

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Educar é tirar do interior. Nada se pode tirar de onde nada existe.
É possível desenvolver nossas potências anímicas, porque realmente elas existem no estado latente.
A evolução resulta da involução.
O que sobe da Terra é o que desceu do céu.

A diferença entre o sábio e o ignorante, o justo e o ímpio, o bom e o mau, procede de serem, uns, educados, outros não.
O sábio se tornou tal, exercitando com perseverança os seus poderes intelectuais.
O justo alcançou santidade cultivando com desvelo e carinho sua capacidade de sentir.
Foi de si próprios que eles desentranharam e desdobraram, pondo em evidência aquelas propriedades, de acordo com a sentença que o Divino Artífice insculpiu em suas Obras:
- "Crescei e multiplicai".

A verdade não surge de fora, como em geral se im¬gina: procede de nós mesmos.
"O Reino de Deus (que é o da verdade) não se manifestará com expressões externas, por isso que o Reino de Deus está dentro de vós."
Educar e extrair do interior e não assimilar do exterior.
É a verdade parcial, que está em nós, que se vai fundindo gradativamente com a verdade total que a tudo abrange.
É a luz própria, que bruxuleia em cada ser, que vai aumentando de intensidade à medida que se aproxima do Foco Supremo, donde proveio.
É a vida de cada indivíduo que se aprofunda e se desdobra em possibilidades quanto mais se identifica ele com a Fonte Perene da Vida Universal.
"Eu vim a este mundo para terdes vida, e vida em abundância."

O juízo que fazemos de tudo quanto os nossos sentidos apreendem no exterior está invariavelmente de acordo com as nossas condições interiores.
Vemos fora o reflexo do que temos dentro.
Somos como a semente que traz seus poderes germinativos ocultos no âmago de si própria.
As influências externas servem apenas para despertá-los.

Educar é evolver de dentro para fora, revelando, na forma perecível, a verdade, a luz e a vida imperecíveis e eternas, por isso que são as características de Deus, a cuja imagem e semelhança fomos criados.

Vinicius
Mestre na Educação