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sábado, 19 de janeiro de 2013

Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita ( FEB) Livro I Cristianismo e Espiritismo -Roteiro I

EADE - LIVRO I
ROTEIRO
1
Objetivos
• Elaborar uma linha histórica da evolução da idéia de Deus na Humanidade.
• Explicar politeísmo e monoteísmo à luz do entendimento espírita.
IDÉIAS PRINCIPAIS CRISTIANISMO E ESPIRITISMO
MÓDULO I - ANTECEDENTES DO CRISTIANISMO
• O homem primitivo entendia Deus como um ser antropomórfico: Incapaz, pela
sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem forma determinada, atuando
sobre a matéria, conferiu-lhe o homem atributos da natureza corpórea, isto é,
uma forma e um aspecto [...]. Allan Kardec: O livro dos espíritos, questão 667.
• O politeísmo é a crença em vários deuses e o culto a eles prestado. Chamando
[...] “deus” a tudo o que era sobre-humano, os homens tinham por deuses os
Espíritos. Daí veio que, quando um homem, pelas suas ações, pelo seu gênio,
ou por um poder oculto que o vulgo não lograva compreender, se distinguia dos
demais, faziam dele um deus e, por sua morte, lhe rendiam culto. Allan Kardec:
O livro dos espíritos, questão 668.
• Os hebreus foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles
que Deus transmite a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por
intermédio de Jesus. Allan Kardec: O evangelho segundo o espiritismo, cap. 18,
item 2.
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO RELIGIOSO
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
O desenvolvimento da idéia de Deus e do processo religioso da Humanidade
acompanha a evolução, intelectual e moral, do próprio ser humano.
Uma conquista está inerente à outra.
Quando [...] os homens, fisicamente, pouco dessemelhavam dos antropopitecos, suas
manifestações de religiosidade eram as mais bizarras, até que, transcorridos os anos, no
labirinto dos séculos, vieram entre as populações do orbe os primeiros organizadores do
pensamento religioso que, de acordo com a mentalidade geral, não conseguiram escapar
das concepções de ferocidade que caracterizavam aqueles seres egressos do egoísmo
animalesco da irracionalidade. 8
As primeiras manifestações de religiosidade estão, pois, relacionadas à
realização de sacrifícios que poderiam agradar a Deus.
Primeiramente, porque não compreendia Deus como sendo a fonte da bondade. Nos
povos primitivos a matéria sobrepuja o espírito; eles se entregam aos instintos do animal
selvagem. Por isso é que, em geral, são cruéis; é que neles o senso moral ainda não se
acha desenvolvido. Em segundo lugar, é natural que os homens primitivos acreditassem
ter uma criatura animada muito mais valor, aos olhos de Deus, do que um corpo
material. Foi isto que os levou a imolarem, primeiro, animais e, mais tarde, homens. De
conformidade com a falsa crença que possuíam, pensavam que o valor do sacrifício era
proporcional à importância da vítima . 4
A idéia primitiva de Deus é de natureza antropomórfica. Isto é, Deus é
concebido e descrito sob a forma humana ou com atributos humanos.
SUBSÍDIOS
MÓDULO I
Roteiro 1
1Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 1 - Evolução do pensamento religioso
Incapaz, pela sua ignorância, de conceber um ser imaterial, sem forma determinada,
atuando sobre a matéria, conferiu-lhe o homem atributos da natureza corpórea, isto
é, uma forma e um aspecto e, desde então, tudo o que parecia ultrapassar os limites da
inteligência comum era, para ele, uma divindade. Tudo o que não compreendia devia
ser obra de uma potência sobrenatural. Daí a crer em tantas potências distintas quantos
os efeitos que observava, não havia mais que um passo. 2
A concepção de Deus único, criador do universo, dos seres e coisas estava
muito distante, em termos evolutivos, para ser cogitada pelos primeiros
habitantes do Planeta. Tudo que lhes causavam impacto e extrapolava o seu
entendimento era venerado como um deus.
Sem dúvida, porquanto, chamando deus a tudo o que era sobre-humano, os homens
tinham por deuses os Espíritos. Daí veio que, quando um homem, pelas suas ações, pelo
seu gênio, ou por um poder oculto que o vulgo não lograva compreender, se distinguia
dos demais, faziam dele um deus e, por sua morte, lhe rendiam culto. 3
O homem primitivo reverenciava os espíritos (“deuses”), simbolizados por
animais, vegetais e seres inanimados. Encontrava-se diante de um processo de
adoração rudimentar, anímico e antropomórfico.
O significado filosófico de animismo indica que alma é considerada como
princípio e sustentação de todas as atividades orgânicas, especialmente das
percepções, sentimentos e pensamentos. O antropólogo Tylor (1896-1980)
demonstra em sua obra «Cultura primitiva» (Primitive culture), publicada
em 1934, que o animismo é o primeiro estágio da evolução religiosa da Humanidade,
no qual o homem primitivo crê que todas as coisas ou elementos
da Natureza são animados porque possuem uma alma. De qualquer forma, o
animismo caracteriza o estágio primordial da atividade racional e cognitiva da
espécie humana. O termo animismo, na verdade, foi utilizado pelo médico e
químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734) para explicar o funcionamento
do corpo humano.
O período anímico da evolução religiosa da humanidade terrestre, faz
nascer diferentes tipos de adoração: litolatria (adoração de pedras, rochas e
relevos dos solos); fitolatria (adoração dos vegetais); zoolatria (adoração de
animais); idolatria (adoração de ídolos). A conseqüência natural da idolatria é
o nascimento da mitologia, com a sua forma clássica de politeísmo. Mitologia
é o conjunto dos mitos de um povo. Mito, por sua vez, é o relato fantástico
da tradição oral, gerado e protagonizado por seres que encarnam, sob forma
simbólica, as forças da Natureza e os aspectos gerais da condição humana,


Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 1 - Evolução do pensamento religioso
esclarece o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.
As lendas e as fábulas constituem o acervo mitológico de um povo. Os
mitos refletem a experiência vivida pelos nossos ancestrais, mas que nos alcançam
na atualidade. São também símbolos que revelam os diferentes estágios
evolutivos da caminhada humana. Por esse motivo, os mitos apresentam representações
mentais diferentes na infância, na adolescência e na vida adulta.
1. Politeísmo
Por definição, politeísmo é um sistema de crença religiosa que admite
mais de um deus. Em geral, as manifestações politeístas são acompanhadas
de idolatrias, refletindo a visão fragmentária que o homem tem da vida e do
mundo. A mitologia de cada povo adquire feição própria. A mitologia grega e
os ensinamentos órficos — de grande impacto na Civilização Ocidental — são
desenvolvidos por mestres do saber os quais, no entanto, mantém-se isolados
das massas populares. 9
Importa considerar que o desenvolvimento da idéia de Deus acompanha
outra: a da imortalidade do ser.
Desde os pródromos da Civilização a idéia da imortalidade é congênita no homem.
Todas as concepções religiosas da mais remota antigüidade, se bem que embrionárias
e grosseiras em suas exteriorizações, no-la atestam. Entre as raças bárbaras abundaram
idéias terroristas de um Deus, cuja cólera destruidora se abrandaria à custa dos sacrifícios
humanos e dos holocaustos de sangue, e, por toda parte, onde os homens primitivos
deixaram os vestígios de sua passagem, vê-se o sinal de uma divindade a cuja providência
e sabedoria as criaturas entregavam confiadamente os seus destinos. 10
Merece destaque o fato de que nas religiões politeístas, do passado e do
presente, exista uma hierarquia das divindades: um deus maior e mais poderoso
que governa deuses menores, em poder, inteligência e moralidade. Indica uma
forma de transição do politeísmo, propriamente dito, para o monoteísmo.
A palavra deus tinha, entre os antigos, acepção muito ampla. Não indicava, como presentemente,
uma personificação do Senhor da Natureza. Era uma qualificação genérica,
que se dava a todo ser existente fora das condições da Humanidade. Ora, tendo-lhes
as manifestações espíritas revelado a existência de seres incorpóreos a atuarem como
potência da Natureza, a esses seres deram eles o nome de deuses, como lhes damos
atualmente o de Espíritos. Pura questão de palavras, com a única diferença de que, na
ignorância em que se achavam, mantida intencionalmente pelos que nisso tinham inte-
resse, eles erigiram templos e altares muito lucrativos a tais deuses, ao passo que hoje os
consideramos simples criaturas como nós, mais ou menos perfeitas e despidas de seus
invólucros terrestres. Se estudarmos atentamente os diversos atributos das divindades
pagãs, reconheceremos, sem esforço, todos os de que vemos dotados os Espíritos nos
diferentes graus da escala espírita, o estado físico em que se encontram nos mundos superiores,
todas as propriedades do perispírito e os papéis que desempenham nas coisas
da Terra. 3
2. Monoteísmo
O monoteísmo, conseqüência natural, e oposta, do politeísmo é doutrina
religiosa que defende a existência de uma única divindade, culto ou adoração
de um único Deus, Pai e Criador Supremo.
Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram idólatras e
politeístas. Se alguns homens superiores ao vulgo conceberam a idéia da unidade de
Deus, essa idéia permaneceu no estado de sistema pessoal, em parte nenhuma foi aceita
como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados que ocultavam seus conhecimentos
sob um véu de mistério, impenetrável para as massas populares. Os hebreus
foram os primeiros a praticar publicamente o monoteísmo; é a eles que Deus transmite
a sua lei, primeiramente por via de Moisés, depois por intermédio de Jesus. Foi daquele
pequenino foco que partiu a luz destinada a espargir-se pelo mundo inteiro, a triunfar do
paganismo e a dar a Abraão uma posteridade espiritual “tão numerosa quanto as estrelas
do firmamento.” Entretanto, abandonando de todo a idolatria, os judeus desprezaram a
lei moral, para se aferrarem ao mais fácil: a prática do culto exterior. 1
O monoteísmo representa o ápice da escala evolutiva religiosa da humanidade
terrestre. Foi uma conquista lenta, seguida de estágios preparatórios,
nascida no seio das próprias doutrinas politeístas.
Cabe ao povo judeu o mérito da implantação do monoteísmo na Terra.
Dos Espíritos degredados na Terra, foram os hebreus que constituíram a raça mais forte e
mais homogênea, mantendo inalterados os seus caracteres através de todas as mutações.
Examinando esse povo notável no seu passado longínquo, reconhecemos que, se grande
era a sua certeza na existência de Deus, muito grande também era o seu orgulho, dentro
de suas concepções da verdade e da vida. [...] Entretanto, em honra da verdade, somos
obrigados a reconhecer que Israel, num paradoxo flagrante, antecipando-se às conquistas
dos outros povos, ensinou de todos os tempos a fraternidade, a par de uma fé soberana
e imorredoura. 5
O monoteísmo é consolidado com os Dez Mandamentos, ou Decálogo,
pag.19
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
EADE - Roteiro 1 - Evolução do pensamento religioso
recebidos por Moisés, no monte Sinai.
O protegido de Termutis [irmã do faraó egípcio e mãe adotiva de Moisés], depois de se
beneficiar com a cultura que o Egito lhe podia prodigalizar, foi inspirado a reunir todos
os elementos úteis à sua grandiosa missão, vulgarizando o monoteísmo e estabelecendo
o Decálogo, sob a inspiração divina, cujas determinações são até hoje a edificação basilar
da Religião da Justiça e do Direito[...]. 9
Moisés, com a expressão rude da sua palavra primitiva, recebe do mundo espiritual as
leis básicas do Sinai, construindo desse modo o grande alicerce do aperfeiçoamento
moral do mundo; e Jesus, no Tabor, ensina a Humanidade a desferir, das sombras da
Terra, o seu vôo divino para as luzes do Céu. 6
Independentemente das práticas indicadas pela legislação moisaica, algumas
até desumanas, mas compatíveis com a mentalidade da época, Moisés
teve o mérito de difundir à multidão que o seguia na árdua peregrinação no
deserto, verdades espirituais acessíveis apenas aos indivíduos aceitos como
“iniciados” nos diferentes templos religiosos do passado.
O grande legislador dos hebreus trouxera a determinação de Jesus, com respeito à
simplificação das fórmulas iniciáticas, para compreensão geral do povo; a missão de
Moisés foi tornar acessíveis ao sentimento popular as grandes lições que os demais
iniciados eram compelidos a ocultar. E, de fato, no seio de todas as grandes figuras da
antiguidade, destaca-se o seu vulto como o primeiro a rasgar a cortina que pesa sobre os
mais elevados conhecimentos, filtrando a luz da verdade religiosa para a alma simples
e generosa do povo. 7
pag.20
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
1. KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Tradução de Guillon
Ribeiro. 123. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004. Cap.18, item 2, p. 289.
2. ______. O livro dos espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 86. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 2005, questão 667, p. 322-323.
3. ______. Questão 668, p. 323.
4. ______. Questão 669, p. 324.
5. XAVIER, Francisco Cândido. A caminho da luz. Pelo Espírito Emmanuel.
33. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Cap. 7 (O povo de Israel), p. 65-66.
6. ______. Item: O Judaísmo e o Cristianismo, p. 68.
7. ______. Item: O monoteísmo, p. 69.
8. ______. Emmanuel. Pelo Espírito Emmanuel. 25. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2005. Cap. 2 (A ascendência do Evangelho), p. 25.
9. ______. Cap. 2 (A ascendência do Evangelho), item: A lei moisaica, p. 27.
10. ______. Cap. 15 (A idéia da imortalidade), item: A idéia de Deus, p. 86.
REFERÊNCIAS
EADE - Roteiro 1 - Evolução do pensamento religioso
Pag 21- Tarefa
Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita
Elaborar uma linha história, em conjunto
com a turma, que contenha os principais marcos
evolutivos da idéia de Deus na Humanidade.
Analisar, em seguida, as idéias que efetivamente,
os caracterizaram.

Caros confrades, estaremos todos os sábados oferecendo o Roteiro para Estudos em grupos ou individuais nunca nos esquecendo de que a cada estudo devemos orar e pedir ajuda aos mentores para que possamos assimilar e nos manter fora de interferencias pouco recomendáveis. Contamos com os comentários para nos iteragirmos.
Saudações Fraternas

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