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terça-feira, 13 de novembro de 2012

A VAIDADE RELIGIOSA

12/11/2012


A VAIDADE RELIGIOSA

Ramakrishna, um dos maiores avatares que a Humanidade já conheceu, dizia que “podem desaparecer gradualmente as vaidades comuns a todos os homens, mas difícil de morrer é a vaidade de um religioso a respeito da sua religiosidade”.
Analisando o sábio conceito, observamos, no entanto, que maior vaidade existe no religioso não em relação aos demais religiosos, adeptos de crenças diferentes da que ele professa, mas sim em relação ao seu entendimento dos preceitos doutrinários que abraça, que considera superior ao entendimento de seus próprios irmãos de fé.
Vejamos se conseguimos ser mais claros no que pretendemos dizer.
Por exemplo: até certo ponto, compreende-se a rivalidade entre os adeptos de duas crenças religiosas, em suas interpretações da Verdade, por vezes absolutamente antagônicas uma à outra, através de princípios praticamente inconciliáveis. Como, porém, compreender-se o ódio com o qual, não raro, um espírita se lança contra outro, apenas e tão somente porque, sobre determinado tema, possuem um ângulo de visão um pouco diferente entre si?!
Numa Casa Espírita há quem, frequentemente, discuta – e discuta feio! – por conta do passe, da reunião mediúnica, da tarefa assistencial, cada qual buscando, vaidosamente, a primazia de seu ponto de vista.
No Movimento Espírita, infelizmente, a vaidade campeia, nos deixando profundamente envergonhados e entristecidos conosco mesmos, que falhamos nas mais comezinhas demonstrações de nossa fé.
Debaixo de estranha fascinação, muitos comparecem a essa ou àquela reunião apenas com o propósito de discordar do companheiro que, no fundo, está procurando fazer o melhor ao seu alcance, preocupado com o conteúdo, e não com o rótulo.
Muitos outros, a fim de continuarem vinculados às atividades de seus respectivos grupos, impõem certas condições:
- Tem que ser do meu jeito, ou eu me afasto...
- Eu sou o fundador desta Casa – coloquei muito dinheiro do bolso aqui...
- Sou o mais antigo frequentador e não aceito que passem por cima de minha autoridade...
- Aqui quem toma todas as decisões sou eu – não acato nem a palavra do Guia...
A vaidade de um espírita a respeito de seus conhecimentos, ou pseudoconhecimentos, é muito difícil de morrer, e mesmo quando morre, durante muito tempo, permanece mumificada... Como falou Ramakrishna, é mais fácil que lhe desapareça qualquer outra vaidade comum!
Daí a necessidade de nos empenharmos, com todas as forças do espírito, para que o Espiritismo, em nossas existências, não seja mais um pedestal para as ilusões efêmeras que buscamos, das quais, evidentemente, haveremos de nos arrepender amargamente.
Feliz, pois, do espírita cujo único propósito na Doutrina, a cada dia, já seja o de tão somente servir, incondicionalmente, à Causa do Evangelho Redivivo, sobre o homem velho que resiste em “morrer” dentro de si lançando mais uma pá de cal!...

INÁCIO FERREIRA

Uberaba – MG, 12 de novembro de 2012.

HOJE É O DIA


Emmanuel
        Ainda que te encontres inteiramente penhorado à justiça, à face dos débitos em que te resvalaste até ontem, lembra-te de que o Amor infinito do Pai Celestial te concede a bênção do “hoje” para que possas solver e renovar.
*
        O penitenciário na grade que o exclui do convívio doméstico pode, por seu comportamento, gerar a compaixão e a simpatia daqueles que o observam, caminhando com mais segurança no retorno à própria libertação.
*
        O enfermo algemado ao catre do infortúnio, pelo respeito com que recebe os desígnios divinos, pode amealhar preciosos valores em auxílio e cooperação, em favor da própria tranqüilidade.
*
        E ambos, o prisioneiro e o doente, no esforço de reconquista, pela nobreza com que recolhem as dores das próprias culpas, estendem a outras almas os benefícios que já entesouram.
*
        Recorda assim, que o dia de melhorar é este mesmo em que nos achamos, uns à frente dos outros, respirando o mesmo clima de regeneração e de luta.
*
        Nem ontem, nem amanhã, mas agora...
*
        Agora é o momento de levantar os caídos e os tristes, e de amparar os que padecem o frio da adversidade e a tortura da expiação...
*
        Agora, é o instante de revelar paciência com os que se tresmalham no erro, de cultivar humildade à frente do orgulho e devotamento fraternal diante da insensatez...
*
        Ainda que tudo te pareça na atualidade terrestre, sombra e derrota, cadeia e desalento, ergue a Deus o teu coração em forma de prece e roga-lhe forças para fazer luz e confiança onde a treva e o desespero dominam, porque se ontem foi o tempo de nossa morte na queda, hoje é o dia de nossa abençoada ressurreição.
(De “Indulgência”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)



INIMIGO REAL


Emmanuel
  
Geralmente, todos os nossos adversários, no fundo, são nossos instrutores.
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À maneira do martelo que, tangendo a pedra, acaba aperfeiçoando-lhe a beleza, aquele que se coloca em oposição à nossa maneira de crer, sentir ou pensar, freqüentemente é fator de estímulo à elevação de nossos dotes pessoais.
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O invejoso, invariavelmente, ensina-nos a prudência, o despeitado nos induz ao aprimoramento próprio.
O caluniador nos auxilia a marchar no caminho reto e o perseguidor gratuito nos auxilia a perseverar no bem.
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 Assim, então, se um inimigo poderoso devemos identificar junto de nós, na estrada do mundo - inimigo que nos arma as piores ciladas e nos constrange a cair nas mais escuras armadilhas do remorso e da dor - esse é o nosso próprio Eu, adversário terrível de nossa verdadeira felicidade, sempre imantado à concha de sombras em que se refugia, sob as paredes da indiferença.
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Combatamos a nós mesmos cada dia, em nome do bem que abraçamos.
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Não vale afirmar sem exemplo, nem sonhar sem trabalho.
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Adquirir conhecimentos superiores para adorá-los com o incenso de nosso personalismo é transformar a vida em êxtase delituoso, quando a Terra nos pede rendimento de esforço para a obra do Bem Infinito.
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 Guerreemos o inimigo que se oculta, armado de astúcias mil na fortaleza de nossa animalidade multissecular, dando caça às suas manifestações de inferioridade, com os dissolventes da compreensão, do trabalho, da bondade e do amor e asfixiando-lhe o ignominioso comando, que tantas vezes nos tem arrojado aos despenhadeiros do crime das reparações dolorosas, ouçamos, nas torres de nossa alma, a voz do Cristo, o único mentor capaz de conduzir-nos à bênção íntima da imperecível libertação.

(De “Indulgência”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

VARIAÇÕES DA CARIDADE


Emmanuel
    
Caridade que anuncia os próprios méritos é serviço ameaçado pela vaidade.
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Caridade que auxilia para furtar-se às obrigações do trabalho é inclinação à preguiça.
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Caridade que se expressa para dominar o pensamento e a conduta dos outros é tirania de espírito.
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Caridade que ampara com o objetivo de mostrar-se superior é fruto isolado em espinheiro do orgulho.
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Caridade que pede remuneração é fonte poluída pelo fel da exigência.
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Caridade que dá para receber é bondade com propósitos subalternos.
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Caridade limitada aos familiares e amigos é tisnada de paixão.
*
Caridade que socorre e não perdoa é uma porta de ouro para a introdução à crueldade.
*
Caridade com repetidas lamentações é caminho para o desânimo.
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Caridade que beneficia desesperando é inquietação e impaciência.
*
A caridade legítima jamais aparece concorrendo aos tributos da gratidão, nunca reclama, não se ensoberbece, não persegue, não se lastima, não odeia e nunca desencoraja a ninguém.
*
Se desejamos caminhar em companhia da divina virtude, cultivemo-la, em silêncio, no coração, à maneira do Herói do Amor Infinito que, para revelar-nos a caridade pura, entregou-se, confiante, à Vontade de Deus, pela morte na cruz.

(De “Indulgência”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel)

AMPARO A CRIANÇA

Batuíra
       
 
Se nos propomos a edificar o futuro com o Cristo de Deus é necessário auxiliar a criança.
 
Se desejamos solucionar os problemas do mundo, de maneira definitiva, é indispensável ajudar a criança.
 
Se buscamos sustentar a dignidade humana, abolindo a perturbação e imunizando o povo contra as calamidades da delinqüência, é preciso proteger a criança.
 
Se anelamos a construção da Era Nova, na qual as criaturas entrelacem as mãos na verdadeira fraternidade, em bases de serviço e sublimação espiritual, é imprescindível socorrer a criança.
 
Entretanto convenhamos que os grandes malfeitores da Terra, os fazedores de guerras e os verdugos das nações, via de regra foram crianças primorosamente resguardadas contra quaisquer provações na infância. E ainda hoje os jovens transviados habitualmente procedem de climas domésticos em que a abastança material não lhes proporcionou ensejo a qualquer disciplina, pelo conforto excessivo. Urge, pois, não só amparar a criança, mas educar a criança e induzi-la ao esforço de construção do Mundo Melhor.
 
Do livro Mais Luz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

DEUS E O HOMEM

DEUS  E  O  HOMEM
 
Emmanuel
        
Deus criou a Terra, à maneira de um paraíso repleto de fontes e de flores para as criaturas em evolução.
O homem dilapidou-lhe a face, a pretexto de buscar recursos e cultivá-los para a própria alimentação.
Deus formou o solo do Planeta com incalculáveis tesouros.
O homem encontrou vestígios de semelhantes riquezas e bastou isso para escavar-lhe o corpo, apropriando-se das criações divinas e instalando antagonismos entre os próprios irmãos para transformá-las em objeto de cobiça e ambição desvairada
Deus levantou árvores, destinando-as à proteção da vida.
O Homem, no entanto, derrubou-as, não apenas a fim de aproveitá-las na edificação de moradias, segundo as finalidades que lhes foram assinaladas, mas simplesmente por bagatelas ou para complementar o espetáculo de pavorosos incêndios.
Deus inspirou a formação da dinamite para facilitar a construção de estradas que favorecessem o intercâmbio entre os povos.
O Homem, entretanto, empregou-a na fabricação de bombas para a destruição de comunidades indefesas.
Deus plasmou a beleza e a música, a arte e a ciência, da conjugação das quais nascesse a paz entre os seres.
O Homem inventou planos de hegemonia e fez a guerra que se alimenta com milhões de vidas, expulsando, vaidosamente, a paz do ambiente deles
Mesmos.
Quando observares a Terra, sofrendo agressões à natureza e estabelecendo a dominação da guerra, não incluas Deus em tuas indagações, porque já sabes de quem é a culpa.

Do livro Monte Acima. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.

TRIOS IMPORTANTES

TRIOS  IMPORTANTES
André Luiz

 

Três verbos existem que, bem conjugados, serão lâmpadas luminosas em nosso caminho:
Aprender, Servir, Cooperar.
 
Três atitudes exigem muita atenção:
Analisar, Reprovar, Reclamar.
 
De três normas de conduta jamais nos arrependeremos:
Auxiliar com a intenção do bem, Silenciar, Pronunciar frases de bondade e estímulo.
 
Três diretrizes manter-nos-ão, invariavelmente, em rumo certo:
Ajudar sem distinção, Esquecer todo mal, Trabalhar sempre.
 
Três  posições devemos evitar em todas as circunstâncias:
Maldizer, Condenar, Destruir.
 
Possuímos três valores que, depois de perdidos, jamais serão recuperados:
A hora que passa. A oportunidade de elevação. A palavra falada.
 
Três programas sublimes se desdobram à nossa frente revelando-nos a glória da Vida Superior:
Amor, Humildade, Bom ânimo.
 
Que o Senhor nos ajude, pois, em nossas necessidades, a seguir sempre três abençoadas regras de salvação.
Corrigir em nós o que nos desagrada em outras pessoas.
Amparar-nos mutuamente.
Amar-nos uns aos outros.

(Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. in: Nosso Livro)

EVANGELHO E PAZ

EVANGELHO  E  PAZ
Emmanuel

 

I
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;
Não vô-la dou como o mundo a dá.
JESUS, JOÃO, 14:27.
 
O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
                          ........................................................
O PROBLEMA da paz é questão de fraternidade, em todas as latitudes. E o Evangelho do Cristo constitui o manancial divino, em cujas correntes de água viva pode o coração renovar-se para a vitória do legítimo entendimento.
Guerras, discórdias, crises, representam a resultante da grande desarmonia que a ausência do amor estabeleceu no caminho da inteligência.
A concórdia real jamais será incubada por decretos políticos ou por princípios apressados de filosofia salvacionista, nas relações dos homens entre sí, e para a harmonia individual não valem tão-somente a argumentação da psiquiatria e as descobertas preciosas da ciência médica.
A incompreensão das criaturas torna sombrios todos os caminhos da Terra e o valor da carne sofre a influenciação da angústia que ele mesmo projeta.
Outro recurso não nos resta, além daquele que conduz com a justa retificação.
O Grande Médico e Sublime Renovador do mundo ainda é o Cristo que revelou o ministério do sacrifício pessoal por lição inesquecível de ressurreição e triunfo.
“Ajuda ao que te persegue e calunia. Ora pelos que te odeiam. Serve sem aguardar retribuição. Renuncia a ti mesmo, toma a cruz da abnegação em favor dos que te cercam e segue, de ânimo robusto, para diante. Aquele que te pede a capa, dá igualmente a túnica. Ao que te exigir a jornada de mil passos, caminha com ele dois mil”.
Semelhantes ensinamentos pairam sobre a fronte da Humanidade, concitando-a à vida nova.
A organização mental é um instrumento que, ajustado ao Evangelho, deixa escapar às vibrações harmônicas do amor, sem cujo domínio a vida em sí prosseguirá desequilibrada, fora dos objetivos superiores, a que indiscutivelmente se destina.
Há produção de pensamentos no mundo, como existe a produção de flores e batatas. Criamos, em torno de nós, a atmosfera de ordem ou perturbação, quanto incentivamos a seara de trigo ou suportamos, por relaxamento, a colheita compulsória de ervas daninhas.
Induzindo-nos ao trabalho construtivo com bases no devotamento pessoal pelo bem de todos, a mensagem de Jesus compele-nos a irradiar fé e paciência, serenidade e bom ânimo, com atividade plena e infatigável a benefício da alegria comum. Habituamo-nos, assim, a compreender as necessidades do vizinho, guardando um coração educado para auxiliar sempre, cedendo de nosso egoísmo ao alheio contentamento.
Sob tais moldes, a experiência do lar é mais sadia e mais nobre, o clima de confiança possibilita sólidos alicerces à felicidade e caminhamos para a frente de espírito arejado, pronto a socorrer todas as dores e a contribuir na equação dos problemas de quantos procuram a bênção do progresso junto de nós.
A comunhão com Jesus sublima as secreções ocultas da alma, proporcionando-nos acesso fácil ao manancial de forças renovadoras do ser ou de hormônios espirituais da vida eterna.
Afeiçoando-nos ao Mestre Sublime, seremos verdadeiros irmãos uns dos outros.
Em nosso coração e em nossa mente reside a sementeira da luz.
Auxiliando-a com a boa vontade, sob a inspiração ativa e constante da Boa Nova, no esforço mútuo de compreensão das nossas necessidades e problemas que exigem o concurso incessante do amor, alcançaremos, mais cedo, a vitória da saúde e da alegria, do aperfeiçoamento e da redenção.

(Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. in: Nosso Livro)

Jesus está chamando

Emmanuel

 

Desde a primeira hora do Apostolado Divino, Jesus está chamando cooperadores para os serviços de extensão do Reino de Deus na Terra.
A princípio, buscou Pedro e André, os pescadores humildes, à tarefa de salvação.
Convocou Mateus, o administrador de impostos, à coleta de bens do Céu.
Trouxe Maria de Magdala, a obsidiada de vários demônios, à necessária renovação.
Convocou Joana, a esposa admirável de ilustre funcionário do bem público, ao concurso fraterno.
Chamou Zaqueu, o mordomo da fortuna, do alto de um sicômoro, ao esforço de benemerência.
Exaltou em Maria da Betânia o valor da meditação.
Requisitou Marta, a preocupada servidora doméstica, às obras do pensamento sublime.
Acordou Nicodemos, o mestre intelectual de Israel, para o ministério da santificação..
Ergueu Lázaro, no sepulcro, para a manifestação do Divino Poder.
E ainda, no último dia e na derradeira hora, despertou um ladrão crucificado para a divina esperança.
Em todos os vinte séculos de Cristianismo que estamos vivendo, o Senhor está chamando colaboradores para a sua obra excelsa de redenção e aprimoramento.
Há serviço para cada um e degraus iluminativos para todos.
Para onde segues, irmão?
Jesus, por nós, imolou-se na cruz.
QUE  FAZEMOS  NÓS  POR  ELE?
 

(Francisco Cândido Xavier por Espíritos Diversos. in: Nosso Livro)

No Limiar do Amanhã / A força do pensamento



A força do pensamento
Herculano Pires

“Gostaria que o caro professor falasse a respeito da força do pensamento.”
O pensamento é a mais poderosa energia no campo da comunicação. Quando os astronautas vão à Lua e a nave espacial fica atrás do corpo lunar, não é possível nenhuma comunicação da nave com a Terra, nem da Terra com a nave. Por que? Porque o corpo lunar impede a passagem de qualquer energia ou comunicação terrena. Entretanto, lá de trás da lua, é possível ao astronauta enviar o seu pensamento para a Terra e receber a resposta enviada daqui.
Não estou jogando com palavras. Posso lembrar a experiência de um dos astronautas da Apollo 14, que foi à Lua levando a incumbência de fazer transmissões telepáticas para a Terra. As suas comunicações foram recebidas no Centro Espacial de Houston, nos Estados Unidos, demonstrando a possibilidade das comunicações telepáticas, no Cosmos. Sendo assim, as experiências telepáticas, nos Estados Unidos, demonstraram que não há matéria física que bloqueie o pensamento. E nem o espaço, nem o tempo, impedem essa transmissão. A transmissão telepática é precisa e perfeita, em qualquer distância, em qualquer ponto e através de qualquer espécie de matéria física.
Quando o professor Rhine, da Universidade de Houston, confirmou o que estamos dizendo, Ransiliev, da Universidade de Leningrado, contestou suas afirmações, comentando: “vou mostrar, através de pesquisas, que há barreiras físicas capazes de deter a transmissão telepática”. Ele fez uma série de investigações científicas e chegou à conclusão de que a energia do pensamento é uma energia física, mas de tipo ainda desconhecido, porque nenhuma barreira física consegue impedi-la.
O professor Rhine então disse: “o professor Ransiliev chegou a uma conclusão científica, de acordo com a minha, mas não a expôs de maneira científica, porque, quando ele disse que essa energia é de tipo desconhecido, não podia ser da matéria física”. Para o professor Rhine, a energia mental é extrafísica. Não pertence ao corpo físico, porque supera todos os condicionamentos e todas as barreiras do corpo físico. Isso prova que, apesar da distância que Deus está de nós, no Infinito, ou que um Espírito esteja, podemos enviar a Ele a nossa mensagem mental, porque não há barreiras que impeçam a comunicação do pensamento, às maiores distâncias.
É claro que a resposta de Deus é dada em nossa própria consciência. Nós a recebemos intuitivamente, ou muitas vezes através dos fatos, para os quais pedimos a sua manifestação. A prece tem, portanto, um sentido puramente racional. Nós nos dirigimos a uma Entidade, que sabemos ser Deus. Sabemos que ela existe, por que? Porque a vimos? Porque a tocamos? Não. Mas porque a vimos e sentimos na natureza que nos cerca, em toda a estrutura ordenada do Universo, onde nada acontece por acaso, pois tudo é determinado por Leis e, portanto, dirigido por uma Inteligência. Nada nasceu por acaso, porque o acaso não é inteligente. Se tivéssemos nascido por acaso, deveríamos ser uma monstruosidade. Nada existe por acaso. A Terra tem a sua estrutura, suas leis determinadas, perfeitas, que regem a existência de todas as coisas e de todos os seres. Por isso, sabemos que Deus existe. Deus é esse poder, embora não possamos tocá-lo nem vê-lo, porque é absoluto. Por isso, Deus está presente; sempre, em toda parte, em nossa consciência, em nosso coração.
Falar com Deus não é difícil, como pensam. Não se precisa de alto-falantes nem estações de rádio para transmitir uma mensagem ao espaço. Não! Deus está presente em nós mesmos, na nossa consciência e no nosso coração. Ele está e nos ouve, dentro de nós. Então, basta dirigirmos uma prece a Ele e nós, realmente, conseguimos nos comunicar com o Pai Criador.

No Limiar do Amanhã / O fermento dos fariseus



O fermento dos fariseus

(Locutora do programa) – Abrindo o Evangelho ‘ao acaso’, encontramos, em Lucas, capítulo 12, versículos 2 e 3: “Tendo-se juntado milhares de pessoas, de modo que um e outro se atropelavam, começou Jesus a dizer primeiro aos seus discípulos: Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. Nada há encoberto, que se não venha a descobrir; em oculto que se não venha a saber. Por isso, o que disseste na treva, à luz será ouvido; o que falastes ao ouvido, no interior da casa, sobre os telhados será proclamado.”
Vemos, nessa passagem do Evangelho de Lucas, a colocação de um problema tipicamente espírita, ou seja: o problema da supressão das vidas. Jesus advertia, naquele momento, os seus discípulos, quanto àquilo que chamou de o fermento dos fariseus, ou o fermento da hipocrisia. Esse fermento dos fariseus, para sermos justos, é o fermento humano, que existe em toda a humanidade.
A hipocrisia nos faz mostrar um semblante alegre, sorridente, para os outros, quando, na verdade, mostramos apenas a nossa falsa casaca, como se costuma dizer. Então, Jesus diz que o que se diz ao ouvido, o que se diz dentro de casa, no ambiente familiar, escondido dos outros, afinal será proclamado, mais cedo ou mais tarde; aquilo que se diz no escuro será revelado na luz.
Quem conhece o problema das vidas sucessivas sabe que após a morte passamos a viver no mundo espiritual. Temos ali uma extensão da vida terrena, muitas vezes, igual ou com maior extensão do que a existência na Terra. Quando chegarmos ao mundo espiritual, vamos nos encontrar com uma sociedade diferente, onde quase não se pode esconder aquilo que se pensa, pois a linguagem dos Espíritos é o pensamento. Os Espíritos não precisam falar, como nós falamos, através da voz articulada, para se comunicarem entre si. Eles podem comunicar-se pelo pensamento.
Assim sendo, nós temos, no mundo espiritual, aquelas pessoas que costumavam, na Terra, falar mal do próximo e fingir amizade na sua presença, as quais encontram uma dificuldade muito grande, no Mundo Maior, porque estavam acostumadas a fazer assim na Terra. Mas na nova morada não podem fazê-lo, porque quando querem fingir, o fingimento transparece. E, praticamente, revelam as suas intenções ocultas. Então elas não podem adotar, como na Terra, a tática do fingimento, por não estarem escondidas atrás do corpo material; estão se comunicando através do seu próprio corpo espiritual, que é transparente e o pensamento, à flor da pele, se é que podemos dizer assim, revela-se por meios evidentes, não podendo ser escondido.
É por isso que Jesus disse que tudo aquilo que fizermos aqui será revelado, no Mundo Maior. Nas pesquisas de Allan Kardec sobre esse assunto, publicadas na Revista Espírita, vemos Espíritos que se queixam profundamente das situações em que se encontram, porque não podem fazer nada escondido. Tudo o que querem ocultar está sempre sob os olhos de entidades espirituais que enxergam tudo quanto fazem, tudo quanto pensam e sentem.
É por isso que Jesus nos dá uma lição, através desse trecho do Evangelho de Lucas, no sentido de que devemos ser leais. Devemos ser sinceros, a fim de evitarmos situações embaraçosas para o nosso Espírito, pois, após a morte, se não nos libertarmos, na Terra, do vício da hipocrisia, nos colocaremos em situações verdadeiramente desesperadoras, revelando aquilo que não queremos revelar. Não pensem que a desencarnação dá atestado de santidade a alguém. Seremos lá exatamente o que fomos aqui.